domingo, 7 de julho de 2019

Netuno e as nossas ilusões



Estava conversando com uma amiga que eu conheci a alguns anos atras, em uma outra fase  da minha vida. Quando nos conhecemos eu não estava muito feliz comigo mesma e buscava diversão à  todo custo. Era como se eu quisesse compensar a minha insatisfação pessoal e necessitasse me divertir , rir, curtir a vida. Faz mais ou menos uns treze anos atrás. Foi uma fase boa de curtir a vida , me atirar em aventuras de todo o  tipo, mas que passou. Quanto a minha amiga... parece que ela estacionou no tempo, ou não evoluiu como pessoa. Incomodada com o fato , fui xeretar   em seu mapa Natal e ver  qual aspecto poderia estar causando tanta confusão e desorientação em sua vida.

Netuno na casa 12. Este é o aspecto que chamou a minha atenção em seu mapa. Apesar dela ter um bom mapa de nascimento , acredito que aspectos netunianos da sua personalidade a colocam em cheque com a sua vida mundana e a espiritual. Pessoas que possuem este aspecto no mapa Natal, ainda mais sendo piscianos , tendem a serem muito sensíveis ao seu meio , captando todas as energias   externas , sejam elas positivas ou negativas. Com tamanha sensibilidade ao seu meio, há que ser um pouco cuidadoso  e seletivo nos relacionamentos e ambientes que frequenta. Não há como ignorar as próprias emoções que frequentemente causam confusões internas e até mesmo o risco de alimentar paranóias em relação a sí mesmo.

A casa 12 é a casa de Netuno, o deus das profundezas do mar, da visão turva, das ilusões , do isolamento e da espiritualidade. Não consigo ver nada de positivo nesta casa , a não ser a espiritualidade. A lição de Netuno em sua própria casa é deixar de viver na superficialidade da vida mundana e mergulhar nas profundezas de sua propria alma. Enquanto a pessoa não se conscientizar da necessidade de evoluir espiritualmente , toda e qualquer relação mundana ( superficial)  em um dado momento lhe causará um grande vazio . Os projetos de vida não progridem porque a alma pede evolução .

As verdadeiras mudanças em nossas vidas vem de dentro para fora, vem da aceitação de nós mesmos e da realidade que vivemos. Nem sempre aquilo que almejamos para a nossa vida é o que está reservado para nós nesta vida. Seria como nadar contra a maré. Obviamente que aceitação não tem nada a ver com acomodação, mas é preciso fazer as escolhas certas e aprender a ouvir os gritos da nossa alma.



terça-feira, 2 de julho de 2019

O autoconhecimento e as suas fases



Hoje em dia fala-se muito em autoconhecimento, em sites de auto-ajuda , de espiritualismo , de terapias alternativas , de psicologia e etc. Eu mesma começei a me conhecer melhor através de sites profissionais de astrologia. Alguns psicólogos e coachs usam a astrologia para estudar a personalidade de seus pacientes e seus arquétipos.

O autoconhecimento sem duvida alguma é um processo lento , porém, necessário para entendermos melhor quem realmente somos e o que transmitimos para as pessoas. Se por acaso você se sente incompreendido com frequencia e isto lhe causa problemas nos relacionamentos mais intimos , está na hora de enxergar-se fora de seu corpo e analisar-se através do prisma dos outros. Ou seja, na astrologia aquela imagem que passamos para as pessoas ( o nosso Ascendente) ,  ou o comportamento que temos em sociedade , muitas vezes esconde o nosso verdadeiro ego ( o nosso Sol) , e as nossas verdadeiras emoções (a nossa Lua) .

No processo de autoconhecimento (que é bem lento) , existem certas fases a serem bem administradas . A primeira fase é a da busca , por intermédio  de terapia ou qualquer outra ferramenta.  A segunda fase é a da descoberta. Você começa a enxergar certos pontos negativos da sua personalidade que até então você ignorava , mas que que era frequente você ouvir dos outros. A terceira fase é a da aceitação. Como não é seu pai e nem a sua mae que estão te apontando falhas da sua personalidade e sim um terapeuta, você começa um lento processo de aceitação das suas invirtudes. Dá até uma sensação de culpa nesta fase. A quarta fase é a das mudanças . Você começa a se policiar e prestar mais atenção nos seus atos falhos. É justamente nesta fase que começamos a perceber que algumas mudanças externas começam a se processar nos nossos relacionamentos em geral. Geralmente é uma fase positiva de mudanças e de poucos atritos nos relacionamentos. Mas , não acabou ainda. Vem a sexta fase do autoconhecimento. A do conflito com o ego e dos questionamentos. Porquê  eu deveria  mudar para agradar as pessoas ?

A sétima fase . Eu ainda não sei! Talvez eu esteja passando por ela neste momento.

No budismo , ou melhor, na minha fase budista eu lia muito sobre a lei de causa e efeito. Qualquer ação ( seja fisica ou em pensamentos) provoca uma reação. Aprendi a pensar antes de verbalizar algo impulsivamente , e isto tem melhorado bem os meus relacionamentos em geral. Porém, o meu eu ( ego) continua intacto. Na realidade , não quero deixar de ser quem sou (ego) . Amo ser quem eu sou com todas as minhas virtudes e invirtudes.

Neste processo , aprendi a me aceitar e a me amar como sou. A curtir a minha própria companhia e a não depender da aprovação de ninguém. O meu ego anda mais presente nos relacionamentos e por estar me mostrando ao mundo como realmente sou , algumas amizades acabaram, assim como as ilusões que envolvem os relacionamentos superficiais. Percebi que eu não agrado a todo mundo quando me mostro como sou. E dai? Nem todos me agradam também. É uma troca justa.

Esperar a aprovação alheia é o que mais nos causam conflitos emocionais. Seja quem você é , sem medo de desagradar. Mas, seja sempre educado e respeitoso com os sentimentos alheios. Não há a necessidade de nos transformarmos em uma outra pessoa para ser melhor. Aquilo que o autoconhecimento nos faz compreender é que muitas vezes não estamos mostrando ao mundo o nosso verdadeiro ser por medo de rejeição.

Seja você mesmo. Expresse-se melhor. Viva a sua realidade de forma positiva. Encare seus medos de frente e principalmente, pare de fingir para si mesmo. É muito clichê  dizer que é preciso se amar primeiro antes de ser amado, mas é bem por aí. O resto , é consequência.