domingo, 18 de novembro de 2018

Acender a luz ou dar tiros no escuro?



Em muitos posts escrevi sobre a importância da astrologia na minha vida . Há mais ou menos dez anos atrás começei a estudar o meu mapa natal , e desde então, a minha percepção sobre mim mesma e os rumos da minha vida tomaram um outro sentido. No meu entender isto é muito positivo. Porém, para muitos a minha mania de consultar as estrelas para absolutamente tudo é considerado como algo nefasto , no sentido de me influenciar negativamente.

Pessoas leigas em astrologia que costumavam ler apenas horóscopos de revistas e jornais não possuem o conhecimento necessário para entender como os astros e nós mesmos influenciamos os acontecimentos em nossas vidas. É preciso ter uma visão universal sobre a vida que nos cerca no aspecto mundano e uma visão ou entendimento refinado sobre as ocorrências não visíveis aos olhos. Resumindo, é preciso não se limitar ao obvio e ao nosso campo de visão,  e entender quais são os limites do nosso livre-arbítrio.

Existem carmas que são grandes bençãos , assim como existem carmas que são maléficos , e também os carmas geracionais ou ciclicos. Hoje quero falar sobre os ciclicos.

Em nossa cultura é quase um pecado falar sobre a morte. Para mim, a morte é um carma imutável , querendo ou não, o nosso fim como matéria um dia chegará. É o ciclo do nascimento, vida e morte. Não há como contesta-lo.

Quando eu revelo para pessoas proximas sobre as tendências que marcam o meu mapa pessoal e tais aspectos são extremamente positivos , elas se alegram e se animam a saber se para elas também existem ocorrencias positivas em seu mapa. Porém, quando digo que alguns aspectos desafiadores estão por vir , geralmente as pessoas tendem a entender como algo negativo que não deveriamos saber por antecipação para não nos influenciarmos . Onde está a razão dessas pessoas?

Na vida , independente de saber por antecipação ou não, existem fases , tendências e todo um ciclo de acontecimentos que são inerentes as nossas vidas. Talvez um jovem de 20 anos possa não ter esta compreensão sobre a vida , mas quando passamos de uma certa idade os fatos se apresentam por si só. Pessoas ao nosso redor ( familiares) começam a morrer por velhice . Nós mesmos começamos a ter problemas de saúde relacionadas a idade, muitas portas que se abriam anteriormente já não se abrem mais . Mostrando que um novo ciclo se inicia. Positivo ou não , isto faz parte dos ciclos da vida. E qual o problema das pessoas em aceitarem que a vida é ciclica?

Não devemos jamais nos influenciar por coisas que ainda não aconteceram para não causar ansiedade , este é um outro detalhe que deve ser tratado a parte. A astrologia , ao menos para mim, serve como uma lanterna , onde posso visualizar por quais caminhos estou andando e nada mais. A astrologia quando não vivenciada juntamente com o nosso autoconhecimento pode ter uma influência negativa sobre as nossas reações aos aspectos desafiadores.

Enfim, a astrologia não é para os fracos.



Namastê.

sábado, 17 de novembro de 2018

Cada um no seu lugar

                       


Certa vez conversando com um menino de apenas 11 anos , filho de uma amiga brasileira que foi casada com um nipo-brasileiro , lhe perguntei sobre o que ele preferia . Viver ao estilo japonês ou ao estilo brasileiro? Tendo em conta que ele é mestiço e já viveu no Japão e agora vive no Brasil.

Como todo garoto pre-adolescente ele usou de poucas palavras para dizer o que ele pensava sobre as duas culturas , e soltou essa frase: - Cada um no seu lugar.

Naquele instante eu simplesmente me calei ao ouvir tal opinião de um garoto de apenas 11 anos. A sua mae também estava junto e assim como eu , ela se calou.

Como sou muito reflexiva fiquei pensando o que ele quis dizer com isso? Cada um no seu lugar?

Será que ele na inocência  dos seus 11 anos de idade e vivencia entre as duas culturas ele se deu conta de que misturar raças e culturas tem lá os seus prejuizos?

Para mim era notória a diferença no modo de viver a vida de cada membro de sua familia. A avó por parte paterna é uma senhora japonesa ,nascida no Brasil com os seus habitos e costumes herdados da cultura japonesa . Quanto a avó por parte materna já era uma senhora com traços bem marcantes da miscigenação de raças brasileira e com uma postura e mentalidade bem mais abertas. Parecida a sua maē.

Eu acredito que quando uma cultura é muito clara e bem definida , como a japonesa , não dá para misturar com outras culturas que não possuem tanta definição. A não ser que exista da parte dos envolvidos uma admiração e identificação com cada cultura.

No meu caso, sendo filha de japoneses ,nascida  no Brasil e vivendo há anos no Japão , não  me identifico nem com uma nem com a outra. O que faz de mim um peixe fora do aquário.

Culturalmente falando, me identifico muito mais com a cultura européia , tanto no modo de viver como na forma como eles se relacionam entre si. Minha experiência em terras suiças foi muito agradável em todos os sentidos. É claro que existem diferenças também, mas seria muito mais um meio termo entre ser latinizado demais e japonesado demais. Nem tanto o mar e nem tanto a terra.

Esta é apenas mais uma reflexão de alguém que pensava ter uma pátria e descobriu que na realidade não tem nenhuma.

E isto faz alguma diferença? Sim, faz toda a diferenča quando ainda estamos em busca de um norte. 


Namastê.


terça-feira, 13 de novembro de 2018

Bons aspectos & Maus aspectos



Não sei precisar ha quanto tempo  eu me aconselho com as estrelas. Talvez dez anos ou mais. Muita gente me questiona se eu não acabo me sugestionando demais por saber por antecedência as tendências daquilo que está por acontecer. De certa  forma causa uma certa expectativa sim. Quando o aspecto é muito favorável para mim eu mergulho  de cabeça , sem medo, e tento aproveitar ao maximo o periodo. Quando o aspecto ou aspectos são desfavoráveis ou desafiadores eu tento me preparar para vivencia-los da melhor forma possivel.

Meu mapa de revolução solar para o ano de 2019 tem vários aspectos desafiadores. Quase todos ligados ao trabalho e a saúde. Completamente desafiadores se confrontados com os aspectos amenos do ano em curso. Este ano , que já està terminando , foi show de bola! Mas, como tudo na vida é cíclico , virão novos desafios pela frente.

Não é preciso ter uma bola de cristal para compreender que vivemos algumas "fases" da vida que são ciclicos  . Passamos pela infancia, a juventude , a maturidade e a velhice. Isto é fato. E eu estou em uma fase da vida que é natural começarmos a ter certos cambios hormonais e a probabilidade de surgirem doenças relacionadas ao avanço da idade e a vida sedentária.

Com este saber, tenho plena consciência de que um dia terei que enfrentar os desafios de um novo ciclo. Questões de saúde ,trabalho e estabilidade na vida são as minhas maiores preocupações deste periodo. Talvez eu mesma tenha desenhado  estes aspectos desafiadores nos céus. Existe uma conexão invisivel entre aquilo que emanamos para o universo e aquilo que absorvemos do universo. Ou seja , nossos pensamentos tem poder. Ando tão preocupada com questões de saúde e empregabilidade que o universo já entendeu que eu estou tendenciosamente precisando viver estas questões de uma forma mais seria e ordenada.

Desafios . Como sempre , uma tendencia natural dos reinos  de Saturno, o meu regente. As ferramentas que utilizo para amenizar qualquer aspecto desafiador  são o yoga e as minhas orações de gratidão. Pedidos também podem ser feitos , mas devemos sempre ter o cuidado de jamais utilizar palavras de negação . O "não" jamais deveria fazer parte de nossas orações. Do tipo: - Deus, não permita que eu perca o meu emprego. A oração de pedido correta é : - Deus, permita-me manter-me neste emprego por muitos anos com a graça de vossa proteção.

E assim, vamos amenizando aspectos desafiadores em nossas vidas. E porque não , transforma-los em  desafios de crescimento espiritual?



Namastê!






sábado, 3 de novembro de 2018

Momento político




O Brasil està vivendo um momento único , desde as "diretas já" , a da inversão de valores. Falava-se muito em anistia  e democracia  na época. Era um momento de vitória para a democracia no Brasil. Me lembro de ter lido alguma matéria em algum jornal da época , que dizia : O Brasil ainda é muito novo ( pós ditadura militar)  para administrar  a democracia. Palavras proféticas de quem deu esta entrevista ao jornal. Não me lembro quem era, talvez um economista, ou algum jurista de renome da época.

Passaram-se 30 anos desde a reivindicação popular . E o que é que temos hoje? Corrupção deslavada , um estado quase falido,  e descredito da população nos partidos de esquerda. Na minha humilde opinião , o problema nem é de ideologia política , se de esquerda ou de direita. O problema é de que tipo de corja se aproveita de situações de poder para enriquecimento próprio.

O Brasil se transformou na "casa da mae Joana" , onde todo mundo entra , come , bebe e dorme. Desde as últimas vezes que estive no Brasil , percebi que em São Paulo se falavam várias línguas. Era frequente ouvir alguem falando em francês ( haitianos) , espanhol( bolivianos ,venezuelanos ou cubanos ) e árabe . Seria desumano da minha parte dizer que estes estrangeiros , alguns exilados, não tivessem o direito de uma vida melhor no Brasil. Mas , perai! O Brasil está enfrentando uma crise politica e economica . Os niveis de desemprego são altissimos. Como acolher esta gente toda de forma adequada se o estado não tem como acolhe-los?

Virou bagunça! E como resolver o problema atual da "casa da mae Joana"? Com ordem e pulso firme. Não vejo outra solução.

Aqui em terras nipônicas a maioria das empresas são privadas, inclusive hospitais. Pagamos impostos altissimos todos os anos . Aqui, quanto mais se ganha , mais se paga. E não tem desculpa. Se no ano anterior ganhou-se muito , no proximo ( mesmo desempregado) vai ter que pagar os impostos referentes ao ano anterior. Ficou doente? Se vira ! O seguro saúde obrigatório cobre apenas 30% das despesas hospitalares. Ou seja, a saúde no Japão é quase toda privatizada . O papel do governo é de auxilio e não de administração. E funciona? Sim, funciona, apesar das diferenças culturais no atendimento que deixam a desejar.

Obviamente que não dá para comparar o Japão ao Brasil . Já em termos de dimensões territoriais a diferenča é imensa. É muito mais facil administrar um país de dimensões menores . Também não há comparações a serem  feitas quanto a historia de cada país e a forma como é aplicada a educação em escolas públicas. Aqui não existe pixação . Por aí se nota o respeito e a educação civil.

" Ordem e progresso" , esta é  a frase  que consta em nossa bandeira . Seria mais uma frase "carmica" do que a realidade brasileira ?