sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Eu Gostava tanto de você

Iiiiieuuuu Gostava tanto de vocêeeeeeee!!!
Era esta a cançao de Tim Maia que eu adorava cantar todas as vezes que eu terminava com um mesmo namorado. Sim, eu terminei com um mesmo namorado umas 50 vezes em menos de 5 anos de relacionamento. Algumas vezes ele nem sabia que eu tinha terminado com ele porque nao dava tempo de comunica-lo que eu havia rompido o relacionamento, ou simplesmente porque eu nem comunicava. E assim ficamos por mais de 4 anos . Eu rompia com ele e ele não sabia nunca. Depois dele vivi várias situações semelhantes , porém com intervalos mais longos , onde eu quis sair cantando esta canção de Tim Maia, que por mais estranho que pareça me vinha assim como um flash à mente e eu sentia uma necessidade quase incontrolável de canta-la. Algumas vezes eu saia só pra cantar esta canção em algum bar, karaoke ou qualquer outro lugar que tivesse um violao e um microfone....ops e uma breja , porque cantar em público musica de dor de corno sem beber não dá. De qualquer forma, parecia que afogar as mágoas cantando tinha um outro sabor. Como dizem: - Quem canta os seus males espanta. Iiiiieeeeeeuuuuu Gostava tanto de vocêeeeee!!!

Em homenagem aos Fernandinhos e Mauricinhos da minha vida!
Tim Maia

domingo, 25 de setembro de 2011

Quando o Universo conspirar


Sempre acreditei que a força dos nossos pensamentos são ações muito mais concretas do que aquelas que executamos com atitudes no dia-a-dia, seja no trabalho, ou nas nossas relações pessoais . Claro, todo mundo sabe que nós somos aquilo que levamos dentro, ou seja, não importa o quanto você lute, corra atrás e persiga os seus objetivos ou sonhos, a força motriz maior que expandirá a nossa vida e as nossas ações será sempre aquela certeza que levamos dentro de nós. Essa força que expande, que abre portas, que cura feridas, e que nos encoraja, tem a mesma força de nos limitar e nos bloquear. As pessoas deveriam prestar mais atenção em sí mesmas e tentar mudar (equilibrar) o foco dos próprios pensamentos, das próprias certezas.
O meu mundo sempre foi muito mais rico internamente do que o inverso. Um dia , quando o Universo conspirar (devemos saber esperar) a meu favor, espero estar preparada pra viver toda essa emoção que só se vive quando estamos livres de medos , verdades absolutas e condicionamentos.

"...Assim como o oceano só é belo com o luar,
Assim como a canção só tem razão se se cantar,
Assim como uma nuvem só acontece se chover,
Assim como o poeta só é grande se sofrer..."

sábado, 24 de setembro de 2011

Expansão mental


Expansão é uma palavra que tem me perseguido muito nos últimos meses e de alguma forma eu sinto que estou sob efeito desta poderosa palavra hà anos , que representa não somente o ato de expandir-se no espaço físico, mas também no mental , ou seja, como está descrito no dicionário on line, seria a manifestação irrestrita de sentimentos e opiniões. Urano Trígono a Júpiter no meu mapa astral vem a comprovar esta influência expansiva na minha vida. Em um nível mental superior está relacionado com os domínos da intuição e do sexto sentido, que é a capacidade de visualizar mentalmente uma realidade sutíl. Para muitos sectários, a impressão que passamos quando vivemos este aspecto de plena expansão mental , é a de que não temos os pés no chão, somos irrealistas , ou coisa do gênero. Claro, quem é expansivo demais jamais poderá ser rotulado de nada porque não existem limítes para uma mente expansiva, e as pessoas adoram rotular-se, limitar-se, igualar-se, identificar-se. Enfim, em meio a esse mundo de gente normal e rotulável , percebo que algo se expande sem fronteiras dentro de mim e o espaço, aquele físico , está começando a ficar pequeno...

Urano Trígono a Jupiter

"... en su cabeza bullirán principios de igualdad y de cultura
sin barreras para todos los seres humanos, así como un gran
interés por los intercambios internacionales que suponen una
ruptura de barreras ideológicas, de raza, de nivel social o
económico y, por supuesto, de nivel cultural..."

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

La cosa nostra

É muito estranho perceber em mim mesma algumas alterações de caráter, ou de comportamento por ter sofrido uma grandississima influência cultural durante um longo tempo. Não, não falo dos japoneses , apesar de ter vivido por lá por mais de 7 anos , nunca me senti verdadeiramente inserida na cultura e na mentalidade japonesa. Tem que gostar, admirar e se identificar pra se inserir em uma outra cultura e vive-la a 100%. Agora que estou em terras tupiniquins, vivendo o arroz com feijão, percebo o quanto mudei .Não sou mais a mesma de 7 , 8 anos atrás quando saí de São Paulo com destino a Shizuoka no Japão. Vivi tantas coisas por lá (e fora do japão também)que não caberiam em um livro, coisas fantásticas inclusive. Vivi dois mundos em um só. Conheci tanta gente diferente, tantos lugares que nem imaginava um dia poder conhecer. Aprendi outras línguas, vivi amores impossíveis, viajei em busca de um sonho exageradamente ilusório e romantico. Me apaixonei por pessoas, lugares, culturas, paisagens , mentalidade e até mesmo pelo senso de civismo de algumas culturas. Hoje, aqui na terra dos tupiniquins, penso que me perdi de mim...outra vez. Não me enquadro mais a essa realidade do lado de cá, por mais que eu tente e me esforce. Tá difícil curtir oque os brasileiros curtem, tá difícil ignorar as calçadas esburacadas, os pedintes nas ruas, o transito caótico e o jeito "leggero" do povo brasileiro que sempre apreciei. Até isso anda dificil curtir. Sinto falta de civismo, sinto falta de ordem, sinto falta de ruas vazias e das casas com jardins. Sinto falta de educação e cavalheirismo .Sinto falta de gente que tem um algo á mais a acrescentar. Sinto falta de uma cultura local pra eu admirar e me inserir. Me perdi de mim, outra vez...

sábado, 10 de setembro de 2011

O meu lado yang

Este cãozinho era um poodle. Olha só o que a vida fez com ele.

Essa vida é mesmo muito louca, hà alguns meses atrás eu reclamava por estar inserida em um ambiente de trabalho onde 99,9% dos colegas de trabalho eram da ala feminina e todo mundo sabe que não é fácil lidar com a mulherada porque mulher é cíclica e invejosa, ainda mais no ambiente de trabalho. Claro que fiz boas amizades também, mas sempre tinha um clima de competição que começava da côr do esmalte , ao corte de cabelo , sem falar nos ciúmes que uma tinha da outra quando algum chefe demonstrava alguma simpatia com a nossa postura no trabalho. Se elogiar uma, tem que impreterivelmente elogiar a outra. Agora, por ironia do destino estou enfiada em um departamento onde eu sou a minoria, ou seja, só tem homens na minha equipe. Chego sempre de manhã toda fresquinha e perfumada mas quando termina o expediente eu tenho sempre a impressão de que estou cheirando a cueca. É homem demais !!!
E as piadas ? sempre algo relacionado as mulheres. Detalhe, eu tenho que rir. E quando eles inventam de fumar todos juntos na janela?E a mesa do escritório que é compartilhada na base da bagunça? E o telefone? Eles não falam , eles cospem no aparelho. Tem um que tem mania de tirar os sapatos quando está sentado. E o banheiro?Ahhh, o banheiro. Eu uso um outro porque dividir banheiro com 9 homens não dá!Eu não entro lá nem pra lavar as mãos. Ainda por cima um deles veio me avisar que não pode passar "fax" naquele banheiro por causa da pouca ventilação. Mas tenha a santa paciência né! E eu lá uso banheiro coletivo pra passar "fax"? Me poupem rapazes!!!
Quero só ver como vou estar daqui a alguns meses com tal convivência . Será que vou estar falando mais grosso do que eles, virando muita" breja", curtindo futebol e batendo na mesa?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Dois mundos

A grande selva de pedra- São Paulo City - Brasil

Canal de Veneza - Italia

Toda vez que o mundo externo começa a perder um pouco a magia eu começo a me recolher, em um processo do tipo "caramujo hibernante". Caramujo hiberna?
Estou sentindo falta de me maravilhar com as coisas. Até a poucos meses atrás eu vivia em contemplação, em um estado de fascinação. Só quem viveu isso para saber o quanto faz falta. Olho ao meu redor e só vejo casas, carros, paredes, muros, edifícios, cercas , farois e muita, mas muita gente comum (pra não dizer feia) e já posso imaginar o tipo de vida que levam, ou aquilo que levam na alma. Como é dificil se readaptar a realidade brasileira, ou melhor dizer, a realidade paulistana que se resume em trânsito, estress, gente apressada, poluição, insegurança e um custo de vida altissimo sem qualidade nenhuma. E o lazer dos paulistanos? Não pode ter um feriado que o "povo" continua congestionando as estradas pra ir ao litoral, que já não é mais como era outrora. Sinto falta da beleza natural que serve de fundo e se harmoniza com a beleza das obras feitas pelo homem. Sinto falta de poder contemplar ao menos um céu azul, límpido e sem poluição que contrasta com o verde dos lagos e dos campos. Sinto falta do romantismo que emana de cada paisagem natural. Viver nesta selva de pedra já foi mais fácil para mim , e até gostava . Se eu nao tivesse conhecido a beleza fascinante (natural, cultural e arquitetônica) que se esconde do outro lado do mundo. Este post não é apenas mais um relato de uma ex-patriada qualquer que tenta desesperadamente se readaptar ao seu país de origem , é muito mais do que uma simples readaptação...é aceitação. Eu só vou sair da minha casinha de caramujo quando os céus paulistanos estiverem da cor do anil e o rio Tietê cristalino...

domingo, 4 de setembro de 2011

Doces ilusões


O que seria de nossas vidas se não fossem as nossas mais doces e inocentes ilusões? Com certeza o filme de nossas vidas seria passado em preto e branco, e a magia da vida se desprenderia de nós. Triste isso não?
Hoje estava pensando (entre tantas outras coisas) no meu excesso de idealismo em relação a tudo. Claro que o excesso de idealismo gera cegueira, falsas expectativas e tantas, mas tantissimas desilusões, mas mesmo assim ainda penso que vale a pena colorir a vida, fantasiar, sonhar e viver cada "momento" precioso que a vida nos oferta com um certo toque de "magia". Voltar a ser criança e sorrir inocêntemente, viver uma nova paixão como se fosse a primeira, permetir-se errar, sentir medos, inseguranças, não saber responder a uma pergunta objetiva, não se cobrar tanto , nem perceber se está na moda ou não, não seguir padrões pré-estabelecidos. Enfim, ninguém é perfeito, afinal! Voltar a ser criança, ou seria melhor dizer: Não perder nunca a criança que existe dentro de nós.
Vivemos tantas ilusões , tantas desilusões e com o passar do tempo começamos a crer que já não vale mais a pena acreditar. A vida é feita de ilusões , é isso que dá o colorido a nossas vidas.
A escolha é apenas nossa. Viver a vida em preto e branco ou iludir-se muito...muito.
Uma vez um certo alguém me disse : -Prefiro sofrer a não viver nada. Ele deveria ser um grandississimo idealista também, que se alimenta de paixões e ilusões. Um sonhador? Não creio, está mais para um corajoso idealista que assume as consequências daquilo que vive.