quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A volta ao mundo em 79 dias


Ultimamente tenho sonhado muito em estar novamente em terras européias. Sonhar é muito bom, mas ao mesmo tempo dá uma certa agonia em saber que ainda não é o momento de realiza-los. A minha realidade cotidiana está bem longe do alcance dos meus sonhos. Mas se não fosse assim , sonhos não seriam sonhos, apenas metas intangíveis a curto prazo sem nenhuma magia. 

Claro que para realizar os nossos mais caros sonhos  de adolescência é preciso mover- se de alguma forma que nos leve a esta concretização. O único problema é que às vezes eles demoram muito além da conta a se realizarem. Quanto maior o nosso anseio em vive-los ( Netuno) mais parecem distantes da nossa realidade,  e aí é quando começa a bater aquela angústia. 

Eu demorei quase uma vida toda para realizar um sonho de quando eu era apenas uma menina de cerca 8 anos, sentada na frente da tv e sonhando em dar a volta ao mundo em 79 dias, como no desenho da Hanna Barbera . 

Não consegui dar a volta ao mundo em 79 dias  dentro de um balão,  mas consegui realizar uma pequena parte dele  viajando de avião mesmo. Até onde a minha conta bancária  me permitiu, obviamente.

Creio que não exista outra sensação melhor na vida do que a de realizar um sonho. Até mesmo aquilo que dá errado nos traz uma enorme satisfação, simplesmente por fazer parte deste sonho realizado. 

Vontade louca de viver a segunda parte dos meus sonhos. Será que sonhos podem ser vividos em capítulos?

Portas & janelas


Portas da cidade de Florença ( Firenze) Itália 


Será que alguém em viagem por terras altamente históricas já se apaixonou por portas e janelas? Eu já!
Tantas paisagens belissimas, tantos museus históricos, tanta comida típica, tantos eventos culturais e eu fascinada por portas e janelas. Será que existe alguma explicação para isso?

Amo as portas da cidade de Florença ( Firenze) , e não são aquelas portas mais trabalhadas ou mais conhecidas como a porta do Paraiso que contem várias cenas bíblicas cunhadas em bronze no Duomo. Eu me refiro a aquelas portas meio medievais de alguns colégios e conventos de freiras. Quanta história não deve existir por trás delas ?

Quando eu estive em Florença me hospedei em um albergue por apenas uma noite. Um convento de freiras antigo que servia como albergue . A entrada era monumental. Uma construção antiguissima com uma porta enorrrrrrrme de madeira que abria em duas partes e ao centro aquela campainha medieval . Ao abrir o portão que mais parecia um Portal para o Paraiso ou coisa do gênero, me deparei com uma grande escadaria de vários degraus que parecia querer me  levar aos céus. 

No Brasil eu só experimentei esta sensação quando fui a Aparecida do Norte visitar a Catedral. Só fui compreender a magia que se produz ao adentrarmos tais locais quando li um pouco sobre o período   Renascentista e a intenção de fazer o homem se aproximar a Deus através das formas arquitetônicas de suas construções. Dá para imaginar o que é isso? Não dá! Nem em fotos e nem em video. Tem que estar lá de corpo, alma e mente.

Simplesmente mágico poder captar tais sensações ao observar apenas uma porta, mesmo sem conhecer a história do local . 

Fascinação é a única palavra que poderia descrever tais sensações. Pena que muitas fotos que fiz de portas e janelas fiorentinas ficaram perdidas em algum lugar no passado...

Facebook também é cultura



Não tem jeito! Esse facebook enfeitiça as pessoas. Eu tenho que abrir o facebook todos os dias como se fosse algo que já fizesse parte da minha rotina diária. As vezes é até automàtico e lá vou eu clicar na minha página do meu facebook como se fosse um vício. 

Apesar deste vício ( tudo que vicia não é bom ) , o facebook me ajuda muito a estar ligada em tudo aquilo que acontece no Brasil e pelo mundo. 

Meus contatos são pouquissimos, se eu tiver 100 contatos entre conhecidos, familiares e desconhecidos é muito. Não gosto de encher linguiça e prezo muito a minha privacidade. Nenhum conhecido ou parente distante tem a necessidade de saber o que eu fiz pela manhã, ou com quem fui jantar fora ou como andam as minhas relações íntimas. Non è vero? Se quiser saber e ter algum interesse, manda um e-mail, uma mensagem em off ,  ou telefona, certo?

O meu vicio maior no Facebook não está em ver fotos e saber das ultimas fofocas da vida alheia ( as vezes eu fuço) , mas em compartilhar idéias e pensamentos. Não sei dizer se são os meus contatos ou se sou eu, mas eu só consigo interagir e trocar idéias em algumas comunidades fechadas. A exemplo de algumas comunidades e paginas em italiano. Claro que existem várias páginas brasileiras que eu frequento sempre e me são muito úteis tipo a Veja, a Exame, a Super Interessante, e outras páginas que falam sobre a economia e assuntos gerais, mas ultimamente tenho me identificado muito com as paginas de " aforismo" em italiano e as páginas de turismo e cultura europeia. Haha! grande novidade , não?

Certa vez ( no Brasil) quando eu comentava com um amigo sobre as maravilhas da cultura européia e da sua gente fria porém civilizadíssima , o meu amigo mandou essa: "-  Você não está pensando como uma européia, você é uma europeia." Poderia ser um elogio não fosse o tom ríspido e crítico daquelas palavras. Não dá para discutir preferências com alguém que tem uma posição muito nacionalista ou patriota. É como tentar fazer um corinthiano largar a sua bandeira . Impossível. 

Nestas horas é preciso ter um mínimo de respeito com a opinião e as preferências do outro e não levar a discussão para o lado pessoal. Cada um com as suas preferências , non è vero? Ou você respeita ( e o outro também) ,ou você deixa a pessoa falando sozinha e muda de assunto. 

Voltando a questão do facebook e da minha identificação com alguns " dizeres " italianos , esta semana li uma postagem que é "absolutamente " a minha cara, mas tem muito a ver também com a mentalidade italiana. Vou tentar traduzir aqui. 

" Amo as brigas, aquelas verdadeiras, aquelas fortes. Aquelas que para fazer as pazes coloca a dura prova o orgulho. Aquelas onde a coragem serve para supera-las. Aquelas que reforçam o que é verdadeiro e dividem o que não existe". 

Totalmente fatalista e dramático, porém verdadeiro. Em algumas situações só um grande desentendimento pode trazer a aceitação do outro , ou não...


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ponto de vista

Aqui na terrinha dos comedores de miojo lamem, tempo é dinheiro. O país funciona 24 horas em função das suas grandes indústrias e quem vive dentro deste ritmo louco não tem hora certa para absolutamente nada. Eu mesma sou uma que não tenho hora certa para dormir e nem finais de semana livres. Claro que tenho os meus dias de folga em outros dias da semana, conforme manda a lei japonesa, mas quase sempre devo estar à disposição da conveniência do meu chefe. Se ele me chamar para ir trabalhar no meu dia de folga , como hoje, eu vou. 

A crise de 2009 mudou muito a rotina dos japoneses e agora eles podem se dar ao luxo de dedicar mais tempo as suas famílias e ao lazer, porém, com a diminuição das horas extras de trabalho, que na minha opinião constituía uma grande parte do salário médio japonês ,  apesar do tempo livre o povo não tem como pagar por tais momentos de lazer em família. 

Apesar da crise econômica e do avanço gradativo da economia japonesa, o ritmo de vida japonês é muito mais rápido se comparado ao ritmo de vida  brasileiro, devagar quase parando na curva do rio. 
Outro dia um colega de trabalho japonês comentava comigo que o Brasil estava muito bem em relação a muitos países e que agora não existe mais desemprego no Brasil e blá, blá, blá. 

Não há como fazer comparações de uma economia com a outra. O Japão apesar de ter perdido o seu posto de segunda potência na economia mundial para a China,  é ainda um país super hiper industrializado e quase toda economia do país gira em torno das suas grandes indústrias. 

Difícil é explicar para esse povo que vê o Brasil como uma grande e futura potência , que o Brasil ainda está muito longe de ter a qualidade de vida e o ritmo de vida acelerado de alguns países de primeiro mundo. 

Quando o nosso interesse maior é a qualidade de vida , fazer comparações entre uma economia e a outra é algo absurdo. O Japão é um país com uma cultura e mentalidade local muito bem definidas e claras. Nem sempre justas , porém muito bem traçadas. 

Poderia comparar a mentalidade japonesa como a um pai severo e rigoroso ( Saturno) que doutrina a seus filhos ,  e o Brasil como uma maē amorosa ( Câncer) porém negligente com o futuro de seus filhos. Ê isso aí!

Pena que ainda não consigo me expressar bem em japonês. Queria ter feito o meu colega japonês compreender melhor tais mudanças na economia brasileira à partir do meu ponto de vista.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Aquilo que merecemos



Existem certas frases ou afirmações que ouvimos de certas pessoas que nos perseguem para sempre. São poucas as que ouvi e que me marcaram de alguma forma, por ser realmente sabia ou por ser totalmente sabia porém ofensiva. 

Quando eu era uma microempresária novata no ramo  da estética ouvi de uma funcionária a seguinte frase: " Temos na vida aquilo que merecemos" . Ela se referia ao marido dela, que era muito complacente com ela , apesar de na época eu achar que ela não merecia tamanha complacência do marido por algumas atitudes que ela tinha dentro do casamento. Tipo um amante que a ajudava financeiramente na hora do aperto. Bom, quem sou eu para julga-la . 

Não sei se ela se referia a ela mesma quando soltou esta frase ou se ela indiretamente queria me atingir . Na época eu vivia um relacionamento que era um pouco conturbado e apesar de eu nunca ter comentado detalhes do meu relacionamento com ninguém no ambiente de trabalho, todos percebiam que eu não estava satisfeita. Aquele comentário me caiu como uma flecha certeira bem no meio da minha cabeça e me rachou em duas partes. Doeu tanto a flechada certeira que até mudei de assunto.
 
Este fato ocorreu hà uns 16 anos atrás e apesar de ter sido um comentário sem nenhuma intenção de ofender " diretamente" a ninguém ( assim penso) , eu me ofendi . Na época eu pensava que merecia sempre o melhor de tudo e de todos. 

Hoje, após tantos anos e tantas vivências compreendo que esta mesma frase ainda me serve como uma carapuça, porém não me fere mais e nem tem mais o poder de me partir em duas partes como na época. 

Continuo recebendo aquilo que mereço da vida, afinal, o grande administrador da minha própria vida sou eu mesma, apesar de Deus sempre me orientar e me mostrar os caminhos que eu deveria seguir , a opção de pegar um atalho mais rápido ou mais longo é totalmente de minha responsabilidade. 

Não estou completamente feliz com os atalhos que segui na vida, fiz algumas escolhas erradas, outras acertadíssimas para cada momento torto da minha existência, e tudo, absolutamente tudo que vivi faz de mim aquilo que sou hoje. Continuo pegando atalhos, continuo acertando e errando como hà 16 anos atrás, porém com a plena consciência de que até mesmo os nossos erros são necessários. 

Não existem momentos definitivos na vida de ninguém. Se existissem , não se chamaria vida e sim  estagnação. 

A vida não é como  a um filme romântico com um roteiro pronto e final feliz. Talvez seja mais próximo de uma novela com um último capítulo que nem dá muito IBOPE , mas deixa sempre um mistério no ar...  

sábado, 24 de agosto de 2013

Doenças psicossomáticas



Em algumas situações a ignorância das pessoas me causa uma certa sensação de impotência. Não estou de forma alguma afirmando que sou mais inteligênte ou dona da verdade, em absoluto. Mas às vezes quero ajudar as pessoas e não consigo. Frustração. 

Hoje fui tentar explicar a uma colega de trabalho brasileira que já tem lá seus quarenta e tantos anos de que a maioria das doenças que adquirimos vem do nosso estado de espírito. Não me referindo as doenças viróticas, mas até mesmo estas nos pegam em cheio quando estamos com as nossas defesas imunológicas em baixa e são agravadas pelo nosso estado psicológico. São as famosas doenças psicossomáticas. Pisoco o que????? 

Precisei dar uma aula de mente , ação e reação , enquanto ela me olhava com aquele olhar de "nuntindi nada", como se eu estivesse falando a coisa mais absurda do mundo. 

A minha colega é uma verdadeira fábrica de doenças. Um câncer no útero que foi retirado, pedras nos rins , labirintite  , e agora ela tem uma alergia meio rara que dá dentro da boca. Ela se cura de uma doença e entra em outra, como se estivesse em uma ciranda de roda. Boa parte das enfermidades que ela carrega consigo foram originadas em épocas de muita tensão em sua vida. Ok, ja passou a fase pior, agora vamos cuidar da mente?

Medicar o corpo e não medicar a mente de nada vale. Existem vários métodos que quando praticados com frequência nos ajudam a equilibrar a nossa mente e o fluxo energético do nosso corpo. 

Meditação, yoga, aromaterapia, colorimetria, reflexologia, ou qualquer outra terapia que lhe seja de agrado. Não importa o método, o importante é aprender a relaxar e esvaziar a mente todas as vezes que pensamentos negativos começarem  a querer nos dominar. Rancôr, mágoa e ódio são os piores sentimentos que não deveríamos   jamais carregar dentro de nós por mais de uma semana. Engolir sapos é outra coisa que jamais deveríamos fazer com muita frequência. Em alguma parte do nosso corpo este "bolo" irá se alojar e começar a criar o seu ninho. 

Se as pessoas tivessem um mínimo de conhecimento sobre o poder de sua própria mente, com certeza evitariam ao máximo pensar e sentir tantas emoções que envenenam a nossa mente e adoecem o nosso corpo. Senti- las é inevitável, guarda- las é opção de cada um. 

Dei a minha contribuição a minha colega esclarecendo a ela sobre as doenças de fundo psicológico. Quem sabe algum dia , quando ela quiser , compreenderá que medicar o corpo é apenas paliativo quando a mente continua doente... 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Para morrer basta estar vivo



Ontem como foi meu dia de folga e eu não consigo dormir cedo de forma alguma, fiquei assistindo alguns videos na net. Existem alguns bens curiosos, e eu com esta minha curiosidade mórbida fui assisitir a alguns videos de ataques de tubarão. Tem cada video dignos de cenas de filme de terror. Terror ao mar, tipo aqueles filmes de Steven Spielberg  dos anos 70 ou 80 . Até hoje eu me lembro daquela musiquinha de fundo nas cenas de perigo do filme Tubarão 1. 

Para mim, morrer atacado por um tubarão era coisa de filme de ficção, mas assistindo alguns videos de ataques de tubarão cheguei a um video recente, de uma garota de 18 anos que morreu após sofrer um ataque de tubarão no Recife. 

Dá para imaginar o que é você sair de férias com a família e morrer na praia? Pior, atacado por um tubarão? 

Este é o tipo de morte que eu consideraria absurda, ou improvável, mas acontece. É como morrer engasgado com um pedaço de mochi ( bolinho de arroz japonês) que é muito frequente entre os idosos aqui no Japão. 

É nestas horas que eu penso , que a única certeza que temos em vida é a morte, e o quanto a vida humana é frágil e vulnerável . 

Deixamos tantas coisas pra depois, como se ter 18 anos fosse uma garantia de vida longa e eterna. Ninguém vive com a consciência de que amanhã ao sair de casa para trabalhar em um dia chuvoso poderá ser atingido por um raio e terminar a sua história de vida em uma segunda-feira chuvosa. 
Uma chance entre mil? Ok, teria que ser um grande azarado ou abusar da própria sorte e se proteger embaixo  de uma grande árvore , como o fez a garota de 18 anos que nadava em águas perigosas. 

Nem a sorte de ter tido um socorro rápido e eficiente ela teve. Então era para ser o seu fim aos 18 anos de idade? Nenhuma doença, nenhuma bala perdida, nenhum acidente de trânsito, nenhum culpado. Morte estúpida. 

Se parássemos para pensar na fragilidade da vida humana e nos riscos mais absurdos  que corremos de perder a nossa própria vida do nada, e a vida de pessoas que nos são caras , compreenderíamos que o amanhã realmente não existe. 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Nem tudo que dá errado está errado


Se pararmos um instante para pensar e refeltir sobre o nosso destino,  aos poucos poderemos compreender que nem sempre temos total domínio sobre ele. Neste caso, serve- nos muito bem aquele velho ditado: "Querer nem sempre é poder". 

Quando algo é predestinado a acontecer, algum dia acontecerá. Fatalismo Capricorniano? Pode ser, mas eu creio muito naquelas forças do Universo que nos impelem a seguir por um determinado caminho. 

As  experiências que vivi nos ùltimos anos são uma prova viva disso. Tudo vai nos empurrando para uma determinada situação, um determinado local, e até mesmo certas pessoas se colocam em nossos caminhos de forma a dar sustentação aos acontecimentos. Tudo parece dar "perfeitamente" errado para que sigamos por um caminho que não haviamos elegido. 

É como conhecer a alguém novo , um novo amor e tudo dar errado, ou trocar de emprego para obter uma melhora profissional e tudo começar a se tornar um verdadeiro fardo. A sensação é sempre a mesma: Nadar contra a maré. 

No budismo aprendí que somos donos do nosso destino enquanto ele é mutável e tudo depende apenas da nossa determinação e fé, mas ao mesmo tempo existe uma outra categoria de " destino" ou karma que é imutável, ou seja, podemos ameniza- lo,  mas jamais deixar de vivencia- lo em algum momento da vida. 

Como dizia um famoso astrólogo argentino: Se você nasceu uma girafa, não poderá mudar o seu destino e se transformar em ser humano. Pelo menos não nesta encarnação. 

Predestinação é uma palavra muito forte. O seu significado é nada mais do que destinar com antecipação. Biblicamente falando, são os caminhos que Deus nos elegeu. Astrológicamente falando são as posições dos planetas, no momento de nosso nascimento  tendenciando o nosso destino através do nosso próprio caráter. No budismo atribuem tais acontecimentos como " A Lei do Universo". Dá para perceber que fundamentalmente são princípios bem semelhantes. 

Quando tudo aquilo que "queríamos" começa a dar errado e uma sucessão de atropelos, desencontros e uma verdadeira sucessão de situações não programadas começam a se manifestar em nossas vidas , pode ter a certeza de que este caminho está erradamente correto. São forças ocultas que nos impelem a ter que decidir por um outro caminho. Muitas vezes não é este o caminho que desejávamos percorrer , porèm, por uma razão qualquer era necessário. 

Se dessemos mais importancia a nossa intuição, aquela voz amiga que nos aconselha a não seguir em frente em determinados momentos, poderiamos evitar de gastar tanta energia em "algo" que não estava reservado para nós. Ao mesmo tempo, existem momentos na vida em que precisamos passar por todos estes erros para alcançar aquilo que é justo e merecido. Quando me refiro a "justo" e "merecido", nem sempre é algo muito agradável , porém, necessário. 

Está dando tudo errado na sua vida? Não se preocupe! É apenas o Universo tentando te mostrar o caminho correto. Seja ele agradável ou não. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O pior de nós , um amor capricorniano

nlk


Ninguém nesta vida quer admitir que possui mais invirtudes do que virtudes, todo mundo quer ser visto como uma pessoa cheia de virtudes e predicativos. Algumas pessoas conseguem fazer isso com total naturalidade, outras tem que se esforçar mais, e outras nem com reza braba não conseguem. Seria preciso nascer outra vez, ou renascer na mesma vida. Topar de frente com o pior de nós . 

Todos os meus relacionamentos afetivos me serviram muito mais como um laboratório para mim, não propriamente como uma parceria. A minha busca  sempre foi muito individual. Acabei por descobrir que eu não estava em busca de alguèm, mas de mim mesma . 

Me encontrei projetada em uma pessoa de carne e osso. Ou seja, a minha alma gêmea, não necessariamente a minha cara metade porque eramos coesos em absolutamente tudo . Gostos identicos, caráter, postura na vida, signo ( capricornio com a lua em escorpião) , relações familiares. Absolutamente tudo era igual. 

A princípio nos apaixonamos por tamanha coincidência. Tudo igual. Aos poucos vamos nos deparando com o pior de nós mesmos na imagem do outro. Nestas horas não queremos mais ser tão iguais assim e a tendência  é criticar o outro. " Não, eu não sou como você."

Este é o ponto de partida para o autoconhecimento, quando  nos deparamos com o melhor de nós e o pior de nós projetado  em uma outra pessoa. 

Capricornianos levam sempre a fama de serem frios, racionais e extremamente materialistas. Devo admitir que não è apenas fama, é uma grande marca da natureza capricorniana. Isto não quer dizer que somos o pior signo do zodíaco, mas dependendo dos aspectos que se fazem presentes no nosso mapa de nascimento, o Capricorniano consegue ser o símbolo da racionalidade fria e do orgulho desenfreado. 

Frieza ao demonstrar  emoções. Este é um pequeno detalhe da personalidade capricorniana que deveria ser estudado mais profundamente. Claro que outros aspectos poderiam amenizar esta tendência, mas se vocē è um capricorniano a 100% não hà como fugir . 

As emoções simplesmente não fluem naturalmente como deveriam porque o cérebro capricorniano racionaliza , filtra as emoções antes de senti-las na sua totalidade. 

A minha alma gêmea capricorniana não possuia expressões emocionais no olhar, mas era muito generoso em questões materiais. Um belo e caro presente  sempre demonstrava   o tamanho de seu amor. Conforme o valor dos presentes iam diminuindo podia  ir percebendo o seu desinteresse. Nunca pude  medir o grau de seu afeto pelo seu olhar , seus beijos ou o toque de suas mãos. 

Assim ele agia também com seu filho. Nunca um abraço mais demorado, nunca uma expressão mais emocional, mas os presentes eram sempre caros. Quanto amor ele desejava  demonstrar em presentes caros?

Em nenhuma das vezes que recebi tais "regalos" consegui ficar feliz. O presente que eu tanto desejava era outro. Poder ver em seus olhos a emoção daquele momento. Poderia até mesmo ser apenas uma rosa vermelha , como tantas que me regalou , mas faltava sempre a emoção do momento em seus olhos. Olhos duros, as vezes vidrados, às vezes um pouco estrábicos e sem nenhuma, absolutamente nenhuma emoção. 

Receber presentes da minha alma gêmea Capricorniana acabou por se tornar um ato corriqueiro. Por vezes nem agradecia por receber tamanho presente ( material) sem nenhuma emoção contida. 
Aquilo que lhe faltava e eu tanto desejava era um olhar menos endurecido. 

Parecia exister entre nós uma batalha invisível. Ele me dava presentes caros e eu os recusava de alguma forma, não agradeçendo ou os esquečendo pela casa. Os presentes baratos então, eu simplesmente os ignorava. Se o valor de seu amor se expressava em presentes valiosos. O que será que ele pretendia ao me oferecer coisas baratas?

Queria também que ele não fugisse das nossas despedidas e nem que me criticasse a cada volta minha. Aos poucos fui percebendo que eu esperava dele uma atitude diferente da minha. Eramos iguais, em absolutamente tudo!

Topar na vida com alguém absolutamente igual a nós nos faz refletir o quanto somos críticos em relação ao outro, do quanto esperamos das pessoas aquilo que nem nós somos "ainda" capazes de oferecer. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sonhos



O Planeta Terra era um lugar quase que inabitável. Cèu cinzento, rios transbordando e sujos , grandes edifícios    parcialmente distruídos e uma gente muito estranha trabalhando na reconstrução, eram como homosápiens do periodo palentológico com as suas vestes de pele de mamute. Eles não falavam, soltavam grunidos. 

Guindastes por toda parte que mais pareciam ter vida, como dragões de metal que me perseguiam enquanto eu caminhava. Pontes elevadiças que se levantavam do nada, como se quisessem me sacanear. 

Caí de uma ponte quando ela se ergueu e me pendurei em um dragão de metal. Fui cair em um rio cheio de pedras transparentes que mais pareciam granizo. Afundei neste mar de granizo e àgua cinzenta até o pescoço, mas fui salva por mais um guindaste que passava por alí. Não que quisesse  me salvar, eu me pendurei outra vez . 

Salva e em terra firme caminhei por ruas desertas com seus morros rochosos. Quase fui pega por um aglomerado  de bolas prateadas que voavam sem direção , Me escondi entre os morros. Em  seguida um outro aglomerado de rochas que tambèm voavam sem direção quase me golpeiam.  Corri a pedir socorro para um cidadão que caminhava nas ruas, um tipo meio indiano de pele escura. Fugiamos juntos sem rumo certo , e de repente , a sua pele começa a se cobrir com uma outra pele de aparência gelatinosa com grandes gomos. Seria um extra-terrestre? 

Ele se volta para mim, aponta uma arma ( aquela do 007) e começa a atirar. Maldito extra-terrestre, ruim de mira. Consegui fugir e me esconder em um matagal, me arrastando no barro como uma a lagarta. E fim. Acordei. 

Os sonhos são assim, começam não se sabe de onde e terminam sem nenhuma conclusão. Delírios do subconsciente. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Tormentos



Sempre que estudo um mapa natal de alguém e faço uma comparação com o meu mapa natal, descubro mais aspectos do meu proprio caráter. Na verdade a proposta é o autoconhecimento também através do outro, o quê transmitimos para o outro e como construímos os nossos relacionamentos  através destes contatos pessoais. 
Para o meu espanto, a minha característica emocional é  a de uma pessoa tormentosa. Claro que eu  já sabia e  reconhecia uma energia nervosa em mim desde pequena, mas tormentosa?
Tormento é sinônimo de sofrimento , aflição, agonia ,angústia e preocupação.  Segundo o mapa de comparação astral, eu sou capaz de criar "tormentos" pelo simples prazer de senti-los. Isso é meio sádomasoquista , não? 
É difícil identificar e aceitar  certas características da nossa propria personalidade, ainda mais quando é um tanto o quanto, depreciativa sob um aspecto emocional. 
Uma personalidade tormentosa jamais poderá viver relacionamentos harmoniosos nem com seus pais, nem com seus  filhos e nem com as  suas vítimas...ops, seus amores. 
Na verdade, pessoas com tendências tormentosas buscam relacionamentos que lhes causem extremas emoções , para o bem ou para o mal. É como um veneno, ou antídoto necessário  para a sua sobrevivência emocional. Sem isso, elas morrem emocionalmente e se tornam apáticas ao seu meio ambiente.  E o que você prefere, ser apática ou tormentosa? Eu, particularmente sou mais a segunda opção. 


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Monte Fuji - Patrimonio Mundial da Unesco


Monte Fuji - Japan 

Um dos pontos turísticos mais belos do Japão é sem dúvida alguma o Monte Fuji que se situa na região de Honshu, a oeste de Toquio, entre as províncias de Shizuoka e Yamanashi.  No mês de  Junho/2013 , o Monte Fuji recebeu da UNESCO a denominação de patrimônio mundial. 
Estima-se que mais de 200.000 pessoas escalam o Monte Fuji todos os anos, em particular no periodo de julho a agosto quando a infra- estrutura para receber os turistas e alpinistas está funcionando.  
Existem também autocarros  que portam os turistas até a quinta estação, o restante do trajeto deve ser feito a pé. Aconselha-se sempre estar em boa forma para escalar o monte Fuji porque o ar começa a ficar rarefeito após a uma certa altitude . Apesar dos meses de Julho e Agosto serem de alto- verão no Japão, a temperatura no pico do Monte Fuji gira em torno de 5 a 10 graus. Portanto, vá preparado. 
Para quem não pretende escalar o Monte Fuji e apenas fazer belas fotos, a região de Yamanashi oferece mil ângulos perfeitos para tomadas de fotos ao redor dos 5 lagos. 
No Japão comenta- se que , uma vez que um turista olha para o Monte Fuji pela primeira vez em estado de contemplação, existirá sempre uma segunda vez. O Monte Fuji nos enfeitiça de alguma forma. Eu mesma provei desta contemplação em uma estação de trem em Toquio pela primeira vez, hà quase 20 anos atrás quando meu pai me apresentou " orgulhosamente" ao símbolo de seu país natal. 


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Vênus x Netuno


Vênus em conjunção a Netuno é o típico aspecto de quem sonha com um amor idealizado, cegado pelos véus de Netuno . O meu caso. 

A astrologia tem me ajudado muito a compreender que um amor "perfeito "sob um aspecto espiritual não existe e que temos que ter os nossos pés firmes nos chão quando este aspecto se faz presente em nosso mapa natal. Acorda mulher!! 

A idealização exagerada causa danos tanto para a pessoa que idealiza um amor quanto para a pessoa que é idealizada pelo outro, mas eu me recuso a aceitar que amores com uma profunda conexão espiritual não possam existir.

Acredito apenas que as pessoas não se permitam vivência-las por puro medo de se tornarem vulneráveis demais. Afinal, amar alguém é entregar todas as nossas armas, as nossas defesas e ainda confiar que ela nunca as usará contra nós. Confiança. 

Todo amor quando "elevado" só pode começar a base de muita entrega e confiança no outro. Neste tipo de amor não pode existir a mesquinharia, o egoísmo, a competição, nem tão pouco as cobranças de nenhum gênero. Difícil não?

Nesta vida temos que ter ideais, mesmo que sejam imensamente utópicos  para os dias de hoje. Realiza-los por vezes deixa de ser um objetivo concreto. Persegui-los é o que nos alimenta a vida. 


Quando o Universo Conspira



Equilíbrio na vida, que coisinha mais difícil para nós meros mortais Capricornianos. Quando estamos muito determinados com as nossas conquistas no mundo material, simplesmente perdemos a conexão com o mundo invisível. Isto vale para o Zodíaco todo, não apenas para os Capricornianos, mas parece que nós Capricornianos somos mestres em congelar as nossas emoçōes quando o assunto é o mundo material. Nada parece ter mais importância do que a nossa segurança material. Muitas vezes acima de nossas necessidades espirituais deixamos a nossa " alma" de lado para correr atrás daquilo que nos dá segurança em terra firme, e nestes momentos nada mais é importante. 
Determinação é uma palavra que marca o caráter Capricorniano. Muitas vezes passamos por teimosos e cabeças duras. Em parte, devo admitir que isto é uma grande verdade. Não existe outro signo mais cabeça dura do que o Capricorniano. 
Ultimamente tenho perdido a minha " conexão" com o Universo emocional. Nem quando faço as minhas orações que são sempre tão poderosas tem funcionado. Falta emoção. 
Mesmo assim continuo orando sempre. A prática leva a fé e funciona do mesmo jeito, apesar dos resultados serem mais demorados. Culpa do Universo? De forma alguma! É pura falta de conexão com o todo. 
Toda oração será respondida de alguma forma, o problema está em não conseguirmos decifrar os sinais . Mente e corpo funcionando a todo vapor   e o coração em stand by.