quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Ânimos de Ano Novo

 Esta virada de ano pode ter sido bem atípica para muitas pessoas, mas devo confessar que para mim não mudou muita coisa. 

O isolamento social tem mexido com os ânimos de muita gente por este mundão à fora, principalmente em países que sofreram as restricões de lockdown imposto pelo governo local. 


Aqui em terras nipônicas o governo não tem o poder de impedir que as pessoas saiam de casa, mas um pedido do governo é como uma ordem e todos os japoneses costumam acatar. Claro que existem exceções, mas é uma minoria. 

Ainda não senti o impacto dessa pandemia e só tenho a agradecer. Continuo trabalhando normalmente e continuo encontrando uns poucos amigos uma vez por mes , ou de dois em dois meses, ou de dois em dois anos. A vida social aqui ( para mim) tem sido bem restrita faz anos. O meu maior contato social tem sido em sites  e redes sociais pelo mundo. Fiz ate uma nova amizade com uma indonesiana que vive em uma ilha perto de Bali . Quem sabe será meu proximo destino de férias quando tudo isso passar. Bora! Estudar um pouco de ingles até la! 

Para este novo ano estou fazendo planos de viajar para o Brasil, e se a coisa não melhorar , talvez Tailândia, ou os dois paises. Vamos ver o que mudará após as vacinaçoes. Dificil prever em um cenario de muitas informaçoes e poucas certezas, mas o importante é sempre manter o foco e não se deixar levar pelo negativismo. 

Eu creio que o ser humano sempre se adapta a qualquer clima ou situação quando aprende a lidar com as mudanças impostas a nossa revelia , e principalmente quando se é criativo e precavido. 


Que 2021 seja a transição para esta mudança. Welcome 2021!


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Sabedoria é questão de QI




De onde vem a sabedoria das pessoas? Da vivencia de inúmeras experiências ? Da maturidade? Da religiosidade? Da velhice? 

Hoje pela milésima vez tive a triste constatação de que a sabedoria não vem com a velhice, e nem tão pouco com a religiosidade. Ela está ligada diretamente ao nosso QI ( quoeficente intelectual) , e até mesmo ao nosso QE ( quoeficiente emocional) . Uma pessoa que possua um quoeficiente  intelectual abaixo da média não é capaz de processar situações complexas em que devemos analisar todos os pontos de uma situação.     
     
Existem exceções , quando a pessoa mesmo com um QI baixissimo é possuidora de um bom senso nato. Sabe quando deve se pronunciar, sabe quando deve se calar. Mas, a grande maioria não usa o cérebro pra se manifestar, usa apenas a boca sem pensar e nem medir as consequências de seus atos. 

É triste ter que admitir que eu estava enganada em relação aos idosos. Aquela ideia romantizada do velhinho sábio e da velhinha dôce e sensata caiu por terra. Os velhos vão se tornando crianças, como se fosse uma contagem regressiva. Tornam-se mais depententes. Alguns até fraldas voltam a usar. É um verdadeiro retrocesso intelectual. E a sabedoria dos mais velhos? Depende da capacidade intelectual de cada um e do uso frequente do cérebro durante toda uma vida. 

Vovós e vovôs com baixo QI , usem a internet, façam palavras cruzadas, leiam noticias, pratiquem atividades fisicas, tomem suprimentos para a memoria. Não decepcione um filho, ou um neto, quando te pedirem um conselho. Ou , simplesmente quando queiram conversar.





domingo, 27 de dezembro de 2020

Folga de fim de ano

 

Finalmente chegaram as tão esperadas  férias de final de ano no Japão. Serão cerca de 10 dias livres pra descansar e sair da rotina. Daria até pra fazer uma pequena viagem de uma semana pra Tailândia ou Okinawa. Aproveitar o periodo pra ir ao shopping fazer aquelas comprinhas de final de ano e apreciar a decoração de Natal. Só que não! 

Segundo alguns noticiários a nova cepa do "coronha" já chegou em terras nipônicas. Putz! Esse vírus é mais rápido do que o "The flash". 

E agora? O quê fazer com esses dez dias de folga tão esperados? Alguém tem alguma sugestão? Por enquanto , a melhor opção é comer muito. Vai que não exista um amanhã. 

Quanto ao isolamento social, tô tirando de letra. Aqui em terras nipônicas o povo nem é de sociabilizar tanto quanto os povos de outros planetas. Eles curtem mais aquela aglomeração anti-social , tipo ir sozinhos em pachinkos , aquelas casas de jogos onde um senta do lado do outro pra arriscar a sorte. 

Os karaokês andam mais vazios, mas como aqui no Japão o povo costuma ir em karaokê box, aquelas salinhas privativas, o contagio fica entre quatro paredes. Talvez eu até vá com uma amiga, mas levo sempre meu kit desinfetante junto. Acho que não tem problema ne! 


Aqui é inverno, mas o sol sempre dá as caras por aqui . Vou aproveitar o dia ensolarado pra lavar os lençóis e cortinas. Também vou fazer uma caminhada solitária até a praia, se o vento gélido que vem da Sibéria permitir. Onde fica isso mesmo??

Com o restante do tempo livre , vou cozinhar algo mais trabalhoso, tipo umas coxinhas que levam horas pra ficarem prontas e ainda suja muita louça e a cozinha toda. Vou ter muito o que fazer.


Bom isolamento à todos! 






quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Nada é por acaso

 

Quando atraímos pessoas "ao acaso" , que a principio parecem ser inadequadas para nós, frequentemente o destino nos coloca de frente com lições que devemos aprender em relação a nós mesmos. Nenhuma pessoa , por mais insignificante que nos pareça entra em nossas vidas a esmo. Todas essas pessoas tem algo a lhe ensinar , todas tem algo a aprender também. 

A minha vivencia em terras nipônicas me fez entender muito sobre a mentalidade dos meus pais, mais especificamente do meu pai que era um japonês legítimo. Meu pai destoava com a forma de ser e ver a vida em terras tupuniquins. Hoje compreendo que apesar dele ter elegido o Brasil como o seu segundo lar, ele sempre se sentiu um peixe fora d'agua. 


Coisas do destino, coincidência ou não. Cá estou eu em terras niponicas me sentindo um peixe fora d'agua, com o risco de virar um filé de sashimi. 

A realidade atual que vivemos no mundo nos tem tirado um pouco da nossa zona de conforto. O amanhã é sempre uma incógnita, e isto nos causa no minimo uma certa ansiedade e tensão. Tal experiência sendo um peixinho estrangeiro em terras nipônicas não é fácil não! O pessimismo e a falta de fé em algo maior parece ter tomado conta desse povo já tão habituado a sofrer com a fúria da natureza. 

Graças a Deus fui privilegiada por haver nascido entre duas culturas totalmente diversas. A minha fé em Deus tem me blindado durante este periodo para não me infectar com o negativismo exacerbado de algumas almas samurais que não dão valor a vida. 

É inacreditável como os japoneses (nem todos) são capazes de imaginar que a morte é a solução para os males da vida. Ninguém é capaz de ao menos imaginar que o amor e a compaixão sejam a solução de muitos problemas na vida. 

Nada na vida é por acaso. Tais pessoas e vivencias me serviram para compreender que o ser humano é imperfeito em qualquer cultura, e  que aquilo que nos tranquiliza a alma é a fé . Não importa qual seja a religião, ou se não somos adeptos de uma. 


Namastē!