sábado, 18 de junho de 2011

Tudo pela paz


Depois de ter atravessado oceanos , fugido da terrível catástrofe nuclear japonesa e por tabela ter sido escravizada em terras suiças por um certo senhor feudal remanescente da tribo dos Highlanders alpinos-fiodentalis , cá estou eu em terras tranquilas que não tremem e que me oferecem uma certa proteção emocional. Claro, estou entre os meus amigos e familiares. Quer proteção melhor?
Ainda não me recuperei da gripe que peguei ha mais de uma semana, também não era pra menos, passei cada situação antes de chegar aqui e o stress emocional derrubou as minhas defesas. Aos poucos vou me recuperando e me habituando ao novo clima (quase inverno) paulistano e a gente bonita, algumas feias , outras horrorosas. Enfim, tem de tudo aqui em São Paulo, não dá pra generalizar. O trânsito então...sem comentários.
Depois de tudo que passei nestes ultimos 3 mêses entre Japão-Suiça-Brasil , algumas experiências inesquecíveis e plenas de beleza , outras que eu preferiria te-las esquecido no portão de embarque de algum aeroporto pra nunca mais. A única certeza que trago no meu peito é a minha necessidade quase que existencial de alguns momentos de solidão, ou melhor dizer, solitude.
O mundo anda muito louco e as pessoas não se entendem mais . Aliás, acho que sempre foi assim. O mundo dos ricos e o mundo dos pobres, o mundo dos materialistas e o mundo dos espiritualistas, dos honestos e dos desonestos, dos feios e dos bonitos dos ateus e dos crentes. Só sei que pago pra poder ficar em silêncio , meditar e respirar pausadamente , longe das vibrações que vem de fora, algumas bem desequilibradas . Ja escrevi em outros posts que eu sou como uma antena parabólica que vai captando tudo. Então, dou tudo pela paz, a minha paz. Assim como dizia o senhor feudal suiço em um dos seus momentos de sabedoria egocêntrica: -Os outros que se arranjem! A Paz interior é também uma daquelas "coisinhas" da vida que se conquista...sozinho.

domingo, 12 de junho de 2011

Minha velha São Paulo

Quase duas semanas se passaram desde que cheguei a São Paulo e parece que já faz um tempão. O que falar de São Paulo? Nestes quase 8 anos que estive vivendo fora do meu país , regressar tem um sabor meio amargo. A impressão que tenho é de ter andado para trás. Retornar não significa necessariamente andar para trás, mas a sensação por enquanto, é essa. Difícil explicar para as pessoas que nunca viveram fora de seu proprio país que o mundo não se resume em apenas um continente. Então, me calo e tento seguir o curso...



São Paulo continua caótica com mais carros do que comportam as estradas. Sempre tem um carro velho que enguiça no meio do caminho e provoca um trânsito kilometrico e enlouquecedor para quem estava habituado a andar tranquilamente pelas ruas . Algumas coisas mudaram para melhor no trânsito , ou melhor dizer, está menos pior com as pistas exclusivas para coletivos e o metrô que avança um pouco mais na zona oeste de São Paulo.



Já peguei um resfriado básico depois de quase 6 anos imune , penso que seja em função do tempo frio , da poluição e do stress de ter que organizar a vida de novo...novamente...outra vez. Ja havia escrito em algum post que paulistano vive resfriado, então não é nenhuma novidade.



Hoje passei pela avenida do jockey club pela primeira vez depois de muitos anos e percebi que o paulistano rico vive como o europeu. Aos domingos estao fechando uma parte da avenida para os ciclistas e muita gente vestida a rigor (como na europa) circulava pela avenida do Jockey Club até o Parque ibirapuera. Alguns apenas passeavam com os seus caes, outros corriam em uma área arborizada que eu nao me lembro se já existia na minha época . E os shoppings? sei lá quantos foram inaugurados nestes últimos anos.



São Paulo está envelhecida, as calçadas um pouco esburacadas (no subúrbio claro) mas a cada esquina tem um novo shopping Center. E aquele novo Shopping Center Iguatemi de Alphaville? Chiquérrimo!!!



Enfim...impressões à parte, os pobres continuam pobres, porém todos empregados e com carteira assinada, os ricos...ahhh, esses estão cada vez mais ricos.