sexta-feira, 30 de maio de 2014

Meditando durante o sono



Louise Hay  é uma autora de livros multivacionais com publicações editadas em várias línguas 


Manter a calma e a tranquilidade nos dias de hoje não é tarefa fácil quando nem as estrelas e seus aspectos ( nosso caráter) não nos permitem viver um dia atrás do outro em serenidade.

Nossas vivências ( à partir da infância) vão nos moldando aos poucos e sem nem percebermos o quadro da vida está pintado . A tendência é sempre a de viver aquilo que aprendemos, seja certo ou não, benéfico ou não. 

Você já parou diante de um espelho para analisar-se profundamente?

Não me refiro aos kilinhos à mais, ou o cabelo desalinhado, as rugas em torno dos olhos, ou qualquer outro defeito que julguemos ter fisicamente. Me refiro ao seu interior. 

Como você está por dentro? Você se ama realmente como você é, ou se deixou sucumbir pelas mesmas exigências externas que nos fazem tão críticos com nós mesmos?

À partir desta consciência e da minha necessidade de estar bem comigo mesma começei a ouvir alguns videos de Louise Hay, palestrante e professora de metafísica que chegou a curar um câncer sem a ajuda da medicina tradicional. Assim como Louise Hay eu acredito que todas as nossas enfermidades são de origem psicossomática. 

Sua mente está doente? Então com certeza o seu corpo também está. Algumas pessoas conseguem adoecer  a propria vida e a de outras pessoas apenas com atitudes mentais. Sem perceber, a nossa vida em geral adoece , desencadeando situações incontroláveis , erros de concepção frequentes que nos prendem a um círculo vicioso sem fim. Por vezes, automático e vegetativo.

Você está doente ( fisicamente) ? Está estressado? Está infeliz e não sabe bem o porquê?

Perceba se a sua mente não está doente e cure- se. Você pode. 

Link para o video de Louis Hay. Meditação que pode ser feita até enquanto dormimos ( subconsciente) http://youtu.be/oGD1hb9jlJQ





domingo, 25 de maio de 2014

Vênus na minha casa 0


É isso mesmo, a minha Vênus (planeta do amor) deve estar na casa 0 e ainda por cima retrógrada.
Capricorniana com a Vênus em Capricornio já não é lá  muito propensa a viver ou expressar grandes emoções. Tudo é muito seco e racional.
Eu já nasci assim, e a cada dia que passa pareço pior do que antes. É como uma força ou tendência que eu não consigo controlar. É mais forte do que eu, ou melhor dizer, esta sou eu.

Por mais que eu tente cultivar a paciência, a doçura , a sensibilidade e tantas outras virtudes que nos faltam ( capricornianas) eu não consigo ser diferente. Só por alguns momentos, um mês, um periodo, e depois volto a ser quem sou.
Ultimamente não ando com a mínima paciência com a ala masculina. Para dizer a verdade eu confesso que eu nunca tive, e talvez (com certeza) se eu não mudar esta minha forma de agir com relação a eles , só irei espanta-los , como o faço sempre.Deliberadamente.

Não sei se estou ficando chata com o avançar da idade, se é falta de dinheiro, ou qualquer outra coisa que esteja me afastando de contatos mais afetivos, mas ultimamente estou querendo viver apenas aquilo que acrescenta algo. Pode ser apenas na conta bancária que não tem problema. Eu me satisfaço.

Os meus relacionamentos afetivos andam bem escassos mesmo , e não é questão da distância que me separa do mundo, é uma total falta de paciência para viver situações muito emocionais e que requeiram de tato, tempo, e diplomacia. Enfim, eu ando muito grossa e quase sarcástica.

Andei me testando nos ultimos meses para entender o que ocorre comigo. Eh, eu me testo até compreender o que estou querendo e necessitando.

No meu momento atual, sem margem de dúvidas , não tem um espaço reservado para me dedicar a uma outra pessoa. Até tem, mas falta vontade. Me acostumei a não ter que agradar a  ninguém, e só de pensar em ter que ser agradável já começo a ter urticárias.

A minha tendencia a ser livre e auto-suficiente anda muito, muito acentuada e quando nos encontramos neste estado, é muito difícil fazer-se compreender pelos outros, parecemos egoístas demais e hipermeáveis as emoçoes e necessidades alheias.






quinta-feira, 22 de maio de 2014

Pagando karmas




Eu só posso estar pagando meus karmas nesta vida. Não é possível!

Além de ter regressado ao Japão sem ter planejado, da mesma forma que saí sem ter planejado, as amizades que me restaram aqui na terra do miojo lamem são de apenas japoneses. Todas  as minhas amigas brasileiras foram embora e não restou uma única alma brasileira entre os meus amigos. Menos mal que ainda tenho duas amigas peruanas ( latinas) e um amigo italiano. Ufa!!

Minhas amigas japas são muito " gente boa" e me tratam super bem ( pela frente) , não me excluem e sempre me chamam para participar das confraternizações . 

Não é por nada, mas ir a restaurantes típicos de comida caseira japonesa, encher o caco de cerveja , falar mal dos colegas de trabalho e ainda ficar a noite toda sentada no chão não è pra mim. Eu preferio ir a um restaurante self - service , ou até mesmo um karaokê. O chato de se reunir com colegas de trabalho japoneses é que o assunto  só gira em torno de trabalho. Falar mal , reclamar, essas coisas chatas . E o mais chato de tudo é falar sobre outras coisas, mas sempre em japonês e com o senso de humor japonês. Forcação de barra pra mim! Não dá!

Tenho uma amiga japinha que insiste em me visitar em casa com o seu filho de 2 anos que adora destruir tudo que tenho em casa. Ela se senta na cadeira , fala pouco, depois de uns 15 minutos saca o seu celeular do bolso e começa a chatar no facebook ou no line, enquanto o seu filho destroi a minha casa. Sinceramente não sei dizer ao certo o quê esta infeliz vem fazer na minha casa. 

Uma outra que trabalha comigo è super prestativa, por vezes muito útil e necessària, mas o seu universo se resume a sua casa, o marido que a escraviza, a meia- dúzia de gatos , a maē doente, e os pachinkos ( casa de jogos para viciados japoneses) . Eu convivo com ela praticamente todos os dias  e por vezes é dificil faze-la entender o meu mundo, o meu modo de pensar por ela ser extremamente limitada à sua vida , a sua cidade, a sua rotina, o seu país , e mais absolutamente nada. 

Quando falo de minha incursões pelo mundo, dos meus interesses, das minhas vivências , ela parece sempre " achar" que eu sou meio louca, anormal ou coisa do gênero. 

 E as japinhas mais jovens? Ahhh , estas são o OH do borogodó! 

Sempre com um sorrisinho , sempre sem assunto. A única coisa que elas te dizem , mesmo te conhecendo hà anos é: - Hoje parece que vai chover. 

Ahhhhh! Não dá não! Eu estou pagando karmas sim!

E quando estou de saco cheio da mesmice da japonesada e quero falar com gente diferente, entro em chats on- line e só me aparecem portugueses? 

Outro dia um português me perguntou se tem muitas árvores no Brasil. Ué! Porquê será que ele quer saber se  tem árvores no Brasil? Já fui logo respondendo que não tem mais pau- Brasil, mas parece que ele não entendeu a tirada. 

Aliás, a questão do senso humor é um grande problema para quem vive fora do Brasil ou se relaciona pessoalmente ou virtualmente com pessoas de outras culturas. Nenhuma piada tem graça!

Será que os eskimós tem um senso de humor mais universal?

Eu tô pagando karmas!!!





quarta-feira, 21 de maio de 2014

Estímulos


Quando se vive em um país ilha como o Japão , é preciso estar sempre criando os seus próprios estímulos para tudo na vida. 
É triste perceber como a japonesada em geral é alienada. Claro que nem todos, mas uma boa parte dos japoneses se voltam apenas para o seu próprio umbigo. Parece até o brasileiro , aquele que vive no interior de alguma cidade e nem quer saber o que acontece neste mundão à fora.

Eu recomeçei meus estudos de alemão, e apesar de estar ainda engatinhando nas frases prontas, números de 1 à 20, e um vocabulário muito excasso, o alemão já não me parece mais uma lingua do outro mundo. 

Um ótimo começo, no meu conceito. Porém, quando eu fui contar a uma amiga japonesa que eu dormi tarde a noite passada porque estava estudando alemão, ela me soltou essa: - Pra quê? Você vai pra Alemanha?

A pergunta não seria tão inconveniente , não fosse o olhar de desdém dela com o meu esforço de aprender mais uma nova língua. 

Para quem me conhece bem ( e ela me conhece bem, eu acho) , não é novidade saber que eu adoro aprender línguas e nas minhas horas vagas ao invés de estar em casa assistindo novela , eu estou sempre estudando alguma língua , ou aperfeiçoando as que eu já conheço. 

Não é preciso ter um motivo , uma razão para aprender novas línguas. Eu aprendo por prazer, nunca foi   por questões profissionais ou com intenção de viajar para algum país. 

Ao aprender novas línguas o horizonte se amplia naturalmente, sem nenhum esforço. As coisas simplesmente vão acontecendo quando tiramos do nosso caminho as barreiras da línguagem. 

Antes de aprender espanhol nunca pensei que um dia teria ótimas amigas peruanas ( muito mais que as brasileiras), também nunca pensei que um dia iria a Suica- Italiana, após aprender o italiano. Tudo foi acontecendo naturalmente.

 A mente se expande e as coisas vão acontecendo. Simples assim.

Vai saber, se eu no meu esforço em aprender alemão, o Universo não estarà me preparando algo là na frente?

Independente de acontecer algo ou não, de ser vantajoso ou não, aprender uma nova lìngua, um novo ofício, ou qualquer atividade que seja é puro conhecimento. Ninguém nunca vai tirar isso de nós, o conhecimento. 

Agora, vai explicar isso pra uma japa que nunca saiu do seu próprio país e nunca se  interessou por aprender uma outra língua . Mesmo com as facilidades da internet a coitada só consegue saber do que acontece no mundo através dos noticiários japoneses. 

Eh, talvez ela seja mais feliz assim...

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Quando é preciso recriar-se

                       Arranjo de flores - Ikebana - Arte tradicional japonesa 





Por vezes me sinto uma grande observadora do mundo. Sento- me diante ao meu computador e começo a ler as notícias do Brasil e do mundo. Alguns sites portugueses ( euronews) são mais informativos, falam sobre aquilo que ocorre no mundo e não apenas aquilo que ocorre em territorio nacional. Eu prefiro. 

Entre uma notícia e outra , vejo fotos de algumas amigas que regressaram ao Brasil. Uma se casou e teve um belo filho, outra rejuvenesceu com uma dieta e um novo corte de cabelo, outra ingressou firme em uma Universidade, outra segue curtindo muito a família, e assim vai. 

Todas estas pessoas tiveram que recriar suas vidas ao regressarem ao Brasil, com muita coragem e determinação. Se estão felizes ou não, se o salàrio do mês é compatível com toda esta recriação, não sei dizer. São detalhes íntimos da vida e das escolhas de cada um. Porém, aquilo que difere tremendamente entre aqueles que se foram e aqueles que aqui ficaram, ou voltaram ( meu caso) , é o brilho no olhar. 

A segurança de estar proximo a família, amigos e velhos conhecidos, e a liberdade de poder escolher por onde recomeçar a vida com certeza são fatores que nos impulsionam a caminhar em frente com determinação e alegria. 

E aqueles que restaram aqui? 

Bem,eu não conto porque já fui e voltei tantas vezes que já nem sei mais em que estagio da vida estou . Acho que estou na berlinda... nem lá e nem cá.

A vida no Japão para os estrangeiros é muito limitante, são poucos os estrangeiros que vieram com um ideal de vida e conquistaram os seus objetivos em outras áreas . É preciso ter muita determinação e saber para onde se está caminhando.

A maioria dos brasileiros que vivem em terras nipônicas ( após a crise) não tem mais grandes ideais financeiros. Cada um vive a sua realidade como pode. Com a instabilidade economica e as mudanças frequentes na política econômica japonesa , o Japão deixou de ser interessante sob um aspecto financeiro. 

Ok, e o resto?

Para aqueles que decidiram ficar em terras nipônicas , ou regressar ( como eu) , sem grandes expectativas financeiras , a vida se torna uma grande rotina , por vezes insuportável. 

Nestas ocasiões é preciso também reinventar a vida, apesar de todos os limites do cotidiano . Uma reclamação frequente de todos os meus amigos que vivem ou viveram aqui no Japão é a falta do que fazer. Tudo no país é muito certinho e padronizado, e até mesmo sair por lazer são atividades muito parecidas e quase metódicas. Isto enche o saco de qualquer ser humano. 

A necessidade de fazer algo diferente e abrir novos horizontes se torna algo sufocante pelo excesso de tradicionalismo e nacionalismo japonês. Talvez até para eles ( os japoneses nativos) a vida seja assim, limitante sob alguns aspectos. 

Nada de grandes planos para o momento. Algumas idéias na cabeça , muita prudência e pés no chão retratam o meu momento atual. Nada de me rebelar contra os limites e o tradicionalismo japonês, seria prejudicial. O momento pede tranquilidade e seriedade para aproveitar aquilo de  melhor que o país tem a nos oferecer: o tradicionalismo. 

Quem diria? Eu falando em tradicionalismo! Não deixa de ser um momento de recriação e aceitação. 

Será que meu karma está mudando?

Capricornianas na TPM


Kate Middleton é uma Capricorniana do segundo decanato ( 9/01) . Será que ela sofre de chatice crônica na TPm?


Nem todo mundo que eu conheço sofre deste mal, mas uma coisa é certa: Não é fácil ser mulher. 
Tenho algumas amigas que nem sabem o que é ter TPM ( sorte delas) outras sofrem os efeitos físicos e psiquicos por uma semana. 

No meu caso , a pior fase é cerca de 2 à 3 dias antes . O peso aumenta, cerca de 1 kg ( retenção de lìquidos) , a barriga incha como um balão , uma enxaqueca chatinha vai me possuindo lentamente, e por fim o pior de tudo, a irritabilidade se torna evidente demais e por vezes incontrolável. 

Sem nenhum motivo aparente , qualquer coisa me irrita. É como um cão quando está deliciando um pedaço de osso e não deixa absolutamente ninguém se aproximar, mostrando os seus dentes para qualquer um que se aproxime. 

Mas, peraí! O cão está apenas defendendo a sua refeição. E a mulher Capricorniana quando na TPM , está querendo defender-se de quê?

Sol em Capricornio e Lua em Escorpião não é lá um aspecto muito fácil em estado normal, imagina na TPM?

A seriedade (ou chatice) Capricorniana , mesclada a impulsividade e profundidade Escorpiana só podem resultar em uma coisa na TPM : chatice ao quadrado. 

E quem suporta tamanha chatice saturniana com os arroubos passionais  escorpianos? Ninguém!

Capricornianas costumam ser silenciosas, observadoras, astutas , autoritárias e donas de sí. Imagina isso tudo na TPM , misturada a passionalidade escorpiana? 

Ira, cólera, impaciência e ódio gratuíto. Estes são apenas alguns dos sentimentos que provamos na TPM, sem contar os efeitos físicos que tiram o bom humor de qualquer um. 

Nestes dias, eu procuro sempre me isolar e falar pouco. Capricornianas em estado normal já tem a lingua afiada e um humor sarcástico. Delicadeza e meiguice passam bem longe nestes periodos.

O problema maior são as outras pessoas. Aquelas que não entendem, ou que simplesmente ignoram este estado, achando que é frescura. 

Está mais do que comprovado de que as mulheres são cíclicas e que nestes periodos as alterações hormonais são bem acentuadas, modificando o humor e causando desconforto físico geral. 

Graças a Deus não sofro mais de cólicas . Quando mais jovem , eu cheguei a desmaiar no trabalho , a dor era tanta que só consigo comparar tal dor a de um parto normal. Não é facil ir trabalhar com cólicas comparáveis a dores do parto, não é mesmo?

Mesmo assim, para muitos ( normalmente homens) isto é frescura e não é motivo o suficiente para faltar ao trabalho. Fato que ocorreu comigo aqui em terras nipônicas. Meu supervisor me obrigou a ir trabalhar mesmo com fortíssimas cólicas. Não deu em outra. Começei a sentir tonturas, meu rosto esverdeou e tive uma crise hemorrágica em pleno trabalho. 

Qual seria o conceito de " dor" para tais pessoas que nunca provaram de uma cólica intermitente que não melhora nem com analgésicos fortissimos, e a única solução é estar em repouso com uma bolsa de água quente sobre a barriga?

Alterações hormonais. As pessoas deveriam ler mais sobre este universo que nos vira do avesso de uma hora para outra. 

Tenho algumas amigas ( poucas) que já sabem de ante-mão quando vou entrar na TPM, e quando estou mais chata do que o normal, já nem ligam mais para as minhas alterações de humor e simplesmente respeitam o meu estado irado, que logo passa. 

Algumas soluções que encontrei para estes periodos: isolamento, repouso, chás de camomila, incensos de lavanda, sais de banho de lavanda e camomila, musica relaxante  e analgésicos. 

Isolamento, esta foi a melhor solução que encontrei para não magoar as pessoas neste periodo. Mesmo assim, tem gente que ainda insiste em me fazer uma visitinha social , mesmo contra a minha vontade. Azar o deles ne, não? 

Nós Capricornianos já somos chatos por natureza ( regente Chaturnino) , salvo algumas exceções de Capricornianos com a Lua em Libra, ou Ascendente em Sagitario, que amenizam um pouco a severidade de nosso regente , Saturno. 

Quer saber como cada signo reage emocionalmente na TPM? Observe onde está a Lua desta pessoa e faça uma junção das características do Sol ( ego) e da Lua ( emoções) . No meu caso seria Saturno ( regente de Capricornio) X Plutão ( regente de Escorpião) . Ira explosiva na certa! Mulher bomba! 

Imagina tudo isso na menopausa? Uiuiui! Mulher sofre! 

E quem está por perto também!




domingo, 18 de maio de 2014

Holandeses



Aqui no Japão, os meus amigos japoneses me chamam de " a internacional", por ser uma pessoa aberta a conhecer outras linguas e culturas . 

Ultimamente com a crise aqui no Japão, e a falta de grana eu ando mais caseira. Não saio de casa nem para ir a uma outra cidade japonesa , simplesmente para não gastar com supérfulos. Meus poucos amigos que vivem aqui no Japão reclamam desta minha atitude . Fazer o quê?

Se o periodo não está para vacas gordas ( mais para vacas loucas) , o negócio é economizar. 

Graças a Deus  e principalmente à internet , eu apesar de viver em uma ilha ( Japão ) não fico tão alienada com a vidinha aqui do país do sol nascente. 

Por acaso, em um desses sites de relacionamentos europeus, eu conhecí um holandes de Rotterdam.   Calma minha gente ! eu não falo holandês. Ainda...

O tipo, fala português e segundo ele, aprendeu em uma viagem que fez ao Brasil com um amigo holandês que vive por lá. Mas de quanto tempo terá sido esta viagem para ele falar tão bem em português e ainda por cima saber de certos habitos brasileiros?

Lá fui eu pesquisar na net sobre esta raça. Segundo alguns blogs de brasileiros que vivem na Holanda, os holandeses sabem falar várias línguas , e não é difícil encontrar algum holandes que foi de férias para o Brasil por uma semana e voltou falando o básico da língua portuguesa. 

Nem preciso dizer que este tipo de gente me fascina né! 

Na suiça eu já achava o máximo porque todos falavam 3 línguas. Como todo mundo sabe, a Suiça está dividida em Cantões  e cada Cantão fala uma língua diferente, porisso , a necessidade de se aprender ao menos uma língua à mais. 

Na Holanda a lingua que prevalece é o holandês alemão, uma língua que tem raíz germânica, portanto, parece muito com o Alemão , mas não é alemão. Parece mais um alemão bagunçado com uma mistura muito grande de palavras emprestadas de outras línguas como o inglês . 

Eu quando começei a estudar um pouco de alemão ( sozinha) percebí algumas semelhanças com o inglês em algumas palavras, portanto, não foi dificil gravar na memória  algumas expressões. Mas cá entre nós, pronunciar o alemão é coisa de doido. 

No holandês ocorre o mesmo, os fonemas ( alguns) são diferentes e para nós brasileiros é complicadissimo pronunciar algumas palavras. Sem falar que muitas palavras são a junção de várias palavras . Porisso, tanto no alemão da Alemanha quanto no Holandês podemos encontrar palavras super hiper longas e de difícil compreensão e pronúncia para nós brasileiros. 

Do pouco que estudei de alemão. A língua alemã da Alemanha me parece muito mais fácil de aprender do que o holandês , de forma autodidática. 

O autodidata normalmente aprende ouvindo, muito mais do que estudando a gramática, portanto, os fonemas devem ser intendíveis e pronunciáveis, o que não ocorre na lingua holandesa. 

Apesar de eu falar 4 línguas , a única lingua que não é originaria do latin é o japonês. Será que dá para encarar uma germânica?

Meu canto



Nos meus momentos de folga aqui em terras nipônicas, aquilo que mais adoro fazer é estar em casa, acender um incenso e me entregar a paz e a tranquilidade do meu cantinho . Se eu disser  que a solidão destes momentos me renova estarei exagerando?

No Ipad a música que toca é da Radio Antena 1... obviamente aquela de Roma, na Italia. 

Minha nova aquisição: uma arm- chair , para meus momentos de leitura,   que já não sei mais como se chama em português. Poltrona?
Aquela peçinha estranha ( preta e verde) sem pés é uma mini poltrona no estilo japonês. 







segunda-feira, 12 de maio de 2014

O jeitinho japonês



Muita gente aqui no Japão, não só os próprios estrangeiros como também os japoneses deixam de pagar os impostos residenciais, que são divididos por provincias. Se você decide viver por mais de um ano em uma certa provincia , com certeza terá que pagar o tal do imposto residencial , que em japonês se chama jūminzei. 

Ao sair de cada província é necessário avisar ( dar baixa) na prefeitura da cidade , ou yakuba , comunicar a saída do país ou ,mudança  de endereço e pagar as taxas devidas. 

Em março de 2011 , quando houve o grande terremoto seguido de tsunami e riscos de explosão nas usinas mucleares de Fukushima, muitos brasileiros lotaram as filas de espera das agências de viagens para simplesmente fugirem para o Brasil. 

Na semana do terremoto não haviam mais passagens para o Brasil em vista do nùmero de pessoas que decidiram fugir do terremoto na mesma semana. 

Eu optei por fugir para a Suiça e não esperar para ver o que aconteceria com as usinas de Fukushima. Na semana seguinte o meu bilhete já estava emitido para a Itália - Malpensa , seguiria por terra até a Suiça. 

O pânico entre os estrangeiros era tanto que algumas empresas aéreas, como a Alitalia ( italiana) estava doando passagens para mulheres e crianças de nacionalidade italiana em terras nipônicas para fugirem  da eminência de um novo desastre nuclear , comparável com o ocorrido em Chernobil.

Quando tomei a decisão de fugir da possibilidade de haver mais um grande desastre nuclear , não pensei em nada, apenas queria sair da eminência de ser contaminada por radiações nucleares. Exagero? Pode ser, mas o fato é que eu fugi e não dei baixa na prefeitura local. 

Hoje, 3 anos após o incidente, por obra do destino ou para pagar karmas , estou novamente no Japão . A prefeitura local , pois voltei para a mesma cidade, entrou em contato comigo através da empreiteira da qual sou contratada ( que é a mesma de antes do terremoto) para cobrar o imposto residencial devido do periodo anterior ao terremoto. Com o risco do valor ser descontado diretamente do meu salário. 

O mais estranho é que eu já havia atualizado o meu endereço e o procedimento de praxe é enviar um comunicado à residencia da pessoa e se não houver resposta e nem contato do devedor, o procedimento seguinte é contactar a empresa onde o devedor trabalha para descontar diretamente do salário mensal. 

Não foi o que ocorreu comigo. A prefeitura local telefonou diretamente para o meu empregador perguntando a eles " quanto" eu ganhava por mês e se poderia ser feito um desconto direto no meu salário. Oquêêêê????????

Nunca vi procedimento mais invasivo na minha vida!

Ok, são leis japonesas e as prefeituras podem fazer isso, ou até mesmo confiscar bens, como automóveis , colocando travas nas rodas e transportando o automóvel para leilões. Mas se o procedimento normal é avisar por carta ou por telefone o devedor antes de tomar qualquer atitude, então a prefeitura da minha cidade se precipitou. Talvez para poupar tempo, afinal, brasileiros são escorregadios quando o assunto é pagar impostos japoneses.

O mais estranho desta situação toda foi quando eu fui até a prefeitura para pagar os impostos atrasados e quis saber se haveria mais algum débito referente ao periodo que eu não estava em terras japonesas, posto que, eu fui embora do país sem dar baixa na prefeitura e eles poderiam pensar que eu estava em alguma outra cidade do Japão, vai saber.

Quando eu disse ao funcionário da prefeitura que eu havia fugido para a Suiça e não para o Brasil, ele me olhou desconfiado e ironizou: - Ahh, então você alegou que fugiria para o Brasil e foi para a Suiça , ao invés de ir embora para o Brasil?

Pensei comigo: - E qual o problema se eu peguei um voo para a Suiça, ou para a Tailândia, ou para o raio que o parta?

O funcionário seguiu ironizando: - Ahhh, então vocē não foi para o Brasil, foi para a Suiça!

Mas é alguma norma, que todo brasileiro quando vai embora do Japão tenha que impreterivelmente  ir embora  para o  Brasil sem poder fazer escala em outros países?Qual o problema? Pensei.

Se um brasileiro tem relações, pendências, ou familiares na Suiça, na Tailândia ou na PQP, ele não pode fugir do terremoto para estes países? Tem que ir direto para o Brasil?

Seria uma " melhor" justificativa" para o não pagamento da minha dívida se eu tivesse ido embora de vez ao Brasil e não para a Suiça?

Além do mais, é minha vida privada e não interessa ao funcionàrio da prefeitura julgar as minhas razões, basta a ele verificar o valor devido por mim no periodo que eu estive em terras nipônicas. 

Demorou um pouco para o japa entender que não importavam as minhas razões de viagem, e que eu só queria saber quanto eu deveria pagar e se existia alguma outra pendência do periodo que estive fora do país,  pelo fato de não ter dado baixo na prefeitura e as normas terem mudado desde julho de 2012 com referência a estadia de estrangeiros no Japão. Fato este que eu desconhecia por não ter recebido nenhum tipo de comunicado informativo nem da prefeitura e nem da imigração japonesa. 

Ufa! foi difícil , mas o funcionàrio da prefeitura entendeu a situação e mudou completamente o tratamento. Foi muito gentil e me ajudou a explicar toda esta situação confusa a um outro funcionário de outro setor que é responsavel por verificar " provàveis " pendencias de anos seguintes. Ainda me pediu desculpas pelo procedimento inadequado do setor de pendências de impostos, por não terem me comunicado primeiramente por escrito. 

Nestas horas é que eu dou Graças a Deus por poder me virar com o meu japonês meia boca ( cerca 60%) , e não precisar de intérprete para me representar. Haviam mais duas ou tres pessoas na espera aguardando o intérprete de português. Ufa!!!

Mas cà entre nós, os japoneses tem certo pē atrás com os brasileiros que vão embora para o Brasil sem pagar nem a conta de luz do mês, quem dirá um acumulado de impostos atrasados da prefeitura?

O que me revolta com relação ao pagamento de impostos é que a maioria dos meus conhecidos japoneses nem pagam , alguns tem 1 milhão de ienes acumulados em dívidas de impostos, outros usam dois endereços para receber ajuda do governo e ninguém pega no pé deles, e eu por haver deixado para trás uma dívida de 3.000 ienes ( cerca de 30 dolares) mais os juros, tive a minha privacidade exposta no meu trabalho. Agora o povo do escritório  do meu trabalho, pensa que eu sou uma caloteira que deve milhões para o governo japonês. 

Este é o famoso jeitinho japonês, que serve tão somente para nós estrangeiros...os caloteiros. Quanto aos japoneses que acumulam dívidas de impostos residencias, a maioria dá um jeitinho de não ser descoberto, ou de não confiscarem seus bens. Passado 1 ano desde o último comunicado de cobrança dos impostos , o devedor não tem mais a obrigatoriedade de pagar tais impostos. Ou seja, assim como no Brasil , que as dívidas de financiamento e cartões de crédito caducam em cinco anos, aqui no Japão também caduca . Contanto que se comprove que o cobrador supostamente desistiu de cobrar o devedor por um período de um ano. 

Fica a dica, para quem não sabe do jeitinho japonês de burlar a dívida com o imposto residencial. Apenas com uma ressalva, para nós estrangeiros, o visto não poderá ser renovado . 



domingo, 11 de maio de 2014

Versatilidade



Eu me considero uma pessoa muito versátil de um modo em geral, me viro em qualquer situação e dificilmente me mantenho em um estado  de inércia total por muito tempo. Se quero fazer algo, ou se eu penso que devo  tomar alguma atitude , eu simplesmente a tomo e depois me viro com as consequências. 

A versatilidade natural do meu ser tem me ajudado muito a me virar por este mundão à fora, mas confesso que em certas situações eu demonstro ser muito mais versátil do que eu realmente sou em questões práticas. 

Não sei dizer como cada pessoa que passou ou ainda passa pela minha vida me vê, ou me imagina. Às vezes até eu mesma me surpreendo comigo por esta versatilidade natural misturada com momentos longos de pouquissima versatilidade. Como agora, por exemplo.

Mil idéias na cabeça, sempre querendo mudar algo , mas a falta de vontade ( preguiça) e ânimo para seguir em uma linha reta e compromissada comigo mesma me faz procrastinar o tempo todo. 

Recomeçar, esta palavra me persegue a vida inteira e chega um certo momento da vida que esta palavra nos dá até um calafrio. 

Mas de novo?Outra vez?

Por um lado eu preciso estar em constante mudança ( acho que sou agitada) e por um outro lado também preciso de tranquilidade e segurança.

Novas oportunidades sempre surgirão se estamos dispostos a viver o novo. Novas amizades, novas perspectivas em geral. Mas e a preguiça, onde eu a coloco?

Ando com preguiça de batalhar pela minha estabilidade financeira ( economia) em tempos de crise , e para piorar ando com preguiça de me relacionar com as pessoas em geral.

Um papo inteligente, um encontro descompromissado está bem, mas além disso dá muito trabalho. Falando assim pareço até uma velha cansada de 80 anos, mas o tal recomeçar à cada ano cansa qualquer alma aventureira. 

Eu ando cansada de procurar a pessoa certa para dividir a vida comigo. Eu sou complicada desde o berço, então preciso de pessoas descomplicadas na minha vida , senão, a coisa não anda. 

Neste periodo da minha vida pessoal ( afetiva ), estou deixando rolar. Vou fazer como na poesia de Mario Quintana e deixar que as borboletas ( ou Mariposas) venham até ao meu jardim. Enquanto isso, fico aqui regando as minhas plantinhas . 

sábado, 10 de maio de 2014

Como se livrar de um mala


                                                             Ele  ou Ela?


Sabe aqueles dias em que você não está a fim de mimimi, Conversinhas romanticas e etc?

Uma boa forma de sair fora de um mala que fica querendo te xavecar é dizer que você è transexual e que acabou de se operar na Tailândia. 

A minha voz  sempre foi muito grossa desde muito jovem, algumas pessoas me confudiam com um colega meu de trabalho ao telefone, ou pensavam que eu era uma senhora com uma certa idade e bem maior do que os meus 1,57 m. 

Na Tailandia existem muitos transexuais lindos, que são mais bonitos do que as mulheres. Aqui no Japão eles chamam  de new- hafu.

 Eu já fui confundida com uma new- hafu várias vezes por ter traços mais masculinos  do que as japonesas. Então, não fica dificil inventar uma estorinha pra enganar os malas de plantão. 

Começou com muito xaveco, eu já vou logo falando que sou operada ,tomo hormônios e me chamo Luiz. 

Planto uma dúvida cruel que só poderá ser desvendada se o cara for muito liberal e corajoso.

Eu ainda não sei qual sobrenome usar. Pensei em Luiz Pinto. Obvio demais?

O diálogo: 

- Eu sou transexual . Algum problema pra você? - eu 
- Você nunca me contou - o mala
- Você nunca me perguntou, mas fica tranquilo, sou operada - eu
- Porque você fez isso? - o mala 
- Porque nasci no corpo errado, fiz a cirurgia hà 10 anos na Tailândia. - eu
- Mas, não se preocupe, estou operada e tenho as minhas "recordações" guardadas em uma caixinha- eu de novo
- Você se importa? Tem preconceito? Os suiços e os holandeses não se importam - eu de novo
- É seu passado... - o mala ( quase desistindo) 
- Sua voz é de mulher - o mala ( tentando se convencer)
- Deixa de ser ingênuo, eu tomo hormônios hà 20 anos, sou uma mulher perfeita, só o nome no passaporte tem sido um problema. - eu
- E como faz para viajar com passaporte de homem? - o mala
- Eu paro de tomar os hormônios meses antes de viajar e deixo a barba crescer, e viajo mais masculinizada, igual ao meu passaporte.
- Você é estranha. Não sabe quem é por dentro e por fora. -o mala ( desiludido)
- Sei sim, tenho a alma feminina. Sou mulher. - eu ( mentindo a verdade) 
- ............... silêncio.......
- Pu , pu, pu, pu, pu, pu...
- Xii, desligou - eu ( com um sorriso sarcástico ) 




quarta-feira, 7 de maio de 2014

News Brazil



Ultimamente tenho lido tanta notícia louca do Brasil que as vezes fico pensando se não é exagero da imprensa  marrom. As notícias são tão absurdas, mas tão absurdas que não dá pra acreditar que é no Brasil do século XXI , aquele mesmo país que irá sediar a Copa do Mundo de 2014. 

Primeiro foi o escândalo do mensalão, com aquele monte de políticos que um dia foram a voz da democracia no Brasil, e hoje estão presos por formação de quadrilha. O PT ( partido dos trabalhadores) que um dia foi o símbolo da renovação está totalmente avacalhado. 

E aquela historia da madrastra que matou o pobre menino rico com uma injeção letal? 
E a mulher que foi assaltada em plena entrevista no Rio de Janeiro? 

E a invasão dos sem terra proximo ao Itaquerão , faltando cerca de um mês pra iniciar a Copa do Mundo?

E o tal do rolezinho que já gerou tanta confusão nas cidades?

Algumas destas noticias foram noticiadas pela tv japonesa. Meu Deus, que vergonha! Não tenho outra palavra pra expressar.

Entre todas estas notícias loucas e absurdas, aquela que mais me chocou foi o linchamento de uma mulher em praça pública, em pleno Seculo XXI??????

Claro que a historia do menino Bernardo Boldrini me chocou muito muito. Quase chorei, só de ver a expressão do rosto do menino, sempre muito triste. Infeliz pra ser mais clara. Mas o caso da mulher que foi linchada me surpreendeu pela maldade coletiva. Não era uma pessoa, ou duas com seus motivos loucos e interesses pessoais, eram cerca de 100 pessoas. 

Ela ser criminosa ou não, não dá o direito à ninguém de cometer aquela barbarie. Maldade e ignorância cruas. 

Em um dos videos, uma pessoa dizia: Mas você tem certeza que é ela? 

Mesmo assim, continuavam a bater na mulher. Meu Deus! Nem que ela fosse uma bruxa que fizesse magia negra com crianças, não cabe a população a decisão de condena-la a morte. Alias, pena de morte nem existe no Brasil. 

Mas este povo vive aonde?em que época? 

E ainda querem culpar a pagina do facebook que levantou a suspeita? 

A culpa é de quem jogou nem que seja uma única pedra. 

Não posso crer que o nosso país é feito de maioria cristã. Não está dando pra crer! 

Nestas horas eu só consigo chegar a uma conclusão: Para mudar o Brasil teriam que trocar o DNA da maioria da população. 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

O melhor lugar do mundo para se viver



Será que realmente existe algum lugar  no mundo que  seja "perfeito "para viver, com toda a infra-estrtura, civismo, cultura, e qualidade de vida em geral?

Segundo a minha opinião, o lugar perfeito para se viver é aquele lugar que te oferece um mínimo de qualidade de vida , sem distinção se você é rico ou pobre. É aquele país que mesmo não sendo o seu país de origem te acolhe , se não calorosamente ( como é no Brasil), com um mínimo de respeito à sua condição de estrangeiro ou imigrante. É aquele país que por sua livre e espontânea vontade escolheu como sua segunda casa, e que tenna muito a haver com a sua concepção de " qualidade de vida". 

Na minha humilde opinião, e por aquilo que vivi, não existe país melhor para se viver do que a Suiça, em particular a região do Ticino. 

Em muitos videos que assisti sobre a Suiça, não ouvi nenhum comentário depreciativo de nenhum  ex-patriado brasileiro que viva na Suiça, e tão pouco li em algum noticiário ticines alguma manifestação pública contra o governo. O povo suiço está muito satisfeito com o seu governo.

Violência, assaltos à mão armada, trânsito caótico, poluição? É mais fácil ouvir este tipo de noticiário na tv japonesa do que nos noticiários ticineses. 

O custo de vida é altíssimo ,portanto não pensem que um operário suiço que ganha cerca de 4.000 francos suiços mensais  ( cerca de 10.000 reais)  seja rico. Paga-se bem caro para viver na Suiça, mas as pessoas não reclamam ( alguns suiços sim) porque o governo devolve em benefícios para a população. 

Se você quiser fazer uma reforma na sua casa própria o governo ajuda com financiamentos. Tudo para manter a cidade mais limpa, bonita e agradável para a chegada dos turistas endinheirados da suiça interna , ou alemaēs. O meu ex- senhor feudal suiço estava fazendo um orçamento de cerca de 150.000 francos para reformar a sua bela residência. O governo ticines contribui com a sua parte para incentivar o turismo local. Dá para comprar uma casa no Brasil, não é mesmo?

Seria um absurdo fazer uma comparação BrasilxSuiça, são dois mundos diferentes. Ilude-se aquele que pensa que ficará rico na Suiça recebendo um salário mensal de 10.000 reais, mas a qualidade de vida é incomparável ao nosso Brasil. 

Aqui no Japão já cheguei a receber um salário de cerca 7.000 reais ( bruto) , mas se trabalha como uma mula para receber esta cifra . Hoje, após  a crise o salário normal ou base, sem horas extras não chega  a 5.000 reais ( bruto) . Descontando-se impostos, previdencia social , imposto residencial , aluguel, luz agua, telefone ,gáz e internet, restam cerca de míseros 1.500 ou 2.000 reais para sobreviver que você acaba utilizando no supermercado. 

Qualidade de vida no Japão? 

Existe sim, o sistema funciona, apesar do governo japonês estar diminuindo cada vez mais o poder aquisitivo japonês com a sua política econômica que favorece apenas a alguns setores. Em plena crise , o governo japonês não para de aumentar os impostos. 

Lazer? 

O Japão não foi construido para isso. Talvez   por esta razão os japoneses viagem tanto para os exterior em férias. Claro que existem as festividades anuais, as feiras, os parques, os clubes de golf, danceterias e muitos , muitos restaurantes e shopping centers. Mas já vou avisando, é tudo muito monótono, quase tudo é igual. 

E o Brasil?

Minha pátria, minha nação. Qualidade de vida? Na minha opinião é inexistente. À partir do momento em que você tem que se proteger todas as vezes que sai e entra de casa , colocar cerca elètrica, muros e mais muros em volta de sua residência como se fosse uma prisão, ou quando você depende do SUS para alguma emergência e internação. Ou quando você tem que sair uma hora mais tarde do trabalho só para não ficar preso no trânsito caótico das grandes cidades. 

Educação, este é outro detalhe que me decepciona no meu amado Brasil. Tanto a educação oferecida pelo governo estadual, como aquela que todos deveriam receber em casa. O povo brasileiro na minha opinião è o povo mais alegre , mais caloroso e espontâneo da face da terra, mas espontaneidade nunca foi sinônimo de falta de educação. Regras, elas existem no Brasil, mas ninguèm respeita ou até desconhecem. Ordem e Progresso. Não é esta a inscrição da bandeira nacional? Ou é pura utopia de um Brasil de 1889, quando ela foi instituida ?

Hoje , assistindo a algums videos sobre países estrangeiros ( adoro) , fui xeretar a Holanda. Esta semana conversei com um economista holandês via skype, e claro que o assunto foi : Economia Mundial. Pelo pouco que conversamos ( o portugês dele è ruim e meu inglês è péssimo) , deu a entender que ele viaja todos os anos para a Bulgaria de férias, e segundo ele, é bem mais barato e interessante do que passar férias no Brasil.

Enfim, muitas pessoas buscando países diferentes para férias ou para fixar residência, e a prioridade de todos estes ex-patriados ou futuros ex- patriados é sem dúvida alguma a qualidade de vida com um custo de vida compatível as nossas necessidades básicas: Moradia, saúde ,educação e segurança. 

O melhor país para se viver, na minha opinião, ainda é aquele país que independente de sua constituição , nos arrebata, nos apaixona acima de tudo e quando nos apaixonamos por um país em específico,  tudo parece mais fácil e superável. 

A paixão move montanhas. Esta frase é minha :-)








sábado, 3 de maio de 2014

relacionamentos virtuais



Como todo mundo já sabe, eu quando estou aqui no Japão não tenho o mínimo " tesão" de conhecer ninguém . Os japoneses na sua grande maioria são muito parecidos, não  só na aparência como no comportamento. É como se eles fossem feitos todos numa forma só, na mesma  linha de produção. Salvo , raríssimas exceções. 

Minhas amigas japonesas também são assim, por mais que elas tenham um caráter diferente, elas são muito iguais no comportamento. É o tal do comportamento padrão. Isso cansa a minha beleza. 

Tenho evitado estar com os meus amigos e amigas japas , que são poucos, mas o suficiente para me deixarem entediada. São muito previsíveis e isto me dá um nervoso. 

Para sair deste circulo vicioso de comportamentos padrões do Japão e não ficar igual a eles, eu procuro conversar com gente diferente sempre que posso, e a saida tem sido a internet. 

Se fosse a alguns anos atrás, as pessoas diriam que eu estou louca por estar perdendo o meu tempo na net com pessoas virtuais. Pèra là! Estas pessoas tem vida, tem um corpo físico e cérebro, apenas estão distantes. Eu acredito que aprendi muito mais sobre " pessoas" neste mundo virtual do que no nosso mundo  real. 

As minhas primeiras aulas de italiano eu fiz com a ajuda de um brasileiro que vivia no Rio Grande do Sul, ele me ajudou muito todas as vezes que eu tinha alguma dificuldade em formas frases em italiano.   Depois que aprendi o italiano, perdi contato com ele, mas que ele foi muito ùtil isso foi. 

Meus ultimos relacionamentos afetivos também nasceram no mundo virtual e partiram para o mundo real. Alguns não deram certo de cara, no desembarque do aeroporto, outros duraram mais do que eu poderia imaginar, e outros foram apenas aventuras. Assim como na vida real. Senti as mesmas dificuldades dos encontros e desencontros da vida real, a unica questão que esfriava mesmo os relacionamentos era a distância e a falta de tempo e dinheiro ( da minha parte) para estar vivendo um romance intercultural. 

Nos relacionamentos interculturais que começam pela internet a dificuldade maior que passamos é a distância e a disposičão de tempo para ultrapassar aquela fase do conhecimento. Um dos dois  tem que viajar muito, e um dos dois tem que se arriscar mais em prol da relação. Por estes motivos muitos relacionamentos virtuais não dão certo quando a distância é muito grande. Quem dirá a diferença  cultural no comportamento de cada um. 

Esta semana me inscrevi em um outro site português para pessoas mais maduras. O chato desse site é que só tem purtuguéissss bigodudo com mais de 60 anos on-line. Uma minoria está em torno dos 30 e pouco , 40 e 50 anos. 

Quando uma pessoa se aventura a conhecer pessoas em sites assim deve estar preparado para encontrar de tudo, absolutamente tudo. Desde pessoas que realmente se descrevem tal qual são , a aquelas pessoas que omitem informações e as que inventam um perfil. 

Encontrar uma pessoa séria  com um perfil 100% verdadeiro é como jogar na loteria. O mais engraçado é ler a pagina de apresentação da mulherada , quase todas com mais de 40 anos, divorciadas ou viuvas . Todas se apresentam como mulheres de bem com a vida, alegres e simpáticas. Será? 

Nos chats quando me chamam eu procuro pelo menos cumprimentar quem me chamou, mesmo que não seja o meu tipo e depois bye,bye. 

Em um desses chats um português com uma aparência terrível me chamou, e eu por educação conversei com ele, pensando que além daquela aparencia existia alguém interessante. No perfil dele estava escrito profissional de marketing, mas logo de cara ele disse que não era publicitário e trabalhava com carros. Motorista de taxi? Caminhoneiro , ou mecânico? 

O tal português não foi muito claro com relação ao seu trabalho, mas confessou que nunca se casou (56 anos) por ter uma doença neurovegetativa. E pelo visto é verdade, ele vive até hoje com a maē. Fiquei com pena e conversei com ele por longas horas. No dia seguinte lá vem o portuga querer conversar de novo. Meu Deus do céu , como esse povo anda carente de atenção. 

Um outro francês que eu pensava ter 37 anos não era francês e sim um português de 44 anos. Meu Deus do cèu! Mas porque será  que esse povo tem que se esconder atrás de um perfil falso só para ter a atenção de alguém?

Segundo o francês que não era francês , ele não quer se mostrar na net porque o fato de se mostrar demais gera obstáculos, com relação a idade, a profissão, e toda e qualquer aproximação verdadeira se vê anulada por questões de estatus social. Em parte devo concordar com o português que se dizia francês e nasceu em Lisboa. Por que ele deveria se mostrar para alguém que não o conhece como ele é de verdade  se irão julga-lo ou classifica-lo por uma aparência, idade ou condição social ?

Eh, faz sentido o raciocínio do português que não era francês. 

Fiquei um pouco frustrada ao saber que eu nunca ouviria um francês falando português com aquele sotaque típico. Foi até engraçado porque ele até tentou distarçar o sotaque lusitano e não conseguiu. Aos poucos ele foi falando mais e o sotaque " portuga" ficando mais acentuado. Tinha horas que eu tinha que  pedir para repetir a frase duas vezes. 

Mesmo falando na Webcam com video , ele não quis de forma alguma falar absolutamente nada sobre a vida pessoal dele. E ainda se irritava o portuga. Só consegui pescar que ele aluga um estudio nas ferias perto de uma praia na França e que toca violão ou guitarra.

Mais nada, absolutamente nada. Foi aí que eu entendí porque ele não conseguia conversar com ninguém nos chats. Imagina um cara chato desses cheio de caprichos e ainda por cima excêntrico?
Ninguém vai dar atenção . Só a trouxa aqui. 

Ao mesmo tempo percebi o quanto ele era carente de relacionamentos verdadeiros. Relacionamentos que primeiro viesse ele e depois os rótulos da sociedade. É excentrico ou não é , o portuga?

Bom, ja analisei  o mapa natal dele e deu para entender um pouco o seu jeito excêntrico de pensar. Meio chatinho, mas é inteligênte. E o pior, o portuga não é feio não...;-)

Foi dificil eu entender a postura dele, além das diferenças comportamentais , mentais e de expressão que deve existir lá na terrinha da "batata aos murros ". Não é só porque ele fala português que não existam diferenças, Existem sim, e quando conhecemos pessoas de outras culturas através da net, é sempre aconselhavel estar atento a isso, as diferenças comportamentais de cada cultura.

Ele teve sorte. Eu tenho plena consciência das diferenças culturais entre as raças e nunca vou julga-lo a partir do meu ponto de vista brasileiro, antes de saber quem ele realmente é. Sorte dele mesmo, porque eu não tenho esta mesma paciência com a japonesada.

Bom, a amizade virtual continua, afinal temos alguma coisa em comum e o papo é inteligente ( meio chato) mas vamos dar uma chance ao português que não era francês ...