quarta-feira, 30 de julho de 2014

Viver de verdade, ou viver a realidade


Este periodo tem sido um pouco complicado para mim e para todos os meus amigos  e conhecidos, aqui em terras nipônicas. O desânimo parece que tomou conta de todos. Será alguma quadratura coletiva?

Em 2009 quando a crise japonesa estava chegando no seu auge, fiquei como louca tentando compreender o quê raios estava acontecendo nos céus. Uma quadratura T , com vários aspectos super hiper rígidos com Saturno, Urano ,Plutão e sei lá mais quantos planetas fazendo uma verdadeira salada de " coisas" ruins nos céus. Não deu em outra: demissões em massa , assim como na crise da década de 30. 

Desta vez, a quadratura parece estar centralizada apenas no meu setor, ou seja, não é o Japão que está em crise , apenas o setor que eu trabalho . Tinha que ser! Vai ser sortuda assim , lá longe!

Pressinto que outras provações ou batalhas vem pela frente. Isto parece realmente não ter fim. Não para a minha vida. Já até me conformei e parei de remar contra a maré. Se até aspectos de " terremotos" existem no meu mapa, pra quê ignora-los. 

Se eu tivesse lido o meu mapa ainda estando no Brasil, creio que eu jamais acreditaria nesta possibilidade. Terremoto? Imagina! Que mapa mais louco. 

Pois é , já vivi dois grandissimos terremotos em terras nipônicas, o de 1995 e o de 2011. Aliás, o de 2011 foi histórico, com direito a Tsunami e tudo. Isto só acontece de 100 em 100 anos, e tinha que acontecer bem na minha vez. 

Azar. Esta é a sorte que me persegue. Quando tudo parece correr dentro daquilo que planejei, acontece algo que detona tudo. Um terremoto ( poderes de Urano) na minha vida pessoal que me vira de cabeça para baixo.  Sem contar os terremotos da natureza, aqueles sísmicos mesmo. 

Esta semana conversando com uma amiga filipina que trabalha comigo hà anos ( filipinos são muito latinos) , ela comentou comigo sobre a sua má sorte no trabalho e na vida em geral. Começamos a rir porque apesar dela ter uma certa tendência a se lamentar da vida, ela tem  lá os seus motivos que não são poucos. Problemas de saúde na sua familia parecem ser realmente um karma maligno. A maioria de seus familiares tem  problemas de saúde relacionadas a câncer de todos os gêneros.

Quando ela começou ( outra vez) a se lamentar da vida, pensei imediatamente em dete-la, faze-la parar de se lamentar e dar conselhos otimistas como eu sempre o faço. Mas desta vez eu me contive. 

Claro que sempre dou aquele tapinha nas costas dela e procuro ser solidadaria , mas desta vez eu concordei com ela. Ninguém pode se dizer feliz e sortudo na vida ( se enganar) quando aquilo que ocorre ao seu redor é a confirmação da desgraça em forma de karma familiar. 

Desta vez, o meu conselho foi assim: - Ahahahaha! Vamos rir pra não chorar! E assim caímos na gargalhada, eu com a minha má sorte e a minha amiga com o seu karma familiar.

Chega a ser patético ser otimista demais quando a situação é totalmente ao contrário e queremos fingir que tudo está bem. Por vezes, o otimismo atrapalha a função do pessimismo que é a de nos obrigar  a enxergar as coisas como elas realmente são. Doa a quem doer, e a buscar saídas criativas. 

Quem disse que o pessimista não tem tiradas criativas? Tem sim, só não é expansivo demais. 

Os azarados de plantão deveriam ter o direito de se lamentarem  sem serem rotulados de chatos, e nem tão pouco serem discriminados pela má sorte que os persegue. 

Existe alguma lei que favoreça os azarados de plantão pra que não sofram preconceitos ? 

Acho que não! É muito azar...



terça-feira, 29 de julho de 2014

Percepção alla japonesa



Convivendo entre os japoneses hà anos , pude perceber uma particularidade na raça. Não querendo generalizar, mas como todos os povos tem sempre uma certa tendência comportamental por sua cultura, localização e clima , eu ouso dizer que, os japoneses não entendem de nada.

Lhes falta aquela capacidade de perceber o que ocorre à sua volta. Palavras não ditas , olhares e gestos físicos também fazem parte da boa comunicação. E como todo mundo sabe, os japoneses não são muito de demonstrar as suas emoções em público, economizam em elogios e por aí vai. 

Aqui no meu trabalho a situação vai de mal a pior. Desde que eu regressei ao meu trabalho, creio que mais de 60 pessoas foram demitidas. Se antes eramos em 30 inspetores na minha seção , hoje nos resumimos a 8 pessoas. Recentemente foram transferidos para outros setores mais 4 inspetores. Duas mulheres e dois homens . Os homens serão obrigados a por a mão na massa literalmente, e serão transferidos para o setor operacional de maquinas. 

Ontem foi o último dia de um colega japonês como inspetor na minha seção, ele deverá trabalhar no corte de vidros e sem nem ter direito a uma hora de almoço   apenas intervalos de 15 minutos porque as maquinas não podem parar. 

É obvio que o japonês estava insatisfeito com esta mudança. Afinal, ele se candidatou a vaga de inspetor de lentes porque o trabalho era muito tranquilo . Função exercida apenas por mulheres . E ainda por cima ganhava mais só pelo fato de ser homem. 

Hà dois dias eu vinha percebendo que ele estava muito agitado. Reclamava o tempo todo, como se estivesse desanimado , e ao mesmo tempo estava muito mais gentil do que de costume comigo. Logo imaginei que ele estava agitado porque eram os seus ultimos dias na seção e uma mistura de ansiedade por ter que começar um outro trabalho ( que ele não queria) e de deixar o convivio com os colegas de sempre o estavam perturbando. Fiquei com pena do japa. Um rapaz de 24 anos , muito inteligente, comunicativo , prestativo, ex- cabelereiro e filho de pais ricos que aliás , não vivem com ele porque ele odeia o pai. 

Eu fui capaz de perceber o seu estado de ânimo por sua agitação. Quem disse que as outras japas perceberam algo? 

Uma delas veio comentar comigo que ele estava reclamando demais por não saber se fazia hora extra ou se ia embora. Bem, não é tão simples assim. Na minha concepção ele estava desmotivado e não sabia mais se valia a pena se esforçar. 

Quando chegou ao final de seu turno ele já chegou anunciando que ia embora em voz alta, como se quisesse ouvir um : Boa Sorte, ou coisa do gênero. Era o seu último dia na seção . 

Como ninguém se pronunciou, eu me virei e me despedi dele lhe desejando boa sorte no novo trabalho . Ainda lhe disse que ele faria muita falta. E pior que é verdade, ele é muito comunicativo, coisa rara entre os japas. 

Agora, as outras japas nem pra desejar boa sorte  ? 

A impressão que eu tenho com uma certa frequência é a de que aquilo que se passa dentro de nós não importa muito a esta raça. Apenas aquilo que está obvio , visível e intendível. Claro que nem todos  são insensíveis assim, mas para se fazer entender aqui no Japão é preciso falar claramente e abertamente, caso contrário , eles sempre vão imaginar as situaçōes apenas pelo seu próprio ponto de vista. 

Aquele velho ditado: Para um bom entendedor, meia -palavra basta. Não serve em terras nipônicas. Eles nunca conseguirão captar mensagens nas entre-linhas. Este fato se deve a mania de padronizar tudo, até comportamento. 

Aos poucos vou percebendo e compreendendo esta raça . Não é que sejam frios, são contidos, e não é que sejam preconceituosos, eles temem o novo e o desconhecido. E por fim, não é que sejam insensíveis, apenas não usam todos os seus sentidos, são fracos em percepção. 

Vivendo , aprendendo e mais que isso, impondo aos japoneses a minha percepção. 

Quem sabe assim, ao menos uma meia- duzia que convive comigo todos os dias , aprendam a necessidade de se comunicar também sem palavras...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

" coisas" que levo comigo



Ultimamente eu ando com muito gosto de cozinhar pra mim mesma, ao menos uma vez à semana preparo um prato especial. Não que eu seja uma exímia cozinheira.

Sempre digo que gosto e aprecio a companhia de pessoas que me ensinem algo, não importa o quê, mas me ensinem algo novo, por favor.

Nas minhas idas e vindas da Suiça-italiana, acabei por aprender a apreciar vinhos e a boa comida. Graças ao senhor feudal que apesar de ser muito chato e exigente era um Grand Chief de cozinha. Pra dizer a verdade, ele me pegou pelo estômago. 

Um prato mais saboroso do que o outro, e mesmo que fosse apenas um cozido de legumes , tinha lá um toque de requinte. Com ele aprendi a apreciar temperos que jamais pensei que fossem " usáveis" na cozinha. Aprendi a limpar aspargos pra que não sobrem fibras demais, também aprendi a usar o caldo de algum cozido pra temperar risotos. Nunca pensei que risoto de folhas de alcachofras fossem tão saborosas. 

Ele me ensinou também a transplantar flores no jardim e a preparar uma bela mesa á francesa. Confesso que não fui uma aluna muito aplicada e não conseguia nunca lembrar a posição dos talheres. 

Apesar da dificuldade em preparar pratos tão requintados e mesas tão cheias de frescura, peguei o gosto pela coisa . 

Não dispenso mais um bom vinho para acompanhar meus pratos , e as minhas saladas jã não se resumem mais em simples folhas de alface com tomate. 

Aprendi também que é preciso saber " morar", mesmo que seja em um espaço pequeno, ele deve estar sempre limpo e organizado, enfeitado com flores naturais. 

Tudo isso eu levo comigo. Foi um grande aprendizado. Apesar de na época não estar lá muito interessada , ficaram na memória em algum lugar, tanto é verdade que hoje as pratico ( ao meu modo) na minha vida. 

Pessoas, elas passam por nossas vidas e nunca levam nada, sempre nos  deixam alguma lição. Basta estar aberto para aprender, basta querer. 

Crise da meia-idade



Ontem pretendia ir a praia com uma amiga, o calor aqui no Japão está de amargar, e talvez até fosse  melhor ir a uma piscina coberta ao invés de encarar o calor úmido das praias japonesas.

Eu disse, " pretendia". Acordei cedo , coloquei meu bikini e estava esperando a minha amiga. Quem disse que ela apareceu?

Liguei para a minha amiga e ela não atendeu o telefone. Mais tarde tentei novamente , e desta vez ela atendeu. Sua voz estava diferente, como se tivesse acabado de acordar. 

- Está dormindo de novo amiga? lhe perguntei.
- No amiga, estoy con hemorragia por mis ovários desde ayer. Me respondeu a minha amiga peruana.

Não é a primeira vez que ela desmarca um compromisso para sairmos por problemas de saúde. A minha amiga está perto dos 50 anos e com problemas de alergia e quistos ovarianos. Isto sem contar os problemas de relacionamento que ela vem enfrentando com seus filhos . 

Creio que esta fase da vida entre os 40 e 50 anos deva ser a pior fase que uma mulher possa  viver. Ganho de peso, mudanças hormonais ( menopausa) e poucas expectativas no campo profissional. 

Não, não quero cair no pessimismo generalizado e fazer afirmaçōes fatalíticas desta fase, a meia-idade. Mas vamos concordar que se uma pessoa chega aos seus 40 anos com uma vida sedentária e sem maiores cuidados com a propria saúde a tendência é viver todas as mudanças hormonais desta fase da vida da pior forma possìvel.

Agradeço a Deus por estar " ainda" em forma física . O meu corpo responde a dietas e mudanças de hãbito  quase que automaticamente. Problemas de saúde " normais" e frequentes nesta fase também passam bem longe de mim. 

Como diz uma amiga: Eu sou uma exceção à regra, apesar de ser sedentària e ainda fumante. Fiz um pequeno avanço com relação ao vicio do cigarro. Troquei ( gradativamente) os cigarros de 8 mg por outros de 1 mg e apesar dos médicos de plantão dizerem que é a mesma coisa, eu não estou tão dependente do fumo como antes. 

Hábitos alimentares. Este é um detalhe que conta muito nesta fase da vida. O nosso metabolismo  já não funciona mais como aos 20 anos de idade e cada " coisinha" inocente que comemos vai se depositando com mais frequência nas regiões baixas, ou seja, da cintura para baixo. 

Não é apenas  uma questão de estética e autoestima. O acúmulo de gordura é o nosso depósito de lixo, e com isso vem o colesterol alto, problemas na bexiga ( pela pressão da gordura localizada) , dores nas pernas pelo excesso de peso que carregamos , cansaço e etc.

E quem pode ser feliz com todas estas ocorrências?

Preste atenção no seu corpo, perceba o que ele está pedindo. 

Tá com prisão de ventre? Observe o que anda comendo e com qual frequência. 

Sente muito cansaço? Observe se está dormindo as devidas 8 horas por dia, e se não lhe faltam proteínas na alimentação. Veja bem, não é a quantidade daquilo que se consome, é a qualidade daquilo que ingerimos que nos dá energia.

Preste atenção em quê anda pensando nos ultimos meses. Saúde física é reflexo da nossa atitude mental. Pura metafisica e efeitos picossomàticos na nossa saúde.

Està depressiva ou ansiosa demais? Com absoluta certeza , em algum momento e em alguma parte de seu corpo você estarà ( inconscientemente) fabricando alguma doença. 

Mente infeliz é corpo doente. Então, muito cuidado com aquilo que você cria em sua mente. 

Enfrentar a difícil fase da meia-idade  de forma saudável é possível quando nos conscientizamos daquilo que o nosso corpo nos pede e principalmente quando nós nos respeitamos. 



domingo, 27 de julho de 2014

Japão, o fim do mundo



Para quem pensa que o Japão é todo modernidade, aqui vai uma revelação: O Japão é atrasadísssimo.

Além de Toquio, todo o resto do Japão é feito de provincias que mais retratam o século passado, não somente na sua mentalidade como na forma de viver dos japoneses provincianos. Plantaçōes, templos, e mais templos. Dá para morrer de tédio.

Na era da informatização não considero normal que uma pessoa se mantenha alienada a sua propria vida , condição social e ao seu proprio quintal. A internet está aí para nos abrir um verdadeiro leque de conhecimento. 

E quem disse que eles entendem alguma língua que não seja o japonês? 

No meu facebook tenho alguns contatos japoneses e já percebi que eles não se interessam muito pelos posts que eu escrevo. Claro, não sabem ler e tem preguiça de usar o tradutor do google porque é " mendokusai" , ou seja, trabalhoso. Esta é uma palavrinha que não sai da boca  dos japas. Japonês não gosta de nada trabalhoso, apesar da imagem que vendem de povo trabalhador , eles trabalham, mas fazem corpo mole o tempo todo. 

Sempre posto fotos dos vinhos que eu aprecio. Não sou alcoolatra e não costumo beber  nada além de vinho, mas para os japoneses ( como eles não leem) , eu sou uma bêbada  que enche a cara de vinho todos os finais de semana até cair . 

Por mais que eu diga que é um mero prazer gastronômico ( unir vinhos as refeiçōes) e que atualmente està em moda no Brasil os " apreciadores de vinhos novos" , ou sommeliers , a japaiada me julga uma bêbada. 

Japoneses tem o habito de encher a cara para desestressar e poderem ser quem são, ao menos quando estão bêbados. Por ser uma questão cultural, eu também não passo de uma bêbada. 

Alias, a maioria dos meus colegas japas não sabem o que faz um sommelier de vinhos. Devem achar que é um alcoolatra também, assim como eu. 

Japão...dai me paciência meu Deus!!!


sábado, 26 de julho de 2014

Amor fiél


De todos os amores que vivi, não existe amor mais lindo do que aquele de um cão e o seu dono. Reciprocidade, dependência sadia, lealdade.  Estes são apenas alguns dos ingredientes que envolvem estes dois seres em um único amor, aquele verdadeiro. 

Percebem que o cão é submisso ao seu dono? Será este o segredo deste amor ?

Então , não serviria jamais para nòs seres humanos. Ninguém é tão submisso assim , ao ponto de esperar que o seu amado lhe dê comida na hora certa e na quantidade indicada pelo veterinário. 

Ninguém é tão submisso ao ponto de esperar por dias, semanas, ou a conveniência do seu amor para fazer aquele passeio na praça. 

Ninguém é tão submisso ao ponto de aceitar uma coleira , um chapéu torto, um vestidinho brega , uma tosa que não é ao nosso gosto. Pior ainda, que cortem o nosso rabo só porque é anti-estético.

Não, não se iludam seres humanos. Este tipo de amor só poderá existir entre um cão e seu dono. Não é amor de humanos. 

Amor de humano é exigente, não sabe esperar. Para um cão o tempo não existe, ele vai te esperar até o fim de seus dias. 

O ser humano...ahhhh...este tem um problema com o seu tempo. Vive cerca de 80 anos , isto quando não vive muito mais. Este tem tempo de sobra e não sabe esperar. É tempo demais.

O cão vive cerca de 14 anos, o tempo è curto demais para trocar de dono, deixar de ama-lo e buscar um outro. Ele não pode errar. 

O ser humano, este tem tempo demais para amar, desamar e encontrar um outro dono para o seu coração. As vezes nem encontra, com tanto tempo que lhe resta, ele procura eternamente um dono melhor para o seu coração. 

Falta de opção e perspectiva. Será este o segredo do amor que um cão nutre pelo seu dono?

Não, este tipo de amor não serve para os humanos. Este tipo de  amor foi inventado por Deus para ser vivido exclusivamente entre um cão e o seu dono. Para suprir as nossas necessidades mais intimas, a ausência alheia. 

Este tipo de amor foi  criado Por Deus para aquelas pessoas que apostaram no tempo , deixaram de amar e sairam em busca de  um novo amor , sem nunca tê-lo encontrado...

domingo, 20 de julho de 2014

Nostalgia anos 80




Quando começamos a ter saudades de coisas muito, muito antigas ,recordar de músicas do passado e ainda por cima cantar toda a música sem errar um refrão, é sinal de que estamos ficando velhinhos.

Memórias musicais do passado . Graças ao You tube eu posso revive-las de vez em quando com aquele sabor de nostalgia adolescente. 

Anos 80, 90 , para mim foram as fases mais musicais de todos os tempos. Musica de qualidade, diga-se de passagem. 

Sabe o que é você poder ouvir Bee Gees e ainda conseguir viajar no tempo, voltando a alguma noite de sàbado em um  bailinho qualquer ao som de How deep is your love?

Quanta inocência , quanto romantismo .

 E as paqueras que rolavam nos bailes? Naquele tempo ninguém ficava com ninguém, eram só paqueras. Voltava- se para casa com a imagem daquele garoto fofo que nos tirava  para dançar e ficava apenas a esperança de um dia reencontra-lo  em algum baile. 

Naquela época tinhamos vários ídolos, e mais de uma paixão platônica. Minha paixão eterna era John Travolta. Eu queria crescer e um dia me casar com ele. Também queria ser linda ,esbelta e loura como Olivia Newton-John. Mas o màximo que conseguiamos era viver paixões platônicas por algum professor do ginásio. No meu caso, o meu professor de Geografia. Ele era lindo, moderno e motoqueiro. Fui platonicamente apaixonada por ele por todo o ano letivo, depois ele foi transferido. 

Tive muita sorte de viver o brilho e a magia musical dos anos 80. Sou fièl de que não existiu outra època tão musical , o mundo parecia inspirado ao extremo e não paravam de " fabricar" canções e mais canções com teor romântico. 

Daquele tempo pra cá , nunca mais nenhum estilo musical ,banda ou cantor me marcou ao ponto de me fazer viajar no tempo e recorda-las com tanta  nostalgia. 

Anos 80... anos dourados...nostalgia.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Laboratório de astrologia



Júpiter em Conjunção com Júpiter , Sol em conjunção com Júpiter, e uns quatro aspectos kármicos que envolvem Urano, Marte, Saturno e Plutão. Tudo de bom ter apenas quatro aspectos kármicos no período. Já tive oito, está diminuindo. Não que todo aspecto kármico seja ruim, este aspecto de Jupiter em conjunção com Júpiter parece pra lá de bom e ainda por cima é kármico com abertura a um novo ciclo de 12 anos de pura expansão.

Acompanho sistematicamente o meu Mapa astral , nem tanto por querer saber sobre o futuro, mas eu ando querendo desvendar as estrelas. Quero entender como funciona este mecanismo entre as estrelas, o universo e o ser humano. 

Meu laboratörio experimental. Quando queremos ter conhecimento sobre qualquer assunto que seja é preciso experimenta-lo, esmiuça-lo ao máximo possível na prática . As teorias as deixo para os grandes mestres.

A partir de 19/7 estarei sobre as bençãos de Jupiter, em conjunção com Jupiter. Segundo o meu mapa astral este periodo termina em cerca de uma semana, mas ele é karmico e de duração de 12 anos. Não entendi nada! Vai acabar em uma semana e vai durar por 12 anos?

Só um aströlogo profissional para tirar as minhas dúvidas. 

Na falta de um bom astrologo  no momento, vou deixando as coisas acontecerem naturalmente  , mas sempre prestando muita atenção no meu proprio estado de espírito. Se os aspectos que as estrelas formam é puro reflexo daquilo que sentimos , então os aspectos ainda não existem e eu os criarei no dia 19/7 . É isso?

Muito complicada e complexa esta astrologia que me fascina totalmente . 




O primeiro protesto a gente nunca esquece


  Protesto estudantil dos anos 70. To ficando velha mesmo, todas as fotos da época estão em preto e branco.


Eu deveria ter mais ou menos 11 anos quando aprendi sobre " protestos" . Não foi em sala de aula, foi na prática mesmo. 

Fui à aula normalmente e quando chego na portaria da escola algumas peruas kombis estacionadas e a minha professora de Educação Artística estava fazendo a chamada .

Do lado de fora da Escola?

Perguntei a minha professora se era greve outra vez ( outra palavra  que aprendi na prática), e ela me respondeu :

  - Não, hoje é dia de protesto dos professores . Entra na kombi. 

Quê?????

Como eu já estava acostumada com as greves frequentes dos professores sempre ia à escola rezando pra não ter aula e eu poder voltar pra casa e assistir a Sessão da Tarde.

Dei meia volta e estava indo embora quando a minha professora , Dona Léa, este era o nome dela, me gritou: 

- Onde você vai menina? Entra na kombi que vai valer presença.

Entrei né. Meio atordoada com tudo e sem entender direito pra  onde eu estava sendo levada e pra  fazer o quê?

Dentro da kombi estavam mais alguns colegas de classe e outros que eu nunca tinha visto. Alguns animados e eufóricos, outros com cara de interrogação. 

Chegando no local do tal protesto, no centro da cidade de São Paulo ( nunca havia estado no centro sozinha), Dona Léa outra vez: 

- Desce todo mundo , peguem as bandeiras e fiquem todos juntos.

Mamaē do céu! O que são aqueles homens de fardas montados em cavalos e com cacetetes  em punho?

Medo. Não tinha outra palavra para descrever aquilo que eu estava provando no meu primeiro protesto " induzido". 

De repente , algumas pessoas  começaram a gritar frases estranhas: 

- Um, dois, três, Maluf no xadrez!

Meu Deus! E pode falar isso do Maluf? Não vamos ser presos ? Eu vou pra FEBEM?

Não sei precisar quanto tempo durou o tal protesto e nem quantas pessoas participaram, o medo me cegava, só conseguia ver os tais homens fardados à cavalo e suas caras de pessoas  do mal. 

Esta experiência na minha tenra adolescência me marcou de certa forma. Morro de medo de protestos e  aglomerações . 

A minha ex-professora, Dona Léa , não poderia ser incriminada como sequestradora de menores?

Graças a Deus, naquele tempo os protestos eram pacíficos e nada de ruim aconteceu. Terminamos o tal protesto , entramos na kombi e voltamos para a escola. UF!

A diferença dos protestos de hoje e dos de ontem, talvez tenham a ver com a política governamental da época. Que eu me lembre era o final da ditadura e o nosso Presidente era Ernesto Geisel, um militar de ascendência alemã . A democracia estava ainda dando passos tímidos. 

ARENA e MDB , estes eram os partidos que dominavam a política brasileira da época. Eu me lembro que simpatizava com o MDB por ser um partido de esquerda, só por isso. Nunca me interessei por política e até hoje não me interesso. Deve ser trauma do meu primeiro protesto.

Alguns anos se passaram , e alguns jovens cabeludos alugaram a casa que ficava bem em cima da minha. Eu gostava de um cabeludinho muito simpático que sempre brincava comigo. Eram os estudantes da USP / UNE que se reuniam lá, bem em cima da minha casa. Vai saber se o tal cabeludinho  não era o José Dirceu em fuga depois da plástica?

Aquele povo era estranho, às vezes só um casal aparecia por lá, as vezes um grupo inteiro. O dia mais estranho foi quando aqueles mesmos homens fardados que eu havia visto no protesto que participei involuntariamente, apareceram armados , com suas caras de mal ( sem os cavalos) e invadiram a casa, que por sorte estava vazia . 

Sim, eu temi pelo cabeludinho simpático que sempre brincava comigo e respirei aliviada quando os homens fardados com suas caras de mal não encontraram ninguém dentro da casa.

Nunca mais ví o cabeludinho simpático e a casa foi novamente alugada por uma familia. 

Nos meses seguintes a este ocorrido aqueles mesmos homens fardados e com cara de mal começaram a vir todos os dias no meu bairro . Eu na minha santa ingenuidade pensava que era alguém do comércio que os haviam contratado. 

Hoje compreendo que eles estavam por lá pra  surpreender os jovens cabeludinhos estudantes da USP . Ouvi rumores de que eles , os homens fardados sequestravam os estudantes da USP em plena sala de aula e simplesmente sumiam com eles.

Assim como a minha professora , Dona Léa fez comigo?

Tá! menos, menos. Ela me devolveu. 

Talvez por ter vivido esta inocênte experiência e ter presenciado alguns fatos do passado eu não consiga odiar algumas figuras da política atual. Tem gente que lutou a vida inteira pela democracia no país e hoje são apenas bandidos e corruptos. Quanto mal a política brasileira não fez aos cabeludinhos idealistas da USP de ontem?  Triste realidade atual.

Recordações da minha tenra adolescência. Imagina lembrar de Ernesto Geisel  na presidência do país e de José Dirceu na UNE?

Tô ficando velha....







Previsões : Acertos e erros



Terminada a Copa e por aquilo que eu lí nos noticiários , ninguém acertou a final da Copa. Nenhum astrólogo, nenhum vidente e nenhum tarólogo. Alguns acertos, mas nenhum foi 100% assertivo.

Para mim esta Copa foi uma surpresa do começo ao fim. 

As probabilidades do Brasil não chegar as finais era grande, não porque as estrelas não estavam à favor, o time era ruim mesmo. Não precisava ser expert e nem vidente para prever o fracasso da seleção brasileira. 

Na minha humilde opinião, o Brasil poderia ter perdido , mas mostrado  mais garra. Acredito que a equipe toda amarelou com tamanha responsabilidade. Perceberam como eles não corriam em campo, meio perdidos e pés pesados?

Medo de dar um passe errado, ou coisa do gênero, preferiram ficar em inércia total, feito zumbis em campo. Medo, este foi o grande fracasso da seleção.

Voltando ao assunto dos adivinhões de plantão...

A astrologia não é mágica, e interpretar os aspectos que se fazem nos céus em um dado momento é sempre muito subjetivo. Os aspectos existem, as tendências são reais , mas equilibrar estes aspectos em uma Carta Natal e ser assertivo  ao 100% é impossível.

Alguns aspectos são muito bem definidos, claros , e outros são subjetivos demais. Unir todas estas informações e acertar todas as previsões é tarefa difícil. Aí entraria um pouco de intuição natural para fechar o prognóstico.

Uma  famosissima aströloga brasileira  acertou que a seleção brasileira não se classificaria para a final , e suas previsões incluiam a Alemanha e a Argentina na final com vitória para a equipe Argentina. Muito bem, onde será que ela errou?

Segundo a astróloga ( não vi os mapas) o Mapa de Messi , o jogador argentino estava muito bom, e isto seria uma garantia para a vitória Argentina. Claro que ela deve ter analisado o mapa da seleção Alemã e ter visto o sacrifício que seria o jogo. Um gol da Argentina foi anulado. Veja só a dificuldade.

Com o mapa pra lá de positivo de Messi ( ele ganhou um troféu) ,e os aspectos de dificuldades na partida , ela deve ter deduzido que a Argentina seria a Campeã. E quase foi. Dificil prever este " quase". 

Resumindo, quero dizer que astrologia não é magia, não tem poderes . As estrelas se posicionam à favor ou não. Por vezes um aspecto anula o outro, e assim vai. Traduzir o que as estrelas querem nos dizer e acertar com precisão em casos assim é impossível.

A astrologia trabalha com tendências e não com fatos . Exigir acertos precisos é querer demais. 

Esta é a minha humilde opinião. Não sou astróloga , portanto , não posso estar afirmando nada, mas por tudo que venho estudando e observando na prática, é bem por aí. Que o diga Santo Agostinho e suas dùvidas com seus conhecimentos sobre Astrologia , Deus e livre-arbítrio. 

Quanto aos tarólogos e videntes. Para ser assertivo  é preciso ter muito mais do que estudos e prática , um dom natural : a clarividência. Algumas pessoas tem, a maioria não. Intuição aguçada também não basta para ser assertivo, é preciso fazer uso de todos os sentidos. 

Agora vamos analisar o bom desempenho do time alemão e sua energia vibracional...

Não vamos ignorar o fato dos alemães terem se preparado durante anos antes da Copa. Disciplina , dedicação e senso de equipe foram fundamentais para alcançar a vitória.

Unindo estas qualidades e a " harmonia" que unia a equipe alemã, não deu em outra: A vitória.

A equipe Alemã foi considerada, antes mesmo da vitória, a equipe mais bem humorada e integrada com o novo ambiente. Percebem a harmoniosidade dos alemães em todos os seus passos e atitudes durante a Copa?

A vibração alemã era tão boa que até ganharam o coração da torcida brasileira e mesmo que eles não ganhassem a taça, já teriam conquistado um país. Harmonia com o ambiente e com o todo, esta foi a arma principal que os mantiveram " equilibrados" emocionalmente durante toda a Copa.

Nem preciso analisar a vibração da equipe brasileira e da Argentina ne? Um com medo e outro com fome demais. Os brasileiros choraram à cada frustração ( medo) , os argentinos se fecharam com ares carrancudos ( soberbia?) Que vibração é esta? 

Quem está ao nosso redor recebe tais vibrações e reaciona igual, imaginem um estádio inteiro recebendo tais vibrações? 

Só pode dar em merda.

Somos todos um. Pequenos pontos dentro de um grande macrocosmos que reaciona à cada vibração. Até mesmo os piores aspectos astrológicos podem ser amenizados ou piorados dependendo daquilo que levamos dentro. 

Ta aí a minha reflexão do dia: Energias , terrenas ou não, o universo é um só!







domingo, 13 de julho de 2014

Ich liebe deutsch!

 Minestrone ( o alemão) , depois de cair antes mesmo de levantar um voo. Saudadessss! 

Antes de conhecer de perto um alemão ( só conheci dois) , eu confesso que tinha um pouco de receio dessa raça. Nös brasileiros sabemos pouco sobre outras culturas e seus costumes. Ainda sei pouco sobre os alemães, mas se tem uma coisa que me impressionou no comportamento dos alemaēs é a educação. A fineza de não tripudiar sobre os brasileiros com o vexame que sofremos na Copa. 

Se fosse o contrário, com certeza nós brasileiros já estariamos tirando sarro, tripudiando e criticando como o fazem os argentinos, italianos ,portuguêses e alguns espanhois. 

Talvez seja a frieza emocional tipica dos alemaēs, ou a pouca importância que dão ao futebol , em comparação aos brasileiros. Pode ser que para eles , a Copa do Mundo seja apenas mais uma competição esportiva. Para nós brasileiros representa muito mais que isso.

Com a realização da Copa do Mundo e a postura alemã diante dos fatos, estou começando a gostar dos xucrutis...

Não apenas por aquilo que a mídia diz sobre eles. Eu tive uma ótima impressão do primeiro alemão que eu conheci na minha vida. Um alemão que vivia na Suiça e trabalhava como reparador de tetos. 

O apelidamos de Minestrone porque ele estava fazendo dieta para perder alguns quilos e poder voar com mais segurança com o seu paraglider. 

O tipo era meio selvagem, peidava andando à sua frente e nem olhava pra tràs. Tomava a sua sopa dieta ( minestrone em italiano) no meio de uma praça e lavava a colher em um córrego. Tudo muito selvagem. Às vezes ele arrotava  também. Enfim, muito animalesco o alemão.

Apesar de seu modo grosseiro, meio frio ,indiferente e quase sempre mau-humorado, ele adorava fazer piadas e dar altas gargalhadas. Ele era mesmo uma figura.

Aquilo que mais me impressionou nesta figura, foi o fato dele ter se oferecido a se casar comigo para resolvermos uma questão de visto  de permanência. Sem ganhar nada em troca. Afinal, eu era uma estrangeira qualquer que namorava ( 1 vez ao ano) um seu amigo suiço que não queria se casar comigo com receio de perder a liberdade e os seus bens materiais. 

O alemão foi direto: - Vamos resolver esse problema! Eu caso com ela , e ela fica! 

Ficamos boquiabertos ( eu e o suiço) e nem me lembrei de agradeçer a ele pelo sacrifício que normalmente em questões de casamento forjado custa no mínimo uns 5.000 euros, ou mais.

Em muitas situações o percebi frio, assim como todos os alemães são, quando comparados aos brasileiros, mas esta grandeza de coração talvez seja uma caracteristica à mais que nós brasileiros ainda desconhecemos dos  herdeiros de Hitler. 

Ich liebe Deustch!!!



Tristeza e frustração - Brasileiros pelo mundo



Nunca fui muito interessada em partidas de futebol, aliás, a grande maioria das mulheres brasileiras tem pouco interesse por este tema. Parece até que futebol é assunto para os marmanjos de plantão e suas torcidas organizadas.

Quando o assunto é a Copa do Mundo, aí a coisa muda de figura. A família brasileira torce pelo seu time, desde o avô ao seu netinho. Não são os mesmos torcedores de sempre que torcem pelo seu time preferido de futebol , a abrangência é total e o povo brasileiro torce pela sua bandeira, a sua pátria.

Assim ocorreu  também comigo. Torci pelo meu Brasil, pela alegria que este povo ( quase ingênuo) merecia viver. Não me refiro a classe A e nem a classe B que desde que conheço o Brasil como país, vivem em um outro mundo dentro do mesmo espaço. Me refiro a aqueles menos afortunados que não tiveram acesso a bons estudos, boa formação , salário digno e direito a um terço de qualidade de vida. 

Me refiro a aquele brasileiro trabalhador, humilde e honesto que assistiu aos jogos da Copa através da tv e que não teria nem em sonho a oportunidade de ir assistir a uma partida da seleção brasileira porque o seu salário mau cobre as despesas básicas do mês. Me refiro a aquele brasileiro que para fazer parte desta grande festa ficou do lado de fora dos estádios, ouvindo os gritos da galera de dentro dos estádios e mesmo assim sentiu todas as emoções à cada momento.

Emoções. Pois é! O brasileiro é muito emocional e para muitos o desempenho do nosso time que vestia a nossa bandeira nacional causou muita , muita frustração.

Vivendo aqui fora, longe do Brasil, a visão que temos como brasileiros diante de tamanha frustração parece ser mais dolorosa. Não sei se serei capaz de traduzir em poucas e objetivas palavras, mas a sensação é de uma frustração confirmada.

Para muitos brasileiros que deixaram o seu país , por inúmeras razões, fica sempre uma sensação de estar traindo o próprio país. Aquela sensação de egoísmo, do tipo : Deixei o meu país porque ele não me oferecia aquilo que eu necessitava. 

É como divorciar-se de alguém que por muitos anos nos amou, nos acolheu e com o passar dos anos  e das experiências vividas já não serve mais para os nossos anseios. A solução ( nem sempre fácil) é de deixa-lo para trás e buscar novos rumos.

Assim foi comigo. Me divorciei do Brasil. 

Criticar o Brasil é muito fácil estando longe. Esperar que um dia o país melhore para regressar também é muito cômodo. Já me vi nestas duas situações por várias ocasiões.

A minha decisão de viver fora do Brasil aos poucos está tomando formas mais claras. Não quero mais retornar. E por mais estranho que pareça, isto doi no fundo da alma.

Não há como arrancar o Brasil do coração quando tivemos o prazer e o privilégio de nascer em terras tupiniquins. O Brasil com todos os seus defeitos nos acorrenta, nos impregna a alma.

Deixa-lo é opção, deixar de ama-lo é ilusão. 

Vivendo em terras nipônicas hà anos, me aconselharam por várias vezes a optar pela nacionalidade japonesa. Assim as coisas se tornariam mais fáceis sob alguns aspectos. 

Teimosia Capricorniana ou não, me recuso a mudar a minha nacionalidade. Posso ir viver no Polo-Sul,que continuarei a adentrar em terras estrangeiras com o meu passaporte azul ( não mais verde), e naturalidade paulistana com ascendência japonesa. 

Claro que não é um passaporte que dirá o quanto eu sou ou não brasileira, aquilo que conta de verdade é a emoção que carregamos no peito , não importando o quão distante estamos.

O Brasil teve a sua maior derrota ( histörica) no futebol. Doeu. Não pela seleção e nem pelo futebol, doeu pela tristeza, insatisfação  e frustração que o povo brasileiro vive na atualidade , em termos gerais , e a confirmação   de que a até o nosso futebol se tornou decadente demais. 

Como eu disse acima, não me refiro a classe mais abastada, me refiro a aqueles brasileiros que tinham no futebol da seleção brasileira o seu ùnico orgulho, a sua ùnica referência como brasileiro perante o mundo. 

Força  Brazil ! Força brasileiros! Brazil com "Z" porque aqui quem vos escreve é uma brasileira que se divorciou do Brasil e nem por isso deixou de ama-lo. 




quinta-feira, 10 de julho de 2014

A grande final da Copa



Qual será a grande final?

Alguns dizem que será entre Alemanha e Holanda, outros arriscam no time Argentino. Eu sinceramente nunca poderia imaginar a Argentina na final , muito menos levando a taça de Campeã Mundial de 2014 em terras brasileiras. 

Sabe o que significa esta possibilidade  para muitos brasileiros?

Desilusão. Acredito que não exista outra palavra para definir o sentimento nacional após tantas manifestações contrárias a Copa e o péssimo desempenho da seleção brasileira que mais parecia que estava  " zicada". 

Seria menos doloroso e mais aceitável os bilhões gastos na construção de estádios se o Brasil ao menos tivesse jogado. Não, eles não jogaram como um time. Tiveram uma participação especial com direito a um vexame histórico para a seleção brasileira. 

Daqui a alguns anos o seu filho poderá abrir as paginas de pesquisas do google e lá vai estar no histórico brasileiro a derrota de 7x1 para a Alemanha, em terras brasileiras. 

Imagina se a Argentina levar mesmo esta Taça?

O brasileiro terá que literalmente engolir as provocações daquele gordinho. Como é que é mesmo o nome dele? Ah, Maradona, aquele que é mais rei do que o Pelé. 

Pode até ser. O nosso rei já perdeu o seu trono hà muito tempo com as suas declarações infelizes . 

No atual momento brasileiro, nem importa mais quem vai levar a Copa, a merda já está feita e não tem mais volta. Quando a coisa começa errada, a tendência é sempre piorar. Lei de Murph?

Apesar de toda a desilusão que esta Copa do Mundo nos trouxe, sou de opinião que toda desilusão faz crescer. O brasileiro forçozamente terá que engolir, além do vexame, além dos bilhões gastos com os estádios, a possibilidade da Argentina fazer a sua festa na final. E como todos nós já sabemos, os argentinos são provocadores .

 Além da desilusão, não pelo Brasil não ter se classificado para a final, mas muito mais pelo fato de não terem jogado verdadeiramente como a um time, o brasileiro terá  que engolir a seco críticas e comentārios maldosos quanto ao péssimo desempenho da seleção brasileira e o pré- julgamento do mundo em relação ao comportamento do brasileiro em geral. 

Vaiar o hino nacional do Chile foi muito desrespeitoso. Tocar fogo em ônibus da rede pública logo após o "vexame" nacional , foi outro ato inadmissível e animalesco. Claro que não é  a maioria que promove tanto vandalismo e falta de respeito com os nossos vizinhos, mas  estas cenas circulam pela mídia a jato, e o julgamento vem a jato também. 

Terminando a Copa, aqueles que serão julgados para bem ou para o mal não serão os jogadores da seleção brasileira ,que aliás, continuarão recebendo seus ricos salários,  e nem tão pouco a nossa odiada Presidenta em exercício. Será o próprio povo brasileiro. Que vale salientar, ainda é o povo mais hospitaleiro e alegre do mundo. 

Dignidade, esta é a atitude que deveria estar estampada no rosto e nas bandeiras do Brasil. Perdemos a nossa dignidade hà muito tempo , o respeito com a nossa própria Pátria. Cantar o Hino Nacional prolongadamente em todas as partidas da Copa não significa absolutamente nada quando não se é orgulhoso da Pátria onde se vive. 

Recuperar esta tal dignidade poderá levar algum tempo, e na minha opinião , a realização desta " bendita" Copa do Mundo em terras brasileiras não foi com o intuito de dar mais um título ao país do futebol, e nem tão pouco uma estratégia política para a reeleição de tal odiada Presidenta em exercício. Que aliás, anda subindo nas pesquisas. Presta Atenção!

 O verdadeiro intuito desta Copa é o de fazer o povo brasileiro chegar ao seu limite, e compreender " finalmente" que quem faz uma nação não é um Presidente  e sim a nação que o elege e o fiscaliza . 





domingo, 6 de julho de 2014

Mapa natal gratis



Quando eu digo que os espanhóis são fantásticos astrólogos e tarologos, não estou exagerando .
De todos os sites que pesquisei na net os melhores, mais precisos e mais detalhados são os sites espanhois. 

Mapa Natal é apenas para autoconhecimento. Se você quer saber o que acontecerá na sua vida em um futuro próximo deve consultar outros prognösticos  astrais. Tendo em conta sempre que são apenas tendências do periodo e tudo dependerá muito mais da nossa propria capacidade de vivenciar tais periodos. 

Aqui vai o link do site espanhol

http://www.webgranada.com/HoroscopoNatal.asp

Povo reclamão



Todas as vezes que falo com algum amigo ou parente do Brasil, vem aquele comentário de sempre. Alguns reclamam do PT, outros da Dilma, outros dos milhões gastos na Copa e assim a conversa segue entre reclamações e lamentações. 

Desde que eu me conheço por gente eu ouvia os meus professores do ginásio criticando a educação e a saúde pública brasileira. Passados alguns ( muitos) anos, a reclamação ainda é a mesma. 

Na minha humilde opinião, o brasileiro não sabe votar. Anular voto não é opção, é conformismo. Votar no candidato que tem a melhor oratória e imagem também não é opção consciente. Vejam só o que aconteceu com Fernando Collor.

Para mim, Lula sempre foi um grande ativista e que fez muitas conquistas para os metalurgicos do ABC, nunca o imaginei como um Presidente da República. A política brasileira é podre e quem entra neste meio apodrece e enriquece junto. 

Ainda no Brasil, me recordo que o único voto que fiz consciente foi para um vereador ou deputado federal na época, Guilherme Afif Domingos . A plataforma de Guilherme Afif buscava os interesses dos microempresários e para mim, ele era o candidato do momento. Fui favorecida na época pelos seus projetos de lei. Hoje nem sei dizer se ele está vivo ainda ou se enriqueceu ilicitamente. 

Outra candidata que teve o meu voto consciente foi Ruth Escobar. Na época defensora dos direitos da mulher brasileira. Hoje, também nåo sei dizer que fim deu esta deputada. 

Enfim, foram pouquissimas as vezes que escolhi meus candidatos de forma consciente. E quem é que. tem consciência política aos 18 anos de idade? Me lembro que votei no Paulo Maluf por vârias ocasiões porque ele era o político que estava sempre na mídia e que construia mais. Também roubava mais, e o povo nem estava preocupado. 

Me lembro de uma frase  da época : - Maluf rouba mas faz! 

Será que o Brasil mudou a sua mentalidade no momento  de eleger o seu candidato?

E o Tiririca no Congresso? Ele foi eleito por milhões de votos. Mas a sua plataforma era de interesse pessoal. Melhorias no mundo circense. Será que existem tantos " palhaços " e " malabaristas" no Brasil para elegerem um comediante que defende os interesses do mundo circense?

Tiririca é um vitorioso. Saiu do mundo circense para a tv. Mas deixa ele quieto lá naquilo que ele sabe fazer muito bem : contar piadas. 

Um irmão de um amigo meu, se candidatou para vereador em São Paulo, a sua plataforma era a de melhorar o atendimento geriâtrico   no Hospital das Clínicas em São Paulo. Louvavel a sua plataforma não? E ele por acaso foi eleito?

No Brasil a mídia sempre vence , e aquele que está na mídia sempre terá a maior votação, não importando qual a sua plataforma.

Como eu estou fora do Brasil já ha alguns anos , nem posso criticar muito e nem votar de forma consciênte sem antes estudar a plataforma de cada candidato e o seu curriculum na vida política. 

Sempre votei em candidatos que defendiam plataformas políticas que iam de encontro com aquilo que acredito e com aquilo que me interessa de alguma forma. Não sou hipócrita . 

Quem elegeu o Tiririca tem interesse em quê?

O Brasileiro é um povo de massas, e aonde a vaca vai o boi vai atrás. 

Brasileiros e brasileiras. Parem de assistir as novelas tendênciosas da Rede Globo . Já é um bom começo. 




Uma palavra basta


Com as últimas notícias da Copa e a saida de Neymar da semi-final, circulam pela net depoimentos de seus familiares que são no mínimo comoventes. 

Sua relação com o pai , a vejo fantástica. Sem dúvida alguma o nosso astro do futebol é o que é hoje por ter recebido muito apoio da familia . Claro que não vamos negar o seu talento nato. Algumas pessoas já nascem com isso, assim fica até mais fácil receber apoio de quem quer que seja. Mas vamos admitir. Não é facil se tornar e se manter um astro , que seja em qualquer profissão. É preciso muita disciplina e dedicação.

Muitas pessoas nascem com dons, que por vezes passam desapercebidos, não recebem estímulo e assim a vida vai passando e aquilo que era talento nato se transforma em um mero hobby.

Quando digo estímulo, não me refiro a ajuda financeira, me refiro a palavras de incentivo. Uma palavra basta para estimular um adolescente , e uma palavra basta para desestimular igualmente. 

Na fase da adolescência somos cheios de medos, dúvidas, inseguranças que nos norteam a mente. Um comentário, uma crítica , uma simples palavra pode nos sentenciar pelo resto de nossas vidas de forma inconsciente na vida adulta. Por  mais que nos esforçemos com as nossas conquistas vem sempre em mente aquela palavrinha , aquela frase inconsequênte que seu pai ou sua maē proferiram sem nenhuma intenção. 

- Vai trabalhar de qualquer coisa , mas não fique em casa sem fazer nada. Esta era a frase que eu ouvia de minha maē com uma certa frequência quando eu era ainda adolescente. 

"Qualquer coisa" , além de ser muito vasto é depreciativo demais. 

Analisando a minha vida profissional ,os meus dons natos e as recordações da infância e da adolescência percebo que segui a risca os conselhos de minha maē. As àreas onde atuei e as empresas que trabalhei ao longo da minha vida demonstram o quanto eu me perdi em meio a " qualquer coisa". 

Vendedora de loja, assistente de dentista, auxiliar administrativa,operadora  de micro,  depiladora, microempresária, gerente loja e tantas outras funções que me atribuiam por eu ser capaz de fazer " qualquer coisa". Não tinha medo e abraçava " qualquer coisa". 

Em algumas empresas onde trabalhei me chamavam de " A Coringa" , servia em qualquer função. Por um lado é òtimo ser assim tão versátil, mas por um outro lado, uma pessoa assim se perde em funções não qualificadas. 

Dons natos, tenho aos montes, mas algo dentro de mim ainda diz: Isto é " qualquer coisa", e assim tais talentos não se desenvolvem , não amadurecem e não se concretizam de forma prática . 

Libertar-se de tais lembranças da infância e da adolescência requer uma verdadeira lavagem cerebral. Esquecer aquilo que nos foi ensinado na infância é tarefa árdua. Podemos agir sempre contra, mas a informação colhida na època se manterá em alguma parte da nossa memória , nos levando a repetir sempre os mesmos erros . 

Ter consciência do nosso "todo" já é um bom começo. Somos feitos daquilo que vivênciamos, das experiências que tivemos ao longo de nossas vidas e das " palavras" que ouvimos de pessoas que nos são caras . 

Uma palavra, uma única palavra de estimulo ou desestimulo pode marcar uma criança para sempre. Somos feitos de emoções e aquilo que mais nos emociona ( positivamente , ou negativamente) é aquilo que restará dentro de nós. 

Reflexão do dia: Não economize elogios em relação ao seu filho e jamais o faça se sentir " qualquer coisa". 




sexta-feira, 4 de julho de 2014

Coisas do Japão


                                    Japa Ninja casadoira exterminadora de baratas 


Meu pai era japonês legítimo, imigrante do pós guerra que  desembarcou em terras brasileiras quando ele já tinha  lá seus 20 anos.  Portanto, com hábitos e costumes bem arraigados na cultura japonesa. 

Apesar dele ter sido um típico japonês que vivenciou parte da segunda guerra mundial, ele nunca havia nos ensinado sobre  as verdadeiras características do povo japonês. Talvez no seu tempo o Japão fosse outro.

A verdade é , que cada vez que assisto a algum programa da televisão japonesa e fico prestando atenção nos assuntos aleatórios de alguns apresentadores e seus convidados , eu fico cada dia mais pasma com a mentalidade japonesa.

Não bastasse o vereador chorão japonês que está fazendo o maior sucesso na net...

Em um dos programas de auditório da tv japonesa fizeram uma pesquisa para saber com que tipo de mulher um japonês jamais se casaria, e o vencedor da enquete  foi : Mulher com letra feia.

Achei um absurdo e morri de rir. Mas dá para entender .  No Japão algumas mulheres fazem até curso para aprender a escrever kanjis com pinceis e nankin. Faz parte da cultura japonesa. Dá para perdoar esta esquisitice.

Hoje assistindo a um programa de tv junto com uma amiga japa. Um certo  japonês que não sei quem é, talvez um ator, ou cantor das antigas, estava relatando o porquê dele ter  decidido se casar com a sua atual esposa. 

Ele mais do que naturalmente começou a contar os detalhes de um de seus encontros com a atual esposa, onde ele teve a absoluta certeza de que ela seria a pessoa ideal para conviver com ele pelo resto da vida.

Não foi por sua beleza, nem inteligência, nem por suas curvas, nem por afinidade e nem tão pouco por paixão ou amor a primeira vista. 

Ela seria a mulher ideal para se casar com ele porque ela não tinha medo de matar baratas. Olha que coisa mais meiga e mais romântica.

Segundo o japa entrevistado, ele tinha trauma de baratas desde a infância e viu na esposa a solução para os seus temores . Não é meigo demais, esse japa?

Os japoneses se casam por motivos que nós brasileiros não poderiamos jamais imaginar. Claro que existem " ainda" pessoas normais no Japão que se casam por amor, por paixão, por interesse, por querer constituir familia e por afinidade, mas tem um leque de pessoas que se casam por motivos inimagináveis e mesmo assim são felizes ,cada um a sua maneira.

Ainda não entendi porque será que eu não arrumo um marido aqui em terras nipônicas?

Eu mato baratas e aranhas também. Será que a minha letra é feia?