domingo, 31 de março de 2013

Vazio necessário


Encontrei no site SOMOS TODOS UM, a verdadeira explicação para oque é o nosso ego e a nossa alma. A diferença tênue entre o sentir da alma e o querer do ego.  Vale a pena ler e ter mais esta compreensão sobre os processos da nossa alma. http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=33874#.UVjfU6A1lTU.facebook

quinta-feira, 28 de março de 2013

A Lua nossa de cada dia


Nas minhas horas vagas costumo sempre analisar mapas de personalidades famosas, ou de pessoas que tenham um caráter muito destacado, vida caótica, crises existenciais, ou tendências muito incomuns. É mais fácil analisar o mapa natal de uma pessoa incomum do que aquelas que são comuns. Existem sempre aspectos muito marcantes no mapa, portanto, mais facil identificar as causas, e as origens de tal caráter e chegar a alguma conclusão tendenciosa na vida de tal pessoa.
Hoje, decidi analisar pessoas comuns. Comuns no sentido de não serem problemáticas no aspecto pisicológico. Segundo a astrologia, oque determina o nosso destino é simplesmente o nosso caràter, ou seja, as nossas reações emocionais dentro de nossas próprias vidas. Você quer saber como será o seu relacionamento dentro  de uma perspectiva emocional com uma pessoa? Basta analisar aonde está a Lua da pessoa e comparar com a sua Lua.
Bom, a minha Lua está tranquilamente adormecida em Escorpião. Adormecida no sentido de estar sempre tendo que conte-la. Todo mundo sabe que Escorpião é pra lá de emotivo e passional, com tendências explosivas . Eh um tal de se descabelar, explodir em momentos inoportunos e depois se arrepender de tanto arrebatamento. No meu caso está bem clara a posição da minha Lua Escorpiana e do meu Sol Capricorniano. Quem me conhece bem, sabe muito bem que sou muito critica, desapegada e explosiva. O que dificulta e muito nos relacionamentos. Fato!
Tendo total consciência de tal caracteristica na minha personalidade, decidi analisar mapas de pessoas aparentemente mais tranquilas que não reacionam de forma dramática aos fatos da vida. Minha prima.
Tenho uma prima que ao primeiro contato parece ser uma pessoa extramente tranquila, de fala mansa e expressão dócil. Sabe aquelas pessoas que não alteram nunca o tom da voz? Pois e, ela é assim. O seu signo Solar está em Àries, um signo de fogo que leva o indivíduo a ação desbravadora, portanto, um caráter de grandes iniciativas na vida. Mas e aquela doçura ,tranquilidade aparente e bom humor contagioso, característico  de pessoas que não tem problemas na vida, ou que não "criam" problemas para sí mesmo?
A explicação estaria no seu ascendente em Cancer, que a torna muito doce e voltada as questões familiares, com o acréscimo da sua Lua em Sagitário. Esta aí a explicação para tal doçura , fala mansa e bom humor que acabam até escondendo suas características arianas. Um mapa muito bom sob um aspecto psicológico. Mas como nem tudo na vida é perfeito, a sua Lua em Sagitàrio a torna extremamente livre e independente nas questões afetivas, o que leva a crer que seus relacionamentos afetivos serão no minimo superficiais, ou incomuns. Nunca queira prender um Sagitariano, ou quem tenha a Lua em Sagitário. Mas e o seu ascente em câncer?Que papel teria na sua vida se as suas emoções são regidas pela Lua em Sagitario?
Segundo o meu ponto de vista, a sua familia paterna, ou materna terà grande importância no seu dia-a-dia, afinal, o ascendente caracteriza a forma como nos apresentamos  ao mundo, não propriamente o  nosso ego que é regido pelo nosso Sol. Quanto as emoções da Lua em Sagitàrio , apesar de Sagitario precisar de muito espaço e liberdade para se mover na vida, não seria um grande problema nos relaciomentos, desde que , não lhe roubem a liberdade de ir e vir.
Esta aí a compreensão de uma personalidade comum, que não aparenta ( à primeira vista) de forma alguma ter como regente o signo de Àries. Sinal de que ela vive muito mais para o seu entorno do que para o seu ego. Por enquanto...porque a vida é cíclica.

Felicidade compartilhada



Ultimamente , com essa moda de compartilhar tudo nas redes sociais, tipo o facebook, o povo anda perdendo um pouco o senso da própria privacidade, expondo fatos da vida que não interessam a mais de 300 contatos. Aliás, passou de 100 , eu já acho que é gente demais compartilhando a minha vida.
Antes de entrar no facebook, eu tive um perfil no Orkut que foi literalmente devastado por intrusos, gente curiosa, gente estranha, gente fofoqueira e tudo mais que se pode imaginar. E olha que eu só tinha uns 100 contatos. Até cantada de lésbica eu levei. Nada contra, mas não é a minha praia.
Naquele tempo eu não tinha a minima noção do quanto era nocivo expor tanto assim a nossa vida. A pior coisa que eu fiz foi compartilhar fotos de um momento muito particular e feliz da minha vida. Fotos e mais fotos de tanta felicidade. Não deu em outra. As pessoas começaram a opinar, criticar e a invejar um momento que era mágico demais para ser verdade. Eh, eu estava vivendo um sonho, e na verdade nem eu estava acreditando.
Energias, eu creio muito em energias. Elas são poderosas, tanto as boas como as más, e a inveja é um sentimento de uma energia muito baixa, mas ao mesmo tempo muito potente. Muitas vezes ela aparece sem querer, inocentemente, sem intenção alguma, mas já faz estragos no mundo invisível. Basta publicar fotos de viagens , de um namorado novo, belo e rico ou fotos normais do seu dia-a dia em que você vive se dando bem em tudo.
Agora imagina mais de 300 pessoas te invejando! É energia demais para se administrar em uma ùnica e simples rede de relacionamentos. A energia se propaga , seja ela virtual ou não. Basta um simples pensamento coletivo . Não acredita? Então começe a.  testar a inveja alheia no seu perfil agora mesmo.
O ser humano è capaz de ser muito solidário quando alguém está na pior, mas para muitos, a sensação de solidariedade vem camuflada com uma sensação de superioridade, do tipo: - Coitado, eu vou ajuda-lo. Eu posso!
Na situação da inveja é ao contrário, causa um sentimento de inferioridade: - Porquê só ele pode?Eu também posso!
Então, muito cuidado ao compartilhar a sua vida nas redes sociais. Creio ser muito importante manter a mesma postura que temos fora das redes sociais. Você não sairia na rua contando para mais de 300 pessoas detalhes da sua vida intima . Contaria?

sexta-feira, 22 de março de 2013

Ataques de ira bilingue

Nunca neguei que sou um pouco neurótica, mas não daquelas neuróticas chatas que ficam infernizando a vida alheia. Eu sou uma neurótica light, só reaciono quando me provocam de alguma forma. Aí o sangue ferve!

Na TPM então, sai de perto! Eu pareço um trator desgovernado. Ainda bem que na maioria das vezes eu estou sempre em casa sozinha , na tranquilidade e no silêncio do meu lar e nada me tira do sério. Ou quase nada.

Cá estava eu, me inscrevendo em um site de astrologia para um curso basico on line. Jà fiquei meio irritada porque tive que fazer dois cadastros para conseguir um codigo de acesso , e nada da pagina de inscrição abrir. Continuei tentando e o link de confirmação da senha não abria a pagina. O sangue começou a esquentar só um pouquinho e acabei perdendo a paciência e larguei a minha inscrição pela metade. Enquanto isso, sei lá quem, me manda uma mensagem no meu Skype.

Bem, se eu conheço eu respondo imediatamente, mas se não conheço nem dou bola, ou só respondo depois. Como eu não respondia , o dito cujo , me mandou vàrias mensagens, inclusive uma muito mal educada. Deixei passar, afinal nem sei quem é? Só vi que era da raça dos macarronis . Eles costumam chamar as pessoas aleatoriamente no Skype per fare due chiacchiere, ou trocar duas palavras. Só que o pobre escolheu um dia péssimo e a pessoa errada. Como eu ja conheço os tipinhos que se apresentam pelo Skype, nem me dei ao  trabalho de responder as suas mensagens , atè que ele me mandou uma bem grosseira. Ahhh! O sangue borbulhou! Tentei bloquea-lo , mas quem disse que esse ipad funciona? Aí o sangue fervilhou , o coração acelerou, e não teve jeito. Respondi em português mesmo , um vai tomar no C*, seu M*. E só depois eu me dei conta que escrevi em português, mas o cara do outro lado entendeu o M*. E me mandou para aquele lugar.., em italiano.

Nem preciso dizer que desfolhei o meu vocabulário de palavrões italianos  até a última sílaba, né! Xinguei toda a geração do dito cujo. Nem sabia que eu tinha tanto conhecimento de palavrões em italiano. Acho que o meu nivel pode ser considerado avançado, depois desta descoberta inusitada.
O mais engraçado é que foi ele quem começou me ofendendo, e foi ele quem quis parar as ofenças. E ainda me disse: - Mas eu não te fiz nada ! Se você quiser, me chame depois.
Mas esses comedores de macarrão são mesmo uma raça doida! Quanto mais você ofende, mais parece que gostam. Se fosse um brasileiro ja teria me mandado para aquele lugar e me cancelado do Skype. Pois è, eu não sei como ele está entre meus contatos, e nem sei como cancelar porque o raio do Skype no meu ipad não me mostra esta opção. Agora, eu tenho que ficar com esse cidadão nos meus contatos até eu descobrir como se faz. Deus, dai-me paciência! Pois ela é pouca!

Morrer de trabalhar no Japão



Compreender várias linguas é realmente uma grande vantagem em certos momentos. Como eu entendo razoávelmente o italiano  eu procuro sempre ler notícias e blogs nesta lingua, às vezes também em espanhol. Infelizmente o meu inglês ainda não saiu do bàsico, mas seria interessante também. Poder consultar o google em várias línguas sobre o mesmo assunto. Não é fantástico?
Ontem eu estava lendo um artigo sobre a filosofia de vida japonesa, a partir do ponto de vista de um italiano que vive no Japão, ou viveu, porque a nota é antiga. Porém, o ponto de vista dele é clarissimo com relação a filosofia do Japão em relação ao trabalho.
Bom, todo mundo sabe que aqui no Japão, o povo japonês praticamente não tem uma vida social muito equilibrada em função do excesso de dedicação ao trabalho. Em primeiro lugar o trabalho , o resto é resto. Esta é a mentalidade japonesa que ainda não mudou, apesar da crise mundial ter deixado muitos japoneses com mais horas livres para o lazer. Por consequência, menos dinheiro no bolso.
Voltando ao artigo do site italiano, o texto falava sobre o excesso de trabalho dos japoneses e alguns casos de suicidio por stress. Parece que existe até um manual para o suicida! Coisa de louco!
Para a sociedade japonesa, morrer de tanto trabalhar é visto como algo digno, porém conseguir a indenizaçào por excesso de trabalho é algo indigno, ou falta de respeito com os seus empregadores. Na verdade o japonês é muito "cagão" e não sabe reclamar pelos seus direitos. Segundo o site italiano, dentro da cultura japonesa, é preferível sempre demonstrar uma aparência de cansaço por excesso de trabalho do que aparentar estar bem. Nem que seja fingindo cansaço.
Pedir folga ou férias remuneradas para viajar ou coisa do gênero também não é muito bem visto. È sempre bom dizer que vai cuidar da saùde ou que tem algum parente que faleceu ou que está por falecer, ou inventar algum falecimento na familia. Pedir liçenca por trabalho também tem lá alguns detalhes a seguir. Nunca devemos demonstrar alegria ao poder tirar licença do trabalho por questão de saúde. É preciso antes de tudo pedir mil desculpas ao chefe pelo incoveniênte e demonstrar uma certa tristeza por não poder trabalhar. Enfim, fingir, isto é muito necessário por aqui.
Pensei em traduzir a pagina da web italiana, mas o texto é longo demais , e eu não posso ficar à tôa na frente do computador ne! É indigno ter tanto ócio! Então aqui vai o link  http://www.vice.com/it/read/morire-di-lavoro-karoshi-giappone?fb_action_ids=10151289203810194&fb_action_types=og.likes&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582

quinta-feira, 21 de março de 2013

Incoerências no país do sol nascente



Não tem jeito! Esta raça é extremamente preconceituosa com relação aos estrangeiros. Fico aqui pensando com os meus botões se não foi exatamente esta mentalidade que fez o Japão perder o posto de segunda potência mundial para os chineses. Não posso criticar a nação chinesa , seu comportamento e mentalidade porque não conheço nem um terço dos habitos e costumes desta raça, mas a japonesa eu conheço muito bem.
Certa vez, conversando com um espanhol que já trabalhou em grandes empresas japonesas e inclusive já esteve no Japão à trabalho , através de uma filial espanhola, ele comentou comigo que esta era uma raça muito dificil de aceitar mudanças. Ele foi designado a implementar algumas mudanças em empresas japonesas , e segundo ele, apesar dele ter sido designado para tal funçào, os japoneses se recusavam a aceitar os seus projetos porque os consideravam exageradamente inovadores e impraticáveis. Pois, é! Inovação é algo dificil para o povo japonês aceitar logo de cara, eles resistem até a morte mas não renovam nada. A unica coisa que eles gostam de renovar são os seus produtos, nunca os metodos. Então como será que a economia japonesa está conseguindo se manter desde a globalização na economia mundial? Pois e, se estivessem no caminho certo não teriam perdido o posto de segunda potência mundial. E precisa dizer algo mais? Os números respondem por sí só. Japão! Abre os olhos!!!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Complexos


A mente humana é mesmo fantástica! Somos capazes de criar tantas fantasias, tanto para o bem como para o mal. Vai da escolha do freguês.
Frequentemente (não generalizando) , quando não tivemos uma boa base familiar a nossa mente tende a criar carências afetivas generalizadas que chegam a afetar a nossa auto-estima e as nossas  escolhas na vida. Ainda penso que a familia é a base de tudo. Sorte daqueles que nasceram em uma familia bem estruturada e amorosa. Quanto aos desafortunados de uma boa base familiar, o jeito é tentar se curar sozinho. Ninguém pode nos curar dos nossos traumas e complexos a não ser nós mesmos. O autoconhecimento é uma ótima ferramenta para começar tal cura. Ninguém pode se curar de sí mesmo se ainda não se conhece , ou não se enxerga como tal. Conhecer melhor a sí mesmo ajuda a compreender o outro. Não seremos jamais capazes de entender o outro se ainda não entendemos a nós mesmos. É tão simples quanto andar de bicicleta, no começo è dificil encontrar um equilíbrio, sobre aquilo que cremos e os fatos reais, mas com o passar do tempo começamos a entender a causa de nossos traumas e os porquês? Com o tempo e muita reflexão, começamos a perceber que a culpa que atribuiamos aos outros, a má sorte , ao destino ou a vida, eram apenas reflexos da nossa mente doentia , e aquilo que se apresentava em nossas vidas eram apenas reflexos da mesma. Não quero aqui estar afirmando que tudo na vida é apenas reflexo da nossa mente, claro que existem situações na vida que nos causam dor, traumas, carências e tudo mais. Oque quero enfatizar aqui é que independente das experiências que provamos na vida, a nossa postura em relação a ela é primordial.
Somos capazes de nos curarmos , desde que, partamos do princípio de que a cura vem através do autoconhecimento. Você já se questionou hoje? A quanto anda o seu nível crítico em relação a sí mesmo e em relação as pessoas que te cercam?
Nào exija dos outros aquilo que só você pode fazer por sí mesmo! Não espere suprir as suas carências com o afeto e a compreensão externa. Conheça a si mesmo. Ame a sí mesmo!

sábado, 16 de março de 2013

Comportamento




A vinda de muitos brasileiros ao Japão , há mais de 20 ou 30 anos atras, em busca de um sonho, se tornou em pesadelo para muitos. Aqueles que souberam aproveitar os tempos aureos da economia se deram bem, quanto ao resto...
O numero de brasileiros no Japão diminuiu tremendamente após o inicio da crise mundial e ha 2 anos atras com o terremoto, seguido de um tsunami ao nortedo Japão. Quem vivenciou estes fatos com certeza se sentiu dentro de um filme de terror. E assim , a brava gente japonesa segue vivendo. Mas e para nós estrangeiros que ainda restamos aqui do outro lado do mundo, qual foi o impacto psicológico que todo este stress acumulado causou ?
Dizer que o pior já passou e que agora está tudo bem, é mentir para sí mesmo. Restam sempre fragmentos de experiências passadas na nossa alma e mente. Infelizmente , ou felizmente , o ser humano é mais potente do que uma CPU, e consegue guardar memórias em algum arquivo anexo. Graças a Deus a minha CPU anda falhando e tudo o que passou ficou em algum lugar, que não sei dizer aonde. Talvez pelo fato de ter saido do Japão na pior fase tenha me feito bem. Não provei o stress de estar aqui. Estava vivendo outros stress em outros lugares bem distantes.
Outro dia conversando com um amigo italiano que vive aqui no Japão ha uns 3 anos , casado com uma japonesa e que deveria ter uma vida normal aqui na terrinha dos  comedores de miojo, percebi que não importa o motivo que nos faz vir ao Japão, seja por trabalho, seja por um amor, ou por um sonho de infância. O Japão stressa!
Não creio que sejam apenas os últimos acontecimentos. É o sistema de vida japonês que sufoca as pessoas. Este país se construiu no pós guerra com uma fillsofia de vida atrelada a muito trabalho e dedicação ao crescimento do país. Nada era mais importante e digno do que o trabalho. Tanto é verdade que dificilmente poderemos encontrar um lugar para sair e fazer uma happy hour após o trabalho. Claro que nas grandes cidades a vida é mais agitada, mas é sempre tudo igual, os mesmos restaurantes, a mesma gente timida e comportada, os mesmos pratos, os pachinkos lotados de gente viciada e os snak bars cheios de gente que gastam  horrores para encher a cara e poder ter a companhia de belas japonesas. Tudo pago, obviamente!
E os amigos?
É muito dificil fazer amizades na rua ou em um bar, ou qualquer outro lugar que seja. O povo japonês é muito timido e não gostam de incomodar à ninguém. Entre os jovens. na faixa dos seus 20 anos, parece ser um pouco diferente, são mais abertos e até dá para começar uma relação de amizade, mas não vai muito além de amizades superficiais. O senso de humor é diferente. Japoneses em geral riem por qualquer coisa que para nós seria estúpido e não conseguem captar o nosso senso de humor brasileiro, meio debochado e malicioso. Eu até evito tirar sarro de japonês porque eles poderiam se ofender e não entender a piada. Com a convivência diária, sem perceber, ficamos meio retraídos também . E è aí que o bicho pega! Stress generalizado!
Não somente pelo fato do paîs estar passando por uma fase dificil de recuperação, mas pela falta de viver coisas novas e diferentes espontâneamente. Pra quem gosta de viver a vida metodicamente com uma pitadinha de adrenalina ( um terremoto pode ocorrer a qualquer momento), para sair do marasmo. Este é o país!!

Odores do envelhecimento



Aqui no Japão o povo diz que com o avançar da idade os odores do corpo mudam, um tal de KARESHIU, que quer dizer, odores do envelhecimento. Eu nunca tinha ouvido falar sobre isto no Brasil, talvez porque eu ainda não era velha.
Dizem que após uma certa idade, lá pelos 40 anos, ou até mais cedo, os odores do corpo começam a mudar e tem gente que consegue deixar o proprio travesseiro com bolor de môfo. O Japão é um país circundado por água de todos os lados e no verão o calor é extremamente umido. Daî o aparecimento de certos odores desagradáveis é inevitável. O calor é tão úmido que o corpo chega a ficar pegajoso e não é difícil cruzar com uma meia-duzia de pessoas com alguns odores estranhos.
Eu estou começando a crer que realmente os odores mudam com o passar dos tempos, deve ser algo relacionada a diminuição dos hormônios .  Nunca percebi isto no Brasil, talvez pelo clima seco de  São Paulo, mas aqui no Japão é incrivel como o cheiro de môfo fica impregnado nas roupas , nos lençois de cama e nas toalhas. Bom, eu já passei da fase do baby johnson , então vou começar a cuidar dos meus odores. Vou começar a tomar pó de rosas como o faz uma famosa bailarina japonesa. Segundo esta bailarina japonesa, com o tempo a pele começa a exalar pétalas de rosas. Melhor do que môfo, sem dúvida alguma. Vou me prevenir!

segunda-feira, 11 de março de 2013

memória musical



Todo mundo tem uma canção que marcou alguma fase da vida que , ao escuta-la, mesmo depois de muitos anos, ainda provoca aquele friozinho na barriga. A lembrança que tal memoria musical nos traz é sempre muito particular e nem sempre as pessoas vão entender por quê cargas d'agua você está suspirando ?

Todas as vezes que eu ouço Alex Ubago cantando : A gritos de Esperanza, eu me arrepio toda e consigo voltar 6 anos no tempo em questão de segundos. As mesmas emoções, os mesmos rostos, os mesmos sorrisos, os mesmos odores, tudo volta a mente como um filme em curta metragem. Assim como nos filmes velhos, a imagem é em preto e branco, se foram as cores da memória, restaram apenas as sensações , aquela nostalgia que nem é bem uma saudade, porque ela ficou no passado e não volta mais.
Um sonho, foi apenas um sonho.,,

...Si preguntan por tí, solo diré que te vi en mis sueños una noche...solo sueños desde entonces...

domingo, 10 de março de 2013

A lua negra e os amigos vampiros


Que grande quebra- cabeças é a astrologia. A cada dia me surpreendo mais com as minhas pequenas descobertas sobre mim mesma e os aspectos que regem a minha carta natal.
Lilith é a Lua em sua trajetória elíptica em torno da Terra, que ao passar deixa atrás de si um vácuo/vazio virtual, que foi catalogado através de experimentos astrológicos e que naquele espaço vazio e escuro, que não ilumina, influencia.

Esta ausência de luz se pode interpretar como uma área da consciência obscura e pouco acessível.

Nunca dei muita bola para este aspecto, alias, nem sabia oque era ou qual significado teria em um mapa natal.
A minha Lilith, ou lua negra, está na casa 11, das amizades . Pode ser interpretado como seletividade excessiva nos relacionamentos pessoais , que levam uma pessoa a solidão, ou amigos falsos, ou amigos excêntricos e diferentes que causam problemas . Dificuldade de se integrar a um meio social.
Tudo a ver comigo!!! Em relação a algumas amizades, sempre tive a impressão de que eles ( os falsos amigos) , queriam algo de mim e não uma amizade sana. Uma menoria (graças a Deus), queria mesmo é me usar para algum beneficio proprio. Tipo, favores sexuais, ter alguém para faze-los sentirem-se vivos, ou simplesmente para servir de quebra-galho para alguma situação ou emergência. Ainda bem que eu não sou rica, senão, seriam amigos falsos com interesses generalizados na minha vida.
Aproveitar- se de uma oportunidade ou uma ajuda que um amigo nos oferece é sinal de esperteza. Aproveitar-se da pureza e do carinho que um amigo nutre por nós , para outros fins, não importam quais sejam e nem as razões, é no mînimo abominável. Consideração e respeito são duas palavras que vem sempre antes de tudo para mim.
Amigos, são aqueles que te apoiam nos momentos dificeis, que te respeitam, que compartilham as suas alegrias e suas tristezas, que só ao abraça-lo se sente a energia luminosa e verdadeira. Amizade verdadeira é aquela que não se espera nada, não se tem espectativas e as coisas boas acontecem naturalmente. Diferente daquele amigo que está sempre sorrindo para você, sempre rindo com você, ( as vezes de você) , e que adora estar em sua companhia para sugar algo. Que seja apenas a sua energia, a sua alegria. Amigos vampiros! Destes eu estou correndo!!!
Querer bem a alguém sem nada esperar em troca é um bom sinal de uma amizade verdadeira e próspera, o resto, são amizades necessárias e conveniêntes. Também sei viver de conveniências. Se faz necessário.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Japão, o país do esconde-esconde


Conviver com os japoneses no ambiente de trabalho e se dar bem, requer um pouco de jogo de cintura, e neste quesito nós brasileiros somos experts, não é verdade?
Muitos estrangeiros trabalham juntamente com os japoneses sem entender a cultura, os costumes e a filosofia local, assim fica dificil uma boa convivência.
O Japão, no meu conceito é o país do esconde- esconde e no ambiente de trabalho vamos sempre topar com alguma situação que requer um pouco de astúcia e discrição. Favoritismo por exemplo, é uma coisa frequente entre os japoneses, afinal, este é o país dos puxa-sacos, ou gomma soori , como eles chamam os puxa- sacos por aqui. Respeitar o seu superior, mesmo que ele seja muitas vezes injusto é um mal necessário por aqui. Respeitar publicamente, não quer dizer aceitar. A hierarquia é muito respeitada por aqui, e ter a consciência de que o menor respeita o maior não é apenas um detalhe.
Os japoneses em geral, nunca vão declarar nada publicamente, defendendo suas opiniões veementemente como fazemos nós brasileiros, sempre deixam uma "duvida parando no ar" . É como se eles nos induzissem a pensar ou agir à nossa maneira sem se comprometerem. É mais ou menos assim: - Pode fazer, mas não diga que fui eu que permiti!
Entendendo esta forma de ser dos japoneses a convivência se torna mais tranquila, e como todo mundo já sabe, o povo japonês é muito preconceituoso e desconfiado, mas quando você conquista a confiança e a simpatia de um japonês , é incrivel como eles nos permitem fazer tudo sem nem se incomodarem com as nossas atitudes. Obviamente que tudo bem escondido!

facebook - Osho



Questo testo e stato copiato da facebook/ Osho italiano. Saggie parole.


Solo una persona amorevole – una che è già colma d'amore – può trovare il partner adatto.

La mia osservazione è questa: se sei infelice, troverai un'altra persona infelice. La gente infelice è attratta da gente infelice. Ed è giusto, è naturale. È un bene che le persone infelici non siano attratte dalla gente felice, altrimenti distruggerebbero la loro felicità. È più che giusto.
Solo chi è felice è attratto da individui felici.
Il simile attrae il suo simile. Le persone intelligenti si sentono attratte dalle persone intelligenti, la gente stupida è attratta dagli stupidi.

Incontri gente del tuo stesso livello. Quindi la prima cosa da ricordare è: una relazione cresciuta nell'infelicità non potrà che essere amara. Prima sii felice, sii gioioso, festoso; solo allora troverai un'altra anima gioiosa e vi sarà l'incontro di due anime danzanti, e da questo nascerà un'immensa danza.

Non cercate una relazione perché siete soli, no. In questo caso vi muoverete nella direzione sbagliata: userete l'altro come un mezzo, e l'altro userà voi come un mezzo. E nessuno vuole essere usato come un mezzo! Ogni singolo individuo è fine a se stesso. È immorale usare l’altro come un mezzo.
Prima imparate ad essere soli. La meditazione è un modo per essere soli.
E se riuscite ad essere felici in solitudine, avrete imparato il segreto dell'essere felici. Ora potrete essere felici insieme. Soltanto se siete felici avete qualcosa da condividere, da dare. E quando dai, ricevi: non è mai il contrario. Allora nasce il bisogno di amare qualcuno.
Normalmente il bisogno è di essere amato da qualcuno. È un bisogno sbagliato. È un bisogno infantile: non sei maturo. È un atteggiamento da bambino.
Nasce un bambino. Ovviamente il bambino non è in grado di amare la madre; non sa cos'è l'amore e non sa chi sono la madre o il padre. È completamente inerme. Il suo essere deve ancora integrarsi: non è un individuo, non è ancora un insieme. È soltanto una possibilità. Bisogna che la madre lo ami, che il padre lo ami, che la famiglia inondi il bambino d'amore. Per cui impara una cosa: che tutti lo devono amare. E nessuno gli insegna mai che lui deve amare. Adesso il bambino crescerà, e se rimarrà fissato in questo atteggiamento, secondo cui tutti lo devono amare, soffrirà per tutta la vita – il suo corpo crescerà, ma la sua mente rimarrà immatura.

Un individuo maturo giunge a capire l’altro tipo di bisogno: quello di amare qualcuno.
Il bisogno di essere amato è infantile, immaturo. Il bisogno di amare è indice di maturità.
E quando sei pronto ad amare qualcuno, nasce una bellissima relazione, altrimenti no.

“È possibile che in una relazione due persone si facciano del male a vicenda?” Sì, è quel che succede in tutto il mondo. Essere un bene per l'altro è molto difficile. Non sei buono nemmeno con te stesso, come puoi essere buono con l'altro?
Non ami nemmeno te stesso, come puoi amare qualcun altro? Ama te stesso, sii buono con te stesso.
I vostri cosiddetti santi vi hanno insegnato a non amare voi stessi, a non essere mai buoni con voi stessi. Dicono: Sii duro con te stesso! Vi hanno insegnato a essere gentili verso gli altri e duri verso voi stessi. Questo è assurdo.

Io vi insegno che la prima cosa - e la più importante - è essere amorevoli verso se stessi. Non essere duro, sii morbido. Prenditi cura di te stesso. Impara a perdonare le tue debolezze – un giorno dopo l'altro, e poi ancora – sette volte, settantasette volte, settecentosettantasette volte. Impara a perdonare te stesso. Non essere duro: non essere in conflitto con te stesso. Allora fiorirai.

E in questo fiorire, attirerai altri fiori. È naturale. Le pietre attraggono le pietre, i fiori attraggono i fiori. Quindi sorgerà una relazione che ha una grazia, che possiede una bellezza, che contiene in sé una benedizione. E se riesci a trovare una relazione simile, la tua relazione maturerà verso la preghiera, il tuo amore diverrà estasi, e attraverso l'amore conoscerai il divino.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Referências



Certa vez, no Brasil, conheci uma pessoa, que já havia vivido em vários países. Nasceu na Alemanha,  estudou por um tempo nos Estados Unidos, depois estudou no Brasil, e terminou os estudos na Alemanha. Ou seja, esta pessoa viveu a sua adolescência inserido em varias culturas justamente no periodo mais importante da nossa formação, a infância e a adolescencia. Segundo esta pessoa, era dificil fazer alguem que não viveu tal experiência compreender a sua falta ( ou excesso) de referências em certas fases da vida. Buscar as raízes, era esta a questão.
Creio que eu compreendo bem como é se sentir sem raízes, sem pátria. De tanto viver inserido em outras culturas, acabamos perdendo o nosso chão. Não é o mesmo que viajar e ter para aonde voltar.
A busca por nossas raízes se torna algo cada vez mais distante a medida que amadurecemos e seguimos vivendo inseridos em outras culturas. É preciso escolher aonde plantar as nossas raízes e não busca-las.
Eu como filha de japoneses, porém, brasileira  de São Paulo, vivendo no Japão ha mais de 8 anos, sei bem oque é a confusão que as pessoas fazem ao julgar a minha origem. Na Suiça, as pessoas viviam me perguntando sobre a cultura japonesa como se eu fosse conhecedora de toda a riqueza cultural deste pais. Eu não conheço ainda nem um terço desta complexa cultura oriental , e creio que as pessoas que nunca viveram aqui, nem imaginam como seja realmente o povo e a cultura japonesa.  A referência para os brasileiros são os nipo-brasileiros que são muito diferentes no comportamento e na mentalidade dos japoneses nativos.  Aparência oriental e mentalidade ocidental, com algumas heranças infiltradas no DNA. Este último, não tem como mudar.
Quando voltei ao Brasil e estive por lá por  mais de um ano, muitas pessoas me perguntavam como é que eu tinha aprendido a falar português tão fluentemente se eu havia acabado de voltar do Japão. Santa ignorância, pensei! Aquilo que era obvio para mim, para alguns era um misterio. Ao contrario dos brasileiros ( no Brasil) , os japoneses de pronto percebem que eu sou estrangeira e não japonesa, mas normalmente me confundem com uma filipina ou tailandesa. Até mesmo os filipinos me confundem com uma filipina e muitos começam a falar comigo na sua lingua nativa,  Como se eu compreendesse.
Com tanta confusão, fica dificil me posicionar como brasileira em qualquer outra cultura.  A ficha caiu para mim no Brasil. Se até no Brasil as pessoas já começaram a me confundir com uma japonesa pelo simples fato de ter vivido alguns anos no Japao. Como será daqui para frente?
No momento em que esta questão começa a nos incomodar é porque já começamos a perder as nossas raízes ( familia, cultura e país de origem) e começamos a viver a grande aventura de ser um cidadão do mundo. Tanto faz aonde estejamos e a nossa maior busca começa a se concentrar em plantar raízes em algum lugar e não mais busca-las. Claro que a nossa familia será sempre uma referência muito forte e sempre voltaremos a ela, em algum momento de nossas vidas, mas familia é  herança e não propriamente a nossa morada, falando logisticamente.
Do ponto de vista de um ex-patriado, a sua raiz não se prende a um determinado local de nascimento.

terça-feira, 5 de março de 2013

PM 2.5

PM 2.5 , são partículas microscopicas de residuos orgânicos ou metais, geralmente produzidos pelos automóveis ou pelas fabricas que ainda não tem um minimo de consciência quanto a preservação do meio ambiente e saúde pública.
Na minha " sempre" critica opinião. Este  é o resultado do crescimento desorganizado da China e da falta de consciencia de quem governa o país. Se no Japão já está assim, imagine como deve estar na China. E a saúde pública chinesa? Não vale nada?
Ventos vindos da China invadem o Japão neste periodo e como se jà não bastassem os pólens das àrvores que chegam com a primavera, mais esta!
Pessoas que sofrem de rinite são pouco propensas a adquirir a alergia dos pólens , chamado de kafunchyo aqui no Japão, porém, com a chegada da poluição proveniente da China, pessoas que antes não sofriam com os pólens da Primavera podem começar a sentir os efeitos da mescla destas duas partículas voando pelo ar.
Ontem os ventos estavam muito fortes e a noite antes de me deitar começei a espirrar . Hoje pela manhã jà estou com as vias aéreas congestionadas.
A tv japonesa está orientando a população a não sair de casa quando os indices se apresentarem muito altos, ou sair de máscara . Bom, eu tenho que ir trabalhar, não posso ficar em casa por culpa de micro-particulas de poluentes chineses. O jeito vai ser sair mascarada.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Adoro ficar á toa!



Encontrei uma comunidade no facebook que se intitulava: Adoro ficar a toa! Logo pensei em curtir a pagina, mas só haviam duas pessoas que curtiram a pagina . Então eu seria  apenas a terceira pessoa? Ah, não! Fiquei com vergonha e desisti!
Eu jurava que poderia encontrar mais pessoas que curtissem ficar a toa. Claro que ficar dias, semanas, meses , sem fazer nada é um martírio, mas ficar a tôa no nosso dia de folga é bom demais!
Não ter hora pra acordar, não ter nenhum compromisso agendado logo cedo, comer a hora que der na telha e ficar horas à fio languidamente, lendo e comendo batatinhas . Nas minhas horas à tôa , eu aprecio muito encher a minha banheira e tomar um banho relaxante com sais de Alfazema.  Eu adoro!
Dia de folga pra mim, é dia de folga mesmo! Um dia para ficar a tôa e fazer apenas aquilo que dá vontade de fazer. Nada de marcar medico, dentista, e resolver questões burocráticas ou qualquer outro compromisso que exija muito esforço  e paciência. Dia de folga pra mim é o único dia "free" , em que temos a oportunidade de não cumprir horàrios e nem compromissos. E quanto menos inventarmos oque fazer, melhor para o nosso repouso fisico e mental.
Nada de marcar programa com amigos ou coisa do gênero, compromisso não combina com dia de folga. Se quiser sair vá, sem compromisso, sem hora marcada, ou fique em casa a tôa mais um pouquinho. É bom demais, esta sensação de liberdade, de não ter compromissos com horários e nem com ninguém. Free total! Eu adoro ficar à tôa!

domingo, 3 de março de 2013

Finalmente o Sol



Após meses de inverno rigoroso, apesar de não ter nevado aqui na minha cidade ( que pena), o Sol decide aparecer . Nada de ventos a 40 km p/ hora, nada de aquecedor ligado que só resseca e enruga a pele, e nada de céu gris. Hoje a temperatura deve estar por volta de uns 10 graus lá fora. Eu acho, porque hoje é a primeira vez em 4 meses que eu abro a minha janela sem ter que ligar o aquecedor e nem me proteger do frio nos pés. A cidade de Shizuoka é realmente abençoada neste quesito, o clima é considerado sub-tropical, apesar dos ventos fortes da região e da temperatura que no inverno chega a até 0 graus, com uma sensação térmica de -3 graus.  O inverno realmente comprimi a nossa alma.
Não vejo a hora de poder andar de bicicleta até o mar e pegar um pouco de sol , pois ,  já estou parecendo uma largatixa. A temperatura ainda vai oscilar, claro, ainda está bem longe do verão que aqui começa religiosamente no final de junho e termina quando entra o mes de Outubro, quando os ventos ( mais ventos) anunciam a chegada do Outono.
Apesar do receio de ir ao mar, depois daquele tsunami horroroso que devastou o norte do Japão, vou tomar coragem e dar meus giros de bicicleta pela orla. Afinal, quem mandou voltar pra esta terra abençoada pelas forças da natureza?
Quem entra na chuva é pra se molhar!

Gentilezas alla japonesa


Mais de 8 anos convivendo com os japas ( os nativos) , aqui no Japão e eu ainda não me acostumei com certas coisas.
Uma colega de trabalho se foi. Semana passada foi o seu último dia de trabalho e justo neste dia eu estava de folga e não pude me despedir dela. Quando cheguei no trabalho, dentro do meu armario tinha um saquinho com um doce tipico japones e duas bolachinhas (cookies). Olhei para os lados e vi que tinha um pacotinho igual ao meu nos outros armários também. Nenhum bilhetinho de despedida. Foi ela quem deixou como lembrança de despedida para todos. Eles costumam sempre fazer isso quando voltam de alguma viagem, ou quando se vão para nunca mais voltar. Sei la! eu acho meio triste não poder se despedir pessoalmente . Esta japonesa em especial foi uma das poucas que eu treinei, ensinei todo o trabalho e eu particularmente tinha um certo carinho por ela, apesar dos japas terem um certo receio de aprofundar amizades com estrangeiros.
Nos últimos meses tenho encontrado muitos pacotinhos de doces no meu armário e quase nunca sei quem os deixou. Nem nome eles colocam. Forma estranha de se despedir. É como se não importasse quem o deixou e importasse apenas a atitude de quem o deixou. Uma atitude de agradecimento pelo incomodo . É assim que eles se expressam: Osewa ni narimashita! Traduzindo: - Desculpe por ter incomodado!
É realmente um povo extremamente educado e cheio de convenções, muitas vezes dificil de entender. Fico aqui pensando, o quanto eu fui indelicada de ter me demitido voluntariamente 2 vezes ( demitida uma vez também) , nunca ter deixado nem uma bolachinha nos armários e ainda por cima ter a cara-de-pau de voltar pela terceira vez de mãos abanando!
Vivendo e aprendendo! Da proxima vez que eu me demitir, ou for demitida ( será a quarta vez) , vou comprar uma caixa de cookiesss!!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Desânimo





 
                                              Meu signo no horóscopo chinês , Cavalo de fogo

Estou entrando em uma nova fase de quadraturas e oposições. Eu odeio quanto a minha Jupiter faz aspectos desarmônicos bem aonde eu preciso mais dela, mas tudo bem. Jupiter se move rápido, é o planeta da expansão e da sorte, e como dizem por ai: Tudo que é bom dura pouco. Não no meu caso porque Jupiter está formando quadraturas. No meu caso eu creio que seria : Tudo oque poderia ser bom, não passou nem perto.
Pessimismo capricorniano à parte ( eu não resisto), eu me encontro um pouco chateada comigo mesma. Eu perdi o tesão pelas pessoas. Mas será a menopausa ?
Gostaria de não estar me sentindo assim em relacão às pessoas de um modo geral, mas é mais forte do que eu. Não consigo mais controlar a minha frieza capricorniana. Nada me comove, ninguém me faz falta, e ninguém me anima.
Nao estou depressiva não, só perdi o tesão pelas pessoas. Claro que tenho amigas muito queridas, familiares, mas ninguém consegue me cativar, e aos poucos eu os vou deixando para trás, em segundo plano, nos bastidores da minha vida. E isto não é uma coisa muito legal.
Talvez esta seja uma fase de calmaria nos meus relacionamentos em geral,e eu esteja apàtica, querendo algo mais, ou muuuuito mais das pessoas. Mais emoção, mais paixão, mais euforia, mais cumplicidade. Deve ser isso. Me falta ferver o sangue de vez em quando, perder a cabeça e brigar, gritar, desligar o telefone na cara, sair correndo pra a rua sem direção, me descabelar, chorar aos soluços em meio a uma noite fria, e depois voltar  para casa de cabeça baixa, maquiagem borrada e descalça por ter perdido os sapatos em alguma praça . É assim que eu sou! Não me gosto assim, mas sinto falta de mim!