sexta-feira, 27 de abril de 2012

Nada é por acaso, a vida é causal

Papa-léguas e o coiote. Uma relação causal.

Eu acredito que nesta vida nada acontece por acaso, mas às vezes chego a pensar que o "acaso" , aquele banal que não tem nenhum resultado concreto ou lição para nos ensinar também existe. Fico me perguntando até agora: -Mas o que é que eu vim fazer aqui? Na realidade não é nem o fato de eu estar aqui, mas a maneira como eu vim parar aqui, vivenciando mil coisas que agora , quase um ano após, não fazem mais a mínima diferença na minha vida. Será que estou esperando demais da vida, ou estou me desapegando rápido demais das minhas lembranças ? Sempre penso que tudo aquilo que vivemos nos traz algum aprendizado, nos abrem novos caminhos, novas escolhas (certas ou erradas), novas experiências e novas pessoas começam a fazer parte de nossas vidas. Por vezes nós aprendemos , em outras, nós ensinamos. Existe também o efeito "retardado" em que ninguém pensa estar fazendo a diferença na vida de ninguém, e só percebe quando a ficha cai,  passado um longo tempo. 
 Efeito retardado, acaso banal ou o que quer que seja, estranhamente, por onde quer que eu passe, fica sempre a sensação de estar apenas de passagem.

A viajante.

domingo, 22 de abril de 2012

quello che è rimasto

Dopo avere vissuto qualsiasi esperienza sfortunata nell'amore, mi sono accorta che quello che è rimasto dentro me è soltanto un vuoto , come se io non avesse avuto provato nulla. Troppe aspettative, scelte sbagliate, persone sbagliate, troppa illusione. Ho capito che per vivere un grande amore e non morire, ci vuole indurire il cuore ad un certo punto. Ho sopravvissuto fin'ora e quello che mi è rimasto è soltanto una canzone romantica...um sogno, un ideale che non sono mai riusciuta a trovare.  Colpa mia? Forsè è colpa di un'anima sognatrice che non riesce mai  separare la realtà di  un'ideale che non esiste.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Relacionamento Conceitual

O mundo se globalizou, as distâncias já não existem mais, e com essa facilidade de comunicar-se com pessoas do mundo todo a toda hora através de sites de relacionamentos , ficou impossível não conhecer pessoas interessantes à toda hora com a maior faciclidade.
Imagine se eu poderia conhecer "alguém" interessante que não faz parte do meu limitado universo se não fossem as redes de relacionamentos?
E se fosse ao vivo, será que eu teria alguma chance de compartilhar tantas informações com estas pessoas que vivem literalmente em um outro mundo, do outro lado do mundo?
Eu tenho alguns ídolos no facebook, pra dizer a verdade, um só. Não citarei nomes porque ele também é um blogger e com essas facilidades do mundo virtual ele poderia rastrear as minhas informações e chegar ao meu blog. Será? Mas que pretensão, o cara tem mais o que fazer do que ficar fuçando o facebook de uma "qualquer' que ele só aceitou incluir entre os contatos dele porque eu seria apenas um número a mais na sua página de "puxa-sacos" e admiradores. O cara é muito bem sucedido e eu não consigo deixar de "tieta-lo". Admiro as pessoas que vencem na vida em países que não são os seus de origem. Sou fã mesmo, admito!
Mas será que um dia eu terei o prazer de conhece-lo pessoalmente?Para mim seria uma honra. Mas será que eu saberia me comportar ou dialogar com ele com toda essa naturalidade dos contatos virtuais? Mandar mensagens, tietar, curtir, e compartilhar em uma pagina qualquer é uma coisa, o velho e bom tête- à tête é outra bem diferente. Eu teria que ultrapassar a barreira da distância fisica ,logisticamente falando,  teria que vencer a distância social, e a distância que temos como meros conhecidos do facebook, sem nunca termos nos visto pessoalmente. Gente!Será que dá?
Mas é tão estranho saber da vida de alguém, falar com alguém (através de mensagens) , ter a impressão de já ser íntimo e na realidade não ser.Nem sei lidar com este tipo de situação ainda. Melhor deixar os nossos ídolos lá mesmo aonde estão. Ídolos foram feitos para serem admirados a distância e jamais transformados em meros mortais.Perde a graça.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Livre- arbítrio

A paisagem mudou, a língua, a situação econômica, a rotina  ,e em consequência de tantas mudanças vividas por mim durante os últimos 10 meses, acabei  esquecendo de mim mesma. Aquilo que fazia parte de mim ficou para trás, como se já não importasse mais. Importa sim, e muito. Quero voltar a ser eu mesma. E como sabemos quando é que deixamos de ser nós mesmos ? A resposta é simples. Quando começamos a nos violentar para fazer parte de um todo em detrimento aos nossos mais preciosos prazeres. E por que devo seguir me violentando assim?
Tomei uma decisão, que por sinal não estava escrito nas estrelas, e usei meu famoso livre-arbítrio.Adoro esta palavra. Livre-arbítrio. Tem tudo a haver comigo.
Quero parar de me violentar, quero respeitar as minhas necessidades essenciais que nem sempre são materiais. As minhas "buscas" nunca foram materiais , apesar de gostar de conforto (não sou boba), o mais importante para mim é estar fazendo aquilo que me dá prazer, e se este "prazer" de viver a vida me custará algum sacrifício, críticas, ou desvantagem material, pouco me importa. Quero ir de encontro a mim mesma, e no momento é a coisa mais importante. Vou no contra-fluxo.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

ÂNIMOS

Queria que a vida fosse mais fácil, só de vez em quando, para eu poder sentir o sabor de viver "fácil". Deve ser bom...
Estou novamente tendo que escolher, decidir, por mim mesma. Já percebí que na minha vida, se eu não tomo decisões radicais, nada vira, tudo se estagna. E para evitar a total estagnação que me causam terríveis e medonhos períodos de tédio e desânimo total, estou inventando novos desafios para a minha vida. Desafiar a sí mesmo , correndo alguns  riscos de fracassar e depois sair ileso com apenas alguns arranhões que a vida nos dá, acaba nos fortalecendo de alguma forma. O ruim é que isso de brincar com a vida vicía. Não estamos nunca satisfeitos e queremos sempre viver mais e mais situações diferentes.
Tenho medo do desconhecido, assim como a todo mundo, mas ao mesmo tempo "refazer" a vida tantas vezes e descobrir que sou capaz de sobreviver a minha própria instabilidade interna que me joga de um lado ao outro da vida , tem sido uma experiência enriquecedora. Estou prestes a me jogar ao vento de novo...sozinha.
Para muitos eu devo parecer uma "louca" mesmo, mas confesso que a normalidade me entedia tremendamente. A estabilidade nos traz segurança, mas com o tempo nos entedia.Acho que gosto desta adrenalina de partir e nao saber para aonde ir  e viver um dia após o outro, só observando os acontecimentos. Giorno dopo giorno.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Banho Maria

Percebi que durante estes pouco mais de 10 meses de Brasil , eu ando um pouco devagar. Devagar no sentido de não tomar decisões rápidas para resolver as minhas insatisfações que tem sido tantas ultimamente. Questões familiares, de trabalho, amorosas, as finanças. Tudo em fim. Estou protelando tudo. Nem pareço mais a mesma de antes que era capaz de se jogar em qualquer situação desafiante e pagar pra ver. Ando muito cautelosa  e para dizer a verdade talvez preguiçosa. Preguiça de reorganizar a vida. Ufff, são mais de 30 anos tendo que recomeçar sempre de algum lugar e tomar decisões sozinhas. Isso cansa a beleza de qualquer um. Vou chamar esta fase de "pausa". Pausa para refletir, me centrar e  só então arregaçar as mangas e partir para novos desafios.
Comigo a vida só funciona assim, me atirando de cabeça . É como não saber nadar e se jogar do alto de um precipício e ver se o instinto natural nos  ajuda a pelo menos boiar na água.
Estou acordando para a minha realidade brasileira. A coisa tá devagar demais. Vou ter que me atirar de novo. Plano" B" em ação.