sexta-feira, 30 de março de 2018

Compartilhar



Compartilhar  é uma palavra que anda muito  em moda nas redes sociais, o povo compartilha fotos de viagens , de festas , de comida , curiosidades , filmes preferidos, filosofia de vida e tantos outros momentos que fazem parte da vida de cada um.

Compartilhar em redes sociais é dividir  com o outro, é levar ao conhecimento das pessoas alguma notícia, algum acontecimento, pensamento , cultura ou apenas o nosso cotidiano com amigos, familiares e afins.

E aquele povo que usa as redes sociais para compartilhar com as pessoas ( muitas vezes estranhos ou apenas conhecidos) a sua amargura ou um assunto que interessa a poucos? Desculpe a minha sinceridade , mas estas pessoas não tem o mínimo de bom senso para compartilhar absolutamente nada. Nem em redes sociais e nem na vida real.

Se o assunto é sobre religião , creio que a melhor forma de compartilhar crenças é em grupos fechados . Afinal, nem todo mundo pensa igual e devemos respeitar. Se o assunto é sexo também em grupos privados. Política e time de futebol  são outros assuntos que deveriam ser moderados. Ou seja, a liberdade de expressão também tem o limite do bom senso.

É preciso ter certa imparcialidade para compartilhar qualquer assunto em redes sociais. Claro que alguns assuntos acalorados são bem interessantes e participar de algum debate é bem estimulante , até mesmo em redes sociais , mas é preciso manter uma certa postura e não levar as coisas para o lado pessoal.

O lado pessoal, eis a questão!

Nem sempre deveríamos expor para o mundo questões pessoais, estes assuntos se discutem  em off com pessoas intimas. É preciso ser seletivo ao compartilhar nossos problemas , amarguras e sentimentos . Muitas pessoas não se dão conta do quanto de nossa personalidade está explicitamente declarado em um simples perfil virtual. Basta analisar o conteúdo dos compartilhamentos .

Quer desabafar, jogar ao vento as suas amarguras , complexos e desafetos?

Escreva um blog. Garanto que é super terapeutico e ninguém vai te rotular de "o chato" virtual.



Só no Japão




Quando eu aterrizei pela primeira vez em terras nipônicas , me recordo bem que foi um misto de êxtase , fascinação e insegurança. Era um outro mundo, totalmente diferente daquilo que eu conhecia e vivia em terras tupiniquins.

Desde o aeroporto já podia notar-se a diferença. Haviam muitas máquinas eletrônicas de vendas de salgadinhos e refrigerantes. O sistema de aquecimento interno funcionava em todo o aeroporto, só percebiamos que era inverno quando as portas automáticas de saída se abriam. Mas também não era um problema porque os carros  japoneses também possuem  sistema de aquecimento interno.

Saindo pelas ruas notava-se a organização e a limpeza . Nenhum papel jogado na rua, nenhuma bituca de cigarro. Logo imaginei que os "garis" japoneses fossem muito eficientes em coletar o lixo jogado nas ruas. Ledo engano. A limpeza nas ruas era pura conservação, ou seja, ninguém sujava as ruas .

Aquilo que realmente impressiona no mundo nipônico , nem é a tecnologia de última geração das grandes metrópoles como Tokio. Aquilo que impressiona é o senso de civismo do cidadão japonês, que comparado ao nosso senso de civismo tupiniquim chega a ser discrepante.

Ninguém suja as ruas, ninguém fura fila, ninguém fala alto dentro de transportes públicos, ninguém chinga  no trânsito, ninguém rouba a sua carteira , ninguém picha propriedade alheia, ninguém mata sem receber a pena devida  ( a pena de morte) , ninguém desrespeita uma autoridade , nem a autoridade maior desrespeita os seus suditos.

Todo país tem lá os seus prós e seus contras , o Japão não é o país mais perfeito do mundo, mas devo admitir que não é em todo lugar que podemos aprender sobre civismo apenas observando a movimentação das pessoas pelas ruas. Isto é Japão!


Namastê!



Banho relaxante de jelly




Já conhecia a loja da Lush desde quando eu trabalhava no Shopping Jardim Sul e inauguraram uma das primeiras lojas em Sampa. A loja era cheirosa demais! É dificil esquecer o aroma da loja.

Mais de 16 ou 17 anos depois , fui sentir o mesmo aroma enquanto caminhava pelas ruas de Shizuoka no Japão. Não resisti ao aroma e entrei na loja. Tinha cheiro de nostalgia.

Nunca havia provado nenhum dos produtos porque além de caro e superfulo , eu não tinha banheira para experimentar aqueles sais de banho na época.

Hoje tenho banheira ( ofurô) e melhores condições para comprar superfulos ,portanto , comprei alguns sais para experimentar.

Meu Deus! É simplesmente estupendo o efeito relaxante das bombas jellys. Elas são efervescentes e aos poucos vão formando bolhas coloridas e uma espécie de gel com oleos essenciais que proporcionam uma sensação muito agradável na pele . Após o banho a pele fica super hidratada e perfumada. Eu diria que é o banho dos deuses. Viciei!



domingo, 25 de março de 2018

Spring time in japan




Como eu havia comentado no post anterior, fui dar uma espiada nas tulipas . O tempo engana muito na Primavera , pela janela o vento parecia ter dado uma trégua , mas chegando perto do parque das tulipas o vento estava bem chatinho.

Para quem curte natureza e tranquilidade, este parque aqui perto de casa é ótimo para um passeio com  os filhos ou com os pets. Apesar da beleza da Primavera , ainda prefiro este parque no verão.


sábado, 24 de março de 2018

Descanso merecido

        



Domingão de sol, aqui em terras nipônicas já é Primavera e as ruas e parques começam a tomar formas coloridas. A avenida que fica em frente ao meu prédio já está toda florida de sakuras, pena que as flores do sakura duram pouco. É como se os sakuras apenas anunciassem a chegada da Primavera.

Hoje a temperatura deve estar em torno de uns 16 graus, parece pouco , mas até há algumas semanas atrás beirava os 5 graus. O dia está bem ensolarado e sem ventos, bem convidativo para sair de bicicleta, mas lá pelas 17:00 hs já começa a esfriar . É recomendável sempre levar um agasalho para sair de bicicleta na Primavera.

Ainda estou pensando se saio de casa ou não. Bateu aquela preguiçinha básica de sair do meu "lar doce lar" , já que a casa está toda limpa e organizada gosto de curtir estes momentos de tranquilidade comigo mesma . Para mim o sabado e o domingo foram feitos para repousar e não para ficar inventando coisas para se ocupar. A desocupação é a ordem do dia , após  uma longa semana de trabalho. Passei tanto tempo trabalhando em turnos , sem ter os finais de semana livres que agora eu os valorizo demais.

Lá fora , olhando pela janela , não está ventando . Acho que vou dar um pulinho aqui no parque para ver um pouco da "beleza" que a natureza nos proporciona a cada Primavera. Vou encher os olhos e embelezar a alma com a visão colorida das tulipas japonesas.


Namastê! Ótimo domingo de desocupação para nós! Eu amo isso!








sexta-feira, 23 de março de 2018

Carências Capricornianas

      
            
     


Quando se fala em caráter Capricorniano logo a associamos a racionalidade , determinação, autoridade , mau humor  e dedicação excessiva ao trabalho, não é mesmo?

Pois é, tudo verdade. O Capricorniano é muito racional e usa a sua racionalidade em praticamente tudo na vida . Somos uma alma velha, aquele professor de história meio carrancudo, a maē ou pai autoritários , o namorado insensivel , a colega de trabalho anti-social . Nossa, quantos defeitos , não é mesmo?

O Capricorniano é aquele amigo que ninguém convida para ir a uma balada porque já sabem que ele não irá curtir loucamente a noitada e pode até estragar a animação alheia. Porém, quando você precisa de um conselho racional ou  ajuda prática é o primeiro a quem irá procurar. O Capricorniano é confiável.

Por passar sempre esta imagem de autoridade e racionalidade as pessoas tendem a ver os Capricornianos como seres invensíveis, intocáveis , inatingíveis , inflexiveis e insensiveis. Tudo "in".

Não é verdade. Os Capricornianos são um dos signos  de maior sensibilidade para captar as mensagens do meio ambiente, alguns são mediunicos e extremamente intuivos . A racionalidade Capricorniana beira a clarividência. Isto não è uma questão de dons misticos , é apenas clareza ao analisar pessoas ou situações sem nenhum ponto nublado . Visão nublada ou mística é coisa de Piscianos, cá entre nós!

Pessoas tendem a buscar o carrancudo Capricorniano para aconselha-lo . Esperam que o Capricorniano use a sua autoridade para resolver problemas alheios. Buscam proteção e segurança na seriedade e responsabilidade Capricorniana . E o Capricorniano busca proteção aonde?

Existe um lado mais oculto do Capricorniano que muitas pessoas desconhecem : a insegurança Capricorniana. Para sanar tal insegurança os Capricornianos tendem a busca-la em si mesmos , na dedicação ao trabalho, na aquisição de bens materiais e companheiros ou sócios que lhe transmitam um minimo de segurança , seja emocional ou material.

O Capricorniano pode ser protetor . Ele irá sempre expressar autoridade sob pessoas carentes , cuidando-as e protegendo-as de alguma forma, mas não espere que ele seja eternamente o seu salvador . O Capricorniano te fornecerá a vara para a pesca, te ensinará, mas não te ajudará  a pescar. Nem tão pouco estará sempre presente para aplaudir a sua façanha e afagar a sua cabeça , dizendo: - God boy ! Como o fazem os americanos com os seus pets.

Com toda esta praticidade e racionalidade , será que os Capricornianos não sofrem de carências emocionais? Sim, os Capricornianos também sofrem de carências emocionais como a todos os outros signos do zodiaco, só não as expressam frequentemente para não parecerem vulneráveis demais. É o medo Capricorniano de se perderem em fraquezas que o impedem de expressa-las . Então, ele fecha os olhos, respira fundo e segue em frente carregando e administrando as proprias fraquezas sem nada dizer . Sem nunca  dizer : Help me, please!

Tamanha fortaleza faz dos Capricornianos seres solitários. O Capricorniano sabe que nada cairá do céu se não existir empenho de nossa parte. E assim ele é nos relacionamentos em geral.

Ao julgar um Capricorniano pela capa, e isto vale para os astrólogos que costumam rotular os Capricornianos, nunca se esqueça que até mesmo uma moeda tem dois lados .






terça-feira, 20 de março de 2018

Simplesmente feliz

         
    
                               Minha bike e minha vista preferida da cidade 

Houve um tempo em que eu jamais ousaria dizer que eu era feliz, era como se fosse uma palavra tabu. As vezes vivia momentos felizes , mas não o suficiente para afirmar ser feliz.

Com o tempo aprendi que ser feliz é um estado de espirito, e viver esta emoção independe  de grandes acontecimentos. Não preciso viajar para ser feliz , nem ter um namorado, nem muito dinheiro , nem estar bem com todo mundo. Basta estar bem comigo mesma.

Não são as ocorrências externas que nos portam a sensação de felicidade, são justamente aquelas internas. A satisfação é um sentimento que está bem perto da felicidade da qual eu me refiro. Estar satisfeito com a pröpria aparência, mesmo com uma ruguinha aqui, uma gordurinha alí. Estar satisfeito no trabalho, mesmo com um salário que não é o ideal , mas conseguimos poupar. Estar satisfeito com o nosso lar que nem é de longe um duplex , mas é pequeno , ordenado e acolhedor. Estar satisfeito com a nossa solteirice que nos proporciona inúmeros , infindáveis momentos de liberdade.

Estar satisfeito não é abrir mão das nossas ambições, é uma forma de agradecer aquilo que conquistamos , seja no plano material ou espiritual.  A satisfação traz a tranquilidade, e a tranquilidade a paz. Quer felicidade maior do que a paz de espirito?

São fases , que sei irão passar. A vida é ciclica e nos traz grandes ensinamentos quando aprendemos a agradecer pelo dia de hoje, mesmo chovendo muito lá fora.

 Aprendi a diferença do " estar" e do " ser" feliz.

Obrigada Universo, por conspirar á meu   favor.

Namastê!

segunda-feira, 19 de março de 2018

Perdão não é sinônimo de confiança



É mais fácil perdoar a alguém que nos feriu do que voltar a confiar em alguém que nos decepcionou.

O processo do perdão tem duas etapas , aquela que você verbaliza o perdão e aquela que  a sua alma processa internamente . Este segundo processo é mais lento e gradativo, mas ele vem se você estiver na verdadeira intenção de perdoar.

O processo do perdão só é verdadeiro quando além de perdoar a alguém que nos feriu , regalamos a ela a nossa confiança . Perdão sem a retomada da confiança não é perdão.

As vezes até acreditamos que perdoamos de coração, mas quem comanda  , por  tras da cena,  as nossas ações mentais é o nosso subconsciente. Se restou algum resquício  , um dia o nosso subconsciente irá se manifestar.

Um dos semtimentos mais dificeis de lidar, na minha opinião, é a decepção. Ela vem moldada pela frustração e a desilusão. É muito dificil voltar a crer em algo ou alguém que nos desilude. A relação teria que ser reconstruida do zero e a confiança reestabelecida . Isto pode  levar muito tempo.

É muito lindo falar de perdão. Apertar as mãos, enxugar as lágrimas e seguir em frente , mas a realidade do perdão é muito mais complexa quando envolve um sentimento de impotência e desilusão. A desilusão é nossa , apenas nossa.

Às vezes não cabe apenas o perdão, cabe um adeus.





Dona formiguinha



Quem já não ouviu aquele conto da Cigarra e da Formiga?

Pois é! Por muitos anos eu fui a Dona Cigarra, aquela que só viajava no verão e esquecia de poupar para o tempo das vacas magras. Não importava se o país ( Japão) estava em crise , se eu estava desempregada . Lá ia eu , a Dona Cigarra viajar . Cheguei a economizar por seis meses para realizar um sonho de adolescência : conhecer a Itàlia.  Também viajei vàrias vezes ao Brasil para me dar ao luxo de ser atendida pelo meu dentista predileto. Bem, neste caso é uma necessidade , e se eu precisar voltar mais uma vez pelos  meus lindos e caprichosos implantes dentarios, terei que voltar.

Neste ano me impus uma meta até junho de guardar pelo menos  30% do meu salário liquido. É apertado , mas só o fato de eu não pagar aluguel já é uma grande economia, mesmo ganhando bem menos do que antes. O valor total que seria do meu aluguel eu procuro guardar todos os meses . As despesas fixas de agua, luz , gàs , internet e supermercado já deixo reservado . O supermercado só vou uma vez por semana e controlo na calculadora o quanto estou comprando . O celular é pre-pago e só recarrego  ele de três em três meses com o valor minimo . Os impostos municipais já estão quitados   , e as despesas extras são apenas algumas saidas para almoçar fora e alguns lanches e guloseimas . Às vezes me dou ao luxo de gastar com cosméticos e roupas , mas está tudo controlado.

Meu meio de locomoção ainda é a bicicleta que além de me levar por todos os lados e ser econômica , me ajuda a manter a forma. Aqui onde eu moro não existe estação de trem e os ônibus também são excassos. Quem não tem um carro mal consegue ir a um shopping toda a semana , mas por outro lado, a dificuldade de se locomover é tanta que dá preguiça de sair e a gente não gasta. Ponto positivo  para quem quer economizar.

Adotei também o minimalismo no meu apartamento . Possuo o básico para não ter dor de cabeça se por acaso tiver que me mudar . A tv faz parte do mobiliario do apartamento, assim como a geladeira , o microondas, o fogão elétrico e a maquina de lavar roupas. Não tenho nada que seja meu , a não ser uma poltrona , uma mesinha centro e um tapete. Tudo adquirido em lojas de recicle.

A Dona Cigarra està seguindo o exemplo da Dona Formiguinha e poupando para quando chegar  o inverno. Continuo com os meus planos de viagens  , mas desta vez só viajo se eu puder pagar a viagem a vista sem mexer nas minhas economias.

Quanta diferença faz no orçamento quando não temos aluguel para pagar! É uma economia incrivel que eu nunca havia provado aqui em terras nipônicas.

Deus, mantenha-me assim  " rental free forever".


sábado, 17 de março de 2018

Preguiça boa!

         


Ontem tinha um compromisso com uma colega japa para irmos tomar um café aqui perto, a cafeteria que vamos quase todos os sabados serve café de todo tipo, inclusive o brasileiro, e ainda tem como som ambiente a nossa bela bossa nova brasileira. Na última hora a minha colega japa teve que desmarcar o nosso compromisso . Eu já estava praticamente pronta para sair . Dez minutos depois uma outra ex-colega de trabalho peruana me manda uma mensagem dizendo que estava perto de casa e então fomos tomar café e bater aquele papo de amigas e fofocar. Coisas de mulher.

No sábado não fiz absolutamente nada além de ajeitar ( faxina básica) o apartamento , lavar uma meia duzia de roupas e passar a tarde com uma amiga. À noite , fui até me deitar cedo . Aqui em cidades pequenas do interior do Japão não hà muito o que fazer em um sabadão à noite. É meio bulcólico.

Hoje, manhã de domingo, despertei as 6:00 hs da manhã , mas continuei na cama até as 9:00hs . Sei là se eu dormi de novo, só sei que me permiti levantar da cama a hora que eu bem entendesse. Me espreguiçei umas dez vezes antes de levantar. Lá fora, aquele silêncio de sempre, apesar do meu apartamento ter a janela voltada para a rua.

Ainda são 10:00 hs da manhã. Volto pra cama ou não? Ler um e-book , estudar um pouco os meus aspectos astrolögicos do periodo ou me trocar e sair para fazer as compras da semana?

Ah, preguiçinha boa. Este é o tipo de preguiça que gosto de sentir após uma semana de trabalho. É a preguiça que vem junto com a liberdade de poder fazer o que eu quiser com o meu final de semana sem ter que consultar absolutamente ninguém.


Namastê!



Pessoas boazinhas X pessoas de caráter



Existe uma sutil diferença entre as pessoas "boazinhas" e as pessoas "boas" que muita gente não percebe. A pessoa boa é aquela de alma humanitária , altruísta , correta , e de personalidade marcante. Aquela "boazinha" é geralmente uma pessoa frágil de caráter , sem personalidade , submissa  e com algum grau de baixa autoestima.

Assim como as pessoas "boazinhas" são confundidas com pessoas "boas" , ocorre o mesmo com as pessoas de caráter forte e as pessoas más. Algumas vezes as pessoas de caráter forte são rotuladas como "ruins" . Alguém já te chamou de "ruim" , na vida? Ou já conviveu com alguém muito "ruim", que de má não tinha nada?

Se as pessoas utilizassem ao menos 5% da sua capacidade intelectual para identificar tais personagens na sua esfera  social , talvez o mundo não fosse tão zuado e as pessoas se compreendessem melhor.

Generalização, este é o grande mal das pessoas ao julgarem as outras. É muito mais fácil ter uma opinião generalizada do que usar o raciocinio e chegar as próprias conclusões. Pessoas que costumam julgar os outros pela capa sem se colocar no lugar do outro são no mínimo ignorantes e limitadas de persepção sensorial.

Eu prefiro as pessoas de caráter forte do que as "boazinhas? Sem dúvida alguma . Elas tem muito mais a nos ensinar ( seja no bem ou no mal) do que aquela "boazinha" que se esforça em não nos desagradar e ser frequentemente politicamente correta . É como comer uma salada sem tempero. Eu não gosto.

E tem mais. As pessoas "boazinhas" tem sempre um plano "B" escondido por detrás de seu comportamento submisso. A de não desagradar a ninguém para obter a compaixão alheia.

Portanto, cuidado ao julgar uma pessoa "boazinha" . Ela pode ser um parasita.




sexta-feira, 16 de março de 2018

Yoga e fosfenos

       
  

Hoje pela manhã decidi fazer meus 15 minutos de yoga para relaxar os nervos e alongar as pernas e as costas , assim como eu sempre faço quando estou com tempo ou quando me sinto um pouco agitada.

Enquanto eu fazia a postura do gato , fechei os olhos para me concentrar melhor , e de repente vi uma bola de luz vermelha que aos poucos foi ficando verde . Um pouco antes de eu abrir os olhos a bola estava mudando para um azul violeta. É a primeira vez que eu visualizo cores ao praticar yoga.

Fiquei tão surpresa que fui pesquisar sobre estas visões. São chamados de fosfenos , um fenômeno entóptico que ocorre normalmente quando esfregamos olhos , ou quando olhamos fixamente para um feixe de luz. Mas eu não esfreguei os olhos e nem fiquei fixando a visão em nenhum ponto luminoso, eu simplesmente fechei os olhos enquanto praticava o yoga e respirava fundo.

O mais interessante é que eu visualizei as duas cores que mais me chamam a atenção ultimamente : o vermelho cereja e o verde limão. Terei  eu me conectado com algum ponto no meu subconsciente ?

Não sei se teria alguma co-relação, mas eu consegui atingir o ponto que eu queria : a calma e a tranquilidade. Hoje o meu dia foi ótimo .

Namastê!

terça-feira, 13 de março de 2018

Oração de quatro etapas




Todos os dias , é quase que automático, subo na minha bike em direção ao trabalho e começo a orar . Antes de tudo começo a minha oração agradecendo por mais um dia , que seja de sol, de chuva ou de ventos fortissimos. Às vezes agradeço à natureza . Depois peço proteção para mim e para todos os meus colegas de trabalho para que possamos sempre trabalhar em harmonia , paz e alegria. Quando tem algum colega meu que està passando por algum problema pessoal ou que está querendo entrar em uma competição comigo também oro para que eu tenha sabedoria e o meu colega paz de espirito. Não excluo absolutamente ninguém. Depois agradeço de novo por estar trabalhando em um local que já faz parte da minha história de vida , e agradeço por sempre poder retornar e ter as portas abertas .

Nas minhas orações diárias eu nunca peço nada material , pois acredito que a matéria vem depois de nós , do nosso estado de espirito e harmonização com o ambiente e das oportunidades que nos são oferecidas quando somos apenas gratos por aquilo que conquistamos . E isto incluem as amizades verdadeiras também .

Finalizo as minhas orações sempre com uma Ave-Maria e um Pai Nosso.

Tenho este hábito desde quando começei a trabalhar aqui , hà cerca de 10 anos atrás. Quando percebi que assim como em outros empregos que eu tive a recepção não foi lá das melhores . Sempre tinha alguém que simplesmente não ia com a minha cara ou me invejava simplesmente por eu existir. Foram alguns meses de orações diária pedindo paz e harmonia . Demorou um pouco para começar a surtir efeito porque rezar não é só começar a balbuciar orações . É preciso estar de peito aberto e realmente sentir o que se está pedindo em oração . A oração tem que ser sincera e não mecânica.

A prática também ajuda a projetar as nossas orações para o Universo. O importante é conectar-se com o Universo em algum momento . A prática leva a perfeição.

Confesso que há ocasiões que a minha oração não funciona a contento, como o esperado . Mas , pode ter a certeza de que a ajuda e a proteção vem por outros caminhos, outras esferas.

Uma experiência incrivel que eu vivi aqui foi no me primeiro dia de trabalho no turno vespertino. Eu entrava as 17:00 hs e saia as 2:00 hs . Era a primeira vez que eu enfrentaria 5 km de bicicleta no meio do breu em plena madrugada. E o medo de ter que pedalar no escuro?

Rezei o dia inteiro para que Deus me protegesse no caminho de volta, apesar de que, aqui em terras niponicas é bem tranquilão, mas e a escuridão? As ruas são pouco iluminadas e existem alguns pontos sem iluminação nenhuma.

Saí do portão principal e virei a esquina. Para a minha surpresa a Lua brilhava e iluminava todo o percurso. Naquele instante eu percebi que eu não estava sozinha e que lá de cima alguém ouviu as minhas preces pedindo apenas para iluminar os meus caminhos.

segunda-feira, 12 de março de 2018

A astrologia liberta

         

                                                   Sherlock Holmes astrológico 


Não sei dizer desde quando me interesso por assuntos ocultos , creio que desde sempre. Desde menina eu tinha uma sensibilidade muito aguçada que beirava o nervosismo. Perceber algo no ar e não entender do que se trata cria certo nervosismo . Este mesmo nervosismo infundado deu vasão a muitos problemas de ordem familiar . Sabe a ovelha negra da familia?  Assim minha querida maezinha se referia a mim.

Conflitos e mais conflitos por anos à fio, e obviamente que na minha adolescência o meu sonho era me libertar daquele ambiente familiar que me fazia tão mal espiritualmente. Então eu saia, passava todos os finais de semana na casa de amigas e durante a semana sempre estava arrumando alguém para estar comigo, não importava quem. Só queria ter motivo para sair de casa. Baladas, shopping, um rolo aqui, outro ali. Realmente não importava com quem e nem onde estar.

Então, por obra do destino vim parar em terras nipônicas , sem nem ter planejado . Foi um divisor de águas na minha vida . Finalmente pude provar o que era ter paz em um ambiente neutro e bem longe de casa. Pela primeira vez na vida pude ter o meu espaço, a minha independencia e a minha paz , sem  me sentir culpada pelos erros do mundo.

De fato a minha relação com a minha familia foi bem desgastante desde a infância , cresci acreditando que o centro de todo problema familiar era eu. Acreditei até que eu tivesse alguma energia maligna ou fosse portadora de alguma maldição que contaminava o seio da minha familia.

Através da astrologia pude constatar aquilo que eu já percebia em meus pais. Mas, sabe como é! Nunca nos  sentimos muito à vontade para enxergar os podres de nossos pais. Analisei o mapa Natal de meus pais e pude constatar que a portadora de conflitos e maldições familiares não era eu. Eram os meus pais . Tanto um como o outro , possuem aspectos de nervosismo e contaminação do ambiente familiar ( plutão em Cancer) , assim como de uma avareza desmedida , brigas , e honradez duvidosa.

É claro que eles tem suas virtudes também , assim como todos temos as nossas virtudes e invirtudes . Mas, confesso que fiquei passada ao confrontar o meu mapa natal ao mapa natal dos meus pais. Me senti como  a um cordeirinho inocente que finalmente se libertara de um cativeiro de culpas. Não, não sou santa , e nem quero posar de tal, mas ter esta constatacão a esta altura da vida é bem libertador.

Talvez seja esta libertação ou descoberta que Plutão em trānsito trigono  ao meu Plutão Natal na casa 4 esteja  querendo me mostrar. As verdades ocultas .

Isso aqui està até parecendo enredo de novela mexicana com aquelas cenas dramáticas de grandes revelações no capitulo final. Talvez seja realmente o capitulo final da minha novela familiar, para o bem ou para o mal.




domingo, 11 de março de 2018

Quando a mente envelhece

         

                 Reza a lenda que as cerejeiras são efêmeras , assim como a vida de um Samurai 


Existe um processo natural de envelhecemento do nosso corpo , assim como de coisas e objetos , isto è fato, não há como fugir deste processo natural. Porém, assim como quando conservamos um velho carro em perfeito estado , assim é com o nosso corpo e mente. Hà a necessidade de cuidar fazendo pequenos reparos.

A maioria das pessoas se preocupam apenas com a forma física e a saúde , e se esquecem de exercitar a mente. É preciso buscar um equilibrio entre corpo e mente . O nosso físico é reflexo daquilo que pensamos , daquilo que cremos, daquilo  que vivenciamos e absorvemos todos os dias.

Observei  que existem dois tipos de processos de envelhecimento fisico e mental nas pessoas . Aquelas que literalmente envelhecem fisica e mentalmente e assumem os seus cabelos brancos , a vida mais tranquila e sem grandes sobressaltos, os filhos, os netos , os almoços de domingo e a aposentadoria. E existe também um segundo grupo de pessoas que simplesmente não aceitam a mínima ruga em volta  dos olhos . São aquelas pessoas que ainda não perceberam que o processo natural está 100% ativo , mudando as nossas formas fisicas e cerebrais. O ruim é que todo mundo percebe aquilo que  nós não percebemos.

Quanto a mim, creio que eu pertença a uma terceira categoria. A das pessoas que percebem uma sutil diferença no fisico e na mente, mas que insistem em manter a mente ativa e uma aparência agradável , não necessariamente jovial. Talvez eu faça parte daquelas pessoas  que se descobriram tardiamente e ainda sonhem com os seus ideais.

Para tudo na vida existe um tempo ideal para viver novas experiências , como por exemplo a maternidade que deve ser vivida até uma certa idade biológica , mas nada impede de vivenciarmos tal experiência de outras formas , como a adoção por exemplo. Os estudos também fazem parte deste tempo ideal para absorvermos novos conhecimentos com mais facilidade , mas nada nos impede de seguirmos aprendendo algo novo. Seja uma nova lingua, novas filosofias de vida e  novos conhecimemtos em geral. Enfim, novos desafios. Sem desafios a vida se torna estagnada e sem sentido. Isto , em qualquer fase das nossas vidas. Hà quem prefira viver na estagnação , em sua zona de conforto , reclamando da vida e se sentindo vitima das circunstancias , mas  isto é questão de escolha , e falta de criatividade . Na minha humilde opinião.

O segredo de viver a vida a 100% em qualquer fase , creio que seja ainda o "bom senso" . Eu pretendia dizer "sabedoria" , mas é uma palavra que abrange muito mais .

Envelhecer é deixar de crer no amanhã. Amadurecer é acreditar no hoje . Aquilo que realmente importa é o nosso dia de hoje, o amanhã é apenas consequência.


Namastê.




Furusato

      

                           Paz e tranquilidade em um dos parques japoneses 

Tem uma canção em japonês muito antiga e bem famosa que se chama "furusato" , que em inglês quer dizer old home , no sentido de lar de origem. Meu pai , japonês legitimo de Fukui - ken , cantava esta canção de vez em quando . Quantas saudades ele deveria ter da sua velha casa , da sua familia e da infância e adolescência , enquanto ele cantava esta canção ou a sonava em sua velha gaita de sopro.

Eu só fui entender o sentido de "furusato " e senti-la na pele quando eu passei quase dois anos no Brasil e por várias razões tive que retornar ao Japão, porém em outra cidade , Osaka. Fiquei somente tres semanas em Osaka ( não gostei de lá) e fugí novamente para Shizuoka.

No percurso passei por várias situações estressantes do tipo não entender a sinalização das plataformas de trens da cidade . Rodei uma bela meia hora pela estação sem entender por onde passava a linha do shinkansen que me levaria a Shizuoka. A confusão na minha cabeça era tanta que peguei o trem na direção contrária. Sabe o que é pegar um trem bala errado e na direção contrária? O trem só parava em duas estações e numa velocidade de uns 350 km por hora , sabe-se lá onde você poderá desembarcar.

Desci depois de algumas horas e muitos kilometros na direção contraria e tomei um outro trem com destino para Tokio, fiz mais uma troca de trem em direcão a Shizuoka e finalmente começei a me sentir mais segura e sabendo para onde eu estava indo. O stress era tanto que até esqueci meu notebook em uma estação de trem e tive que voltar para trás de novo, tipo umas quatro estações.

Chegando finalmente ao meu destino , fui recepcionada por uma amiga japonesa que me esperava na estação de trem e ela me levou de carro para a cidadezinha portuária onde vivi os meus melhores e piores momentos de Japão. O apartamento já estava reservado para mim, uma bicicleta também , e em dois dias eu começaria a trabalhar novamente no mesmo local onde trabalhei por mais de 6 ou 7 anos , com alguns intervalos.

No dia seguinte , ja mais tranquila , fui dar uma volta pela cidade para ir ao supermercado. Alí estavam as mesmas lojas, as mesmas senhorinhas atendentes e caixas do supermercado, a mesma  farmácia de esquina , o mesmo cachorro branco amarrado  a sua casinha, os mesmos estudantes voltando do ginásio , as mesmas plantações de arroz , a mesma loja de conveniência depois da ponte. Naquele momento eu tive uma sensação de "furusato" , e pude compreender o que é voltar para a nossa velha casa , o nosso velho lar. Até suspirei.

Estranhamente nunca senti esta sensação ao voltar para a minha terra , o Brasil. Será que esta expressão "furusato" só funciona aqui em terras nipônicas? Ou talvez ela tenha um sentido mais abrangente de voltar para um lar onde tenhamos vivido a paz e a tranquilidade da maioria das cidades pequenas do interior do Japão?

Talvez este seja o verdadeiro sentido de "furusato" .


quinta-feira, 8 de março de 2018

Sociabilidade no trabalho


Sabe  o que é não poder ser você mesmo ? Aqui em terras nipônicas é meio assim que as coisas funcionam. Existe um padrão de comportamento que é bem visto no ambiente de trabalho. Como todo mundo já deve saber , o Japão é o país das relações convencionais. Talvez por esta razão se formem tantas panelinhas no trabalho.

Aqui no Japão existe uma expressão que se refere as pessoas que não fazem parte de uma panelinha , ou que foram excluidas, é o "nakama hazurê" , que quer dizer , mais ou menos, sem turma . Uma pessoa pode ser excluida de sua panelinha por várias razões , mas o pior mesmo é a não inclusão. Me soa um pouco com a cultura do "ijime" das escolas japonesas que vai se alastrando até na idade adulta.

Uma colega de trabalho japonesa se desntendeu com a lider da minha seção por ter mostrado a sua verdadeira face e ter falado aquilo que ela pensava em termos de organizaçåo e distribuição do trabalho. Desde este dia , notavelmente a japa tem sido  excluida de absolutamente tudo. Ontem foi um dia de pouco trabalho , enquanto eu fui incumbida de estudar e praticar a inspeção de um novo produto , a japa foi deixada de lado. Lhe restou fazer "sōji" , ou seja , limpeza.

Aquela cena da minha colega limpando o piso me revoltou , apesar de ser normal no Japão as pessoas fazerem a limpeza do local onde trabalham. Nåo é nada indigno , mas dava para perceber que ela foi propositadamente esquecida. Fiquei com pena e a chamei para aprender a medir "newtons" de vidros junto comigo.

Uma outra colega japa vive sendo transferida de um lado ao outro porque ninguém gosta dela . É daquelas japas metidas que se sentem a ultima bolacha do pacote, além de ter uma personalidade muito forte. Desta vez ela foi transferida para o ultimo prédio que fica a uns 10 minutos de distância da entrada principal. Depois deste prédio é o mar. Dizem as más linguas que mais um passo e ela cai dentro do mar.

Ao contrario das minhas amigas japas que foram literalmente excluidas das panelinhas, surpreendentemente um colega japa foi promovido a "shain" , ou seja, funcionário vitalicio do cliente contratante. Coisa muito rara de acontecer aqui onde eu trabalho. E qual seria a razão de contratar um "shain" se os funcionarios antigos de casa não tem mais uma função especifica desde a queda da produção? Segundo uma amiga japonesa, ele além de puxa-saco profissional dos chefões é um tipo bem submisso e bom de conversa.

Resumindo, nestes três casos nota-se perfeitamente que em um ambiente de trabalho japonês nós nunca podemos ser aquilo que somos ou expressar aquilo que pensamos sem o consentimento e aprovação dos nossos lideres. Parece existir um padrão de comportamento que é aceito por todos , que é o da submissão. Submissão esta , que não garante promoções, mas evita os "ijimes" no ambiente de trabalho.

Com toda esta politica de bom comportamento no trabalho, eu ando me estressando internamente por não ter o direito de me expressar à minha maneira. É um tal de yoroshiku  onegaishimasu , dōmo sumimasen deshita, arigatou gozaimashita , otsukaresama deshita, moshiwakenai desu, e tantas outras expressões que expressam respeito e submissão que eu ando querendo mandar a japaiada para a casa do chapéu.

Não há coisa pior nesta vida do que não poder ser quem somos e nos privar de expressar o que pensamos em função de convenções hierárquicas. Mas, fazer o quê? Saiu na chuva é pra se molhar!

Aqui é Japão! Um país que respeita rigorosamente todas as escalas da hierarquia. Quer falar mais alto, gritar ao mundo aquilo que pensa , ser você mesmo e ainda ser respeitado ? Torne- se Shatyo!



terça-feira, 6 de março de 2018

Amenizando os aspectos de Marte

         
     

Là vem um novo periodo de agressividade e nervos à flor da pele. Marte está alocada naquela casinha que eu tanto temo , a casa 8 . Já me basta o meu Sol Natal na casa 8 ! E pelo visto vai durar por um pouco mais de um mês.

Normalmente este aspecto , analisando-o dentro do contexto da minha vida atual, me causa uma certa irritabilidade . A minha linguinha fica bem afiada e frequentemente acabo me expressando de forma muito agressiva.

Aqui em terras nipônicas , o povo é cheio de tato e nunca dizem abertamente o que estão pensando. Principalmente no ambiente de trabalho. É uma falsidade só!

E como lidar com este povo cheio de convenções quando se tem Marte na casa 8?

Ando segurando a minha linguinha afiada . Entro muda e saio calada todos os dias do trabalho, mas mesmo assim, das poucas vezes que eu abro a boca percebo que fui seca e rispida.

O yoga tem me ajudado a relaxar quando estou estressada ou até mesmo com o corpo rigido , mas estou bem longe de conseguir viver 24 hs dentro desta filosofia.

Para amenizar a agressividade que tenho sentido , inclui alguns alimentos na minha dieta semanal para produzir mais serotonina. Sei lá se funciona , mas ouvi dizer que Salmão, aspargos e ovos cozidos ajudam a aumentar a sensação de bem estar.

Aos finais de semana vou deixar a preguiça de lado e começar a correr loucamente , sem rumo, até não conseguir mais respirar.

Ojalá  que funcione!



sábado, 3 de março de 2018

Queijo fresco in japan

       
                                                    Meu queijo fresco in Japan .

O japão é bem conhecido e reconhecido no mundo todo por sua culinária , sushis e sashimis são considerados pratos elegantes em várias partes do mundo. Apesar do prato mais conhecido mundialmente ser o sashimi ( peixe cru) , a criatividade japonesa ultrapassa os nossos padrões tupiniquins  quando o assunto é criar sabores e combinações inusitadas. Gelatina  de café, kit kat de batata doce, sorvetes de flor de sakura ( cerejeira) , gelatina de ovos ( salgado) , sanduiche de frutas , e uma infinidade de combinações de sabores e texturas utilizando como base o famoso chá verde.

Apesar desta grande variedade de sabores e combinações , a coisa mais dificil de encontrar aqui em terras nipônicas são as variedades de queijos. Até encontramos algumas opções nos supermercados , mas não é aquela qualidade de queijos que nós brasileiros estamos acostumados. Fora os produtos importados , a variedade de queijos é bem reduzida e o sabor também. Tudo está adaptado ao exigente paladar  japonês. Encontrar um queijo que se assemelhe a nossa mussarela é muito dificil, a maioria dos queijos vendidos em supermercados japoneses é aquele queijo do tipo cheddar .

Com tanta dificuldade em encontrar outras variações de queijos decidi tentar fazer o meu proprio queijo fresco caseiro. Se eu soubesse que era tão fácil , não teria passado tanta vontade.

Apenas três ingredientes et voalá! Está pronto o nosso queijo fresco. Basta um litro de leite integral , meia xicara de café de vinagre de maçã ou vinagre de vinho branco e sal á gosto. O único problema aqui é o leite japonês que por mais gorduroso que seja , não chega aos pés do leite integral que temos no Brasil. Portanto, a textura do queijo fresco caseiro utilizando o leite japonês deixa um pouco a desejar. Mesmo assim, para quem estava privado de apreciar tais sabores , até que não é tão ruim.



Se pudéssemos escolher




Tem um casal de youtubers que eu assisto com frequência e simplesmente amo a opção de vida que os dois escolheram em conjunto. O casal é Romulo e Mirela do "travel and share" . Assisti a todos os videos do casal desde quando eles começaram a filmar nas Américas , passando pela Europa , e alguns  países da Ásia . Eles viajam o mundo de carro há mais de 4 anos. Um projeto que começou com a idéia de mochilar por alguns países se tornou em um negócio rentável e uma opção de vida alternativa, bem longe daquele padrão escritório trancado dentro de uma sala durante uma semana.

Os tempos mudaram e hoje em dia muitos profissionais trabalham em casa conectados a internet , ou de qualquer outro lugar ou país. Ter acesso a informações de qualquer espécie, e serviços on line faz a vida girar muito mais rapido . Com toda esta facilidade muitas pessoas estão criando a melhor maneira de viver a vida fora dos padrões convencionais. Não é que sobre mais tempo livre , mas a liberdade é um fato real.

No meu tempo de menina nem existia internet, ou já existia mas eu não tinha acesso. Creio  que fui usar um computador pela primeira vez lá pelos meus 18 anos, naquela linguagem antiga do Sistema operacional DOS. Tudo era mais dificil e mais  demorado hà alguns ( muitos) anos atrás.

Se eu pudesse escolher , eu viveria a minha juventude nesta era e optaria por ter uma vida totalmente anti-convencional. Totalmente isolada da sociedade padrão , longe deste mundo capitalista em meio a natureza e animais de estimação . A unica coisa que não poderia faltar é o wi fi para manter-me conectada com o mundo sem necessariamente viver como o mundo vive.

Seria fantástico , poder viver a vida ao nosso modo . Ter a liberdade de escolher o nosso pröprio padrão de vida  , aquele estilo de vida que traz prosperidade sem escravizar.

Se eu pudesse escolher , eu teria optado por nascer no começo dos anos 90 . Creio que se define como a era das crianças Cristal. E aquilo que eu imagino para estas crianças é um futuro com um fluxo de conhecimento constante e maior liberdade de optar por aquilo que querem ser ou viver, mudando padrões obsoletos criados por uma sociedade capitalista que ainda escraviza  sob vários aspectos.

Ahhhh! Se eu pudesse escolher!!!!