segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mapa Astrológico

Pra variar descobri um outro mapa astrológio muito completo no google espanhol, o único problema é que ele não faz interpretações de texto, mas em compensação é super hiper completo com alguns aspectos que eu nem conhecia .



Se o meu mapa astrológico estiver certo, o que creio que esteja. Eu , mais cedo ou mais tarde vou topar com o meu mais temido carma: Venus em Oposição a Jupiter e Infortunio em Sagitario na Casa 7. Às vezes tenho vontade de provar novas experiências na minha infortunada Casa 7 só pra confirmar os aspectos. E elas se confirmam por si só. Estou fazendo laboratório nos meus relacionamentos.




Agora, o grande passo final será repetir o aspecto de infortunio em sagitario na casa 7 só pra ter certeza. Ainda existe uma possibilidade muito grande do meu passado voltar ao meu presente e eu ser jogada à minha própria sorte com Netuno na minha Casa 7. Pior de tudo é saber por antecipação aquilo que poderá ocorrer, já ter provado e comprovado, e ainda insistir no mesmo erro.



Corajosa ou burra? Não sei, estou me provando. Ultimamente não me relaciono mais afetivamente, faço laboratório, alguns com muitos componentes químicos e outros menos.



link do site espanhol http://carta-natal.es/carta.php

domingo, 30 de outubro de 2011

Tédio

Falta um pedaço de mim que nem sei aonde eu deixei, talvez dentro do meu pequeno e belo apartamento em Shizuoka , talvez em algum restaurante típico suiço (um grotto) , ou talvez eu já havia perdido nas ruas de Roma quando me aventurei sozinha por terras italianas. Como se vivia! Uma emoção a cada dia, uma viagem a cada ano, um romance à cada viagem, e até mesmo sem nem viajar. A cada nova viagem uma nova experiência, um novo aprendizado. Cheguei a falar até em 4 línguas em um mesmo dia, me relacionava com pessoas de várias raças e aprendi tanto com elas.


Trabalhei em locais que jamais pensei um dia trabalhar.Fiz coisas que jamais pensei fosse capaz de fazer. E principalmente , conheci e me relacionei com pessoas de todos os níveis socioculturais , muito pobres ou muitissimo ricas, muito ignorantes (nem por isso menos interessantes) ou muitissimo cultas.


Hoje, quase não uso mais o meu italiano e já começo a ter dificuldades em me expressar em japonês. Tenho medo de esquecer tudo aquilo que aprendi nos meus longos anos vividos fora do Brasil e que foram de uma riqueza imensa. Tenho medo de voltar a viver uma vida normal, com gente normal , com a lingua local. Até rimou...



Como eu ja havia escrito em outros posts, quando viajamos muito e vivemos em um outro país que não o nosso de nascimento, acabamos por perder a pátria. Eu desaprendi a viver esta vida normal de São Paulo.



Sinto falta das ciclovias pra pedalar e do respeito com os ciclistas, sinto muita falta de caminhar na areia , sentindo a brisa do mar que era tão pertinho de casa. Sinto falta do silêncio , da quase ausência de buzinas e motores barulhentos dos carros.


Estou entrando na fase da saudade nos meus 5 meses de retorno ao Brasil e ainda não me sinto em casa.Turista acidental. Dizem que os primeiros 6 meses de readaptação e aceitação são cruciais. No meu caso eu voltei sem ter vontade de voltar ,entao eu devo ter um acrescimo de mais 6 meses.

Ainda estou relutando muito com o "menu" que não muda nunca nas comemorações de cumprimento de metas no trabalho: Churrasco com Pagode. Ninguém merece!!!


Cães do terceiro mundo e a sua "sorte"







Ultimamente tenho encontrado em meu caminho umas "coisinhas" que eu não via ha muito tempo, aqueles montinhos "da sorte" que os cães fazem nas ruas e o povo diz que é sinal de sorte se por acaso pisarmos em um desses "montinhos da sorte". Eu já pisei muito e não entendo isto como sorte, mas tudo bem, é uma questão também cultural que o Brasil divide com a Itália , pois até lá dizem que pisar nesses montinhos traz "fortuna". Deve ser uma crença que veio de lá.

No Japão a coisa mais dificil (quase impossível) de topar nas ruas são esses "montinhos da sorte". E cães vira-latas praticamente não existem no Japão, a maioria dos cães são de raça e vivem dentro de casa ou em algum lugar no fundo da casa pra não assustar as visitas. Aliás, cão japones nem late, são muito silenciosos , alguns tem as suas cordas vocais cortadas , outros são muito silenciosos por natureza ou são adestrados.


Assim como na Suiça , e creio eu na grande maioria dos países europeus , os cães devem ser registrados na municipalidade. Na Suiça- italiana , os donos de cães devem fazer um curso primeiro ,registrar o seu cão e pagar uma taxa mensal, ou anual para o Municipio. Claro que nem preciso citar a Lei que multam os donos se caso o seus cães fizerem esses "montinhos da sorte" em praça pública .



Enfim, cães de primeiro mundo não "deixam seus "montinhos da sorte" por aí. Triste ver e perceber que aqui no Brasil, assim como ocorre com os menores abandonados, esta realidade se alastra até aos cães. Eles andam em matilhas, zanzando pelas ruas , virando o lixo, fazendo sexo "animal" pelas ruas , enfiando o fucinho em buzanfa alheia sem nenhum pudor , defecando desavergonhadamente em vias públicas e bombardeando as ruas com os seus "montinhos da sorte". Andar nas ruas da cidade tem sido uma aventura, parece até campo minado. Boa Sorte!

Netuno o Senhor da Ilusão

Poseidon - O senhor dos mares - Netuno




Neptuno na Casa 7, e Casa 7 em Escorpião, estes são os dois aspectos que andam determinando os meus relacionamentos , ao longo da minha existência. Forte usar esta expressão não?


Porém é exatamente isto que vem ocorrendo ano após ano . A força nebulosa de Netuno na minha casa 7 (das sociedades e dos matrimonios) tem sempre criado situações quase que incompreensíveis nos meus relacionamentos que causam rupturas bruscas, relacionamentos que escorrem entre os dedos , ou com gente psicologicamente complicada. Não poderia ser coincidência, parecia que eu atraia este tipo de pesssoas e relacionamentos. Com a ajuda da astrologia pude entender que nada, absolutamente nada , nesta vida ocorre por um simples acaso.


Cada aspecto de nosso Mapa Natal Astrológico é como se fosse o nosso carma astral, aquilo que tendemos a viver nesta vida impulsionados pelo nosso próprio caráter tendencioso. Eu chamo isto de livre-arbítrio.


Posso transformar os meus relacionamentos com tendencias nebulosas (ilusões e decepções ) em relacionamentos mais espirituais quando eu aprender o poder do amor incondicional, ou seja, quando eu aprender a aceitar esses loucos psicóticos, bi-polares , depressivos que me perseguem e transforma-los em seres mais espiritualizados e aprender também a me doar, assim como um médico ou terapeuta. É só esta a minha missão cármica pra melhorar os meus relacionamentos . Facinho né!


Nossa! Se eu soubesse que era tão simples assim eu teria feito um estágio no Pinel e teria aprendido a lidar com estas situações "meio loucas" que o nosso amigo Netuno tem criado na minha vida. O mais dificil é ignorar esta tendência e tentar fingir que não vai acontecer de novo. Por mais incrível que pareça, estas situções se repetem ininterruptamente, ou seja, sem exceção as situações são idênticas e tendenciosas. Mudar esta tendência , na minha opinião, só com muita oração!


Netuno é a expressão criadora, a fé que move montanhas , a comunhão com o Universo. Quando não atingimos , ou perdemos esta conexão a nossa vida se perde em ilusões confusas, tendencia a vicios de todo o tipo , ou a qualquer coisa que nos preencha o vazio da propria alma.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vorrei







Che fossi tutto diverso di quello che oggi vivo...
Vorrei stare tra le nuvole a volare e guardare i bei paisaggi...
Stare tra la gente silenziosa che rispetta il tuo silenzio e non ti chiede niente...
Vorrei guardare i fiori che fioriscono in ogni giardino...
Vorrei cenare alla luce di candelle profumati insieme a qualcuno che mi vuole bene...
Vorrei svegliarme tra le braccie di qualcuno che mi volessi bene come mai...
Sogni...soltanto sogni...vorrei...vorrei...vorrei...un'amore...ma che fossi vero...vorrei...vorrei...

Marte em quadratura com o ascendente

É incrível como as quadraturas de Marte não me dão uma folguinha, quando penso que as coisas estão começando a entrar nos eixos , lá vem Marte com toda a sua energia nervosa dominando as minhas emoções. Para quem não me conhece bem, fica um aviso: Não pisem em meus calos porque eu grito!


Acho que eu estou pagando um karma, não de vidas passadas , mas de agora. Reclamei tanto dos japoneses e da frieza dos suiços que agora estou pagando com a convivência diária com gente exageradamente mal educada . Hoje eu rodei a bahiana no serviço e mandei um vendedor se "ferrar" , isso pra não baixar mais o nível porque a vontade era de mandar ele tomar naquele lugar e ainda cuspir na cara dele.


Estou começando a achar que eu realmente sou chata demais, pois eu não suporto gente que vem filar cigarro e nem pede , ou gente que vai abrindo a porta do banheiro feminino sem nem bater na porta. E quando mexem no meu net book e começam a fuçar os meus arquivos sem a minha autorização?Eu acho estou começando a achar que o problema sou eu, e não os outros que convivem comigo diariamente no trabalho porque se eles são a maioria, eu é que estou errada. Deveria eu também agir como a eles que estaria tudo certo.


Queria desligar essa minha antena parabólica que capta todas as vibrações ao meu redor. O clima anda tenso no trabalho e eu não estou gostando nadinha do que tenho percebido...o pior é captar essas vibrações tensas e acabar reagindo explosivamente. Eu quero me mudar pro Tibet...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tem algo errado...

Com as minhas , digamos, vivencias internacionais (3 macarronis e um queijo suiço), eu por um bom tempo achava que era obvio um homem pagar a conta dos jantares, das viagens a dois, dos hoteis de luxo e ainda por cima comprar "regali ovunque" pra nós mulheres (sexo frágil) como uma forma de provar a soberania machista. Europeus são ainda muito machistas, talvez um pouco menos do que os japoneses, mas a grande maioria ainda é muito machista . Não sei com relação aos mais jovens porque a maioria ainda se encontra no estado "vazio" da alma , sem definições concretas.
Voltando ao Brasil, minha terra querida , de gente alegre e atrevida, percebi que estao se tornando muito frequentes as vezes que eu pago o almoço pra macho. Ainda se fossem machos com 20 aninhos de idade...vá lá...dá pra perdoar, mas tem macho com mais de 40 anos que não tem vergonha de pedir pra eu pagar o almoço dele. Minha gente! Eu sei lá se estou sendo critica demais, na maioria das vezes eu sou, mas rachar a conta já é uma coisa que eu faço frequentemente com colegas, sejam homens ou mulheres. Nao importa. Mas algum colega seu de trabalho já ficou insistindo pra você pagar a conta do almoço dele sendo que ele nem se sentou na mesa com você?
E não me venham falar que é falta de educação ou nível, o cara é formado , fala duas línguas , toca violão maravilhosamente bem e tem mais de 40 anos. Fiquei ho-rro-ri-za-da quando percebi que o cara estava falando sério. Dizendo que ele sabia que eu tinha dinheiro e não me faria falta pagar um almoço pra ele. Gentemmmmm!!! Se eu tinha algúm respeito pela figura, já não tenho mais!!!
Nossa! Eu era feliz no país do lere...lere...suiço e não sabia. Não sei se é habito deles, mas eu nunca paguei nada quando era convidada pra jantar ou pra viajar de carro, de moto, de bicicleta, de navio , de carroça ou de avião. Eles se acertavam entre eles e me poupavam desses detalhes superficiais de pagar a conta. Aqui, do lado de cá, todo mundo me pede pra eu pagar um almoço. Será que eu tô com cara de Banco ou de Ticket Refeição?
Eu costumo sempre justificar essas diferenças dizendo que é uma questao cultural, mas tem horas que não dá pra pôr panos quentes e nem tapar o sol com a peneira. È falta de vergonha na cara mesmo!

Preguiça

Eu não sei dizer se eu ando de saquinho cheio ou se é pura e simplesmente "preguiça" de resolver probleminhas. Desde docmentos pessoais que ainda estão pendentes de regularização à relacionamentos que andam meio na berlinda. Eu tô com preguiça!


Sabe o que é você ter que resolver questões do seu dia-a -dia e ainda por cima ter que resolver "pendências"? Eu ando cheia de pendências pra resolver e o que eu mais tenho feito é protelar.


Tirar documentos , por exemplo, é uma das coisas que eu mais odeio. Se pudesse eu andava só com o meu passaporte e mais nada. Ainda falta eu renovar minha carteira de habilitação...ai que preguiça só de pensar. Mas eu acho que o destino quer que eu renove a minha carteira de habilitação por que acabaram de inaugurar um Poupa Tempo bem aqui pertinho. Não tenho mais desculpas pra não ir. E a panoramica que o meu dentista me pediu faz quase um mês? Estou protelando também...


Nem os relacionamentos familiares e afetivos escaparam dessa minha protelação. Gente! Dá muito trabalho resolver conflitos! Eu não tenho paciência, então vou protelando pra ver se alguém agiliza o processo, mas ninguém se habilita. Imagina ter que resolver questões afetivas em outra lingua ? Eu estou empurrando com a barriga e ainda não resolvi um piccolo problema de consciência (a minha) com uma certa pessoa por pura preguiça de ter que me explicar, me expressar, me redimir , e ainda por cima ser clara e objetiva em uma outra língua que eu não domino muito bem. Quer dizer, dá pra falar superficialmente , mas não é recomendável discutir assuntos delicados em outras linguas (que não dominamos) por que podemos passar a impressão de estarmos sendo superficiais, sendo que na realidade a superficialidade é apenas do não domínio da língua. Resumindo, eu não vou resolver também mais essa pendência. Tô com preguiça!


Além do mais, pode ser que eu queira resolver as minhas pendências de um jeito simples, rápido e objetivo , mas isso poderia desencadear mais situações e mais coisas pra eu resolver. Isso dá um trabalho! Eu costumo virar as páginas da minha vida com muita rapidez, talvez até desordenadamente, acumulando pendências ou lixo inútil. Coisa típica de japonês, tinha que herdar né!


De agora em diante , aquilo que eu não resolver com 100% de perfeição, seja nas questões práticas ou nos meus relacionamentos, considera-se arquivo morto. Considerando que...a perfeição não existe...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amadurecendo





Quando me diziam que com a idade (aquela que passa veloz) amadureceriamos e nos tornariamos sábios , eu por muitas vezes duvidava. Presenciei tantas cenas, tantas atitudes insanas e imaturas vindas de pessoas com uma certa idade que começei a achar que esse papo de maturidade era mera ficção, do tipo, todo mundo interpretando o papel de pessoas pseudo maduras que de maduras não tinham nada, apenas os cabelos brancos (quando restavam) e as rugas no rosto. Sabedoria então , passava bem longe .




Hoje , em um momento de reflexão percebí que eu estou em um estranho processo de amadurecimento quase imperceptível pela sua sutileza. Não guardo mais rancores de ninguém. Isso é muito bom. E não fiz absolutamente nada, nenhum esforço descomunal , nem rezas e nem simpatias , apenas o tempo me fez compreender que não existe lógica em odiar a alguém que um dia foi importante para mim.




Durante muitos anos da minha juventude (dos 20 aos 30 e poucos anos) nutri muito rancor e muita mágoa de pessoas muito proximas, familiares, alguns amigos, alguns desamores. Claro que algumas pessoas se tornaram insignificantes para mim com o passar do tempo e sem peso algum na minha vida atual, portanto, não há razão de traze-las ao meu presente nem em pensamento. Outras me deixaram marcas profundas , algumas boas e outras dolorosas, mas eu preferi guardar dentro de mim somente as boas lembranças.




Nada de novo está acontecendo na minha vida (exterior) , mas algo de muito sutil e transformador está ocorrendo dentro de mim. Imperceptível para quem me observa superficialmente ." O essencial é invisivel aos olhos"...

domingo, 16 de outubro de 2011

Fases

Nem dá pra acreditar que a alguns anos atrás eu escrevia até poesias em italiano e espanhol. Fases da vida, hoje mal consigo escrever um pensamento. O que a vida louca em uma grande metrópole faz com a gente? E aqueles meus momentos de completa solitude em que eu mergulhava de cabeça na beleza da arquitetura renascentista?
Sinto falta de Historia , de museus , de andar em vilarejos que contam mil histórias, em labirintos, apreciar as janelas , as portas . Tô precisando ver coisas belas.

sábado, 15 de outubro de 2011

A minha nova sina


É preciso estar muito, mas muito aberto à mudanças pra poder administrar aquilo que estou vivendo no momento. Adaptar-me a tantas mudanças não tem sido nada fácil pra mim. Se fosse apenas uma mudança de casa, de emprego, ou situação civil , creio que seria até mais facil. A mudança que eu me refiro è aquela cultural. Após viver tanto tempo no Japão, um país tão cheio de tradições e convenções onde temos que estar sempre atentos pra não dar um fora no trabalho , cá estou eu de volta , no meio da galera tupiniquin e tendo que me habituar a certas brincadeiras meio invasivas dos brasileiros . Claro que se eu estivesse em um ambiente mais refinado e seleto não aconteceriam certos abusos, mas fazer o que ?Esta é a minha sina atual.
Eu reclamava tanto da frieza e da formalidade do povo japonês e agora estou tendo que me habituar ao calor brasileiro. É , pra dizer a verdade ao fogo no rabo do povo brasileiro que ao contrário do povo japonês , só pensa em sexo e futebol. Todos os dias pela manhã é aquele mesmo assunto: Futebol , e quantas pegadas deu no final de semana.Gente, vira o disco pelo amor de Deus!
E quando os meninos da minha equipe estão todos no cio? AVe Maria, o que é aquilo? Já fui quase violentada umas 3 vezes no escritório . É um tal de cheirar o cangote, esfregar a barba cerrada no pescoço da gente, agarrar por trás no corredor, na escada, na porta do banheiro.Pelo Amor de Deus, alguém dá um jeito nessa testosterona dessa gente!!!
Mas será o arroz com feijão???

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O medo

Pare!!! você está sem freio. Parar?

Já notaram como o medo está presente em nossas vidas? Em todos os momentos mais cruciais , lá está ele , o medo. Medo de não ser capaz de cumprir metas no trabalho, medo de ser ridicularizado , medo de errar, medo de levar um fóra...medo de ser feliz. Tantos medos.
Cá entre nós, qual a real utilidade do medo? Para mim o medo só serve como um freio e não tem outra serventia, muito pelo contrário, só atrapalha. Entao o negócio é aprender a pisar no freio quando necessário e ir soltando aos poucos o freio na descida. Só na descida, por favor. Tem gente que puxa o freio de mão na subida também. Paraliza tudo!Assim não dá minha gente! Vai fazer análise , ou voltar pra baixo da saia da mamae.
Viver intensamente as suas próprias emocões e apostar todas as fichas em sí mesmo. Esta é a formula para vencer o medo. Sem esquecer de assumir todas as consequências práticas ou emocionais que cada atitude desenfreada nos causa. Destruir-se voluntariamente e reconstruir-se sozinho. Auto-suficiência? Talvez, mas nesta vida niguém pode nos reconstruir , cabe a cada um de nós com um empurrãozinho Dele... Deus.
Também tenho lá os meus medos ocultos, mas o meu medo maior devo cofessar, sempre foi de mim mesma e da profundidade de minhas emoções. Queria poder controla-las melhor, mas o freio se desgasta com o tempo. Tô sem freio de novo!Que meda!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ricordare é vivere...ci vuole..

Faz um tempo que deixei de lado as minhas canções italianas , com as quais aprendi a falar a lingua , e agora quase não utilizo mais este rico vocabulário italiano. Tá, às vezes me escapa quase que automaticamente um Vaffanculo em certas situações , mas isto não conta. Eu vivia tão imersa no aprendizado da língua através das músicas que eu ouvia que acabei por viver verdadeiras situações romanescas. Isso que é absorver 100% uma nova língua e a sua cultura!
Os meus primeiros diálogos na língua italiana sempre tiveram um repertório completo e repetitivo de canções pra lá de românticas cantadas por Laura Pausini. Claro, eu aprendi com ela, e por mais que eu quisesse usar um outro tom, os meus diálogos em italiano sempre foram carregados de dramaticidade e paixão. Fazer o que? Eu havia aprendido assim. Ao contrário das expressões frias de algumas línguas, como por exemplo a inglesa ou até mesmo a japonesa, a língua italiana assim como a espanhola , são línguas de expressões mais quentes e cheias de dramaticidade e passionalidade. A intensidade de algumas expressões em italiano não são comparáveis a nenhuma outra língua, é como se cada palavra tivesse a sua própria carga emocional sem a necessidade de utilizar-se de nenhuma entonação em especial. É como dizer : - Ti voglio tanto bene , em italiano. Só quem já usou esta expressão e quem já a ouviu em várias entonações pode entender a carga emocional desta língua.

Esta cançao de Laura Pausini foi uma das primeiras lições musicais dos meus tempos de estudos da língua e cultura italiana. Só pra recordar...
Laura Pausini - In assenza di te




quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Eu era feliz e nao sabia


Hoje uma colega de trabalho começou a me fazer perguntas sobre mim. Coisas do tipo : Como é que eu vim parar aqui, ou o que eu estava fazendo antes de vir parar aqui ?

Naturalmente começei a relatar o que eu estava fazendo antes de vir para o Brasil e aos poucos, enquanto relatava a minha saga, fui me conscientizando de que eu havia vivido um sonho. Só podia ser um sonho...jantares a luz de velas, viagens, lareira acesa com founde, vinhos, flores, jardins, montanhas, grandes lagos , passeios noturnos a pé, passeios em bicicleta , caminhadas nos bosques , e um clima exageradamente romantico em tudo aquilo que eu fazia. Foi o que eu vivi, um sonho, que terminou em pesadelo. Mas, eu fui muuuito felizzzzz mesmo assim.

É engraçado como nós sempre devemos perder algo pra só depois, muito tempo depois, entendermos o quanto se era feliz e nao soubemos valorizar tais momentos. Eu era feliz e nao sabia. Mas porque será que esta certeza só vem depois que a gente se conscientiza de que nunca mais vai poder repetir a dose? Pelo menos , não como se foi feliz um dia.
Felicidade é poder ter o privilegio de relem
brar momentos divinos das nossas vidas ...mesmo que eles tenham ficado no passado, sempre permanecerão vivos na nossa memória...
E la vita segue...