terça-feira, 23 de agosto de 2016

Vida virtual



Começeia a usar a internet por não ter o que fazer nas minhas folgas durante as madrugadas aqui em terras nipônicas. Na ēpoca nem sabia usar o wimdows 6 e acabei por perder meu notebook pra milhōes de vírus. 

Aprendi a usar sites de relacionamentos. Conheci muita gente interessante que jamais teria a oportunidade de conhecer se não fosse virtualmente. Mantenho ainda algumas amizades. Alguns ex-amores que por um curto periodo de tempo estiveram fora da virtualidade. 

Naquela época não era considerado normal uma pessoa que usasse a internet  ou o social media por mais de duas horas por dia. Poderiam ser classificados de maníacos ou solitários pisicóticos cibernéticos. Quem dirá quem se relacionasse virtualmente . 

Hoje o conceito mudou muito sobre o uso da internet e das redes sociais. O mundo tem se comunicado muito mais e aquele preconceito sobre os usuários de social media parece ter caido consideravelmente. O problema agora é identificar quem é "normal" e quem é insano. Posto que, agora todas as pessoas "normais " e "anormais" usam indiscriminadamente   as redes sociais. 

Então como  identificar um "maluco total" , ou um pisicopáta  na internet? 

E a resposta é: - não sei!

Algumas pessoas logo na primeira semana de conversas já emitem alguns sinais de anormalidade em vários graus. Carência excessiva ou uma certa tensão nervosa ao se expressar que pode ser percebida à distância em um chat. Também existem aquelas que sò de olhar a foto do perfil delas dá vontade de sair correndo. São os carrancudos virtuais, com cara de bad boy , ou serial killer. Sem falar naqueles  que logo de cara querem o seu telefone, sendo que você mora a 10.000 milhas de distância. Estes também  me assustam bastante. 

Eu chato com muitas pessoas de vários países , portanto, é dificil distinguir quem é um pisicopata de uma pessoa normal que está apenas passando por uma fase dificil . Seria preciso no minimo conhecer um pouco sobre a cultura de cada país. Os italianos por exemplo , já não são mais misterio para mim. 

Mas vai falar com alguém de Lokossa ? Onde fica isso? Em Benin. Onde?

Não temos meios para julgar se uma pessoa que chata lá de Lokossa é uma pessoa normal dentro de padrões pre-estabelecidos em uma cultura ocidental. Melhor evitar maiores intimidades com um lokossanente , ou lokossanês?Sei là como raios se define quem nasce em Lokossa!

Relacionamentos virtuais sempre pecam na subjetividade . Por vezes nós somos subjetivos demais por não nos expressarmos com facilidade em chats , ou até mesmo em alguma lingua diversa. Por mais que tratemos de ser educados e cuidadosos com as nossas palavras em um chat, elas serão interpretadas por uma pessoa de uma cultura totalmente diferente. E aí é que mora o perigo. 

Não há como se comunicar de forma consistente e real com pessoas de outras culturas em uma outra lingua quando não existe uma empatia, um feelling natural. E mesmo assim, ainda confudimos um pai de familia à um serial killer e vice-versa. 

Nestes meus mais de 10 anos conhecendo pessoas do mundo todo . Fico aqui pensando qual a imagem que eu passo para cada um deles...? 

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