quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Gente estressada


                                        Eu  tô  fora desta estatística!!!

Será coisa do mundo moderno, ou o povo antigamente disfarçava melhor ?

Hoje em dia é muito comum ter alguém sofrendo deste mal, que seja físico, emocional ou os dois juntos. Eu mesma sou uma que já nasci estressada com os nervos à flor da pele e de vez em quando preciso me isolar do mundo para repor as minhas energias. 

Aqui na terrinha do treme-treme ( faz tempo que não tem) , a japonesada costuma dizer que eu sou um caso à parte por que nunca me estresso com nada. Eles que pensam!

Eu procuro sempre me policiar para não soltar os cachorros em cima da japonesada por que aqui no Japão eles costumam rotular as " velhinhas" chatas de " oni babá" ( velha demoníaca) , ou de " kusô babá" ( velha de bosta) . Então, eu fico na minha ne! 

Já pensou carregar esta fama?Deus me livre!

Além do mais, as mulheres aqui no Japão são muito mais comedidas  e aparentemente calmas ou discretas. Imagina se eu invento de fazer um barraco aqui? Aliás, nunca vi nenhuma japonesa armando um barraco por aqui. Eu ameaço, mas me controlo. 

Por vezes é difícil controlar o meu pavíl curto, principalmente quando estou incomodada com alguma coisa, ou simplesmente de mau humor. Eu tenho crises de mau humor, confesso. 

A melhor forma que encontrei para lidar com o meu mau humor e o stress do dia-a-dia não foi praticando nenhuma atividade física ( aquilo também) ou enchendo a cara nas baladas . Para mim, o efeito tranquilizante de maior efeito o encontrei no silêncio . 

Como é revitalizante poder ouvir apenas o barulho da chuva , ou os passarinhos  cantando ( menos as cigarras) . Uma musica relaxante , e ninguém, absolutamente ninguém para reclamar do cheiro de insenso de alfazema . 

As vezes fico pensando cá com os meus botões , eles não falam, só ouvem. Como uma pessoa normal pode viver uma vida inteira sem ter estes momentos de plenitude consigo mesma? 

Todo mundo deveria ter o direito de ter pelo menos um dia de silêncio total , a sòs . Claro que isto só funciona com aquelas pessoas que gostam da sua própria companhia, senão vira solidão e abre brechas para vários vázios da própria alma. Nem é legal. 

Conquistas. Esta é outra coisa que estressa. Metas, esta  palavra já me estressa por sí só. Eu prefiro ter sonhos ( obviamente palpáveis) e nem fazer muitos planos a longo prazo. No máximo por 6 mêses . Afinal, tudo pode mudar, e deve mudar, senão, estagna. 

Totalmente indulgente , mas aqui é uma questão de escolha. Ou você paga o preço por uma coisa , ou paga por outra. Simples assim. 



Saudade ou nostalgia



Sei lá qual a diferença. Está aí uma palavrinha difícil de definir: a saudade. 

Apesar de estar vivendo a sei lá quantos kilometros de distância do meu país, não posso afirmar que sinto saudade de alguém em especial, nem de momentos que vivi no Brasil. Aquilo que me preenche a alma de vez em quando são recordações de momentos que vivi, estando aqui no país do Sol Nascente ou em qualquer outra terra estranha. 

Ontem estava olhando alguns posts de anos atrás e me bateu uma nostalgia ( acho que é a palavra correta) dos meus " rolezinhos" pela Suiça. Claro que tenho um afeto todo especial pela cidade de Ascona, mas sinto nostalgia de todos os lugares que eu estive, inclusive dos passeios ao norte da Itália nos arredores do Lago de Como. 

Seria Capricorniano demais afirmar que não sinto saudades ( ou nostalgia) , de pessoas e sim de momentos?

As minhas recordações sempre me vem a mente como um flash back de momentos só meus. Como se eu estivesse em uma viagem insólita e solitária , apesar da companhia de algumas pessoas. Tais pessoas foram importantes naquele meu " momento", e assim eu as recordo também, como parte de um momento só meu. 

Vênus em Capricornio na casa 9 . Não dá para negar os seus efeitos . 

Vai ser desapegada assim lá longe!!



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Brasil visto de fora


Ordem e Progresso - é a inscrição da bandeira brasileira. Por enquanto , uma meta bem longe de ser atingida . 


Para quem vive fora do Brasil e "tenta" acompanhar e entender os últimos acontecimemtos pela web. Tá difícil!

Eu confesso que andei um pouco alienada, vivendo muito mais o " aqui e agora" , do outro lado do mundo do que ligada em notícias . Quando eu estava no Brasil hà menos de 2 anos atràs também estava alienada com as minhas preocupações e nem assistia aos telejornais . Devo ter passado mais de 2 anos de alienação total com relação à notícias. 

Quando começei a ter mais tempo e mente livre começei a ler algumas notícias sobre o Brasil com mais atenção.

 Que negócio é esse da vaquinha para pagar a multa dos condenados do Mensalão?

São quantias exorbitantes em doações para livrar a cara de uma meia dúzia de políticos do PT. Mas de onde vem tanta solidariedade? 

Não seria mais justo fazer uma vaquinha e devolver tudo que foi " roubado" dos cofres públicos? Eh! por que  retirar 30.000 reais mensais ( para cada mensalista) dos cofres públicos para compra de votos é algo inadmissível quando pensamos no quanto o país ainda sofre com infra-estrutura . 

Mas será que eu entendi bem? 

E as manifestações contra a Copa do Mundo, faltando apenas alguns meses para o inicio? 

Eu entendí bem ou todo o gasto para construção de estádios está saindo 100% dos cofres públicos? Éh ,isso mesmo? E a iniciativa privada não vai contribuir com nada, e só mamar nas tetas do governo ?

Outra coisa que eu não entendo é a tal da subida da classe D para a classe C , com uma media salarial de 2.300 reais em 2013, sendo  que o salário mínimo ideal seria  em média este mesmo valor para " cada" cidadão. 

Mas subiu mesmo em termos de aumentos salariais ou estão computando a facilidade de crédito sem contar as taxas de juros? 

Sinceramente, quando estamos fora do Brasil é realmente difícil entender o quê está acontecendo na terrinha do samba e do futebol. 

Alguns japoneses comentaram   comigo que dá medo ir ao Brasil agora , com a confusão das manifestações anti-Copa do Mundo, os rolezinhos, e a falta de segurança . Eu já nem defendo mais o Brasil , sinto até vergonha e fico calada. 

Agora com a proximidade do Carnaval começam a pipocar na web imagens de  brasileiras ( candidatas à capa da Playboy) com suas fantasias ( invisíveis) , muito silicone no peito e umas pernas terrivelmente grossas , tipo jogador de futebol. É moda isso, agora? Novo padrão de beleza da mulher rã? 

Aliás, o que era mesmo o significado do Carnaval dentro da cultura brasileira?

A impressão que dá , olhando do lado de cá do planeta, é de que o Brasil está vivendo em meio a um verdadeiro caos,  e a imagem estereotipada que  muitos estrangeiros fazem do Brasil só vem a se confirmar mais ainda neste período. 

É o Brasil vivendo o seu momento de caos político ( corrupção) em meio ao samba e ao futebol. 

E viva o país do samba e do futebol! 


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Espiritualidade ou religião



Religião:  algumas pessoas herdam de seus pais, outras a buscam em momentos cruciais da vida ( dor, abandono e vazio) outras sofrem influência do meio em que vivem ( até  mesmo do modismo) , e algumas pessoas buscam na religião apenas " parâmetros" para que possam  direcionar-se na vida. A religião é um instrumento que nos capacita a prática da fé. 

No meu conceito, não basta ser religioso , frequentar a igreja, adorar imagens, andar com a bíblia debaixo do braço se o indivíduo não é espiritualmente evoluído. De nada vale ter crenças religiosas que não abrem a nossa mente e a nossa alma para o todo. 

Já perceberam como existe gente que frequenta a igreja, lê a bíblia todos os dias , mas não é capaz de fazer uma oração todos os dias para aquele vizinho chato, ou para o ex- marido que te meteu um chifre e ainda não paga a pensão alimentícia, ou a cunhada que vive fazendo fofocas? 

A oração tem um poder imenso, desde o momento que a fazemos com o coração puro e a direcionamos para aquelas pessoas mais necessitadas  , ou melhor, para aquelas pessoas que não harmonizam naturalmente conosco. A razão de tal desarmonia pode ser você mesmo, ou seja, a sua reação em relação à pessoa. 

No budismo aprendi que se a dor é apenas nossa, o problema é nosso. Ou seja, a solução do problema está em nós e não no comportamento alheio. Sabio não?

A prática da oração também é outra coisa que aprendi dentro desta filosofia. O hábito de orar todos os dias traz grandes transformações em nossa vida prática. Não importa que tipo de religião frequentamos, o importante é ter este momento de " pureza" e transcender a alma acima de qualquer sentimento ou pensamento impuro que nos envenena a alma. É difícil, mas se a praticarmos todos os dias a nossa própria mente se condicionará. 

A inveja , o ódio e a mágoa creio que sejam os piores sentimentos que um ser humano possa carregar dentro de sí. Saber perdoar de alma limpa não é o mesmo de esquecer , a alma nunca esqueçe de suas vivências. É preciso transforma-las , e para tal, existe o instrumento da oração que na prática  diária nos ajuda a transmuta-las. 

Apesar de todo este conhecimento eu ainda não consegui transmutar a minha alma  e o perdão não vem tão fácil. Quem disse que é facil?

Um esportista precisa praticar todos os dias para atingir a sua meta . Igual é com a espiritualidade, é preciso pratica-la todos os dias  para transmutar a alma. 

 Além da prática da oração é preciso ter um pouco de inteligência emocional para compreender os meandros da vida e o seu verdadeiro papel dentro dos relacionamemtos humanos. 




Conceitos espiritualidade e religião

Atualmente, observa-se na literatura psicológica ênfase crescente do tema espiritualidade (Crossley e Salter, 2005). Um estudo recente mostrou que os principais domínios discutidos em psicoterapia de indivíduos americanos incluíram o trabalho, a família, os amigos e a sexualidade. A religião e a espiritualidade foram consideradas temas de igual importância e os clientes observaram os terapeutas abertos para discussão desses domínios (Miovic et al., 2006). Contudo, nem todas as abordagens encontraram um ajuste do tema em suas intervenções terapêuticas. O método qualitativo com entrevistas semi-estruturadas foi utilizado para investigar como psicólogos clínicos compreendem e abordam a espiritualidade durante a psicoterapia. Os psicólogos estudados consideraram a espiritualidade um tema potencialmente provedor do encontro de equilíbrio e harmonia dos clientes. Contudo, a diversidade de conceitos acerca da espiritualidade foi observada como um aspecto crucial da dificuldade para abordar o tema na psicoterapia. O estudo pontuou a importância de tornar os conceitos religião e espiritualidade mais coerentes e acessíveis, facilitando o diálogo profissional no contexto terapêutico (Miovic et al., 2006; Crossley e Salter, 2005). Portanto, adotamos aqui as definições de Koenig (2001), que conceitua religião como um sistema organizado de crenças, práticas, rituais e símbolos projetados para auxiliar a proximidade do indivíduo com o sagrado e/ou transcendente, e espiritualidade como uma busca pessoal de respostas sobre o significado da vida e o relacionamento com o sagrado e/ou transcendente

Revista de Psiquiatria e Clínica .http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s1/136.html



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Amigos de verdade



O meu conceito sobre " amizades" tem mudado muito nos últimos anos, e confesso que a  tendência é a de  preservar  tal " conceito"  extremamente capricorniano. 

Amigos só são amigos de verdade quando são úteis e indispensáveis . Uma afirmação tipicamente capricorniana, vero?

Bem, vou tentar ser mais objetiva. 

Aquele amigo ( ou familiar) que só te suga as energias não serve para muita coisa. Tipo,  te  alugar para não se sentir sozinho, para ir a uma balada, para rir ( com as suas piadas) , e  suprir suas próprias carências. Estes eu dispenso. 

Amigo de verdade é aquela pessoinha chata que não faz absolutamente nada para te agradar, mas que se sente bem na sua companhia e vice- versa. É aquele chato que discorda de tudo , pensa diferente, e vira e mexe te joga  umas verdades na cara um pouco desagradáveis, mas mesmo assim você o respeita e vice e versa. 

É aquela pessoa que você lembra de vez em quando ( sem nenhuma obrigação) só para saber se está bem de saúde, ou coisa do gênero. 

Amigo de verdade é aquele que te vê em uma situação difícil e se dispoēm a ajudar, sem nenhum interesse à mais. É aquele que você se dispoēm a ajudar só para ve-lo livre de problemas por que lá no fundo sabe que o " respeito" é recíproco. Ele te ajuda , não se sacrifica. 

Amigo útil é aquele que não te causa problemas, te ajuda a soluciona-los. Que seja com um conselho, que seja com uma crítica dolorosa porem necessária. Amigos de verdade não são " bonzinhos", nem são agradáveis 24h, nem tão pouco almas altruístas,  mas são sempre solidários de alguma  forma .

O amigo de verdade nunca terá a mesma religião, os mesmos gostos, o mesmo caráter, a mesma nacionalidade. Vai te criticar sempre por tais diferenças, mas lá no fundo te respeita tal como é. 

Ele vai pisar na bola uma , duas vezes. Mesmo assim, você não se importa por que a recíproca é mais que verdadeira. Somos todos humanos , passíveis de erros. 

Amigo de verdade é aquele que consegue te comover com simples gestos despretenciosos. Te faz um regalo , mesmo não sendo seu aniversário porque percebeu que você precisava deste afago. Ele respeita o seu mau humor e de vez em quando se afasta com sabedoria. Ele te conhece melhor que você mesmo. 

Amigos de verdade não precisam estar " grudados" 24 h, até mesmo porque isto enche o saco de qualquer alma capricorniana, mas ele sempre se lembrará de você, esteja você aonde estiver. 

Amigo (ùtil) de verdade vai ( em ocasiões) te surpreender ao dizer: - Você está precisando de alguma coisa?Mesmo quando você pensa não  merecer   tamanha consideração. 

Este texto eu o dedico aos meus amigos de verdade: Os úteis! 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Espelho, espelho meu



Eu tenho dois espelhos pequenos de mesa que uso todos os dias para passar cremes e maquiagem corretiva , mas percebí que cada um dos espelhos não mostrava a minha real imagem. Em um deles o meu rosto ficava desfocado, no outro um pouco embaçado. Em todos os dois espelhos eu me via sempre bonita demais em comparação com o espelho que tenho no banheiro. 

Será  a iluminação da minha sala que é de luz quente ( aquela amarelada) ? 

Quando ando pelas ruas ou entro em algum lugar que tenha espelhos vou logo me olhar de perto e a imagem que vejo não é muito bonita. Olhos cansados, marcas de expressão e papada pronunciada. 

Então, qual é a minha real imagem, afinal de contas?

Para tirar  a dúvida fui comprar um outro espelho de mesa maior e me olhei no espelho no mesmo local de sempre, sob a luz amarela. Me vi bonita e maior. Mas será possível?

Levei o meu novo espelho para uma luz mais clara. Fui para a janela . Me vi bonita também, mas as manchinhas do meu rosto se notavam mais. 

Ultima tentativa. Coloquei meus óculos. 

Não me vi assim tão bonita ao colocar meus óculos. O problema não era do espelho ( por me ver sempre bonita) , nem da luz , eram os meus óculos. Que decepção!

Quando estou na rua quase sempre estou de óculos por que sou míope e quando estou em casa dificilmente os uso. 

Está explicada a visão bela e esfumaçada com pele aveludada que eu via sempre ( sem óculos) refletida no espelho...:-(


Escolhas



Nem todo mundo nasce com aquela pre-disposição de seguir os rumos ditados pela sociedade. Tem gente que tem caráter e na primeira oportunidade se escapa para inventar as suas próprias prioridades , a sua própria rotina de vida. 

Muitas vezes tais pessoas são vistas como " rebeldes sem causa" , ou simplesmente irresponsáveis porque custam a aceitar os compromissos da vida tal qual ela se apresenta. 

Liberdade é lei para tais pessoas . Liberdade de escolha , até mesmo nas mínimas coisas .

 Ir dormir  a 1:00 h da madrugada , acordar as 4:00 h com vontade de comer um sanduiche e beber um chá quente, ir deitar novamente as 6:00 h da manhã e levantar as 7:00 h para ir trabalhar . Se conseguir  acordar...

O fato é que para uma pessoa que preza a sua liberdade , não existem regras pre-definidas para absolutamente nada. Aquilo que convêm ao momento é regra , e no dia seguinte pode ser alterada, ou nem mesmo existir mais. 

Aquilo que nos tolhe a liberdade de sermos nós mesmos são os padrões que por vezes seguimos desde a infância até a vida adulta feito " zumbis adestrados" pela sociedade. Ninguém tem o direito de ser diferente sem ser criticado ao menos uma vez na vida . 

Fazer aquilo que dá na telha. Apesar de parecer coisa de rebelde sem causa e sem juízo, esta é a minha regra , ou lei da liberdade de ação. 

Urano retrógrado na casa 4

 

A pessoa não se sente à vontade em sua vida familiar nem, na verdade, na sua própria pele. Não está enraizado em lugar nenhum, dá a impressão de flutuar. e até mesmo de andar à deriva. Trata-se ainda das sequelas de vidas anteriores nas quais a pessoa, tendo sido duramente privado da liberdade, procurou a todo custo reconquistá-la. Tem medo, ao "instalar-se" na vida familiar, de perder um átomo dessa preciosa liberdade. Os amigos desfilam como uma corrente de ar, em sua casa; esse happening permanente impede qualquer intimidade. Se encontrar um cônjuge que entenda essa necessidade de independência (. e não expulse todos os amigos!), irá esforçar-se por se estabilizar. Mas ele (ou ela) fica apavorado diante da ideia de se enterrar num casamento burguês.

 



sábado, 15 de fevereiro de 2014

Almas gêmeas


Segundo o espiritismo de Alan Kardec :

"Almas gêmeas, conforme o entendimento vulgar, não existem. O que existem são Espíritos com profundos laços de afinidade, que muitas vezes se encontram na vida enquanto encarnados. Podemos dizer, sim, que existem almas com grande afeição mútua. Somos individualidades, e, como tal, não há espíritos que se complementem uns aos outros, como se por si só não fossem inteiros, um. "


Você sonha em um dia encontrar a sua cara metade? Então pode esperar sentado por que este conceito romantizado das almas que se completam não existe segundo o espiritismo. Aquilo que existe realmente são duas almas singulares que se identificam por " afinidades". 

Não queira nunca se completar  à alguém. A verdadeira alma gênea para os cépticos ( como eu) é aquela pessoa em carne e osso que tem inúmeras afinidades , desde um tipo de hobby , um modo de pensar ou sentir as experiências da vida. 

De certa forma posso afirmar que já andei topando com a minha alma gêmea por este mundão à fora.   Ele não me completava em absolutamente nada, era simplesmente igual a mim em todos os sentidos, e principalmente nos pontos negativos. Claro que não posso deixar de ressaltar seus pontos positivos também que eram tantos. Ninguém é perfeito demais , nem a nossa alma gêmea. No máximo é igual a nós , com todas as vivências, todos os defeitos e qualidades. 

No momento inicial do encontro vem aquela sensação de " igualdade" . Somos muito parecidos em tantos pontos que chega a nos fascinar . Relações familiares, postura perante a vida, caráter , e até mesmo o signo. Aos poucos vamos conhecendo as invirtudes, que por mais estranho que pareça , são os defeitos que mais evitamos em nós mesmos . Ao fim queremos fugir de nossa alma gêmea. Obviamente que isto depende do quanto você se aceita  tal qual è. Se você se aceita e se ama assim como é, cheio de defeitos e qualidades jamais irá querer fugir daquele que é o reflexo da sua imperfeição humana. 

Eu fugi .Acredito que ainda não estava preparada para aceitar tamanha afinidade de pontos negativos, apesar do fascínio do início. Tão iguais!  

Nem sempre estamos prontos para receber a nossa " alma gêmea" , isto é fato. Ou é a nossa alma gêmea que não estava " ainda" pronta a nos acolher...

Desta experiência , restaram algumas certezas.  Ainda  preciso melhorar muito como ser humano, mas lá no fundo da minha alma, eu me amo assim como sou. 

Quanto a minha lama gêmea...existia um desejo dentro de mim de melhorarmos juntos, como duas almas afins. 



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Encerrando ciclos

 

Sempre é preciso saber 
quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela 
mais do que o tempo necessário, 
perdemos a alegria 
e o sentido 
das outras etapas que precisamos viver. 

Encerrando ciclos, 
fechando portas, 
terminando capítulos, 
não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado 
os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? 
Terminou uma relação? 
Deixou a casa dos pais? 
Partiu para viver em outro país? 
A amizade tão longamente cultivada 
desapareceu sem explicações? 
Você pode passar muito tempo 
se perguntando por que isso aconteceu. 
Pode dizer para si mesmo 
que não dará mais um passo 
enquanto não entender as razões 
que levaram certas coisas, 
que eram tão importantes e sólidas em sua vida, 
serem subitamente transformadas em pó. 

Mas tal atitude 
será um desgaste imenso para todos: 
seus pais, seu marido ou sua esposa, 
seus amigos, seus filhos, sua irmã...
Todos estarão encerrando capítulos, 
virando a folha, 
seguindo adiante, 
e todos sofrerão ao ver que você está parado. 

Ninguém pode estar ao mesmo tempo 
no presente e no passado, 
nem mesmo quando tentamos 
entender as coisas que acontecem conosco. 

O que passou não voltará: 
não podemos ser eternamente meninos, 
adolescentes tardios, 
filhos que se sentem culpados 
ou rancorosos com os pais, 
amantes que revivem 
noite e dia 
uma ligação com quem já foi embora 
e não tem a menor intenção de voltar. 

As coisas passam 
e o melhor que fazemos 
é deixar que elas realmente possam ir embora. 

Por isso é tão importante 
(por mais doloroso que seja!) 
destruir recordações, 
mudar de casa, 
dar muitas coisas para orfanatos, 
vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível 
é uma manifestação do mundo invisível, 
do que está acontecendo em nosso coração 
e o desfazer-se de certas lembranças 
significa também abrir espaço 
para que outras tomem o seu lugar. 
Deixar ir embora. 
Soltar. 
Desprender-se. 
Ninguém está jogando 
nesta vida com cartas marcadas. 
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. 

Não espere que devolvam algo, 
não espere que reconheçam seu esforço, 
que descubram seu gênio, 
que entendam seu amor. 

Pare de ligar sua televisão emocional 
e assistir sempre ao mesmo programa, 
que mostra como você sofreu com determinada perda: 
isso o estará apenas envenenando 
e nada mais. 

Não há nada mais perigoso 
que rompimentos amorosos que não são aceitos, 
promessas de emprego 
que não têm data marcada para começar, 
decisões que sempre são adiadas 
em nome do "momento ideal". 

Antes de começar um capítulo novo 
é preciso terminar o antigo: 
diga a si mesmo que o que passou, 
jamais voltará. 

Lembre-se de que houve uma época 
em que podia viver sem aquilo, 
sem aquela pessoa... 
Nada é insubstituível, 
um hábito não é uma necessidade. 

Pode parecer óbvio, 
pode mesmo ser difícil, 
mas é muito importante. 

Encerrando ciclos. 
Não por causa do orgulho, 
por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente 
aquilo já não se encaixa mais na sua vida. 

Feche a porta, 
mude o disco, 
limpe a casa, 
sacuda a poeira. 

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. 


Alguns creditam este texto como de autoria de Paulo Coelho. Não creio, mas é muito bom. Nos faz refletir . 

Paciência


Se eu disser que ultimamente ando sem paciência com a lerdeza alheia estarei mentindo. Eu " nunca" tive paciência com gente lerda e creio que nunca terei. 

Aqui no Japão o povo è lerdo demais, é muito difícil encontrar alguém que tenha o raciocínio rápido e tenha atitude imediata em qualquer situação. O Japão é o país do : Talvez,  e do será?

A palavra que você mais ouve, até mesmo em consulta médica é o tal do " tabun" , que quer dizer talvez. Em tudo eles colocam uma interrogação na sua cabeça. Os japoneses gostam de transferir suas próprias dúvidas para os outros. Eu quero morrer com esta mania!

Claro que não são todos assim, apenas a grande maioria, e quem tem opinião própria parece até que se destaca na paisagem. 

Nem preciso dizer que eu tenho opinião própria até demais para conviver com este povo ne! As vezes sou obrigada a engolir as minhas opiniões de tão agressivas que são. A japaiada sai correndo quando eu tenho lá meus ataques de falta de paciência com a lerdeza alheia. Ao mesmo tempo, quando ocorre algum problema e eles não tem ( nunca tem) a coragem de dizer o que pensam, ficam atrás de mim esperando que eu tome alguma atitude por eles. Isto cansa a beleza de qualquer ser humano. 

Tem horas que eu não consigo entender como este povo chegou a ser a segunda potência econômica mundial, mas consigo perfeitamente entender porquê  eles perderam esta posição para os chineses e continuam perdendo para outros países asiáticos. É a lerdeza japonesa. 

Não que os japoneses não tenham lá as suas virtudes. É o povo mais educado e civilizado que conheci no planeta, mas a falta de objetividade deste povo me cansa. Aliás, a falta de objetividade e de atitudes me cansam em qualquer lugar do planeta e em qualquer situação. 

Vixi! estou precisando espiritualizar . Ahummmmmmmmm!!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Longe de casa

'

Nestes meus mais de 10 anos longe do Brasil  acabei redescobrindo  a minha vida. Para  dizer a verdade, eu acredito até que me reinventei. 

Aprendí tanto sobre a vida e as suas mil maneiras de vive-la ,  que às vezes penso que tudo isso nem cabe mais dentro de mim. Desde pequenos novos hábitos ao conhecimento de novas culturas e novas línguas. 

O melhor de tanta descoberta é que aprendí a respeitar cada cultura, cada forma de pensar . É incrível como a experiência de viver fora de nossa área de confôrto ( no nosso país) nos abre imensamente a mente para outras " verdades". 

Aprendi que podemos ser felizes em qualquer parte do mundo quando aprendemos a arte do desapêgo. Para muitos que ainda não sairam da sua zona de confôrto , tal desapêgo pode até parecer egocentrismo , mas na realidade é uma experiência única que só tem a acrescentar em nossas vidas. Só quem viveu ou vive fora de seu país e teve por muitas que se reinventar para sobreviver é quem sabe do que estou falando. 

Eu me reinventei , uma, duas, três vezes , e se for necessário vou me reinventar mais vezes. Quem vive fora de seu país, inserido em uma outra cultura não deve jamais querer manter o " velho". Ele não funciona em terras estrangeiras. E pior, quando voltamos ao nosso país de origem, aquilo que era certo já não é mais. Quer dizer, o velho já  não serve  mais nem para o nosso retorno. 

Quem nos conheceu antes de tal experiência já não nos reconhece mais . Quem  nos conhece hoje , não consegue nunca nos definir .

Descobri nestes anos de vida " viajante" por terras estrangeiras que a solidão faz parte de um grande aprendizado necessário para o nosso autoconhecimemto. 

Descobri quem sou realmente, minhas virtudes e invirtudes. Aprendi muitas  coisas   que jamais pensei em  apreciar um dia.

 Muitas pessoas passaram pela minha vida . Aprendi um pouco de tudo que sou "hoje" com elas. Servi de ponte para algumas, outras foram verdadeiras pontes para novas vivências. 

Afinal , somos feitos de experiências de tudo aquilo que vivemos, de um pouquinho de cada pessoa que passou por nossas vidas e dos lugares que estivemos. 

Dez anos de vivência pura , de intensidade, de loucuras , de serenidade, de paz, de dificuldades , de alegrias, de paixões,  de abandonos, de despedidas e chegadas. 

Às vezes me pergunto: Valeu a pena? 

Valeu, cada   momento, apesar de todos os pesares. Talvez  hoje , eu já não saiba mais viver com as  mesmas certezas de antes... 



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Os ares do inverno


               Monte Fuji - Shizuoka- ken - Patrimônio mundial da Unesco 


Não , eu não odeio o inverno. Para dizer a verdade até gosto , mas depende de onde se passa o inverno. Depende dos ares. Vou explicar melhor...

 Aqui no Japão , ao menos na região onde eu moro nunca neva, mas a temperatura chega a -1 grau  com ventos fortissimos. O bom do Japão é que mesmo no inverno o cèu por muitas vezes amanhece azul celeste . O inverno aqui é muito agradável , quando não venta.

As últimas recordações  que tenho do inverno brasileiro, mais precisamente em São Paulo, é da garôa fina ,  e aquele friozinho que corta a alma quando saimos do banho ou até mesmo quando vamos nos deitar. Sem falar nas mudanças abruptas da temperatura que sempre me deixavam gripada por pelo menos 3 ou 4 vezes ao ano. 

O inverno só é belo quando conseguimos ver e apreciar a sua estação, tal qual ela é. Coisa impossível em São Paulo que tem cheiro de garôa, de calçadas molhadas e céu nublado. Por muitas vezes é dificil saber se o cèu está nublado ou poluido . E quem consegue ver alguma coisa com aqueles arranha céus por toda a parte?

Na Europa, mais precisamente na Suiça italiana  provei um outro tipo de inverno. Frio , com neve , porém mais ùmido do que o inverno Japonês que é seco. Os dias eram ensolarados, muito céu azul, pouco vento, quase nenhum, e em alguns pontos mais altos dava até para sentir calor em meio a neve.  É a tal da inversão térmica que se apresenta em locais altos . Em compensação , na Àustria eu quase morri congelada , e em alguns momentos nem conseguia respirar direito  aquele ar gélido. 

Caminhar de botas de saltos sem uma proteção interna foi uma péssima idéia.  Não conseguia pisar no gelo que sobrava nas ruas sem lastimar meus dedinhos com caimbras de frio. 

Cada país tem a sua caracteristica . Não dá para dizer simplesmente : Eu amo o inverno, ou eu odeio o inverno. Depende de a qual inverno se está referindo. Depende dos ares. 

Não vou negar que apesar do frio intenso do inverno europeu, ainda gosto mais de sentir o cheiro do inverno europeu. Éh, o inverno tem cheiros . 

Queria ter a alma poética nestas horas para descrever o cheiro do inverno europeu logo pela manhã, quando o Sol desponta no céu  de nuvens branquíssimas que se firmam junto as montanhas enevadas. É lindo demais. 

Nestas horas , vale realmente a pena sentir aquele friozinho que corre a espinha e congela o nariz.  Vale a pena pela paisagem, pelo cheiro de inverno que impregna o ar. 

O inverno tem lá as suas maravilhas, mas depende muito de onde o passamos e como o passamos. Aqui no Japão, eu só passo frio nas ruas , todas as casas tem ar condicionado com caleifação, e o céu está quase sempre azul. Nem vou comentar sobre o por do Sol japonês, que é um espetáculo à parte. E os onsens espalhados por todo o Japão? Esta é outra maravilha do inverno japonês que eu ainda não fui provar. 

Enfim, o inverno é bárbaro e depende muito de onde nos encontramos e como o vivenciamos. Ele é necessário.

 Para mim, o inverno é um período de introspecção , quase uma hibernação da alma. A minha alma fica pequena ( me refiro ao inverno japonês) para logo florescer junto com a chegada da Primavera. 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Astrologia e destino



Como eu sempre digo, sou uma grande curiosa quando o assunto é , os misterios ocultos da vida. Desde os meus tenros 15 anos sempre gostei de ler livros sobre paranormalidade, viagem astral, telepatia , auto-combustão e outros assuntos misteriosos. Deve ser o meu Sol na casa 8. 

O interesse pela Astrologia apareceu nem sei quando, mas me ajudou a entender os " porquês" desta vida louca. Compreendí que o nosso destino já vem traçado e que nós mesmos damos formas a ele com as nossas próprias reações. 

Mas como pode ser isso? Como as estrelas podem ditar o que irá acontecer em nossas vidas? 

Ainda não encontrei uma resposta mais clara, ou científicamente comprovada da eficácia destes prognósticos estrelares. A Astrologia tem uma forte ligação com a Astronomia, apesar de uma ser considerada ciência e a outra não. Talvez fosse preciso compreender como funcionam as estrelas sob um aspecto Astronômico para só assim compreender seus efeitos na Astrologia. 

Quando Michael Schumacker se acidentou na França , fui logo ver o seu mapa astrológico para o mês , e lá estavam varios  aspectos em Marte. 

Marte representa a agressividade, a individualidade , a coragem , as brigas e os acidentes. No mapa de Michael Schumacher haviam vários aspectos em Marte que o tornavam audacioso, agressivo, imprudente e tendencioso a meter-se em brigas ou acidentes com riscos de hemorragia. 

Michael Schumacher sofreu um acidente enquanto esquiava na França e segundo os noticiarios , ele sofreu uma hemorrogia devido a ferimentos no crânio. É certeiro isso, ou não é?

Não satisfeita, fui xeretar o Mapa Natal ( de nascimento) daquele modelo Fernado Fernandes que também sofreu um acidente que o deixou preso a uma cadeira de rodas. No mapa natal do ex-modelo existe um aspecto de Marte : imprudência e acidentes que causariam problemas . 

Novamente tive a confirmação de que o nosso destino tem realmente tendências que já estavam escritas em algum livro da vida. 

Ainda assim, quero acreditar que o nosso livre- arbítrio pode nos salvar de tais fatalidades, contanto que, tenhamos plena consciência das tendências de nossas vidas  . Se um mapa Natal nos mostra uma tendência a acidentes é melhor evitar situações de risco. Se um mapa Natal nos mostra infelicidade matrimonial é melhor aprender a não fantasiar e não idealizar demais. 

E dá para  viver controlando até aquilo que ainda vai acontecer? Não dá! 

A vida vem do jeito que vem, escrita em linhas tortas ou não. Aquilo que chamamos de vida é aquilo que nos foi reservado viver . Impossível seria controlar todos os nossos atos ou pensamentos. 

A vida acontece, mesmo quando estamos dormindo.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Momento relax


Cansada, mil contas para pagar, mil questoēs existenciais a resolve( tentar) , como a todo mundo. Mas  este momento " relax" é só meu e não abro mão disto, por nada neste mundo...
Eita! Vida dura!!,

São nestes momentos  que tudo realmente parece valer a pena...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Enquanto o amor não vem



Tenho uma amiga que está sozinha desde quando se separou do seu ex- marido hà uns 10 anos ou mais . Nenhum flerte, nenhum caso, absolutamente nada. Ela como  boa Sagitariana é sempre muito otimista quando afirma que ainda quer encontrar alguém e se casar novamente. 

Eu como boa Capricorniana joguei um balde d àgua fria em sua cabeçinha sonhadora. Se ela realmente quisesse encontrar alguém já teria ao menos tomado a iniciativa de procurar algum pretendende nestes 10 anos ,  não é mesmo? 

Segundo ela, desde que se separou de seu marido , não se sente "atualizada" para os relacionamentos de hoje. E precisa se atualizar para viver um amor? Não sabia. 

Isto expressa a profunda inseguranča que ela tem dentro de sí, apesar da vontade e do sonho ( pouco prático) de querer viver  um novo relacionamento. Vamos ser bem claros.  Tem  gente que quer , sem saber por onde e nem como. 

Oque você quer? Um sonho ? Pois é isto que viverá. 
 
Ou prefere um amor concreto ? Com todas as bases e alicerces para construir um relacionamento pautado naquilo que você tem a oferecer ao outro? 

No meu conceito ( Capricorniano) , basta apenas estar aberto para o amor que ele chega , de alguma forma ele chega. Pode não durar o tempo que desejávamos, pode não ser perfeito como o havíamos idealizado ( nunca será) , mas se estivermos abertos e " " preparados"  para ele, um dia ele chegará. 



Encontrei este texto na net que fala sobre a espera de um amor . Faz refletrir.

Resumo do livro Enquanto o amor não vem, de Iyanla Vanzant:

Haverá um momento em sua vida em que o amor vai chegar. Antes disso, você terá feito tudo o que podia, tentado tudo o que podia, sofrido o quanto podia e desistido muitas vezes. Mas o amor é uma coisa engraçada. Ele nos encontra nas circunstâncias mais incomuns, no momento mais improvável. A verdade é que o amor está dentro de você. É você quem, primeiro, tem que tomar posse dele.

Queremos tanto receber amor e aceitação que às vezes somos capazes de fazer qualquer coisa. Nem a vida nem o amor exigem que as pessoas desistam de sua dignidade, autoestima, objetivos de trabalho, programa favorito de televisão ou bom-senso. Por algum motivo, nem sempre entendemos isso direito. Achamos que podemos nos unir a outras pessoas antes de nos unirmos a nós mesmos. Isso é absolutamente impossível.

Quanto mais amor dermos, mais amor iremos receber. Pode ser que você não receba amor daqueles para quem você dá — mas tenha certeza de que o amor sempre volta para aqueles que o dão livre e corajosamente, sem condições ou expectativas. Um aspecto do amor incondicional é ser capaz de se dar sem expectativas de retorno ou recompensa. Não devemos esperar nada em troca do amor que damos, nem mesmo amor.

As coisas mais comuns que fazemos quando estamos procurando amor (e há um grande risco de que elas criem situações dolorosas):
- Todos os sinais indicam que esta não é a pessoa certa, mas continuamos insistindo
- Por medo de ficarmos sozinhos, ou por acreditarmos que não podemos ter o que queremos em um relacionamento, aceitamos a primeira pessoa que aparece, apenas para sermos abandonados, derrotados, enganados ou engravidadas
- Quando alguém é gentil conosco ficamos sem saber como dizer não para essa pessoa, mesmo quando percebemos que ela não é quem queríamos que fosse
- Forçamos uma pessoa a ficar conosco ou lhe damos um ultimato, e como a pessoa não sabe como dizer não, ela fica conosco… por algum tempo
- Quando outra pessoa demonstra interesse por nós, correspondemos sem verificar profundamente se encontramos quem queríamos
- Decidimos acreditar que nossos parceiros não farão conosco o que fizeram com outras pessoas
- Permanecemos em um relacionamento mesmo estando infelizes e mesmo quando o parceiro não demonstra interesse em superar as dificuldades

No instante em que ouvir as palavras “Eu prometo…” ou “Juro que vou…”, preste atenção! Esse tipo de informação nos notifica que não podemos confiar no que está sendo dito. Promessas e juras são um sinal garantido de que o nível de confiança exigido para manter um relacionamento saudável não existe. As pessoas sempre demonstram suas intenções e suas expectativas através de seus atos. Você deve escutar o que as pessoas fazem , não o que dizem

Em algum ponto você terá que aprender a amar as pessoas independente do que elas façam, e aprender a amar e perdoar as pessoas para que possa se curar. Este é um passo muito, muito, muito grande. Significa que você tem que olhar para o que faz, não para o que fazem com você. Com essa informação, você percebe que cada experiência é uma oportunidade para recriar a sua forma de reagir. Essa revelação é a sua cura.

Não podemos fazer com que as pessoas nos amem do jeito que queremos que nos amem. Frequentemente, as coisas não correm bem nos relacionamentos porque as pessoas pelas quais nos sentimos atraídas estão seguindo outro caminho. Você pode amar alguém profundamente, mas tem que aceitar que ele pode não trilhar necessariamente o mesmo caminho que você. Permita que as pessoas trilhem o caminho que escolheram e ame-as assim mesmo. Todas as pessoas têm direito às suas próprias experiências. Aprenda a ouvir. Aprenda a perdoar. Aprenda a renunciar. Renunciar não é se render: é desistir das coisas que não estão funcionando. Simplesmente pare de fazer as coisas que te deixam infeliz. Quando pararmos de nos maltratar dessa maneira, o amor entrará em nossas vidas e o processo de cura irá começar.

Eis um erro gigantesco que às vezes cometemos: achamos que podemos rezar e meditar durante tanto tempo e com tanta intensidade, que Deus irá mandar alguém para nos amar. Não podemos trabalhar para amar a nós mesmos, encontrar a nós mesmos, com a única finalidade de encontrar e amar outra pessoa. Devemos fazê-lo para nosso próprio bem. Temos que amar, honrar e respeitar nós mesmos para nosso próprio bem — sem nenhuma outra condição.

Você é o amor que procura. Você é a companhia que deseja. Você é seu próprio complemento, sua própria integridade. Você é seu melhor amigo, seu confidente. Você é a única pessoa que pode fazer por você o que espera que outra pessoa faça.

EXERCÍCIO

A situação em que nos encontramos é resultado de nossas escolhas. Se desejamos ter uma experiência nova, é necessário fazer uma avaliação do ponto exato onde nos encontramos. Este processo de avaliação exige que façamos determinadas perguntas:

1 – Onde estou? Estou querendo algo que parece impossível conseguir? Estou querendo aprender e tentando crescer? Sinto cansaço, frustração ou raiva? Ou confusão, solidão e excitação sexual? Acho que estou trabalhando muito sem chegar a lugar nenhum? Ou quase não estou trabalhando e fico esperando um milagre?

2 – Como cheguei a essa situação? Quais foram as escolhas que fiz ou que deixei de fazer? Um aviso: você deve evitar a tentação de culpar qualquer outra pessoa por estar na situação em que está. Se a resposta que você receber começar com “Porque ele/ela fez isso ou aquilo”, você está se escondendo.

3 – O que eu estava tentando realizar ao fazer essa escolha? Fazemos coisas porque achamos que a ação irá criar o resultado que esperamos. A verdade é que, se nos concentrarmos no que desejamos, a forma apropriada de chegar a isso será providenciada.

4 – O que eu realmente quero? Não faça declarações do tipo “o que eu realmente quero é ser reconhecido por meu pai”, ou “o que eu realmente quero é ser amado por…”. O segredo é lembrar-se que ninguém pode nos dar o que não podemos dar a nós mesmos.

5 – Como posso criar esta experiência? Tendo chegado até aqui, você deve ter uma visão bastante clara do que quer e do que está procurando. É capaz de fazer escolhas melhores com um propósito definido.

Faça as perguntas da seguinte forma:
1. Concentre-se em sua respiração. Encontre seu ritmo e sinta sua respiração durante três a cinco minutos.
2. Invoque a presença da luz e do amor.
3. Peça a todas as vozes dentro de sua cabeça que fiquem quietas para que você possa ouvir a voz do seu eu mais profundo.
4. Faça uma pergunta.
5. Ouça a resposta. Se quiser escrever a resposta, escreva o que lhe vier à cabeça. Não censure, escreva. Quando tiver escrito, leia a resposta.
6. Comece o processo novamente e faça outra pergunta. Se nada vier à sua cabeça, não faça outra pergunta. Alguém vai dizer alguma coisa que lhe dará a resposta. Uma música pode estimular certas lembranças ou sentimentos. Pode acontecer de várias maneiras, mas tenha certeza de que a resposta irá aparecer. Quando obtiver a resposta, faça então a próxima pergunta.

Na vida e nos relacionamentos temos que ser muito claros sobre o que estamos procurando. Se você estivesse procurando uma casa para morar, gastaria algum tempo identificando as especificações — o tamanho da cozinha, o número de quartos e banheiros — e as especificações seriam definidas antes que você começasse. O mesmo se aplica ao amor. Você precisa saber o que procurar antes de começar. Se não sabe o que procurar ou onde procurar, como irá reconhecer o que deseja, quando aparecer?

domingo, 2 de fevereiro de 2014

A vida prática no Japão



Refeição fresca : arroz instantâneo, kmuchi pronto , frango grelhado na hora e vinho chardonnay francēs. 


Eu, como boa Capricorniana, adoro coisas práticas que facilitem a  vida , e o Japão parece ser o país certo para economizar tempo na cozinha. 

Aqui no Japão, quem vive sozinho não sofre com afazeres domésticos como lavar, passar, cozinhar, faxinar, lavar a calçada ( as ruas são limpas) ou coisas do gēnero. Eu mesma nos meus dias de folga dificilmente perco o dia todo fazendo faxina ou cozinhando.

O piso do meu apartamento é de carpete de madeira, eu o incero uma vez ao mês e depois vou só mantendo o brilho com uns lençinhos umedecidos ( descartáveis) com cera . Minhas roupas eu as jogo na maquina de lavar, deixo secar no ar condicionado e depois é só esticar e dobrar. A maioria das roupas no Japão são feitas de tecidos que não amassam que nem papel, e eu procuro  sempre comprar deste material. Não tenho nem ferro de passar e nem sinto falta. Aliás, as maquinas de lavar roupas japonesas não amassam tanto as roupas na lavagem como as Brastemps da vida.

Agora, o mais prático da vida aqui no Japão é em relação a comida. Se vc for fã da comida japonesa  e italiana, vai ter várias opções prontas nos supermercados e nas lojas de conveniência. São os famosos obentôs japoneses, tudo prontinho. E as saladas? tudo fresquinho, cortado e lavado para uma porção. Os molhos para salada também são vendidos em porções únicas com uma grande variedade de sabores para todos os gostos, inclusive o tempero de salada alla italiana. 

Hoje passei o dia organizando a casa e quando percebí já era tarde demais para começar a cozinhar. Passei por uma loja de conveniência ( aberta 24 h) e comprei uma porção de arroz, frango grelhado , vinho branco francês e o meu mais novo vício kmuchi ( pikles coreano apimentado) . Depois foi só ajeitar a mesa , esquentar a comida no microondas e pronto. Comida pronta, porém fresquinha. 

Aqui no Japão ninguém se preocupa se os filhos solteiros que moram sozinhos estão comendo bem. Só não se alimenta bem quem não quer. Até mesmo os pratos mais típicos de inverno já vem com o molho pronto e os ingredientes podem ser comprados cortados e prontos para cozimento. O tempo gasto é apenas o de colocar os ingredientes na panela e esperar o cozimento. 

Muitos frabicantes de obentôs japoneses tem a preocupação de preparar pratos que tenham o  mesmo sabor    dos pratos preparados  pelas nossas maēs, e a cada dia mais novos pratos com sabor de comida feita pela mamaē são lançados no mercado. 

Depois de viver tanta praticidade no Japão, quem é que consegue ir ao mercado e comprar um frango inteiro para limpar, cortar  e temperar? Nem sei mais como se faz isso. 

Lavar a louça? Muitos pratos já vem com os recipientes descartáveis , é só terminar de comer e jogar fora . Caso você não queira comer na própria embalagem pode usar os pratos convencionais de louça, de todo jeito a louça para lavar serão apenas os pratos , talheres e copos. Nada de ficar esfregando panelas . 

O japão sem dúvida alguma não forma boas donas de casa!!!

Adoro a vida prática japonesa ...,