quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Contradições



Tudo, absolutamente tudo que eu me proponho a fazer com " paixão" acontece, sempre de forma aloucada, mas acontece. Resumindo em poucas palavras, é como se eu tivesse a capacidade de tornar os meus " sonhos" em realidade. O problema é que os meus sonhos se concretizam, mas não duram muito tempo.

Está aí o grande desafio da minha vida: a estabilidade.

Desde que eu regressei ao Japão , até mesmo antes de voltar ao Japão, eu tinha o sonho, ou melhor dizer, a ilusão de poder trabalhar e viver nas ilhas Okinawa , aquele paraíso nipônico com suas praias belissimas e clima sub-tropical. Brincava com todo mundo , dizendo que eu iria arrumar um trabalho em Okinawa e ir viver por lá. Obviamente que ninguém me levou a sério, como sempre. Imagine ir viver tão longe de tudo em uma parte do Japão que quase não tem ofertas de trabalho?

Normalmente, os  okinawanos saem de seus pequenos vilarejos para tentar a vida em outras regiões do Japão, e eu , como sempre na contra-mão, quero fazer o caminho inverso. 

Nesta semana o responsável pela contratação de estrangeiros para o tal Resort de Okinawa me mandou outro email , me perguntando se eu estaria disponível para o final de novembro. Fiquei super feliz e imediatamente liguei para ele. O mais estranho ē que o Hotel estå precisando de gente porque atē o final de dezembro mais 5 pessoas irão se demitir, mas o tal contratante me pareceu muito pessimista. 

De fato, o salårio é baixo demais, não existe comércio perto e começar a trabalhar sem experiência alguma em Dezembro não seria o mais indicado. Sem contar que trocaram o Gerente, e muitas pessoas estão se demitindo em função das mudanças que a nova gerência está empregando no Resort. Enfim, tudo de ruim. Mais de um motivo para eu não ir me aventurar em terras tão longinguas, e mesmo assim, uma voz lá no fundo me diz que eu " devo" ir. 

Será mesmo a minha intuição, ou a minha teimosia?

Sensações, nestas horas de grandes dúvidas, eu me apego a elas e me direciono por elas. As vezes eu acerto, as vezes não. 

No fundo, aquilo que eu quero e desejo são mudanças reais e concretas nesta minha nova empreitada em terras nipônicas , e aquilo que me move não são apenas os interesses e necessidades materiais, é muito mais pessoal. Dificil mesmo é fazer com que as pessoas entendam esta minha tresloucada decisão de optar por aquilo que parece pior e desvantajoso sob um aspecto financeiro.

Vou aguardar os acontecimentos até inicio de Dezembro, e se nenhuma outra quadratura impedir os meus intentos, vou deixar que a maré me leve . Se tiver que ser será. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

As voltas que a vida dá part II



Quase um mês completo de " repouso" forçado, ou melhor dizer, voluntário. Eu poderia ter começado a procurar um novo emprego hà 2 meses atrás, quando recebi o meu aviso previo, mas decidi deixar as àguas rolarem. Além do mais, o seguro-desemprego aqui do Japão é bem confortável para quem está querendo descansar um pouco desta rotina louca de trabalho-casa, casa-trabalho e se dar ao direito de descansar pelo menos um mês com remuneração. Coisa impossível aqui no país dos escravos orientais. 

O meu seguro me dá direito a 6 meses completos de remuneração caso eu não encontre trabalho e como eu ainda estou para completar um mês , não estou com muita pressa até receber ao menos uma parcela inteira a que tenho direito. 

Na semana passada recebi um email do responsavel pelo recrutamento  de pessoal para o Hotel onde eu queria trabalhar em Okinawa , no extremo Sul do Japão a mais ou menos 250 kilometros de Taipei na China e a sei lá quantos kilometros de distância da cidade onde eu vivo. É preciso se deslocar de avião e depois de navio para chegar a esta ilha. 

Ainda estou aqui pensando se seria uma boa ideia me afastar de tudo e dos poucos e fiéis amigos que tenho por aqui. Afinal, não ē o mesmo que trocar de cidade, a ilha é longe demais, praticamente na China, e a minha vida daria uma outra guinada de 360 graus. Claro que, se eu não me adaptar ao trabalho, a região, e a rotina da ilha , tenho a opção de desisitir , pagar os custos da viagem e voltar para cá. Tambēm não ē garantia de que eu me darei bem no trabalho e corro o risco de ser demitida no primeiro mês. Dizem que o novo gerente é chato e exigente, e os antigos funcionários estão se demitindo. Tudibom!!!

Enfim, riscos. Ou se atira de cabeça , ou morre-se na dúvida. 

A minha maior dúvida no momento é o de sair do conforto do meu status quo, de desempregada assegurada por um longo periodo de seis meses e o desafio de começar uma nova empreeitada em uma ilha isolada no Japão. Talvez até sem internet, esta é a parte mais dolorosa . Claro que o Hotel possui wi-fi para os clientes , mas no meu alojamento com certeza não chegaria nem sinal de fumaça. 

Optar entre o novo e o velho. Este tem sido o meu dilema nestes ultimos meses. E para dizer a verdade , eu sempre acabo optando pelo novo. 

É mudança demais , mas lá no fundinho da alma eu sei que posso me adaptar . Confio nas minhas decisões, por mais que pareçam insensatas para muita gente. Afinal, o meu desejo era o de um dia poder conhecer as ilhas paradisiacas de Okinawa sem gastar muito dinheiro. 

E agora que o sonho está se tornando realidade e me obrigando a enxergar esta oportunidade sob um aspecto mais concreto ( contrato de trabalho) estou querendo arregar?

E tem mais, o tal Hotel é considerado um Brand Hotel , ou Hotel de 5 estrelas que possui uma rede de Resorts por todo o Japão com uma filosofia ecológica bem interessante. 

Confesso: Eu quero ir, mas estou com medo do novo e do totalmente desconhecido. 

No fundo, talvez seja exatamente este " medo" que me desafia e me impulsiona para frente todas as vezes que a minha coragem inventa de tirar férias. 

De toda a forma, nestas horas eu sempre me conduzo por aquela velha  e sabia filosofia popular :" Que seja oque Deus quiser."




sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Urano na casa 11



Urano é o planeta regente de Aquário e suas influências sempre trazem mudanças, ou melhor dizer, renovação. 

Eu estou com Urano na minha casa 11 ( retrógrado) hà um bom tempo. A casa 11 corresponde as amizades, ou relacionamentos sociais em geral , e devo confessar que ocorreram muitas mudanças nos meus relacionamentos nestes ùltimos anos. Pessoas de origens e mentalidade totalmente diferentes entre sí , e que jamais poderia imaginar a possibilidade de uni-las em uma reunião social, simplesmente pelo fato de viverem em mundos totalmente opostos. 

Pesquisando mais a fundo sobre tal aspecto em minha vida, à parte daquilo que eu já percebia hà anos, descobri que este aspecto também nos tendencia a estar entre grupos de pensadores, tais como cientistas e astrólogos. 

Mas vejam só que coincidência! 

À cada ano que passa estou mais e mais interessada pela Astrologia, e nestes ultimos meses ando realmente pensando na Astrologia como uma profissão. O problema é que estou com tal aspecto de Urano retrógrado, oque me faz pensar que eu demorarei um pouco para concretiza-lo , ou para entende-lo de forma prática em minha vida . 

Segundo um astrólogo que acompanho sempre pelo facebook e youtube, os aspectos retrógrados de um mapa astral são como um aprendizado ou missão para contribuir de alguma forma dentro da sociedade onde vivemos, esquecendo um pouco de nós mesmos para contribuir com o coletivo. 

Entendo este aspecto como uma lição de vida, onde o eu ( ego) deve ser deixado para trás em prol do outro. Parece uma tarefa simples , mas não tanto para uma Capricorniana extremamente auto-suficiente e egocêntrica . 

Vivendo ( os aspectos) e aprendendo!

Nunca peça conselhos a pessoa errada



Se você está em dúvida sobre qualquer assunto que seja, jamais peça conselhos para um japonês legítimo. Os japoneses tem o hábito de não se comprometerem com assuntos de terceiros, e frequentemente evitam emitir qualquer opinião mais concreta. 

Até médicos japoneses ( não todos) tem o hábito de não dar nenhum tipo de diagnóstico concreto e a palavra que eles usam com frequência é o " tabun" , ou talvez. Se o caso for muito complicado e o paciente for estrangeiro, então, piorou. Eles aconselham a voltar ao país de origem e se consultar por lá. 

Hoje fui querer me consultar com uma amiga japa sobre aceitar ou não o trabalho que eu estava pleiteando em uma ilha paradisíaca aqui no Japão, e como sempre , ela não saiu de cima do muro. 

É nestas horas que precisamos de apenas um empurrãozinho e a pessoa não dá. Obviamente que quando estamos em dúvida aquilo que conta é o nosso real desejo e não os prós e contras, porque estes, sempre existirão em qualquer área de nossas vidas. Aquilo que devemos pesar em momentos de indecisão é aquilo que fala mais alto ao coração, apesar dos pesares. 

Pronto! Jå me decidi sozinha. 

Nada como ter amigas japonesas que não nos ajudam a decidir nada e somos obrigados a refletir e decidir sozinhos! 

E viva a cultura japonesa!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Congresso de astrologia

      
   

Meu mundo internético é fantastico!!!

Assim como eu aprendi a lingua italiana  com a ajuda de alguns italo-brasileiros através do Orkut e do MSN, desta vez vou aprender um pouquinho  mais  sobre astrologia ,  através dos meus contatos no facebook. Ao todo já são cinco astrólogos que eu sigo no meu facebook.

Nesta semana recebi um convite para participar de um Congresso Internacional de Astrologia on line , com a participação de 39 astrólogos, entre brasileiros, portugueses , argentinos e franceses. Uau! Adorei esta dica e já me inscrevi. 

O mais interessante é perceber que a grande maioria de astrólogos que participarão do Congresso tem formação em Psicologia.  Os astrólogos de hoje são pessoas que atuam ( ou atuavam) em outras áreas profissionais e através da Astrologia alcançaram uma visão mais ampla dentro da propria profissão. Alguns deles se destacam muito mais como astrólogos do que psicólogos, apesar de uma profissão sem dúvida alguma complementar a outra. 

Profissionais que seguem uma linha holística ( o todo) é sem dúvida alguma a grande tendência dos novos tempos. Já ficou no passado aquele médico ou psicólogo que apenas medicava ou tratava a  seus pacientes através de  medicamentos e terapias sem conhecer a fundo a causa dos males metafisicos do ser humano. 

Vale salientar  que ficaram para trás  também aquelas pessoas  que não cultivaram ainda a sua essencia interior e se jogam no cotiano mundano como se fossem crias de uma sociedade doente . 

" O essencial é invisível olhos" - Antoine de Saint-Exupéry em O Pequeno  Príncipe. 


terça-feira, 21 de outubro de 2014

E assim a vida segue

    
         

                                         Permita-se repousar como merece. 

     
Durante este periodo de férias forçadas, decidi que iria aproveitar o meu tempo livre para fazer cursos, ler, escrever , repousar e sair mais. 

Por incrivel que pareça, as coisas não estão saindo como eu imaginava. Todos os cursos que eu pretendia fazer estão com as inscrições encerradas e a previsão é apenas para meados de dezembro.

Rever os pouquissimos amigos que tenho aqui tambęm tem sido um desafio. Quando eu estava trabalhando era praticamente impossível encontra-los pela falta de tempo, em função dos dias de folga alternados que é uma prática muito frequente em terras nipônicas. Hoje com mais tempo, decidi que era a hora de reve-los. Mas quem disse que " eles" estão no mesmo estado de espirito de sair ?

Esta semana me propus a reencontrar o meu unico amigo italiano que vive aqui em Shizuoka. Apesar do seu mau humor frequente, ele sempre foi uma companhia muito interessante para mim porque de certa forma vivemos os mesmos problemas de adaptação à cultura local, e além do mais, com ele eu pratico o meu italiano. Mas quem disse que ele está livre do stress da vida cotidiana do País do Sol Nascente?

O pobre trabalha em media 12 horas por dia com uma folga apenas durante a semana com direito a duas folgas uma vez ao mês. De mal  humorado , agora ele passou a estressado e qualquer coisa que ocorra de imprevisto em seus preciosissimos dias de folga o estressam profundamente. 

Enfim, não consegui me encontrar com ele novamente porque o gato da familia morreu e ele e sua esposa tiveram que ir ao crematório da cidade . Os japoneses costumam cremar os seus animais de estimação, e pelo jeito, me parece que o meu amigo não gostou nada de ter que perder o seu preciosissimo dia de folga dentro de um crematório de animais. Este fato foi o suficiente para alterar os seus animos, que já não eram muito animados.

Quanto a minha amicissima sagitariana que divide o apartamento comigo. Ela está em uma fase de dedicação total ao trabalho, e por vezes ela faz 12 horas de turnos alternados, ou seja, uma semana de dia, outra de madrugada . Aos finais de semana ela só quer dormir . É compreensível, afinal, quem aguentaria tanto esforço físico?

Eu estou na contra-mão do japanese style e não consigo me conformar com a falta de qualidade de vida da maioria dos estrangeiros em terras nipônicas. Nem mesmo os meus amigos japoneses levam uma vida tão restritiva. 

Muitos estrangeiros reclamam  da falta de opção de lazer no Japão, mas a grande maioria nem se quer busca te-los. Ninguém é obrigado a fazer longas horas de trabalho , a não ser que isto esteja em contrato, e quando o corpo pede para descansar não é o seu chefe ou contratante que vai te aconselhar a tirar dois dias de folga ou diminuir a carga horária. Quem sabe dos seus limites , é você mesmo. 

Apesar do pouco tempo e excessiva dedicação ao trabalho ( por necessidade, ou vício) , as pessoas deveriam buscar respeitar os seus limites e dedicar o pouco tempo que sobra para fazer atividades prazerosas . 

No japão existem muitas atividades ao nosso alcance sim e só não faz quem não quer. Algumas opções que nós estrangeiros não exploramos por exemplo , são os Spas japoneses com direito a massagem e banhos de onsem ou sauna seca. Ótima opção para quem quer relaxar . o problema é sempre o custo destes serviços . Se for em um Hotel custará uma média de 200 dolares. 

Mas qual é o problema de reservar 200 dolares para ter um dia de relax merecido para sí proprio e sair do stress cotidiano? Quer pagar menos? Então vá aos Spas de onsen que se paga por hora. 

 Seria uma boa solução para os stressados in Japan que não querem mover nem um dedo nos seus dias de folga , dormir em um Spa , ou então, seções de acupuntura para desestressar. 

Não faz nada para o seu bel prazer? Então não reclame dos efeitos nocivos do stress nipônico. 

domingo, 19 de outubro de 2014

Negócio lucrativo in japan

      

                                 Típica casa ( apertamento) zuada  de japoneses. 

Todo mundo já deve saber que japonês não é muito chegado a limpar a casa. Não sei dizer ao certo o porquê desta tendencia japonesa de acumular coisas inúteis em casa. 

O meu pai por exemplo , até chegou a construir um quartinho para guardar coisas velhas que antigamente se chamava koya, ou depósito de coisas inúteis e lixo. 

A minha maē já era adepta da bagunça generalizada. Ela adorava deixar " montinhos" de coisas pelas estantes, mesas e qualquer outro lugar que fosse plano. 

Quando cheguei aqui em terras nipônicas é que eu pude entender que isto chegava a ser uma característica da raça, ou consequência do modo de viver dos japoneses.

Não sei como era o Japão antigo , mas o estilo japonês de hoje é muito descartável, e se você não joga fora e não faz uma limpa em tudo , a casa fica uma bagunça total.

Existem alguns programas japoneses aqui que se propoem a visitar a casa  de algumas celebridades da tv japonesa para promover faxinas em suas bagunçadas casas. Modelos em inicio de carreira e comediantes são na maioria o alvo destes programas de tv. 

É espantoso o nùmero de pessoas que vivem sozinhas em apartamentos de menos de 30 metros quadrados onde o lixo está acumulado por todas as partes do apartamento.

Na minha concepção , o problema maior é realmente a falta de espaço. Os apartamentos japoneses são compactos e construidos de forma a caber dentro dele apenas o necessário. Outro detalhe são os armårios e guarda-roupas. Não há espaço suficiente para guardar roupas de uso pessoal, sapatos, acessórios e roupas de cama por exemplo. 

Se a pessoa for muito consumista e pouco organizada, a bagunça se tornará generalizada a tal ponto da pessoa ter que viver em meio a sua propria bagunça, sobrando pouco espaço até mesmo para caminhar. Portanto, comprou , usou, não serve mais? Joga fora!

Não existe outra forma de deixar uma casa ou apartamento japonês limpo e organizado. 

Em um destes programas japoneses , uma equipe acompanhou a um profissional de limpeza em um dia de trabalho. Um pequeno apartamento de solteiro que deve ter no máximo 32 m2 , e lotado de bagunça e lixo foi orçamentado em 360.000. ¥  a mão de obra para executar a limpeza e organização do espaço, cerca de 3.600u$ por um ùnico apartamento. 

É rentável ou não é, ter uma empresa de coleta de lixo ,limpeza e organização no Japão?

Observando as pessoas



Nestes últimos dias de férias forçadas , eu aproveitei para fuçar vārios sites, blogs e vlogs sobre aquele assunto que me fascina: a Astrologia.

Confirmei através de alguns vlogs de astrólogos a minha verdadeira aptidão no campo profissional. Claro que é a Astrologia. Muitos amigos já me pedem conselhos astrológicos hà anos , e muitos já me aconselharam a seguir esta carreira. 

Como eu ando imersa neste mundo astrológico, estou observando melhor as pessoas com quem convivo diariamente. Existem algumas pessoas que realmente são difíceis de serem decifradas a olho nú. Estas podem ser pessoas que tem o Sol posicionado em um certo signo, mas ao mesmo tempo tem o ascendente e a Lua em outro totalmente diferentes. Mas existem aquelas que são super hiper transparentes , aquelas que possuem qualidades e características bem marcantes do signo Solar ou do Ascendente. 

Bem, eu ando convivendo diariamente com uma Sagitariana com o Ascendente em Leão. Todo mundo sabe que o Sagitariano é expansivo ( até fisicamente) e super megalo-maníacos, e que o Leonino é orgulhoso e meio autoritário, mas ao mesmo tempo magnanimo.

Agora vamos traduzir estas características na minha amiga Sagitariana. Ela é muito expansiva sim, mas a expansividade no caso da minha amiga se refletiu no seu corpo físico. Ela é meio gordinha, direi, fofinha. Mas a sua marca maior de Sagitariana não está na sua expansão física, está na sua mania de querer tudo em quantidade e de preferência muito grande. Muitas bolsas, sapatos, roupas, e mil objetos que nem teriam utilidade imediata, mas que para os Sagitarianos tem, ou um dia terão. 

Eu como boa Capricorniana sou economica e precavida, portanto, a megalomania Sagitariana me salta aos olhos como algo inimaginável e imprático . Infantilidade, ou suavidade no modo de ser no dia-a-dia , este é um outro detalhe interessantissimo na minha amiga Sagitariana. Aquilo que a salva é o seu ascendente em Leão que a faz se mostrar ao mundo de forma mais concreta e correr atrás de seus objetivos que por vezes são egocêntricos, mas ela mesma não percebe.

O lado bom da minha amiga Sagitariana? Sim, ela tem vários: o otimismo Sagitariano e a magnanimidade leonina, além de outros. 

Apesar da extrema diferença entre o meu signo ( Capricornio) e o signo da minha expansiva amiga sagitariana, temos muito o que aprender uma com a outra. 

Observando e aprendendo...

sábado, 18 de outubro de 2014

Aos poucos



Nesta semana dei o pontapé inicial para a minha futura carreira de astróloga. Não sei se vou conseguir  ingressar no curso ( on-line e reconhecido pela ABA), e nem se vou conseguir conclui-lo em 3 anos, estando aqui do outro lado do mundo e com a vida financeira toda bagunçada, mas se eu não partir de algum ponto a coisa não vai vingar nunca.

Estou na lista de espera para o curso de astrólogo, e seja oque Deus quiser. No momento tenho outras prioridades e não me parece muito viável assumir este compromisso de tão longo prazo, mas se eu for pensar bem, a minha vida sempre foi cheia de prioridades que nunca me renderam absolutamente nada. Portanto, o momento certo não existe. Fica valendo aqui aquela velha frase: O momento certo é a gente que faz. 

Aos poucos estou aumentando ao máximo possível o número de astrólogos no  meu facebook. A troca de idéias é realmente riquissima para mim que estou engatinhando no assunto. 

Aos poucos , aqueles que não me agregam nada ou que eu não agregue nada à eles, estarão no meu facebook apenas de enfeite , ou para trocar meia duzia de frases esporádicas sem nenhuma motivação real. 

É incrível como eu ando extremamente seletiva nos meus relacionamentos, até mesmo nos relacionamentos on-line. Esse papo de sociabilizar só para encher linguiça já não faz a minha cabeça hà muito tempo. Deve existir troca real, senão , não rola mais nada aqui. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O meio do céu

       
   

Tudo aquilo que a casa 9 sonha, a casa 10 traz para a Terra. 

A cada dia descubro e aprendo mais sobre mim mesma através da astrologia. Tantos anos lendo e relendo o  próprio mapa natal e nunca me interessei em saber onde estava o meu meio do céu no momento de meu nascimento.     

O meio do céu é um ponto muito importante porque ele representa o nosso status social, ou a profissão , a fama , e a maneira como somos vistos. 

Coincidências ou apenas confirmações sobre um assunto que eu já apreciava desde a minha adolescência.O meu meio do céu está localizado no signo de Aquário, oque me tendencia a me interessar por tudo aquilo que é novo, ousado e ligado ao futuro, em especial a astrologia. 

Outros aspectos como o meu Sol na casa 8 evidenciavam tais tendências , mas sempre liguei este aspecto à transformações internas , apesar deste aspecto simbolizar também o oculto que de certa forma tem ligação com a astrologia. Tudo que é invisível para muitos, seria muito visível e profundo com este aspecto. 

Sol na casa 8 , unido ao meu meio do céu em Aquário na casa 10 , somada a minha curiosidade por assuntos ocultos desde a minha adolescência comprovam que a minha realização pessoal neste mundo está diretamente ligada a Astrologia. 

Intuições e premonições também fazem parte deste quadro. Confesso que nunca dei muita bola as minhas " sensações" desde a adolescência. Hoje compreendo bem oque elas representavam e os caminhos que inconscientemente fui trilhando .

 Maktub, estava escrito. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Desafios do ano 2014

          


O desafio do ano 2014 segundo a astrologia será o de identificar a nossa verdadeira missão nesta vida. Ou seja, para quê viemos a este mundo?

Na numerologia a soma dos números do ano 2014 , resultam no número  7 , o número que quando bem compreendido representa a espiritualidade e quando não, a solidão. 

Quando falamos em missão de vida, sempre nos vem em mente algo de muito grandioso sob um aspecto espiritual, mas a coisa é bem mais simples do que imaginamos. 

A sua missão nesta vida pode ser a de realizar-se  na vida através da dedicação à sua familia de origem, ou constituir uma. Também pode ser a de salvar vidas através da medicina, ou de gerar recursos financeiros através de uma profissão rentável, ou qualquer outra atividade que traga de  forma direta ou indireta alguma  "  satisfação " para a nossa alma. Aquela sensação de estar no caminho certo ou de missão cumprida. 


Se você possui esta certeza, parabéns. Mas se ainda não descobriu a sua verdadeira missão na vida, o ano de 2014 te fará questionar-se profundamente.

Poderia até chamar tal "missão de vida" , como a uma realização pessoal que ficou engavetada, ou que simplesmente por comodismo ou falta de oportunidade não a colocamos em prática. 

Por vezes, aquele nosso verdadeiro " anseio" não cabe dentro de nossas vidas atuais, ou vão contra a aquilo que parece ser aceitável dentro de uma sociedade capitalista que dita normas e regras a todo momento. 

Um bom exemplo desta mentalidade é : Aquilo que não é rentável não vale a pena. 

Já perceberam o quanto estamos condicionados a seguir apenas as nossas buscas materiais e de status , em detrimento a aquilo que realmente nos satisfaz?

A busca por satisfação pessoal não se resume apenas as nossas  conquistas materiais. Belo mesmo seria o equilíbrio entre o material e o espiritual, mas nem sempre conseguimos alcançar tal equilibrio sem sacrificar algo no percurso de nossas buscas . 

Neste ano de 2014 , que aliás, já está por terminar, será necessário tomar consciência de nossas escolhas e persegui-las com verdadeira fé, caso contrário , a dúvida, a incerteza e a sensação de solidão  causará um profundo vazio em nossas almas. 





Capricornio e seus desafios

         


Parar de julgar os outros e reclamar. 

Você que está lendo este texto, provavelmente sabe do que estou falando. Os Capricornianos tem uma marca muito característica em sua personalidade que é a " mania" de julgar os outros e de reclamar de absolutamente tudo. Parou para refletir em seus pontos mais marcantes e negativos?

Ontem, assistindo a um video de uma terapeuta e astróloga muito coerente e direta em suas definições sobre as características de cada signo, ela destacou de forma muito clara esta " mania" dos Capricornianos e ainda lançou um desafio: - Você Capricorniano, tente ficar um mês sem julgar e nem reclamar. 

Não sei se para os Capricornianos  de outros decanatos seria fácil, mas para mim certamente não é. Aquele impulso de criticar, julgar e reclamar vem instintivamente e normalmente sem nem me dar conta , já estou sendo dura demais com os meus julgamentos. Inclusive comigo mesma.

 Outro defeito do Capricorniano é a sua inflexibilidade, nós Capricornianos tendemos a querer fazer tudo certinho e a exigir tal comportamento dos outros, mas nem sempre conseguimos ser tão certinhos assim, gerando uma dualidade entre o querer ser e aquilo que realmente somos capazes de realizar. 

A ficha caiu! 

Conscientizar-se de seus proprios defeitos , aceita-los e tentar muda-los ( para melhor) não é se anular como pessoa. É uma tarefa difícil e delicada que requer total consciencia de nós mesmos para melhorar nossos relacionamentos. Se é que você Capricorniano tem problemas nos relacionamentos em geral, caso contrário, não há oque mudar ( melhorar). As vezes tal inflexibilidade pode até trazer benefícios para sì mesmo proporcionando coragem e determinação em tudo que se realiza na vida. Mas tenha sempre consciência de que tal comportamento irá provocar uma certa resistência no meio em que se vive. 

Desafio do mês para o Capricorniano, no caso eu: 

Não criticar. Não reclamar. 

domingo, 12 de outubro de 2014

Os sete pecados capitais



Os sete pecados capitais: a gula, a avareza, a luxúria, a ira, a inveja, a preguiça e o orgulho . 

De todos os sete pecados capitais, eu devo ter uns cinco que já fazem parte da minha personalidade. Extrai-los de mim seria como um renascer espiritual. 

Ultimamente o pecado capital que tem me dominado totalmente é a preguiça. Aquela vontade de ficar horas, dias, semanas e meses sem ter nenhum compromisso com a vida mundana. 

É estranho como somos condicionados a vida inteira a estar sempre em atividade fazendo alguma coisa, ocupando o tempo e a mente. Estar sem  fazer nada nos causa frequentemente uma certa culpa. 

Férias forçadas, este é o período que eu vivo no momento. Não me programei para tal, mas já que ele veio, que assim seja . 

Quem vive aqui no Japão sabe o quanto é difícil ter uma vida social normal, com amigos, atividades aos finais de semana e tudo aquilo que é necessário para se ter uma vida equilibrada. O trabalho sempre está em primeiro lugar. 

Férias de um mês remuneradas? Isto não existe por aqui. Se você quer descansar e viajar com a familia deve ser em épocas de feriados prolongados, ou quando se é demitido e recebemos ( por 3 meses) o tal do seguro desemprego. 

Esta é a segunda vez que tiro férias forçadas aqui no Japão. O mais curioso é que sempre foi na mesma empresa. Da ùltima vez que fui forçada a tirar férias , fiquei cerca de 6 meses recebendo o seguro desemprego ( 2009) e fui viajar para a Suiça. Desta vez, pretendo passar apenas um final de semana em alguma ilha paradisiaca japonesa. Isto se tudo correr bem e a temporada de tufões terminar  pelo menos no inico de novembro. Caso contrário, terei que retomar a minha vida mundana de sempre e começar a "pensar" em trabalhar. 

Periodo extremamente preguiçoso, em pecado total , e ao mesmo tempo , sem culpa nenhuma. 

Preguiça produtiva. Isto existe? Se não, eu acabo de inventar.


sábado, 11 de outubro de 2014

Pais & Filhos

                     


Ontem, saimos de carro para resolver mil coisas burocráticas. A minha amiga foi resolver questões bancárias, a sua irmã ao médico e eu fui fazer meu registro na prefeitura. 

No meio do caminho "saltou" um comentário dentro do carro sobre como somos parecidos com os nossos pais,  e que o nosso caráter também vem impregnado de genes paternos e maternos.

Já faz um tempo que a minha amiga reclama que o seu  filho  é irresponsável, esbanjador e tem mania de grandeza. Pois e, se eu dissesse à ela que ela também é assim, será que ela  se ofenderia?

Achei melhor me calar e tecer críticas em relação a mim mesma. Eu admiti que tenho tudo de ruim de meu falecido pai e que a minha filha herdou de mim algumas características negativas que me irritavam muito. Está nos genes e não hà  como fugir. 

Com o passar do tempo ( idade madura) e o autoconhecimento , fui percebendo que aquilo que eu mais abominava nos outros era apenas o reflexo do pior de mim mesma. 

Aquilo que eu não suportava nos outros era tudo aquilo que eu também era e não sabia administrar dentro de mim, ou que eu não tinha consciência. 

Dei um passo bem grande quando percebi e aceitei tais caracterįsticas em mim mesma. Agora estou na fase do policiamento de mim mesma. Logo entrarei na fase do " acho  que mudei" , para só depois entrar na fase da transmutação e da verdadeira mudança no meu modo de pensar e me relacionar com o mundo. 

Não , eu não quero ser como os meus pais. Quero ter a capacidade de entende-los , aceita-los e respeita-los justamente por ter nascido geneticamente igual à eles , e por ter tido a sorte de evoluir  a tal ponto de perceber tais semelhanças e compreender que um dia eles também foram filhos .


"Sou uma gota d'água

Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não te entendem
Mas você não entende seus pais

Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer"

Legião Urbana . 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

RH in japan

       
    
                       Mulheres estrangeiras escravizadas na segunda guerra mundial .


Não sei ser precisa quanto ao assunto relações humanas em empresas japonesas. Eu acho  que não existe, ou pelo menos em empresas de porte médio este departamento é inexistente.

Estou ha uma semana descansando e como não tenho nada de muito importante para fazer , decidi preencher alguns cadastros on-line em sites de buscas de emprego. 

Me cadastrei em apenas 2 empreiteiras e já recebi chamada telefônica das duas, que por sinal ainda não retornei. Primeiro porque não estou com pressa, quero descansar até o final de Outubro, e segundo porque estou pensando o que seria melhor para mim e ainda não me decidi se fico por aqui ou se mudo de cidade. Enfim, preciso de um tempo para pensar nas minhas estratégias Capricornianas.

A economia japonesa não vai muito bem .  Apesar  do reaquecimento da economia japonesa após a grande crise, os impostos aumentaram muito e todo mundo anda sem dinheiro por aqui. Mas ,  emprego, este tem de sobra. 

O problema atual do Japão é a falta de mão de obra. Apesar de as indústrias estarem passando por grandes períodos de baixas na produção, falta gente para trabalhar.

Como todos já sabem, o nùmero de brasileiros aqui em terras nipônicas caiu tremendamente após o terremoto de 2011, e os que restaram , boa parte não trabalham porque vivem de bicos ( donas de casa) ou recebem ajuda do governo ( idosos) . Isto quer dizer que, apenas cerca de 50% dos brasileiros restantes estão na ativa. 

É um nùmero bem considerável de brasileiros que já não vivem por aqui. Mas será que o problema da falta de mão de obra no Japão é culpa dos brasileiros que foram embora?

Em parte sim, e em parte não. Houve uma época em que a mão de obra brasileira era muito requisitada em terras nipônicas, mas após a crise de 2009 muitas empresas japonesas já não faziam mais uso desta força. Nascia aí uma certa competitividade entre japoneses e brasileiros para manterem o seu lugar ao sol. Claro que a preferência sempre é para os nacionais. 

Mas quem disse que japonês gosta de ralar no trabalho?

Japoneses adoram fazer horas extras , mas isto não quer dizer que se esforçam para dar rendimento à empresa. É uma situação muito visível , mas ao mesmo tempo invisível. Os japoneses fazem de tudo para impressionar e agradar ao seu contratante, mas se matar de trabalhar , definitivamente não é com eles. Claro que não posso generalizar, existem japoneses que se dedicam as empresas como verdadeiros robos comandados por seus chefes, mas a grande maioria não sente prazer algum e não possuem motivação alguma. 

Motivação, este é o problema da japonesada. A grande maioria dos jovens japoneses não tem motivação alguma, o que os fazem grandes preguiçosos em busca de um trabalho que eles possam realizar com o tal do "my pace" ( meu ritmo) , um termo em inglês que está muito em moda entre os jovens japoneses. 

Mesmo com a insatisfação geral , japoneses não são habituados a protestar ou brigar por seus direitos, e isto contribui para que a mentalidade de alguns empregadores continue parada no tempo. 

Algumas grandes redes de restaurantes japoneses foram obrigados  a fechar algumas unidades por falta de funcionários, e nem pagando um salário ( p/hora) bem acima da média a japonesada não se sente tentada a se candidatar. 

O motivo é o mesmo de sempre, a escravidão. Longas horas de trabalho e atribuições que cabem a uma equipe são executadas por apenas uma ou duas pessoas. 

Meu Deus ! Mas onde anda o bom senso destes contratantes?

A impressão que tenho é que os japoneses ( empresas) em geral não estão conseguindo ou se negam a se adaptar as mudanças da nova Era. Os jovens  de hoje ( japoneses) não são mais como os jovens de ontem, e apesar de seguirem as normas e as regras do bom costume japonês, muitos jovens tem uma mentalidade que já não se adapta mais as exigências do mercado de trabalho ( escravidão) japonês. O que gera um certo conflito . 

A tal rede de restaurantes japoneses que antes só contratava japoneses agora está abrindo oportunidades também para os estrangeiros. Mas não pensem que a mentalidade de tais contratantes  mudou e se adaptou a nova realidade, é pura necessidade disfarçada de abertura mental que não consegue convencer nem aos japoneses . Quem dirá a  nós estrangeiros.




terça-feira, 7 de outubro de 2014

Uma semana de desocupada

         
   
Hoje cumpro uma semana de desocupada. Na Suiça o seguro desemprego se chamava literalmente : assicurazione  di disoccupazione.  Estou uma " desocupada".

 Amanhã tem a tal da Eclipse Lunar total. Não posso perder!

Depois da correria que foi a minha mudança nem quero mais saber de compromisso com horários. Acordo todos os dias entre 12:00 h e 2:00 h da tarde , tomo o meu café, checo meus emails, meus blogs, meu facebook e o maior esforço que tenho feito ultimamente é apenas o de ajudar a minha amiga a organizar o seu guarda-roupa que está espalhado pela casa toda. 

Como a minha amiga trabalha em dois turnos e tem uns horários de trabalho muito loucos, eu nem estou muito preocupada em ter horários certos para nada. Nem dá. Então, eu decidi continuar com os  horários que eu tinha antes de ser demitida: levantar as 2:00h da tarde e ir dormir só depois das 4:00h da manhã. Quando ela está em casa nos horários em que eu estou acordada almoçamos ou jantamos juntas, caso contrário , eu como um lanchinho mesmo . 

Hoje, levantei da cama a 1:00h da tarde e começei a arrumação em um dos quartos da casa. Apenas para abrir espaço para poder caminhar livremente. O quarto está abarrotado de roupas, roupas, roupas e muitos jeans wranglers masculinos novinhos. Pena que não são femininos.

No fim da tarde pensei em sair para telefonar ao escritório para saber do meu último salário e da documentação para o meu seguro desemprego, mas a preguiça não me deixou descer de elevador e caminhar uns 10 passos para ir ao telefone público. 

Pois é, estou sem telefone e eles só vão transferir a linha no final do mês. Se demorarem demais, acho que eu vou cancelar esta linha fixa ( com internet) e pegar um celular pré-pago. A internet posso acessar do meu IPAD, e o meu netbook conecta com Wi-fi , portanto, nem preciso da linha . Até o final do mês vou decidir. No momento estou com preguiça de pensar e ter que agir. 

Aqui no Japão, se um cidadão trabalhador não é demitido é praticamente impossível ter direito a férias remuneradas por um período longo. Não é uma boa situação para tirar férias, mas assim será. Tô de férias, pelo menos por um mês.

Nesta semana começei a fazer caminhadas noturnas e estou adorando. Tem muita gente fazendo caminhadas na avenida principal e isto me anima muito. Fora o compromisso ( comigo mesma) de caminhar todos os dias, não tenho mais nenhum compromisso e isto é bom demais. Claro que não posso ficar à toa por muito tempo e nem quero, mas por enquanto é isso que quero viver : ficar a tôa. 

E tá muito bom assim!!!

Pena que tudo que é bom dura pouco e logo terei que voltar a vida " normal" . Procurar um novo emprego, talvez em uma outra cidade, refazer meu canto ( de novo) , trabalhar muitas horas sabe-se lá com oquê, ou com quê tipo gente, ou em qual horário, e blá...blá...blá...e vegetar ...vegetar...vegetar...e vegetar.

Tem horas que eu queria mesmo é viver em uma comunidade alternativa que se subexistisse  , priorizasse os momentos de ócio e nunca tivesse horários para serem cumpridos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Medos

        
     

Devo confessar que ao longo da minha vida aprendi a não ter medo de absolutamente nada e de ninguém. Pura necessidade de me defender. 

Não tenho medo do imprevisível. Coisa que muita gente tem. 

Apesar de toda esta coragem, eu tenho alguns medos sim. Tenho medo de mim mesma, das minhas reações impulsivas que podem destruir uma amizade de longos anos , ou um relacionamento afetivo que teria tudo para dar certo. 

Eh, eu sou explosiva e mesmo quando não explodo e tento me conter , vou soltando faisquinhas aos poucos e queimando quem estiver por perto. 

Medo, muito medo de mim mesma neste  período tão delicado da minha vida . Conviver com pessoas queridas é algo  muito penoso para mim. 

Vou explicar...

Tenho medo de magoa-las por algum comentário rispido ou alguma crítica construtiva que as vezes soa meio destrutivo , tamanha é a minha sinceridade em certas situações. Tem gente que não gosta de ouvir verdades . Eu também não, mas sei separar uma verdade dolorosa e necessária de uma que é depreciativa. 

Meu sol em quadratura com o meu sol natal ( cármico) apesar de estar na casa 5. Sei lá que tipo de vivência as estrelas me reservam?

Me controlando ao máximo, para que elas, as estrelas não se apoderem de mim . 


domingo, 5 de outubro de 2014

Vênus vazia

                                

                                                Afrodite - a Deusa do amor 


Por mais que as estrelas se movam, alguns aspectos não fazem a mínima diferença na minha vida. Observei que os aspectos de Vênus são muito efêmeros, e se movem muito rapidamente, portanto , nem dá muito tempo para mudar o meu estado de espírito e por conseguinte a minha vida afetiva. 

Estou com a minha Vênus estacionada na casa 5 que é a casa das diversões, filhos e prazeres em geral. Dentro dos meus vínculos de amizade realmente está sendo um periodo de estar mais com as amigas e de querer me distrair sem pensar em nada, mas e o amor?

Os aspectos que a minha Vênus vem fazendo ultimamente são com planetas sizudos e rigidos , tipo Saturno , portanto, pouco propensa a relacionamentos fulgazes . Plutão transitando na minha casa 8 também anda desviando os meus interesses por outras áreas e relacionamentos mais profundos ou significativos  que me fazem muito muitissimo exigente nas questões afetivas. É o tal do " antes só do que mal acompanhada", que anda impregnando a minha Vênus. 

Finalmente compreendi que não posso buscar em um relacionamento afetivo ( homem x mulher) o aconchego de um afago materno, ou a proteção , o afeto e a segurança paterna. 

Não teve isto na infância? Cresça e compreenda que a cada relacionamento cabe a sua função e nenhuma irá substituir a outra. Eu creio que aprendi a distribuir melhor as minhas carências e a não centraliza-las em um tipo de relacionamento, ou seja, no relacionamento à dois. 

Nenhum namoraro pode ser nosso irmão, e nenhum marido pode ser nosso pai ou nossa maē. No máximo um bom amigo que poderá nos acompanhar pelo resto de nossas vidas , ou não. Marido não é parente. 

Carências afetivas à parte, estou muito mais auto-suficiente e isto me faz muito mais dona de mim mesma. Ponto muito positivo para a minha evolução pessoal. Aos poucos as minhas carências afetivas estão se diluindo. 

De agora em diante, as estrelas terão que se posicionar muito harmoniosamente para surtir algum efeito real na minha vida afetiva. Caso  contrário, fica valendo mesmo o " antes só  do que mal acompanhada" . 

As voltas que a vida dá

      


Domingão chuvoso, com risco de chegar um tufão , o tal do tufão número 18. Muitas notícias na tv japonesa, e infelizmente notícias tristes. Como sempre, notícias de desastres naturais que levam muitas vidas. 

Minha amicissima peruana/japonesa, dorme . Daqui hã poucas horas ela deverá se levantar para sair ao trabalho as 4:00 da manhã. Ela trabalha em turnos alternados como a muitos por aqui. 

Aproveitei o domingo e o silêncio para tirar um cochilo e para ler. Começei a ler meus antigos posts  que escrevi antes de ir para a Suiça hà uns 3 anos atrás. Haviam relatos , feitos por mim mesma, que eu nem me lembrava mais. Como é bom poder guardar tudo aqui no meu diário de bordo. 

Ontem estive com uma amiga japonesa, a mesma que descrevi em um breve texto hà 3 anos atrás. Fomos ao super mercado, ao shopping , lanchar juntas e ainda saímos atrás de uma bicicleta para mim as 11:30 da noite. Esta mesma amiga japonesa que sempre me " FU" no trabalho , é a mesma que tirou um dia de folga ( coisa rara ) hà 3 anos atrás para estar comigo por ultima vez e se despedir de mim. Esta mesma amiga que na época,  fez questão em sair do trabalho ( de madrugada) e me levar ao ponto de ônibus de carro para que eu não gastasse com taxi até o ponto do ônibus  executivo  que me levaria ao aeroporto de Narita em Toquio. 

Esta mesma amiga japonesa que hà 2 anos atràs foi  me buscar de carro na estação de trem quando decidi regressar para Shizuoka no meu antigo trabalho , que aliàs, eu havia literalmente abandonado quando houve o tsunami de 2011. 

Relendo o meu antigo post, pude perceber o quanto esta minha amiga japonesa me protege e me quer bem. E olha que eu nunca fiz nada demais para merecer tanta consideração. 

Ela sempre foi uma pessoa muito ùtil para mim em terras nipônicas e talvez porisso mesmo segui sendo sua amiga apesar de ter muitas divergências com ela no ambiente de trabalho. Por vezes, não suportava nem a sua presença e me escapava dela com muita frequência. 

Hoje, passados quase 7 anos , percebo o quanto esta amiga me quer bem, apesar de todas as diferenças culturais e de mentalidade. Aliás, ela é bem preconceituosa com relação aos estrangeiros. Ela é daquelas japonesas que sempre foi contra a contratação de brasileiros no setor onde trabalhavamos juntas e ainda por cima despejava todo o seu preconceito em palavras ríspidas mesmo na minha presença. 

Aos poucos ela foi aprendendo a controlar as suas críticas e a compreender que o seu preconceito com relação aos estrangeiros me afetava também. Afinal, eu também sou estrangeira aqui. 

Posso dizer que tal amizade tem sido pra lá de cármica, porque nos fez aceitar uma a outra apesar das diferenças, e apesar de todo o preconceito que rondava a nossa relação. 

Com esta amiga japonesa estou aprendendo a aceitar aos japoneses como são, e a respeitar a forma como vivem e compreendem o mundo. Não cabem mais comparações aqui. Ela é uma típica japonesa , não  posso querer  que ela seja diferente. 

E quanto a mim, sou apenas uma viajante...

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Urano

"
Urano – Representa o imprevisto, a liberdade e o corte com o passado. Favorece as mudanças radicais e a renovação interior. É o planeta do signo Aquário e por sua influência os nativos deste signo são inovadores, irreverentes e independentes. Urano faz com que as pessoas que rege não se acomodem às situações nem tenham receio de questionar aquilo com que não concordam ou que não lhes parece correcto. O instinto é o único guia que seguem, e são muito fiéis aos seus princípios.


De todos os aspectos que se fazem presentes no momento, aquele  que eu venho sentindo na pele de forma muito clara é a quadratura de Urano com o meu Sol ( Capricornio) . 

Mudanças, muitas mudanças e acontecimentos imprevistos que me forçam a aceita-las e a ser muito mais flexível. 

Por vezes tenho a impressão de que são provações cármicas ( o aspecto è carmico) , para que eu aprenda a arte do desapego. 

Muitas situações , fora do meu contrôle me obrigam a tomar decisões que não envolvem outras pessoas, apenas a mim mesma. 

Para quem apenas me observa , como a um espectador, a impressão que passo é a de ser uma pessoa totalmente desapegada de tudo. Não, isto não é verdade. 

Quem é que optaria por se distanciar de sua propria cria? Ou de se desfazer de seus objetos pessoais  , lar, e até mesmo de país?

A cada mudança imprevista fui sendo obrigada a deixar pessoas, e pertences pessoais por todos os lugares por onde estive. 

Simbólicamente, fui deixando um pedaçinho de mim em cada lugar. Um casaco que não entrou na mala, alguns pares de sapatos, fotos, móveis, e o pior...pessoas. 

A cada mudança, um objeto à menos, a cada viagem, uma pessoa à menos, e assim vou seguindo o meu destino. Aprendendo a me desapegar , mais e mais de tudo aquilo que um dia eu tive.

Agora, fico cá pensando com os meus botões?

Devo deixar que tais tendências tomem conta da minha vida, ou devo lutar para mudar isto?

Por mais que eu me mova e tente mudar tais tendências, ë como se eu estivesse nadando contra a maré. Ser flexível é aceitar , e eu dificilmente aceito qualquer situação sem tomar alguma atitude , nem que seja impensada. 

Fase de reflexão. Com Urano tentando mudar novamente os rumos da minha vida ...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

É muito estranho...



Provisoriamente morando com uma amiga peruana e oficialmente morando com uma amiga japonesa. É esta confusão que anda a minha vida. Vida de cigana em terras nipônicas não é nada fácil. 

Hoje foi o meu primeiro dia na minha nova hospedagem . Um conjunto de prédios da prefeitura onde vivem várias famílias brasileiras , alguns poucos peruanos e japoneses. 

Eu que estou acostumada a viver sozinha e quase que isolada da comunidade latina, cá estou eu na casa de uma amiga peruana de nacionalidade japonesa. Ela é mestiça e não se parece em nada a uma japonesa, talvez muito mais a uma espanhola. A sua família é uma verdadeira mescla de japoneses, peruanos, brasileiros e atę filipinos. Isto sim , é o verdadeiro encontro das Nações Unidas. 

Conheci dois de seus sobrinhos que são nascidos em terras nipônicas , frequentam a escola japonesa e só falam japonês , mas entendem um pouco de espanhol.  O detalhe interessante é que os dois meninos nào tem absolutamente nada de japoneses. Um deles é moreno, outro é branquíssimo com cara de gringo, filhos de maē peruana com ascendência japonesa, espanhola e inca, e pai brasileiro com ascendência italiana, talvez portuguesa também. 

É inevitável querer falar com os meninos em português, ou espanhol, pela aparência ocidental, mas eles talvez nem entendam direito o português. O jeito é me comunicar com eles em japonês. 

Se na minha cabeça , vem de imediato um comando para me comunicar com eles em português movida  por um impulso visual ( a aparência de brasileiros) , como serā que as coisas funcionam na cabeça destas crianças?

Será que eles se sentem mais brasileiros, mais peruanos, mais japoneses, ou simplesmente dois meros e raros exemplares de extraterrestres?

Fiquei aqui pensando se tanta mistura de raças , apesar de interessantissima, não confunde a cabeça de tais crianças que não sabem definir ao certo as suas origens sanguíneas aliadas a própria naturalidade  em terras estrangeiras. 

Este encontro de hoje  com os sobrinhos da minha amiga , me fez lembrar do nervoso que passei na Suiça por ser confundida a toda hora  com uma tailandesa, ou japonesa nativa. As pessoas não entendiam as minhas origens , e talvez nem sabiam da existência de colônias japonesas no Brasil . Portanto, todo mundo que eu conhecia na Suiça, simplesmente ignorava o fato de eu ser nipo- brasileira e já começavam a me perguntar sobre o Japão, ignorando a minha nacionalidade brasileira. Isto me deixava profundamente irritada. 

E para estes garotos? 

Como será o convivio com pais de origens diferentes , línguas diferentes , apesar da proximidade do espanhol para o português?

E a vida escolar? Qual será a identidade deles dentro de escolas japonesas?

Me pus a refletir sobre a minha própria dificuldade em me posicionar como brasileira ou como japonesa, com crises de identidade em várias ocasiões. Imagine como não deve estar a cabeça destes meninos , nesta fase de adolescência em que sempre buscamos nos unir a iguais para encontrarmos  a nossa própria identidade?

Coitadinhos, espero que eles não sejam muito sensíveis e sejam daqueles garotos casca grossa que nem ligam para essas frescuras de mulher, porque senão, a cabeça deles vai dar um nó dificil de desatar até que amadureçam.