segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Pegar o bonde errado



Logo que regressei ao Japão , após um período de pouco mais de um ano e meio, vivi algumas experiências desastrosas logo no  meu regresso ao país do Sol Nascente, e quando as coisas começam erradas tendem sempre a seguir o mesmo curso . 

 Fui direto para o aeroporto de Kansai  em Osaka e lá no aeroporto já começaram a acontecer algumas coisinhas fora do esperado. Fui a ultima a sair da imigração por que eu não sabia o meu endereço novo e não me autorizaram a entrada no país até que verificassem a direção ( de uma outra cidade) que estava afixada  a  minha bagagem. Fiquei horas esperando com o risco do meu agente me abandonar no aeroporto e eu sem nem saber o meu novo endereço. Graças a Deus o meu agente era um senhor muito paciente e me esperou por mais de uma hora. O aeroporto já estava vazio.

Chegando na minha nova residência e novo trabalho, sofri uma espécie de ijime ( bulling) logo ao ingressar no meu novo trabalho. Claro que eu não suportei o bulling e em menos de 2 semanas me mandei de mala e cuia para Shizuoka , cidade onde vivi por mais de 7 anos , sem nem cumprir o meu contrato de trabalho. 

Eu já vivo no Japão hà alguns anos mas eu ainda não sei me locomover pelas cidades japonesas. Não sei dizer ao certo se é culpa do meu senso de direção ou se são as escritas em kanji que me confundem a mente. Talvez as duas coisas juntas. 

Enfim, fiquei cerca de 1 hora rodando de um lado ao outro na estação de trem de Higashi- Osaka e não conseguia de forma alguma encontrar a plataforma de embarque do trem ( trem bala) . O horário de embarque estava passando e eu entrei no primeiro trem que tinha o mesmo horário que o meu trem em direção a Shizuoka. A porta imediatamente se fechou após o meu embarque, nem deu tempo de me arrepender de ter entrado no trem sem nem averiguar se era o trem certo. Fazer o que? Relaxei e segui viagem.

Procurei o meu assento ( reservado) e me sentei . Ufff! finalmente. Após quase uma hora  de viagem o trem fez a sua primeira parada  e um casal de japoneses ficou parado ao lado do meu assento com o bilhete na mão. Um olhava para a cara do outro, depois olhavam para o bilhete , depois olhavam para o assento e depois olhavam para mim. Não tive dúvidas! Eu estava sentada no assento reservado do casal. Dei o lugar para o casal e fui para o meio do vagão, perto dos banheiros e fiquei lá , em pé. 
Comecei a ler uma tabela de trens , horários e seus destinos. O destino que estava sendo anunciado nos auto-falantes não era o mesmo do meu bilhete. Ai,meu Deus!!

Fiquei alí, imóvel . Passou um fiscal de bilhetes e eu fiquei quieta. Alguns minutos depois passou um outro fiscal, ou o mesmo, vai saber, tudo com a mesma cara. Tomei coragem e perguntei se o destino do trem que eu estava era para Shizuoka, meio que já sabendo a resposta. 

O destino do trem bala era  no sentido contrário do meu trem. Como eu já estava pressentindo desde a hora  que o casal de japas veio tomar o meu assento reservado. Eu estava no trem errado! 

 Tive que esperar o trem passar por  umas 20 estações depois e baldear para a direção contrária, em sentido a Toquio. 

Chegando em Nagoya as coisas já estavam mais claras ( os letreiros estavam em alfabeto romano) , as plataformas não eram tão confusas e não tinha tanta gente assim no embarque. Embarquei no primeiro trem  bala em direção a Toquio e desci em Kikugawa. 


Ahhhh, finalmente em uma estação de trem normal e bem proximo do meu destino em Shimada. Enfim, estava chegando! 

Desci do trem bala e fui para o embarque de trens normais, faltavam apenas umas 5 estações para chegar ao meu destino onde uma amiga minha japonesa me esperava de carro para me levar a uma outra cidade , onde o meu chefe me esperava com a chave do meu apartamento novo , e o cara do gas me esperava também para poder autorizar a ligação. 

Dentro do trem normal, me sentei e relaxei. Meus pés estavam moídos da viagem . Respirei fundo e decidi tirar um cochilinho. Epa! perai! mas eu não estava segurando algo nas mãos? 

Meu Deus! o meu notebook!!!!!

Desci na primeira estação e voltei para trás na estação de desembarque do trem bala, umas 3 ou 4 estações para trás. 

Chegando novamente na estação de Kikugawa pedi gentilmente ao bilheteiro que me permitisse entrar na plataforma de desembarque para ver se eu havia esqueçido o meu notebook na cabine telefônica da estação. O bilheteiro gentilmente me deu livre acesso . 

Inacreditável! o meu notebook estava lá na cabine, do jeito que eu o havia deixado. Ninguém roubou! 

Eu havia esquecido que eu não estava mais no Brasil! Se o meu notebook não estivesse na cabine telefônica com certeza estaria a minha espera na bilheteria da estação. 

Toca voltar a pegar o trem comum em direção a Shimada, desta vez sem errar o trem e com o meu precioso notebook em mãos. 

Cheguei ao meu destino com quase 2 horas de atraso, dores nos pés, nos braços , uma fome de Leão e os olhos vermelhos, que não sei se eram sinal de cansaço ou vontade de chorar. 

Pegar o bonde errado nem é nada quando comparado a pegar o trem bala errado (  270 km p/h) e ainda por cima na direção contrária. 

O Japão é um pequeno arquipélago com uma área terrestre que não é nem um terço do tamanho  da grande São Paulo , mas quando pegamos o trem bala errado as distâncias em kilometros são imensas. A distância entre a cidade onde eu fui parar ( Okayama) e a cidade de Shizuoka è de cerca de 400 km,  e como eu fui e voltei, devo ter feito uns 600 km de viagem no total, mais  um pouco e eu estava chegando em Hiroshima. 

Apesar do desastre de pegar o bonde  errado no Japão, o bonde japonês ( trem bala) se locomove a uma velocidade de 270 km/ h , e mesmo que peguemos um bonde errado no sentido contrário , ainda é possível retornar e chegar ao seu destino no mesmo dia. 

Enfim, se você não está disposto a passear em pé nos trens balas japoneses por mais de 300 ou 400 km na direčão errada. Leia com atenção o seu cartão de embarque , que em geral está escrito em kanji, mas os números são universais. Se direcione pelos nùmeros , ou leve uma bússola e aprenda  a lê-la antes. Eu levei e não me serviu em nada. 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Ficar ou não ficar? eis a questão



Hoje comentava com uma amiga a sua mania de grandeza, ela nunca tem dinheiro , mas sempre dá um jeitinho de comprar uma geladeira nova que custa cerca de 1.500 u$, jogos de jantar de porcelana, tvs de tela plana e etc.. 

Alias, ela já tem  uma Tv enooorme de tela plana mas agora está sonhando com uma que pegaria a parede toda de seu quarto. A tal Tv custa  em média 5.000 u$ aqui em terras nipônicas. E talvez ela realmente a compre, parcelando  em 10 ou 20 parcelas no cartão de credito. 

Eu não teria esta mesma coragem de gastar tanto com produtos e artigos para uso doméstico. Se eu tivesse 5.000 u$ disponíveis para gastar eu viajaria de férias para algum país exótico ou gastaria tudo no dentista, o meu carma. 

Fiquei horrorizada ao saber de suas últimas aquisições, uma geladeira novinha em folha , um aparelho de ginástica e uma vassoura vaporizada. Por incrível que pareça, o seu salário não é tão maior que o meu, porém as suas dívidas sempre foram maiores que as minhas. Neste final de ano ela terminou de pagar um financiamento para um Banco Japonês para concluir os estudos universitários de um de seus filhos na Austrália. 

Apesar de achar um absurdo os gastos que ela faz e as dívidas que ela assume , tenho que concordar em um ponto. Não devemos ter dó de gastar para viver com mais conforto aqui em terras nipônicas, afinal, nem só de labuta se vive em um país estrangeiro. 

A diferença entre o meu modo de ver as coisas e o de minha amiga , é que eu nunca sei aonde é a minha casa, o meu lar. Nunca quero ter muitos objetos por que de uma hora para outra posso precisar ir embora, ou mesmo não precisando , posso querer ir embora. Quanto a minha amiga, ela já se decidiu a viver por aqui com a sua família. De certa forma ela tem uma vida "normal" em terras nipônicas , no quesito aquisição de bens para o " bel prazer". 

Hoje me conscientizei da gravidade deste processo de ir e vir de um lado ao outro do planeta sem plantar raízes em lugar nenhum e ainda por cima ir perdendo naturalmente a identificação com o meu próprio país. 

Esta vida ping-pong já não está mais funcionando, é hora de começar a viver de verdade sem pensar em um amanhã do outro lado do Planeta. Ou se vive o aqui e o agora ou o tempo passará enquanto planejo e desenho o meu futuro no ar sem saber ao certo que rumo tomar. 

Hoje fiquei muito pensativa, ainda mais quando a minha amiga me disse para eu ficar aqui para sempre e parar de viajar com planos em vão para o Brasil. Naquele momento, a idéia me chocou. É a primeira vez que ouço alguém me dizer para ficar em terras nipônicas para sempre. Talvez aquilo que mais me assuste é justamente esta frase: para sempre. Viver aqui no Japão em definitivo é dizer adeus à possibilidade de estar novamente em família...forever alone....coragem!!!!!

Comportamento virtual

'

Será  que é possível analisar o comportamento de várias raças através do facebook e ainda chegar a alguma conclusão?

Ultimamente eu ando meio cansada do meu facebook, apesar de ser um dos poucos sites que eu uso  sempre para manter-me informada sobre o Brasil e sobre o Japão também. Encontrei uma jornalista nipo-brasileira que posta notícias fresquinhas do Japão. Até de terremoto ( on-line) e em português. Às vezes o facebook é bem ùtil. 

Ao mesmo tempo, as notícias que eu recebo de alguns sites de notícia brasileiros são no mínimo tendenciosos. Parece que só querem criar polêmica , vender notícias e muitas vezes induzem as pessoas a acreditarem naquilo que foi divulgado segundo o ponto de vista de quem escreveu a notícia. Jornalismo não teria que ser imparcial? Então por que será que eu tenho sempre a impressão de que o noticiário brasileiro é tendencioso?????

Pior do que ler tais notícias tendenciosas é ler os comentários que as pessoas fazem, à partir desta notícia " tendenciosa" , que ninguém sabe ao certo se è correta . Os comentários em sua totalidade vão seguindo a mesma tendenciosidade, porém, se o mesmo site noticia a mesma notícia dois dias depois com um outro título menos tendencioso , os comentários   também são menos tendenciosos , seguindo a linha de raciocinio da velha notícia com uma nova roupagem. 

Mas é falta de opinião própria, ou é impressão minha? Parece um bando de " Maria vai com as outras".  

Bom, pode ser que a opinião pública esteja dividida , mas por aquilo que eu notei, os comentários seguiam fielmente o título da notícia que em um dia era tendencioso de um lado e dois dias após tendencioso de outro lado. Dá para entender a divisão dos comentários? 

E aquela habilidade de misturar as notícias com o contexto Geral? Agora tudo o que acontece no Brasil é protesto. Daqui a pouco vão dizer que "arrastões" também é uma forma de protesto contra a discriminação social. 

E como reclamam do Governo , não? Nunca é culpa da própria sociedade, sempre do governo. Cada  pai tem o filho que merece , e cada país tem o governo que merece. È a dura e pura realidade concreta. Ai , que saudade da ditadura militar. A democracia foi uma vitória brasileira, mas depois das diretas já, tudo virou pura baderna e ninguém é mais nem de direita e nem de esquerda. Acho que deveriam criar o partido  do Meio. 

Conclusão: A mídia è um perigo para o povo brasileiro, ela tem o poder de arrastar um caminhão de " Marias" com suas notícias tendenciosas. 

Eu pretendia fazer um comparativo entre algumas comunidades brasileiras , e estrangeiras, ( italianos que vivem no Brasil) . Estes em questão são outros que só reclamam, e cospem no prato que comem( O Brasil) . Oh! gente falsa que sorri para as "ragazze bone" ( garotas gostosas) e entre eles metem o pau no Brasil e se referem as mulheres brasileiras de uma forma não muito respeitosa. 

Meu  post ficou muito longo e acabei me perdendo no contexto..." tendencioso"  , daquilo que eu penso...que como eu sempre digo, são apenas as minhas impressões. Fica para a próxima as minhas impressões sobre as comunidades estrangeiras na internet...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Notícias


Quando vivemos fora do Brasil as notícias que nos chegam através da mídia sempre são muito mais impactantes do que quando vivemos dentro da realidade brasileira. 

A impressão que tenho é que quando vivemos no Brasil, somos praticamente obrigados a viver comodamente , seguindo o curso natural do estilo brasileiro de viver. 

Não sair nunca à noite sozinha, olhar para os lados antes de abrir o portão de casa, andar com a bolsa bem presa debaixo do braço e rezar todos os dias antes de enfrentar as ruas. Nunca se sabe o que vai acontecer. 

Quando eu vivia em São Paulo, todos os meses eu era assaltada, ou me roubavam minhas bijouterias ( pareciam ouro) ou sofria um assalto coletivo no ônibus, ou simplesmente abriam um buraco na minha bolsa ( com gilete) sem eu nem perceber. Sem contar as tantas histórias de amigos que tiveram seus carros roubados. 

Bom, isso foi hà uns vinte anos  atrás, hoje em dia não existem mais trombadinhas de rua. Agora ,  o crime na grande São Paulo é mais organizado . Os assaltos são feitos por grupos organizados. A violência evoluiu e talvez até a condição de vida de tais meliantes tenha melhorado significativamente. Seria o bolsa família? Hoje eles possuem carros , motos e todo um aparato. 

Estranhamente, leio sempre nos noticiários de que a classe D subiu para a classe C , e assim suscessivamente. Seria obra do governo ou do crime organizado? Sei lá! Às vezes tenho a impressão de que tudo  isso faz parte do " todo", e não poderia ser diferente . 

Tá aí uma das razões pela  qual eu não faço a mínima questão de voltar a viver no meu Brasil. Prefiro viver com a eminência de um grande terremoto no Japão do que viver todos os dias me escondendo do perigo nas ruas da minha São Paulo. Antes ter a Natureza como adversária do que um assaltante armado. 

Outro fator determinante e que eu não abro mão, é viver entre gente educada e civilizada ,sem  distinção de classes sociais . Ser pobre não é sinônimo de má educação . Discordo quando dizem ( no Brasil) que a educação é questão de berço . Para mim, quem é educado é! É questão de caráter e não de berço. 

Ainda sinto falta de muitas coisas do Brasil, e nem só de pontos negativos o Brasil é feito, mas na vida devemos ter escolhas, e por enquanto, não tenho a mínima vontade de reviver o meu Brasil. 


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Capricórnio


Não adianta querer fugir à regra, evoluir, espiritualizar, meditar, ou o que seja. A alma Capricorniana se manterá intacta...




Texto extraido da pagina de 

Heloisa Miranda -Sapo.pt

sapozen@sapo.pt 


Capricórnio 



Nascidos entre 23 de Dezembro a 20 de Janeiro

Governados por Saturno
Elemento: terra
 
A primeira coisa que deveremos levar em consideração sobre este signo é que os nativos de capricórnio detestam as ilusões ou melhor recusam qualquer tipo de ilusão. Para eles ser lúcido é ser concreto e a lucidez é um dos valores que mais apreciam.
 
São donos de uma inteligência analítica estão sempre a pesar, medir e analisar com muita calma e ponderação. Equilíbrio é a palavra chave – nem tanto ao mar, nem tanto à terra…
 
São muito apegados ao passado com tendência a serem tradicionais – quadrados mesmo!!! Mas isso quer dizer também que têm valores muito sólidos.
 
O seu maior problema é que tenha o que tiver, faça o que fizer, falta-lhe sempre alguma coisa. Alguns dizem que são eternamente insatisfeitos, ou que são eternamente frustrados. Lembro-me sempre daquela música do António Variações: “estou bem aonde não estou... só quero ir aonde não vou... “ Pois os capricornianos são mesmo assim: insatisfação constante.
 
Aparentemente são calmos porque sabem se controlar como ninguém. Controlam-se sobretudo para não ficarem mal perante os outros. Adoram ser politicamente correctos e ás vezes prejudicam-se a si próprios por isso.
 
No entanto há que levar em conta que o nativo de capricórnio nunca esquece uma ofensa. O que pode num primeiro momento não dar origem a nenhuma reacção, se acumulado, um dia poderá dar origem a um verdadeiro maremoto, que surpreenderá a todos.
 
De qualquer forma devem aprender que não é preciso ser sempre assim tão correctos e que dar 2 gritos, chutar o pau da barraca pode ser melhor para eles, mesmo que perante os outros não seja tão bonito. Talvez fiquem mais leves.
 
Aliás, leveza é uma coisa que não passa muito perto do capricórnio. Com eles tudo tende a ser rígido, pesado e com muita disciplina. Não têm muito jogo de cintura . São os reis da auto-disciplina e exigem o mesmo dos outros.
 
 
Normalmente são muito ambiciosos e materialistas. Mas para eles o materialismo é sinónimo de segurança, e segurança para eles é a base de tudo. É uma questão de sobrevivência pessoal não de ter pelo ter.
 
São muito trabalhadores e correm atrás da sua realização material. Não são de esperar sentados que os bens materiais venham ao seu encontro. São batalhadores e empreendedores.
 
Têm uma elevada noção de responsabilidade, e, mesmo quando estas não são deles tendem a assumi-las. Ser responsável para eles é vital.
 
Adoram sentir-se necessários ou melhor indispensáveis.
 
São muito pacientes quer na execução de tarefas, como para atingir as metas que se dispõem a alcançar. Esta é uma das suas características mais marcantes: a persistência. Daí que por mais alto que sejam os seus objectivos eles os perseguirão. E como são muito orgulhosos não pedem ajuda mesmo que o fardo lhes seja muito pesado.
 
Não gostam de pedir ajuda nem de dividir os seus medos. Querem enfrentar tudo sozinhos e muitas vezes sofrem mais por isso. Só que meus amiguinhos de capricórnio, vocês não precisam carregar o peso do mundo nas suas costas!!! Levem só os vossos pesos e cargas... e já serão mais que suficientes.
 
É engraçado observar um capricórnio no meio social, ele até gosta de conviver, mas . será de certeza aquele menos exuberante, que menos se destacará, mas será aquele que de certeza melhor observou e captou todos os que estão à volta. Por vezes eu adoraria conseguir ler os seus pensamentos...
 
No amor são muito desconfiados. Têm medo de sofrer, de serem enganados, de serem abandonados... enfim todos os medos possíveis.
 
Por isso quando a questão é de amor, eles vão com muito cuidadinho, pisando em ovos.
 
Relutam em comprometer-se porque para eles qualquer escolha é definitiva. Detestam mudar… de parceiro então nem se fala, é uma loucura! Pior que isso só conseguir mudar de ideias.
 
São fiéis. Extremamente fiéis – faz parte da sua coerência e solidez.
 
São pessoas que cultivam hábitos, gostam de rotinas e precisam disso para se sentirem seguros. Solidez é a palavra mágica nos seus relacionamentos.
 
Têm uma certa dificuldade em exteriorizar os seus sentimentos.
 
No entanto principalmente as mulheres têm uma enorme sede de ternura e afeição.
 
Para combater o medo do abandono por vezes ligam-se a pessoas que dependam delas para que seja mais difícil serem abandonadas.
 
Normalmente nos capricornianos a maturidade emocional chega muito mais tarde do que a fisica e a intelectual. Assim, quanto mais tardias forem as ligações mais possibilidade terão de dar certo.
 
É muito comum vermos capricornianos a viverem sós porque lhes é dificil aguentar uma presença constante na sua vida, no seu espaço. Vá lá capricorniano confesse que faz uma certa confusão alguém a mexer nos seus cds… Sei que não é por mal, mas…
 
Muitas vezes estragam as relações porque acham que será mais fácil de digerir a perda. Só que este mecanismo é feito a nível do inconsciente e acabam por sofrer na mesma.
 
Por fim só posso deixar uma mensagem a quem lida com capricornianos:
 
 - Não adianta entrar numa batalha com eles. Eles vencem sempre! E depois são daqueles que dão 1 boi para não entrar numa briga mas depois de lá estar, dão uma boiada para não sair!

domingo, 19 de janeiro de 2014

Quem são os brasileiros?


Quando me perguntam ( aqui no Japão) , como são os brasileiros , tanto no aspecto físico como no cultural, eu sinceramente não sei definir em poucas palavras. A miscigenação è tanta que fica difícil pintar um quadro do brasileiro. 

Quando nos referimos a outros países latinos, como por exemplo a Argentina, logo vem em mente a ascendência  européia e a mania que eles , os argentinos tem , de se acharem os europeus da América Latina. Já estive em algumas cidades da Argentina e a primeira impressão que tive é de estar no Paraguay durante o dia e a noite em alguma cidadezinha européia. Não sei dizer de onde saiu tanta gente com cara de europeu. 

O Perú é outro país que se destaca pela sua herança inca. Alguns peruanos tem realmente traços indígenas da região, outros de espanhois, ou uma mescla das duas raças. 

E os brasileiros? Eles descendem de quem e de cultura?

Bem, eu sou descendente de japoneses , nascida e criada na cidade de São Paulo e não posso falar pelo resto do Brasil. A minha ascendência è pura de orientais , o meu sobrenome já de imediato revela  a minha origem. Não tenho dúvidas quanto a minha ascendência , apesar de não saber muito bem de que cultura antiga o Japão descende: Mongois ou siberianos. 

Precisei conhecer algumas pessoas de origem cazaquistã para entender que não são apenas os japoneses, chineses e coreanos que possuem traços orientais. Que ignorância , não é mesmo?

Ignorância maior ainda foi o que eu ouvi de algumas pessoas quando retornei ao Brasil, após 7 anos de vivência no Japão. Algumas pessoas me perguntavam como é que eu tinha aprendido tão rápido o português em menos de um ano de regresso ao Brasil ( sem sotaque japonês).  Confesso que fiquei com um ponto de interrogação bem grande estampado no rosto e demorei alguns segundos para responder tamanha ignorância. 

Pior foi quando perguntei a um colega de trabalho ( brasileiro) qual a sua origem europèia por que ele possuia olhos azuis e traços bem europeus. Fiquei outra vez com um ponto de interrogação estampado no rosto quando ele me respondeu que era "brasileiro puro"e toda a sua familia também de origem " mineira".

 Naquele momento pensei que talvez ele estivesse " tirando uma onda" da minha cara, mas ele falava sério. Tive que insistir e perguntar o por quê do seu sobrenome " aparentemente ". de origem portuguesa. Ahhh! aí o cérebro do rapaz funcionou e ele se lembrou que a sua avó era neta de franceses e o seu pai neto de portugueses. Mas o resto era tudo brasileiro "puro".

 Tudo indios da Amazônia, será? Deixei quieto! 

Enfim, a grande maioria dos brasileiros nem sabe direito de onde veio. Mas será que isto tem muita importância? 

Não, não tem, quando vivemos em um país tão miscigenado quanto o Brasil. Para os brasileiros ( independendente de suas origens), imigrante é apenas aquela raça que tem traços orientais ou culturas bem definidas, a exemplo dos libaneses ( muçulmanos) , que mesmo em terras tupiniquins ainda seguem costumes originários de seu país de origem. Nem o próprio negro descendente de africanos leva em consideração a sua ascendēncia africana. São todos brasileiros "puros". Talvez de origem mineira também, por que agora mineiro virou raça pura. 

Em contra-partida, quando vivemos fora do Brasil esta consciência das nossas origens vem a tona. Somos questionados o tempo todo sobre a cultura e as origens do Brasil. 

Eu, para não criar mais controvérsias quanto  a cultura brasileira e a aparência física dos brasileiros em geral já vou respondendo que brasileiro legítimo mesmo são apenas os índios. 

Mas índios brasileiros jogam futebol e sabem sambar? 

Ahh, deixa pra lá! 

Como espantar um Capricorniano



Capricorniano que é Capricorniano ( da gema) , é extremamente romântico ( à moda antiga) , mas é pouco sensível a muito melodrama e exagero com as palavras . O romantismo Capricorniano é sintético, prático  e realista. 
Um Capricorniano pode ter mil devaneios de amor, mas  como a própria palavra já diz tudo, são apenas "devaneios" momentâneos. Engana-se quem pensa que o Capricorniano manterá para sempre este estado. O Capricorniano tem alguns "lapsos" de extremo romantismo, mas depois volta ao seu estado normal...pés na terra. 

Capricornio é o signo mais masculino que eu conheço, isto cabe também para a ala feminina. Mulher Capricorniana se não tiver  um certo ar de sobriedade masculina , nem que seja apenas no modo de  se vestir, não é  Capricorniana de verdade. 

Quer afugentar um Capricorniano? Fique sonhando por mais de uma semana e ele vai simplesmente sumir . Até mesmo no amor as coisas devem ser concretas , práticas e realizáveis para a alma Capricorniana. 

Quer conquistar a um Capricorniano mesmo sendo uma pessoa extremamente sensível, romântica e melodramática? Tenha acima de tais qualidades ( positivas/negativas) muita atitude. 

Surpreenda-o com muito romantismo e muita atitude prática acima de tudo. Não seja nunca bonzinho com um Capricorniano, ele morrerá de tédio. Desafie-o , tire os seus pés do chão de uma forma que ele jamais se permitiu. A princípio o Capricorniano irá temer por sua segurança, sem os seus pés sempre firmes no chão, mas aos poucos se surpreenderá ao sentir-se desafiado. 

Você é daqueles piscianos que vivem no mundo da Lua? Xiii, volte para a Terra. Não construa  grandes   castelos de areia em volta do seu amor Capricorniano. Um dia ele vai se dar conta que neste castelo de areia não existem pontes para a realidade . Ele atè tentará construir , mas com certeza será para sair do seu Castelo Encantado. 

Não, Capricornianos não são tipos tão insensìveis assim, è apenas a sua forma de sonhar que é distinta. Ele sonha, mas as 6:00h da manhã ele acordará para ir trabalhar e viver a sua vida prática e concreta. Ele sabe separar o joio do trigo, e talvez seja esta forma ordenada de ser até mesmo no amor que assusta tanto aos nativos de outros signos. 

Agora, você quer um Capricorniano ligadão em você? Tenha acima de tudo poucas palavras e muita "atitude". 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A minha melhor companhia. Eu mesma!



                        Julia Roberts cantando na banheira - Pretty Woman

Hoje  a temperatura deve estar em torno dos 2 graus , ou menos. Cheguei em casa como sempre de madrugada pedalando a minha bike neste friozão . 

A primeira coisa que eu faço logo quando chego em casa è encher a banheira e tomar aquele banho de imersão quentinho para aquecer o corpo e obviamente relaxar. 

Meu Deus! eu estou entrando na fase aguda da vida solitária porèm prazerosa. Entrei na banheira quentinha e levei meu inseparável IPAD junto. Algumas amigas dizem que ele é o meu marido, acordo com ele e durmo com ele. 

Hoje passei dos limites , coloquei aquela musica maravilhosa que eu adoro de um filme coreano ( musicas coreanas são lindas)no IPAD   para rodar enquanto eu tomava o meu banho quentinho. Sabe o que é chegar em casa morrendo de frio, entrar numa banheira quentinha , ouvir a sua musica predileta e ainda cantatolar no banho às 3 da manhã? Não tem preço!

Sem  perceber lá estava eu,  com aquele sorriso bestial de felicidade na face. 

Não aconteceu nada de novo, não ganhei na loteria e nem estou apaixonada por ninguém...é apenas aquela sensação de bem estar que tomou conta de mim outra vez. Nada de stress, nada de gente falando no meu ouvido, nada de compromissos, nada de grandes " coisas" que só nos causam ansiedade.

 Sei que uma hora vou cansar de tamanha tranquilidade e logo vou inventar algum problemão para resolver, mas por enquanto , deixa estar assim...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Nas pequenas coisas...


Demorei mil anos ( contando as outras encarnações) , para compreender que podemos encontrar a felicidade também nas pequenas coisas que fazemos todos os dias. Ahh, essa mania de querer ser feliz alla grande é o que nos causa aquela famosa ansiedade que nos corroi a alma. 

Hoje eu estava preparando a minha cama , no estilo japonês, um futon estendido no chão de frente para a televisão. Eu tenho uma cama embutida na parede mas , cansei dela. Enquanto eu preparava a minha caminha no chão o ar condicionado começava a aquecer o meu apartamento, lá fora um frio tremendo e eu aqui no meu cantinho aconchegante preparando a minha caminha enquanto enchia o ofurô ( banheira) . 

É nestas horas que eu agradeço a Deus por poder ter um teto, uma cama quentinha ( duas na verdade) , uma banheira na medida certa para mim . Tudo dentro de um espaço "piccollissimo" e bem planejado.  Mas quem precisa de um espaço grande quando se vive sozinho?

Creio que hoje eu tirei o dia para agradecer.

 Agradecer o dia tranquilo, apesar do frio e do caminho mais longo para ir ao trabalho que estou tendo que fazer forçosamente em função de algumas obras na estrada. 

Agradecer a falta de demanda no trabalho que apesar de ter causado inúmeras demissões, nos trouxe um pouco de tranquilidade ao diminuir o ritmo frenético de sempre. Hoje tudo correu tranquilamente , fiz vàrias coisas a passos de cágado, mas bem feitas. 

Queria agradecer também ao destino, por ter me jogado de um lado ao outro do Planeta e , apesar dos pesares , ter me concedido a  maravilhosa experiência de vivenciar tantas culturas , admirar tantas paisagens, viver tantas histórias, algumas belissimas, outras nem tanto. Tuto aquilo que vivi faz parte daquilo que sou hoje e agradeço a Deus por poder ter tais memórias. 

Hoje, foi um dia simples como a tantos outros, nada de especial aconteceu. Queria apenas deixar registrado este momento de gratidão e satisfação que veio não sei de onde ...;-)



segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Amigos



Sempre tive pouquissimos amigos. Sei lá, ter muitos amigos dá muito trabalho. 
Destes poucos amigos , sempre recebi muito carinho. Nunca precisei busca-los, nem fazer grandes esforços para aceita-los assim como o são. 

Destes poucos amigos, recebi elogios, críticas, puxões de orelha,conselhos (conselho de amigo não se compra) , presentes, abraços e tanta compreensão.

Nas minhas idas e vindas de um lado ao outro do planeta , aprendi muito sobre a verdadeira amizade. Alguns me decepcionaram profundamente, outros me impressionaram por tamanho altruísmo. 

Aprendi que não precisamos ter amigos em quantidade. Precisamos de muitos bons contatos e poucos amigos verdadeiros. Creio que seja mais fácil administra-los, compreende-los e percebe-los. 

Não me iludo mais. Não espero de meus amigos aquilo que eu nunca pude oferecer. Amizade é troca.  Algumas vezes recebí mais do que merecia receber, em outras esperei receber o que eu não merecia. 

Afeto, talvez esta seja a palavra adequada para definir "hoje" o meu conceito de amizade. Se não existe afetuosidade o resto não tem muito valor . Pelo menos para mim é assim, não só nas amizades como em outros relacionamentos pessoais. Toda profundidade das emoções que vivemos nos nossos relacionamentos vem dele, do afeto. 

Não é preciso estar fisicamente próximo, podemos estar muito distantes, sumir durante anos. Se ela, a amizade , é verdadeiramente afetuosa, nem o tempo e nem a distância conseguirão apaga-las de nossa mente. 

E no fundo aquilo que realmente tem valor nesta vida, são aquelas pessoas que levamos no coração. Por onde quer que se vá... 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Reações Capricornianas



Nestes meus dias de folga invernais, aproveitei pra ficar de pernas pro alto. Aquecedor ligado, sem hora certa para absolutamente nada. Adoro isso mas, às vezes este excesso de liberdade que tenho me assusta um pouco. Ter liberdade demais nos faz muito auto-suficientes, individualistas e meio maníacos. 

No meio do meu ócio , pouco criativo, pois não estava com a mínima vontade de estudar , nem ler nada em especial e nem escrever . Então comecei a assisitir filmes. Antes, fui ao mercadinho comprar algumas batatas fritas , chás e tantas outras bebidas quentes. Aqui no Japão existe uma variedade tão imensa de bebidas para todos os gostos em todas as estações do ano. E eu consigo enjoar com tamanha variedade. Virei consumidora japonesa. 

Tudo pronto para começar a sessão " ócio total de inverno" na frente da tela da Tv, ou do PC ou do Ipad . Meu Deus, quantas siglas!

Eu adoro filmes com algum conteúdo emocional , e o filme tem que me emocionar, senão, nem tem graça. 

Là fui eu nas buscas do Google/youtube e digitei " filme comovente" . Abriu-se então uma página recheada de filmes e novelas coreanas. Mas quem será que organiza a busca do google por categoria?

Assisiti ao primeiro filme. Adorei. Leve, romântico e com um toque de dramaticidade que parece  mais acentuado só no final, em mais ou menos 1 hora de filme. Achei  o filme na medida certa. 

Gostei tanto que lå fui eu assistir mais um filme coreano que eu pensei ser um filme mas era uma novela ou mini-série, com o título de " Triste história de Amor". Achei o título da série muito direito e pouco criativo. Fiquei curiosa , então fui conferir.

Nos primeiros capítulos fiquei presa  a tela , quase que hipnotizada. Muito romance e emoção , do tipo Romeu e Julieta, do jeitinho que eu gosto. Dramas. 

Là pelo capítulo 14 ou 15 , já começei a me cansar de tantas lágrimas e tanta comoção pisciana sem nenhuma atitude concreta, ou seja, os personagens principais viviam chorando o tempo todo sem tomar nenhuma atitude concreta. Ah, cansou a minha beleza Capricorniana. 

O drama é tão excessivamente melodramático , que com certeza o roteirista ou o diretor do filme devem ser Piscianos com a Lua em Cancer, com ascendente em Escorpião. Nos primeiros 10 capítulos a love story conseguiu me comover , os atores são muito bons no quesito " Buááá , eu quero a minha maē" . Chorei o tempo todo. Aliãs, os atores viviam com os olhos inchados de tanto chorar em cena. 

Parei! Deus me Livre! Nem na vida real , nem em filmes e nem em novelas alguém pode suportar por mais de dois dias , ou 10 capítulos , tamanha choradeira . 

De repente , emergiu de mim a minha velha , seca  e àrida Capricorniana para acabar com a graça do filme com tendências exageradamente piscianas . Parecia que eu estava no fundo do mar , me afogamdo nas àguas de Netuno. 

Não dá! Decididamente, eu sou Capricorniana e a falta de racionalidade  e o chororô de algumas cenas  ( para não dizer todas) estava me incomodando .

Desisti da mini-série , na metade e fui assistir o " Snoopy" , que com certeza deve ser Sagitariano com a Lua em Aquàrio. 

 Melodramas à parte, na vida real ou em fição , a gente só suporta nos primeiros capítulos, depois enche o saco.