domingo, 29 de dezembro de 2013

Pobre , porém elegante



Muita gente deve pensar que eu gasto "horrores" com roupas e acessórios. Se a maioria das pessoas soubessem que eu só renovo o meu guarda-roupa quando realmente já não me servem mais, ou quando sou obrigada a deixar minhas roupas e calçados por este mundão à fora, creio que muita gente se surpreenderia com os meus reais gastos aqui na terra do Sol nascente. 

Como boa Capricorniana, sou pão-dura até a morte. Para mim , fazer as unhas toda a semana, ou ir cortar as pontas dos cabelos de 2 em dois meses é supérfulo demais. Faço sozinha quando a situação complica muito. Meu cabelereiro aqui no Japão só me vê uma vez ao ano, ou quando vou viajar. Eu mesma dou um trato nos cabelos e só volto , depois de um ano, para refazer mechas ou mudar o corte. Talvez eu abra uma exceção no começo do próximo ano para refazer as minhas mechas. Com certeza meu cabeleireiro ficará muito surpreso. 

Quando cheguei aqui no Japão , vim com o minimo necessário e fui comprando aos poucos algumas peças de inverno básicas. Sim, eu disse básicas. Uma jaqueta de nylon curta, duas  jaquetas de nylon mais longas e uma calça jeans. Sim, eu só tenho uma calça jeans que me serve ainda. 

Para disfarçar a pouca variedade de artigos no meu "closed" , eu sempre recorro aos acessórios. Chapéus, boinas, echarpes, colares , brincos  e chales de todas as cores . Todas as vezes que eu saio com as amigas , parece que estou com uma roupa nova , mas são apenas os acessórios que eu troco frequentemente, o básico é sempre o mesmo. 

Quando eu estive trabalhando no Brasil com moda, as pessoas sempre me diziam que eu era muito elegante. Mal sabiam elas, que as peças básicas que eu usava eram restos de liquidações do Japão e algumas blusinhas compradas nas lojas Marisa. Aliás, eu não saia das lojas Marisa. Fuçava tudo até encontrar uma peça básica e barata que vai com tudo. Os meus acessórios eram das lojinhas de 1,99  que eu fuçava também, até encontrar algo básico e bonito. Tem muita coisa brega nessas lojinhas. Um perigo!

O importante é ter sempre peças básicas , para quem não quer gastar muito e estar sempre elegante.  Outro detalhe é o cabelo. Se ele não estiver bem escovado é melhor prende-lo. O desleixo com o cabelo demonstra relaxo e não há roupa de marca que disfarce isto. 

Falando em roupas de marca. Eu não tenho nenhuma, nem sinto falta, mas alguns acessórios creio que sejam indispensáveis. Até mesmo pela sua qualidade e durabilidade. Meus óculos de grau são da Dolce &Gabana e um dos meus óculos de sol são da Ray-Ban . Trabalhei muito para paga-los , mas valeu a pena. Principalmente o Ray-Ban, ele é super resistente a quedas. Já deixei cair no chão umas quinhentas vezes e ainda não tem nenhum risco nas lentes. Esta foi sem dúvida uma boa aquisição. 

A maquiagem é outro detalhe importantissimo quando o assunto é elegância. Maquiagem pesada só se você for personagem de algum filme de terror. Após uma certa idade, a maquiagem pesada envelhece mais ainda . Para as jovens, dá um ar de vulgaridade. Maquiagem corretiva com destaque nos olhos ( sem carregar) é a melhor opção para parecer sempre saudável. Eu não saio de casa sem passar máscara para os cílios. 

Outro detalhe importantíssimo é saber caminhar com elegância. De nada vale usar roupas e acessórios caríssimos se você caminha como quem anda de chinelos havaianas. Para equilibrar a postura e caminhar com elegância é preciso caminhar como se estivesse sendo puxado para cima por um fio invisível. Alguns saltos médios ajudam muito a ajustar a postura. 

Eu quero morrer com a maneira que muitas japonesas e japoneses caminham aqui no Japão. Um horror!! Eles não possuem boa postura ao caminhar por que arrastam os seus pés ao invés de caminhar corretamente. um horror!

Enfim, para ser elegante, independente da marca de suas roupas ou do quanto você possui na sua conta bancária, o importante é ter bons modos , bom senso , bom gosto e muita criatividade. Elegância é questão de personalidade e originalidade. Claro que ter dinheiro ajuda bastante, mas muita gente tem muito dinheiro e ainda assim não consegue ser elegante. No máximo é um snob. 

Ser elegante é usar uma calça jeans e camiseta ( o famoso fubà) e ainda assim parecer elegante aos olhos dos outros. 



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Buscar o Ano Novo



Aqui no Japão existe uma expressão que diz : Atarashi nem wo mukae ni iku . Traduzindo: Buscar o ano novo. 

É de costume fazer a última faxina do ano para "buscar" o novo ano. Ainda temos alguns dias , então a faxina que fiz hoje é apenas o começo . Ainda quero limpar toda a parede do apartamento que já estava amarelada quando me mudei para cá. 

Ano Novo, vida velha, e mais velha. Logo no início do ano é o meu aniversário. Claro, sou Capricorniana. As vezes penso que seria melhor ser uma Capricorniana do primeiro decanato e cumprir mais um ano de vida no final do ano para assim "buscar" o novo ano e eliminar o que ficou de velho para trás... sei lá. Faz diferença? Não faz!

Não tenho planos de muitas mudanças para o próximo ano e se eu conseguir manter ao menos a rotina normal sem grandes mudanças inesperadas já está muito bom, mas nunca se sabe... as estrelas podem mudar. 

Nos últimos anos já vivi mudanças demais na minha vida e creio que já está de bom tamanho. Chega de surpresas inesperadas do destino. No proximo ano, eu quero é sossego e muita paz para poder programar a minha vida de forma ordenada, bem Capricorniana. 

O tempo passa muito veloz em terras nipônicas. Não sei o porquê? 
Talvez pela preocupação de estar ainda apta a trabalhar em terras nipônicas. Tempo aqui é dinheiro. Este país funciona 24 horas e talvez por isso, a impressão de um dia ser sempre igual ao outro. 

Menos de uma semana para o Ano Novo. Desta vez vou fazer como os japoneses e "buscar" o ano novo com a casa limpissima e uma girlanda japonesa  para enfeitar a porta. 

Esses arranjos são chamados Kadomatsu e tem significados sagrados.

São feitos com bambu (que representa longevidade), ramos de pinheiro (persistência) e galhos de ameixeira (prosperidade).

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Reflexões de Natal


Já tem uns 10 anos ou mais que não passo o Natal com a minha familia, mesmo quando eu ainda vivia no Brasil, a maioria das vezes passei o Natal com amigos . Sei lá! Não era bonito passar o Natal com a minha familia, sempre tinha alguma coisa "estranha" no ar que eu não gostava. Talvez fosse a presença "ausente do meu pai" . Todas as vezes ele comia e ia dormir cedo, como sempre fez a vida toda. 

A impressão que eu tinha sempre é que ele não queria estar lá...em família. Vai saber o que se passava naquela cabeça nipônica que cresceu no meio da Segunda Guerra Mundial, vivendo todas aquelas mazelas da guerra. Talvez ele sentisse falta da sua familia de origem, talvez ele se lembrasse da sua irmãzinha menor que morreu em seus braços, no pós guerra. Vai saber, ele nunca estava presente. Nunca falou de seus verdadeiros sentimentos. 

Natal é uma data de união familiar, é preciso que todos estejam presentes de corpo e alma, senão, vira apenas uma reunião de familiares consangüíneos. Um unico integrante da familia que não esteja em harmonia   com o todo nesta data, destoa todo o resto. A não ser que , seja uma familia muito grande e ninguém nem repare que tem alguém destoando com o resto. 

Não quero estar culpando o meu pai por todos os Natais "estranhos" que passei em familia. Por muitas vezes eu mesma destoava do resto. 

Fantasias da infância, eu queria um Natal com uma enoooorme árvore de Natal, vestir a melhor roupa, brincar de amigo-secreto , comer Peru assado , brindar com Champagne á meia-noite e dar muitas risadas ao longo da noite, e depois quem sabe assistir um video de comédia em famìlia, até altas horas .  Nunca foi assim. Não na minha familia. 

Aos poucos fui desgostando das Festas em familia. Era tudo tão... sem graça. 

Encontrei em outras famílias aquilo que faltava na minha, a animação e o espirito Natalino. Eh, creio que aquilo que faltava na minha família era o tal do espirito Natalino. Não posso exigir muito de um pai que não acreditava em Deus e em uma maē que não se decidia entre a umbanda, o espiritismo e o catolicismo. 

Aqui em terras nipônicas posso compreender um pouco a falta de interesse e animação de meu falecido pai. Os japoneses comemoram a noite de Natal , apesar de não serem cristãos. Para eles é uma mera data comercial . O Panetone foi trocado por um bolo natalino. Eles comem um bolo de festa no Natal. Muitos trabalham normalmente, assim como eu. Pois é, quem está na chuva tem que se molhar. 

Hoje, vivendo aqui no Japão estou sendo obrigada a viver aquilo que eu sempre odiei nesta data Natalina. A falta de espírito Natalino dos japoneses em geral. Nada de árvores de Natal, apesar de algumas cidades estarem bem enfeitadas, nada de Panetone , nada de Peru assado e muito menos amigo-secreto, que eles nem sabem o que é. Presentes sim, eu ganhei . Como eu disse antes, é apenas uma data comercial. 

Enfim, a lição que aprendí é que não basta ter uma mesa farta de Natal , montar àrvores com pisca-pisca , trocar presentes, se o espírito Natalino não está presente. Não faz sentido algum, e a festa de Natal do vizinho sempre parecerá melhor aos nossos olhos. 

Hoje, em terras nipônicas não tenho nem as festas "sem graça " em família. Mas percebo que sempre possuí o tal espirito Natalino dentro de mim , e a imagem que me vem em mente não é do Papai Noel, ou Santa Claus . A imagem que me vem em mente é do menino Jesus em sua manjedoura. 

Bom Natal para quem tem , e também para quem não tem o "tal" espirito Natalino. 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Vida de Madame não é fàcil



A programação da tv japonesa é muito repetitiva e chatinha ( a Rede Globo também) , mas tem alguns programas de tv que eu adooooro. 

Frequentemente passam programas de tv do tipo documentário, contando a vida de alguns japoneses que trocaram a terrinha do treme-treme por outros ares . 

Este tipo de programa é bem interessante por que tem japonês vivendo até na Africa do Sul , e no documentário que dura em média 1 hora ou mais , apresentam toda a cidade , a cultura , e o dia-a-dia destes corajosos japoneses que decidiram ir viver em outros paìses . Muitas vezes sem nem mesmo falar a lìngua local. 

Ontem a noite o documentário foi sobre : esposas japonesas no exterior. Duas japonesas que se casaram com europeus e foram viver na Europa. Uma delas é a esposa de Mika Salo, aquele ex-piloto  de Formula 1, e vive na Finlândia, a outra é casada com um francês endinheirado e vive perto da Champs Èlyseè em Paris. 

Apesar de serem esposas de homens ricos e viverem em grandes mansões, a vida delas é dura demais. São verdadeiras donas de casa de luxo. 

A esposa do Mika Salo acorda cedo para cumprir todos os afazeres de casa , eles tem dois filhos pré-adolescentes, e vivem em uma casa fantástica, com piscina coberta e sauna. A reportagem acompanhou um dia na vida da esposa de Mika. Ela indo ao supermercado . Pasmem! Ela vai ao supermercado de mala de viagem. 

A Finlândia tem o custo de vida muito alto e muitos finlandeses atravessam o mar para ir fazer compras na Estônia . A diferença de preço é muito grande , cerca de 40% a menos dos valores aplicados na Finlândia. Europeu parece pão duro, mas não é. Usam o dinheiro , mesmo que tenham muito, com muita consciência. 

A esposa de Mika Salo foi as compras para preparar um jantar para os amigos do marido. A mesa estava super bem posta na varanda da casa, o jantar começou cedo lá pelas 19:00 h e sò foi terminar lá pelas 23:00h . Mas você pensa que os convidados vão embora? Que nada! Depois de comer e beber muito ( finlandês bebe o dia inteiro) todos os convidados homens foram para o andar de baixo para a sauna. E tudo isso preparado pela esposa. 

Europeu é engraçado, eles adoram uma sauna e nem ligam se tem gente olhando. Mika Salo saiu peladão até a sauna e os seus amigos também. Apòs a sauna com certeza eles foram para a piscina, mas como a noite do verão finlandês não termina nunca ( escurece lá pela 1:00 am) , a reportagem japonesa não os acompanhou. Terminaram a matéria com a japonesa desmaiando de cansada no seu quarto.

A outra japonesa que vive em Paris, tem uma verdadeira vida de Madame, mas o seu marido francês é um poço de frescura e exigência ao se vestir. Segundo ele, é a coisa mais óbvia um parisiense perder mil horas de frente para o espelho escolhendo o "modelito" do dia. O chapéu deve combinar com o sapato , a meia , e o suspensório. A gola da camisa deve estar impecavelmente passada e engomada. E quem passa as roupas da casa é a esposa, mas como ela não consegue deixar a gola da camisa do jeito que ele gosta, decidiram contratar uma profissional "passadeira" . Assim eles devem evitar brigas por que o marido francês da japonesa é chato pra dedéu. 

Outro costume dos parisienses é mandar fazer roupas sob medida. E lá foram eles a um alfaiate encomendar uma calça nova para o marido francês enjoadíssimo que media ele mesmo o tecido centímetro por centímetro. Uma hora e meia para encomendar uma simples calça por causa das exigências milimétricas do marido francês. Ufff, até eu fiquei nervosa, assistindo a isto. 

Coitada da japa, ela parecia ser uma mulher muito simples e descomplicada, ao contrário do marido. Com certeza ele deve fiscalizar as roupas que ela usa também. Afff! Será que essa japa é feliz? Ela chorou tanto quando o marido francês a elogiou perante as câmeras. Não era um choro de felicidade por ter sido elogiada pelo marido, era um choro de quem se sacrifica e espera um elogio e sò ouve críticas. Sei lá! foi a impressão que me passou. A mulher do Mika Salo me pareceu  mais feliz apesar de ter uma vida doméstica super atarefada. 

Aliás, na Europa, eles não tem o hábito de contratar domésticas mesmo sendo ricos. Se a esposa está em casa é ela quem vai lavar, passar , cozinhar ,organizar o closed do marido e preparar altos jantares para os amigos do marido. 

Ainda quer levar vida de madame na europa?

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Movendo as estrelas


Às vezes penso que exagero ao estar acompanhando dia à dia os meus aspectos astrológicos. Como dizem: - Às vezes è melhor não saber do amanhã. 

Tarde demais. Já estou viciada . 

Não uso a astrologia para prever o meu futuro, para dizer a verdade, creio que là no fundo da minha alma já sei qual serà o meu futuro. Observo as estrelas apenas para confirmar o meu pròprio estado de ânimo, e administrar na medida do possível os aspectos que não são muito positivos . 

Como tenho o Sol na casa 8 e uma tendência fortissima a aprofundar-me nas profundezas da alma , procuro sempre me policiar para não ir fundo demais. Às vezes penso que seria melhor fazer um mergulho de cabeça e parar de me segurar nas beiradas , mas sabe como é, sou Capricorniana, não sei mergulhar de cabeça. 

Pela minha experiência e por tudo que tenho pesquisado sobre a casa 8, o nosso  regente Sol posicionado na casa 8 não é um aspecto muito bom. Não sei o que dizem os experts no assunto , mas na minha concepção , a casa 8 é tão nociva quanto a casa 12 . As duas casas nos aprisionam. 

Claro que existem os aspectos positivos que diluem tal negatividade, mas para mim estas duas casas nos levam sempre a viver experiências muito profundas . É uma viagem ao nosso self e o resultado de tais experiências dependerá muito de outros aspectos , positivos ou não. 

Mas e o livre-arbítrio? Pois é, este famoso livre-arbítrio só serve para amenizar o fardo, jamais para mudar o nosso destino, ou missão na vida. Poderíamos tomar vàrios rumos diferentes, ter uma outra postura, fazer escolhas acertadas, mas nada irá mudar a tendência que nos acorrenta a nossos aspectos natais. 

Quer um exemplo simples? 

Nascer em meio a uma guerra. Este era o seu destino quando saiu do útero de sua maē. Nada em absoluto poderia mudar esta sorte. À partir disto, o seu destino serà traçado na vida adulta. 

Então, à partir deste conceito pragmàtico e fatalista devemos aceitar o nosso destino de braços cruzados? 

Claro que não, mas a grande maioria das pessoas, exatamente por desconhecer as tendências da pròpria vida vão se deixando levar tendenciosamente. Para fugir das tendências de nossas vidas , quando sob algum aspecto negativo, é preciso ter consciência e contrôle sobre o próprio destino. Na medida do possível, obviamente. 

Mudar as estrelas é possìvel , criar  novas vivências através de atitudes e escolhas bem pensadas. Mas não se iluda, o segredo do domínio do pròprio destino està no nosso caràter, na nossa forma de reagir a cada situação. 

Esta , no meu entender , é a parte mais dificil da funcionabilidade de nosso livre-arbìtrio. Manter o curso da vida à todo custo. 





quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O inverno me pegou!


Ontem a temperatura estava por volta dos 5 ou 7 graus , com chuva fina e um vento ma-ra-vi-lho-so de uns 30km p/hora , a sensação térmica era de uns 3 graus. Fui trabalhar mesmo assim, de bicicleta,    apesar do frio quando estamos em movimento não sentimos tanto  o frio, mas a minha boca , que era a única parte descoberta  quase congelou. 

Normalmente aqui em Shizuoka, quando chove  a temperatura aumenta, desta vez a chuva veio com ventos fortes e a temperatura se manteve fria . Em algumas regiões do Japão já está nevando e o vento traz os ares gélidos de Toquio . 

Por mais que eu tente manter o humor estável , é muito difícil continuar com o mesmo espírito de antes do inverno. É a famosa depressão sazonal que vem junto com o inverno. 

Esse papo de que o tempo não influi nos nossos ânimos é pura conversa fiada. Todo inverno é igual, e os meus ânimos se congelam junto com a temperatura baixa. Seria preciso ter uma personalidade muito Sagitariana, ou uma bela companhia animada para mudar tais ânimos. O que não é o meu caso ne!

As minhas poucas amigas japonesas me convidam sempre para sair, mas quem é que tem ânimo para sair com este frio? 

Além do mais, uma coisa que tenho percebido em mim é que estou cansada de falar em japonês. Todas as minhas colegas de trabalho são japonesas e japoneses. Todos os dias falo  e ouço apenas em japonês. Isso cansa a minha beleza. Apesar de que, não tenho nem o direito de reclamar, pois todos os meus colegas de trabalho me tratam muito bem e talvez eu seja a única no meu trabalho que   convive com eles como iguais, " ou quase" . 

Após as demissões em massa, restaram apenas 4 estrangeiras no meu setor, e eu sou uma delas. Creio que nem tanto pela minha eficiência ou domínio da língua japonesa ( é intermediário) , mas muito mais pelo fato  de já termos uma história . Eu sou uma das mais antigas que "ainda" se harmoniza bem com eles, os japas. Apesar de todas as diferenças culturais e de mentalidade, creio que ainda o que vale mesmo é a origem. Meu pai era um japonês legítimo e a questão sanguínea conta muito para formar o nosso caráter. É a tal da herança  sanguínea que  está embutida no nosso DNA. 

Novos ares sempre sopram, apesar do inverno , novos aspectos astrológicos. Minha Vênus está em conjunção com a minha Vênus Natal por todo o periodo  do inverno. Este aspecto promete! É um aspecto muito positivo para as amizades , amores e relacionamentos em geral. 

Vamos esperar e comprovar se realmente os aspectos influenciam os nossos ânimos , ou se serão vencidos pelo frio invernal. 




quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Comunicacão virtual



Já pararam para  pensar o quanto é fantástica a internet e suas redes sociais que nos permitem trocar mensagens com pessoas que "jamais" estariam ao nosso alcance , não fosse esta proximidade que a virtualidade nos permite?

Creio que muita gente ainda não parou para perceber o tamanho da abertura na comunicação que se processou com esta febre das redes sociais. 

É incrível imaginar que, hà alguns anos atrás era praticamente impossivel ter algum contato ou acesso a alguma personalidade da mídia , ou até mesmo se fazer ouvir . O jeito era sempre pegar um megafone e sair gritando feito louco pelas ruas.

 Hoje em dia é tudo diferente. Da sala de sua casa, ou no conforto de seu leito , você pode ir cutucar algum amigo on-line no Skype/Facebook ,  ou trocar mensagens com aquela pessoa que você admira tanto, tipo um professor que você admira muito do tempo do colégio ou da universidade, aquele cantor ou ator preferido, ou qualquer outra pessoa que nunca , jamais , poderiamos encontrar na rua , em algum bar tomando um cafezinho. Mesmo que a encontrassemos seria dificil fazer uma abordagem , assim do nada. 

As redes sociais nos permitem esta abordagem virtual , e o melhor ainda, trocar mensagens e pensamentos com aquela pessoa inatingível . 

Eu particularmente sou fã de 3 personalidades  muito conhecidas e respeitadas em seu meio, e eles fazem parte do meus contatos virtuais. De vez em quando troco algumas mensagens, o que me satisfaz muito.

 Aos poucos vamos criando uma relação longa , respeitosa e virtual . Assim fica até mais facil abordar estas pessoas na rua, não é verdade? Sempre, sem esquecer que, a intimidade virtual é fictícia, portanto, todo cuidado (educação) é necessário quando a relação ultrapassa os portais da virtualidade. 

A virtualidade cria uma relação de "intimidade" que na realidade ainda não existe no mundo "não virtual", portanto, bom senso com as nossas amizades virtuais para  não dar uma de "persona non grata" . 



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Por um fio



A crise continua aqui em terras nipônicas para alguns setores . No caso , o meu. Apesar da economia japonesa estar entrando nos eixos aos poucos , algumas grandes empresas se deram muito mal com a crise . É o caso da Panasonic e da Cannon , empresas para a qual eu trabalho indiretamente. 
Ninguém mais está podendo competir com a China e a Coréia. 

Apesar da antipatia mutua entre o Japão e a China, aqui na terrinha dos samurais é normal encontrar vários produtos de origem chinesa. Para dizer a verdade, quase tudo que eu comprei nos últimos meses , sempre visando mais o custo do que o benefício, eram produtos made in China, desde calçados a secadores de cabelo. 

Não consigo entender esta japonesada? 
Se os chineses tiveram a ousadia de boicotar produtos de origem japonesa como forma de protesto à vàrias intrigas entre as duas nações , porque raios os japoneses não boicotam os chineses também e não comečam a produzir mercadoria boa e barata para o mercado interno japonês?

Vai entender a mentalidade dos japas...

Com toda esta concorrência dos países vizinhos , somada a era da informatização e dos avanços na telefonia móvel, ninguèm mais está querendo comprar cameras fotográficas digitais  por que  hoje em dia muitos celulares fazem fotos perfeitas em alta definição. Pecado! este é o setor para o qual eu trabalho... ainda. 

Desde que retornei ao meu antigo posto de trabalho (fugí   com o Tsunami de 2011) ha um ano e 3 meses , a empreiteira que eu trabalho já demitiu mais de 40 ou 50 pessoas , grande maioria de japoneses.

 Pois aí é onde mora o perigo. Somos em 5 estrangeiras na minha seção , e demitir japoneses  antes dos estrangeiros causa sempre um certo furor entre os japoneses que estão com a corda no pescoço . Obviamente que por esta razão "patriotica" dos japoneses , nós estrangeiros "deveríamos" ser os primeiros a sermos demitidos . Nada justifica um estrangeiro tomar o lugar de um japonês, isto é fato incontestável. Justo ou não, é assim que as coisas funcionam. 

Ninguém está acreditando que eu ainda não entrei na fila da faca, e para dizer a verdade nem eu. Seria consideração por parte dos japas? Não sei!

 Da ùltima vez que eu entrei na faca ( na mesmissima empresa) eu fui uma das últimas a ser demitida e uma das primeiras a ser recontrada ( após 5 meses) , e a primeira a pedir demissão no dia seguinte à recontratação. Bom, dá para perceber que existe uma estranha ligação de amor e ódio aqui que rola hà anos   com muitas idas e vindas. 

Até o final do mês de Dezembro ainda tenho a garantia do meu contrato, em janeiro do proximo ano vamos ver por onde vai caminhar esta estranha relação empregatícia de amor , ódio e patriotismo . 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Os sinais



A cada dia que passa , eu creio mais e mais no Altissimo, e olha que eu nem sou religiosa, daquelas de frequentar igreja todos os domingos. Para mim, a casa de Deus é o nosso próprio corpo. Não é em toda igreja que eu sinto a presença de Deus, portanto , não tenho o costume de frequenta-las . 

Nesta semana tive mais uma vez a prova de que Deus me ouve. Pena que ele não me ajude quando eu peço para  ficar rica ou ganhar na loteria. Acho que não é o destino que Ele traçou para mim...ser rica. 

Já escrevi em outros posts que sempre rezo antes de começar a trabalhar aqui no Japão. Acostumada com ambientes inóspitos entre japoneses e estrangeiros aqui na terrinha do miojo lamen, eu decidi hà mais de 7 anos atrás que faria uma oração todos os dias para os meus colegas de trabalho, para que todos trabalhem em paz e harmonia. Peço sempre a Deus que nos proteja , a todos, contra todos os males que a Natureza é capaz de criar nesta terra. 

Hà dois dias atrás , uma colega de trabalho estava com mil problemas pessoais, e emanando energias tão negativas, mas tão negativas , que até eu fiquei mal. A  minha antena parabólica que capta todas as energias do ambiente e das pessoas continua funcionando a todo vapor. Eu fico muito mal ao perceber energias baixas e procuro me afastar para não sofrer o poder de tais energias. A ùnica coisa que eu poderia fazer por esta minha colega , era rezar por ela. Rezei, dois dias seguidos. 

Hoje, surpreendentemente, ela veio me pedir desculpas por estar tão nervosa , e me contar as boas novas. Ela estava com outro semblante, muito mais tranquila , e havia resolvido "parte" de seus problemas como em um golpe de mágica. Naquele instante, fiquei muito feliz por ela, apesar de não sermos assim tão íntimas, e ao mesmo tempo fiquei mais feliz ainda por ter a certeza de que Ele , ainda me ouve e atende prontamente as minhas orações. 

Não foram poucas as vezes que pedi ajuda a Ele em oração e mais que prontamente fui atendida. Nestas horas, tenho a certeza absoluta de que nunca estou sozinha, onde quer que eu vá. 

Pena mesmo , é não ficar rica pedindo em oração. Lá no fundo da minha alma, eu acredito  que para ficar rica é preciso trabalhar muuuuito ( eu não gosto muito) ,  e se eu mesma não acredito em riqueza fácil, porque Deus haveria de me agraciar com tal dádiva ? Simples assim.

A oração tem poder, sempre que bem direcionada e até mesmo em tempos difíceis , nada nos faltará quando aprendermos a invocar a presença Divina de forma humanitária. 

Deus, obrigada por ouvir sempre as minhas preces. Amén!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Senso de humor


Nas minhas horas vagas sempre estou conectada, lendo, escrevendo, chatando com alguém , ou apenas assistindo a videos. Aqui na região onde eu moro é ótimo para economizar mesmo quando não queremos, não tem nada de diferente para se fazer.

 Sair para comer fora, é só para comer mesmo , os japoneses não são muito de puxar assunto com desconhecidos, ainda mais estrangeiros, parece que se intimidam. Não são todos, depende da região, mas a grande maioria é assim, meio timida. 

Aquilo que me salva nestas horas de ócio em pleno inverno japonês que dura até meados de março, são as conversas super hilárias que mantenho uma vez ou outra com alguns comedores de macarroni  e outros comedores de queijo. 

O senso de humor japonês é muito diferente do nosso senso de humor brasileiro, eles não tem aquele instinto natural de pegar as "coisas" no ar e riem de coisas que não tem absolutamente graça nenhuma para nós brasileiros e parece que existe um "limite" para rir de algo. Rir demais ou tirar sarro demais parece que é indelicado. Não sei , é a impressão que tenho aqui. 

Quanto aos comedores de macarroni e os comedores de queijo suiço, estes tem o mesmo senso de humor que o nosso. O   senso de humor dos "macarronis" é quase provocativo , eles sempre estão dispostos a dar muita risada , contanto que o alvo seja você e não eles. Não perdem nunca uma disputa verbal, mesmo que seja apenas contando piadas. 

Os comedores de queijo suiço já são mais comedidos, claro que eu não me refiro a aqueles do centro da suiça, mas aqueles da porção italiana. Estes também são muito divertidos e eu dou muitas gargalhadas no chat do facebook com esses tipos. O humor suiço-italiano ( ticineses)  é inteligente demais. Eu morro de rir. 

O melhor de dar tantas gargalhadas até mesmo em um simples contato de chat é que "eles" conseguem ativar o melhor do meu humor negro . Nem todo mundo entende o meu senso de humor que é meio negro e meio irônico. Sempre fazendo piada em situações inusitas. Sei la! É mais forte que eu! Não  consigo evitar. 

Uma certa vez, o pai de uma amiga minha que perdeu o dedo mindinho no trabalho veio me mostrar o dedo e todo dramático me relatar os problemas que ele teria de agora em diante sem um dedo. Ahhh, não resisti! 
Ele já foi candidato a vereador no passado , em sua cidade. Não resisti e soltei essa:

- Opa! mas agora o senhor pode se candidatar a Presidente da República . É até o mesmo dedo!

Depois, achei que tinha falado demais, imagina fazer piada com o dedo perdido do moço, mas não é que ele morreu de rir e aquele papo dramático ficou pra outra hora?

Nem sempre podemos fazer piada com tudo. Bom senso é sempre recomendável e saber parar no momento certo é no mínimo recomendável, mas tem horas que eu não consigo parar. Solto uma atrás da outra e quando não posso tirar sarro de alguma situação, eu tiro sarro de mim mesma e morro de rir comigo mesma. Será que isso tem cura?

Graças a Deus, eu tenho bom senso e só manifesto o meu senso de humor negro quando sei que do outro lado está uma pessoa inteligênte e capaz de entender a diferença entre rir de uma situação sem maldade alguma e rir da desgraça alheia. 

Penso ser muito saudável uma pessoa ter e manter o seu senso de humor em dia. A vida fica mais leve . E ninguém disse que não devemos nunca partir das lágrimas para as gargalhadas , não é mesmo?










sábado, 16 de novembro de 2013

Encontros


                      Um olhar... basta apenas um olhar , simples assim 


Esta semana , estava com uma amiga peruana, e todas as vezes que nos encontramos é sempre assim, muita conversa , muitas risadas e muitos questionamentos sobre os destinos de nossas vidas. 

Ela me questionou sobre a minha solidão, de que eu deveria encontrar alguém para viver uma vida á dois por que  a velhice é muito triste na solidão e blá, blá,blá...

Gosto de críticas construtivas e até a um certo ponto concordo plenamente com ela. Eu deveria deixar de ser tão exigente no amor e ser mais flexivel . Talvez o que ela ainda não entendeu, ou eu não fui capaz de expressar , é que a minha exigência nem é uma questão de gosto. Um tipo perfeito ( isso não existe), rico, inteligente, bonito , afetuoso , fiel e companheiro. 

A minha exigência nem depende de mim ou dos meus gostos e preferências. Depende do " encontro". Nestes encontros, basta apenas um olhar e o feitiço está pronto. Nestes encontros, não são  os nossos gostos ,  preferências , ou conveniências que nos dominam, é algo que vem lá de dentro e quase nunca tem uma explicação . É pura magia. 

Romantismo exagerado? Pode até ser, mas só quem viveu um dia estes encontros mágicos que nos marcam profundamente na alma é quem pode entender . Nos tornamos exigentes sim, e não queremos mais viver nada que não seja tão profundo. 

Algumas pessoas poderão dizer: Então porque está sozinha ? 

Porque a vida nos dá tais regalos , uma única vez, e da mesma forma nos tira, por alguma razão. Aquilo que resta é uma impressão eterna esculpida na alma com a mesma emoção do começo...


"... A vida tem sons que pra gente ouvir,
precisa entender que um amor de verdade,
é feito canção, ou qualquer coisa assim,
que tem o seu começo, o seu meio e o seu fim..."

Roupa Nova 


sábado, 9 de novembro de 2013

color look


Tem quase um ano que eu namoro umas calças coloridas , mas nunca tive coragem de compra-las. Um dia assistindo a um programa da tv japonesa, um dos integrantes do grupo Smap, que é super famoso aqui na terra dos comedores de miojo lamem estava justamente com esta calça colorida ( vermelho) e um blazer   com um comprimento mais longo do que o tradicional. Achei o máximo!

Ontem, batendo perna pelos shoppings da cidade com uma amiga japonesa, não resisti ao preço 1.900¥ ( cerca de 19 u$) . Comprei a tal calça colorida. Fiquei em dúvida entre o vinho e um vermelho alaranjado. Me decidi pela segunda opção. 

Ainda bem que comprei a tal calça agora , porque a numeração vai do SS ao LL, e como as japas são todas sequinhas o LL daqui deve ser compativel com o nosso 40 ' e eu andei engordando um pouquinho. Quase que eu não entro nem no tamanho LL. Espero que ela laceie um pouco depois da primeira lavada.

No inverno eu tendo sempre para os tons escuros e esta calça é o "máximo " para compor um "look" menos conservador . Amei a minha aquisição!


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Amor a primeira vista é confiável?


Ontem uma amiga me questionou sobre os meus relacionamentos afetivos. Ela me perguntou qual dos meus relacionamentos foi o mais duradouro. Eu, sem pestanejar , respondi que foi o meu " amor à primeira vista" , que durou mais de 5 anos . Um record para mim. Talvez tivesse durado muito mais se na época  eu não tivesse decidido deixar o meu país. 

Lí muitas matérias científicas sobre o tal " amor à primeira vista" e em quase todas as pesquisas científicas esta categoria de "amor" é sempre descrita como uma química quase que doentia que tem pouca duração. Sou totalmente contrària a este ponto de vista. 

A ciência nunca poderá encontrar uma razão para tal ocorrência, mesmo por quê , sentimentos não são questões que se podem estudar, medir  e classificar de forma racional. O coração nunca usa a razão. 

Se observarmos atentamente o nosso comportamento em geral, poderemos observar que , aquilo que nos move e nos impulsiona na vida é a paixão. Paixão por uma profissão, por um hobby, pela família, pelo namorado, por um ideal de vida, pelo Planeta...por Deus. 

Penso ser errada esta afirmação de que a paixão passa com o tempo. Não, ela não passa nunca, apenas se cansa de tamanha exaltação de sentimentos . Ela termina quando tentamos racionaliza-la, o que é um grande erro. 

Obviamente que eu não me refiro aos amores e paixões doentias que nos cegam absurdamente, mas isto também não é culpa da paixão, mas de quem as sente. Algumas pessoas não são capazes de administrar tal sentimento de forma construtiva. O que é uma pena. 

Se apaixonou por alguém e não foi correspondido? Não queira destruí-la por não ser correspondido. Não queira jamais dominá-la por excesso de ciúmes e insegurança. Aquilo que poderia ser uma bela história poderá se transformar no grande pesadelo de sua vida. 

Diz um dito popular , que o amor só acontece uma vez em nossas vidas. Estou começando a crer que muito mais do que cientistas com suas teses racionais, o povo é quem sempre tem a razão.

Na minha humilde opinião, o amor não move montanhas, o amor as mantem fixas e seguras, aquilo que nos faz mover rios, terras, céus e montanhas , sempre foi a paixão. É incrível como muitas pessoas ainda insistem em transferir este crédito ao amor. Até o verdadeiro amor  de uma maē tem um pouco de passionalidade. Uma maē, seja no mundo racional ( humanos) como no mundo irracional ( animais ) sempre estará disposta a dar a sua vida pela segurança de seus filhos. E isso não é passionalidade?

Já escrevi em outros posts que aquilo que me move é a paixão. Se para  alguns este sentimento , ou estado de espírito , traz apenas dor e insatisfação, então, reveja os seus valores. 

Uma vida sem paixão é vegetar no deserto da alma. 




sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A girafa gay



Depois dos comentários alucinados de um certo pastor ( ex- Satanista) , que alegou em uma rede social ( vocês sabem qual, ne?) que a brincadeira da girafa era satânica e que as girafas eram gays. Eu não resisti a minha curiosidade e fui pesquisar na net a veracidade desta afirmação , quanto a sexualidade das nossas amigas pescoçudas. 

E não é que o pastor ex- satânico tinha razão? 

As girafas são consideradas as espécies animais que mais mantem relacionamentos homossexuais. Um entre cada 20 girafas  praticam  atividades homossexuais. Mas o mundo animal não para por aí não. 

Segundo uma materia da Hype Science, existem mais de 10 espécies animais que comprovadamente praticam atividades homossexuais. Bom, eu já vi cachorro gay, mas não é que eu fique observando a todo instante o comportamento sexual de todas as espécies animais existentes na natureza , ne!

E como o povo diz: - As aparências enganam. O Bisão , ou Búfalo, com aquela aparência assustadora e máscula também é chegada a " agasalhar um croquete". Bom, antes de julga- los , vamos levar em consideração  que a fêmea da mesma espécie só copula uma vez ao ano. Tipo algumas espécies humanas que eu conheço hehehe. Aí fica difícil !

Agora, a espécie animal que mais me surpreendeu foi  o cisne com aquela aparência dócil e inofensiva, além de também agasalharem um croquete , eles se aproveitam das fêmeas para se procriarem e depois as afastam para seguirem com os seus pares homossexuais. Aí é pura sacanagem, minha gente! Não vale!

Bom, nem vou comentar aqui dos chimpanzés que poderiam ser classificados como bissexuais ou depravados por que eles praticam sexo com todo mundo por pura diversão. Esta espécie é a mais proxima ao ser humano? 

Seguindo esta linha de raciocínio e encontrando tantas semelhančas entre o homem ( ser racional) e os animais ( irracionais) de toda a espécie existente na terra, chego a conclusão de que tudo na vida é evolutivo...

Se formos pesquisar a fundo o mundo animal e seu comportamento sexual, eu acredito que restem de decêntes mesmo ( à partir de um ponto de vista religioso e moralista) ,  as minhocas que se reproduzem de forma assexuada. 

Quem sabe daqui hà alguns milênios , nós mulheres , não evoluiremos para uma espécie próxima ?


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Encostos



Não sei dizer se são "karmas" de vidas passadas ou se são encostos que me perseguem por onde quer que eu vá. Tem sempre alguma alma vegetaviva encostando em mim. Será que estou pagando dívidas de vidas passadas, ou é alguma  lição que eu tenho que aprender nesta vida?

Tem certas pessoas que colam, grudam na gente de uma forma tão estranha ...

Eu normalmente simpatizo ou antipatizo com as pessoas pela energia que elas me transmitem. A mentalidade é outra coisinha que me atrai ou repele, mas por incrível que pareça sempre tem algum vegetal querendo se encostar em mim.

A minha vida inteira discuti com o meu pai por sua mentalidade estreita e negativista. Agora em terras nipônicas estou tendo que cruzar com pessoas com uma mentalidade igual ao do meu falecido pai, ou  muito próxima . 

É bem verdade que os japoneses tem uma cultura bem distinta à nossa, a começar pela falta de fé em Deus. Isto já é uma grande diferencial que não pode nunca ser ignorado nos relacionamentos. Eu não poderia jamais me relacionar bem com uma pessoa que não crê em Deus e que não sabe o significado da palavra fé e esperança. 

Aqui em terras nipônicas já ouvi tanto absurdo sair da boca dessa gente de dentes esverdeados  ( japones não gosta de escovar os dentes ) , que às vezes chega a doer profundamente na alma. 

Imagine alguém dizer que gostaria que os seus pais morressem logo para que parem de incomodar e dar despesas? Absurdo! Mas eu ouvi isso da boca de uma colega de trabalho japonesa. 

Ontem mesmo, conversando com uma amiga vegetal japonesa que vive estressada por que não tem tempo para dormir em função dos seus afazeres de casa , me disse que era melhor que ela morresse logo para ter um pouco de paz. Absurrrrrrrrrdo! Absurrrrrrrdo!!

Minha gente! Como é que uma pessoa pode ficar proferindo este tipo de comentário em relação a sua  própria vida ? 

O choque foi tanto ao ouvir isso dela que fiquei " maus" a noite inteira . Eu acredito que as palavras tem poder e por mais que eu estivesse deprimida ou estressada , eu evitaria ao máximo utilizar este tipo de expressão. Sei la! é como estar afirmando uma vontade nefasta, isso não é de Deus por nada!

 Será que a maioria dos japoneses tem esta mentalidade? Se for assim, está explicado por que ocorrem tantas desgraças neste país . O inconsciente coletivo funciona de tal forma que pode até derrubar a bolsa de valores quando os investidores são negativos . Quem dirá uma nação toda?

O pior é que tem gente que não sabe viver de outra forma , se não estiver cansado, atarefado, estressado ou infeliz, parece que a vida perde o sentido. Estes, é melhor deixar para  lá e se distanciar ao máximo para não  se impregnar  com tais energias. 

As vezes eu me pego reclamando da vida, resmungando, ruminando.  Não tem jeito, é o caráter Capricorniano, mas evito ao máximo proferir certas palavras . Aprendi com o tempo que até aquelas palavrinhas que usamos como força de expressão e que parecem ser tão inocentes são extremamente nefastas .

 Negativismo é outra coisa que eu evito ao máximo, por mais que o meu caráter Capricorniano esteja sempre propenso, busco formas para alterar o meu estado de espírito. Que seja me isolando para meditar, que seja um belo banho de banheira com sais de lavanda, que seja ouvindo música relaxante, mantras ou qualquer outra coisa. 

O problema da humanidade é a ignorância. Quanto mais soubermos como a vida funciona, como o mundo gira e como o Universo funciona como a um todo, mais  benefícios poderemos  obter em momentos de crise ou estress. 

Doi, doi fundo na alma perceber que 99,9% dos japoneses ( gente brava e honesta) é pessimista com relação a algum ponto de suas vidas. Triste realidade nipônica! Tão sabios, tão discrentes . 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Seria um dia como a outro qualquer...



Esta semana eu andei assistindo muitos filmes sobre caēs fiéis e seus tristes destinos. Não poderia deixar de assisitir novamente , " Sempre a seu lado" , com o sempre maravilhoso Richard Gere. E como se não me bastasse a tristeza que se apodera de mim quando assisto filmes com enredos muito tristes , lá fui eu querer sofrer mais um pouquinho. Verter lágrimas de comoção . 

Tentei baixar a então famosa  versão japonesa , ou a història original de Hachiko o cão fiél, que se intitula "Hachiko monogatari" ,traduzindo: A história de Hachiko. 

Não consegui fazer o download no meu ipad, como sempre, mas consegui assistir o filme japones legendado em português na íntegra no youtube. Ainda bem que eu entendi todos os diálogos em japonês por que o meu Ipad ma-ra-vi-lho-so muda a visualização dos videos após uns 5 minutos e não se enxerga mais nada nitidamente. 

A história é duas vezes mais triste do que o remaker com o Richard Gere, talvez por ser mais detalhada  e relatar a verdadeira história de Hachiko que viveu e morreu  em um subúrbio de Toquio. 

Já eram mais de 7 da manhã e eu estava assistindo o  filme com uma toalha de rosto ao lado para enxugar as lágrimas. Chorei tanto que meu nariz entupiu, meus olhos incharam e ainda para piorar mais a situação, a tristeza era tanta que não consegui mais dormir. 

É masoquismo demais assistir a filmes com histórias tristes relacionadas a um cão e seu dono às 7 da manhã , chorar a manhã inteira , ficar com insônia por causa da tristeza e no mesmo dia ainda ter que levantar e ir trabalhar . 

Não deu em outra, nem fui trabalhar. Como? com aqueles olhos inchados e a cara abatida de quem não dormiu a noite inteira?

E se eu fosse trabalhar? Como explicar que eu estava assistindo a um filme as 7 da manhã , chorei o filme inteiro ( na verdade, da metade para o fim) , e ainda caí em depressão sentindo todas as dores do corpo e da alma do pobre cão fiel?

Talvez se eu nunca tivesse provado do amor destes bichinhos eu nem me afetaria tanto, mas só quem provou do amor, do afeto ,da lealdade e obediência destes seres iluminados poderá entender a tristeza que me abateu . E chefe entende essas coisas? Não, nenhum chefe entenderia. 

No momento em que eu assistia o,filme fui entendendo porque estes seres maravilhosos vivem menos do que  nós, os seus donos. Na realidade, nenhum cão suportaria  a perda de seu dono por que o senso de lealdade e apego desses bichinhos é diferente ao do ser humano. 

Sentimos a perda de nossos amiguinhos de estimação quando eles se vão, mas podemos sobreviver a esta perda, em contrapartida um cão só tem a seu dono . É dependência demais para morrerem depois de nós. 

Hachiko teve um triste destino, sua felicidade durou pouco mais de um ano , o restante de sua vida foi dedicada a espera de alguém que não voltou nunca mais. O seu dono que se foi antes dele. 

Triste histórica verídica não? 
Hachiko se tornou tão famoso no Japão por sua lealdade e espera pelo seu dono que ao falecer o Imperador do Japão decretou um dia de luto. 

É linda demais esta história . Vale a pena assistir a versão original japonesa: Hachiko Monogatari. 
Mas não esqueçam de assistir no final de semana , de preferência na sexta ou no sábado para não ter que faltar no serviço ;-)

Os invernos da alma





Eu aqui sozinha do outro lado do planeta convivendo comigo mesma , tenho percebido que as pessoas andam muito mais carentes do que eu. Para mim, estar só é apenas uma condição. Eu estou só por que realmente estou só, não é uma solidão que brota do nada em meio a uma multidão. 

Fizemos as pazes, eu e a solidão, e por muitas vezes dou graças a Deus por poder ter estes momentos de paz com ela. Não que eu goste , mas preciso dela de vez em quando. De certa forma, creio que eu me protejo detrás dela. 

A grande maioria das pessoas fogem e evitam ao máximo a presença dela, buscando estar sempre entre muitas pessoas e criando situações de apego. Na maioria das vezes o efeito è sempre contrário a aquilo que buscamos. É neste momento que bate aquela solidão braba e não há quem consiga preenche-la. 

O mundo anda muito egoísta, ocupado com os seus afazeres , metas e outras questões mundanas . Nem param um minuto para olhar dentro de sì mesmos , ou para aquele  amigo que está precisando de apenas um pouco de atenção. Passar finais de semanas sozinho? Nem pensar! 

Muita gente não sabe nem o que fazer quando se depara consigo mesmo, a sòs. Sentir-se bem mesmo estando sozinho é um grande passo para o autoconhecimento. Pena que muita gente ainda não se desvendou, não se conhece, e pior, não se aceita como è.

 Feliz é aquele que mesmo estando só ou em meio a uma multidão consegue equilibrar bem os seus ânimos e ser feliz , na medida do possível. A felicidade não é uma condição, é um estado de espírito que nem sempre estará presente em nossas vidas. Nestes intervalos, o que a substitui é a paz. 

Não vejo a felicidade como a uma meta obrigatória na vida  . Alcança-la tem lá os seus percalços. Manter o equilibrio emocional e espiritual é mais que necessário enquanto nos dedicamos a esta busca. 

Aqui, do outro lado do mundo começou o Outono e logo logo começa o inverno. Eu odeio os ventos gèlidos do inverno japonês , e com certeza os meus ânimos vão mudar junto com a nova estação. Considero ser um ciclo normal. Seria no mínimo  estranho eu estar esfuziante e pronta para ir a praia de bikini em pleno inverno, não é mesmo?

A vida é cíclica, e assim é a natureza e tudo aquilo que faz parte dela. Porque nós seres racionais haveríamos de vive- la na direção contrária?

E que venha o inverno, com todas as suas noites frias, que nos levam a introspecção . Sempre como uma condição passageira...

domingo, 27 de outubro de 2013

o homem europeu

Estava pensando em um titulo para este texto...
Tive que englobar o titulo do texto para toda a União  européia e seus alegados  . Isto è um avanço. É a globalização mostrando os seus efeitos, nesta época em que ninguém deve mais pensar que o mundo se resume apenas  ao seu quintal. 

O meu conceito sobre os homens mudou muito ao longo das minhas incursões pela cultura européia e japonesa. Desde pequena o meu sonho era conhecer a Europa , mesmo sem nem saber como era por lá. Não deu em outra! Amei cada cidade, cada paisagem. E a cultura? Cada prato de comida, cada restaurante, cada praça, cada construção, cada produto à venda nos supermercados retratavam a cultura local. Claro que não poderia faltar a interação com o povo nativo, e após alguns "laboratórios" que fiz em terras estrangeiras o meu conceito sobre homens mudou e muito. Não me refiro ao tipo físico, apesar de ter uma pequena queda pelos tipos caucasianos. Me refiro a mentalidade, a forma de viver a vida. 

O homem europeu é curioso, é viajado, é desportista, fala várias línguas e tem verdadeiro orgulho de suas origens. O mais curioso é perceber que tanto um operário quanto um executivo são igualmente cultos, falam mais de uma língua e sempre guardam histórias fantásticas de suas viagens por países  que nós brasileiros nunca tivemos nem curiosidade em conhecer. 

Quando eu estive na Suiça conheci um alemão, restaurador de telhados, ou seja, um operário ou obreiro como eles dizem por lá. O cara já havia viajado pelo mundo todo, mas a sua paixão era a Índia , a sua moto esportiva e o seu paraglider. Autodidata, ele falava três línguas fluentemente . O operário alemão é interessante. ou não é? 

Não quero estar generalizando, nem todos os operários europeus são interessantes ou inteligentes, mas eu tenho o dedo bom ( olho bom?) . Um outro alemão que tive o prazer de conhecer foi um instrutor de voo de paraglider . Ele além de ter um bom cargo como administrador de uma rede de lanchonetes suiča, nas horas vagas voava pelos céus suiços portando sempre algum turista por uma quantia modica de 100 francos. Aquilo que ele arrecadava nas suas horas vagas era sempre destinado a uma instituição de caridade. É interessante ou não é?

Conheci vários outros tipos, tanto pessoalmente quanto virtualmente e aquilo que me causa sempre uma ótima impressão é o respeito com que eles nos tratam . Eles podem até ser um pouco invasivos e te cantar logo de cara, mas nunca vão se referir a sua bunda como se ela fosse uma mercadoria. São corteses na medida certa. 

Na Itália levei algumas cantadas enquanto andava na rua, è claro que tem alguns que te chamam de gostosa na cara dura, mas as abordagens em geral sempre eram para ir "prender um café", um convite para jantar ou coisa do gênero. Os italianos são mais abusados sim, mas é uma minoria européia. 

Bom, só posso falar sobre aquilo que vivi, jamais seria imprudente ao ponto de afirmar que eles são os melhores da  face da terra, mas vamos concordar que eles são bem interessantes sob um aspecto cultural. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Universo Poliglota



Nestes últimos meses teimei em aprender uma nova língua: o alemão. E como se não me bastasse "tentar" aprender esta língua sozinha , estou relembrando um pouco de inglês. O meu inglês é básico , portanto, nenhum avanço até o momento. Ao mesmo tempo, me surpreendi ao perceber que não tive nenhuma dificuldade com a leitura e a tradução de textos básicos. 

O problema maior é estar no Japão, falando japonês todos os dias e lendo muitas matérias em espanhol e italiano. Tudo naturalmente, sem forçar nada. Já se tornou um hábito quase que diário. 

Não sei dizer ao certo se este meu " habito natural" de ler em espanhol e italiano,  escrever em português e falar em japonês , tudo ao mesmo tempo , me prejudicaria no aprendizado de novas línguas. Até o momento não. 

Quando eu estudava o espanhol , no meio do aprendizado, o meu português desandou. Misturava tudo e sempre tinha que parar para mudar a tecla " sap" antes de escrever algo em português. Na terceira lingua ( fora o japonês) , eu já percebi um melhor controle do meu cérebro . Já não misturava tanto as línguas, em compensação esqueci a segunda língua. 

Creio que a maior dificuldade para quem quer aprender várias línguas seja a imersão na nova lingua sem desaprender as outras. No momento que começamos a pensar em outra língua ( lá pelo nivel intermediário) . Aí o bicho pega!

Estou tentando fazer novos contatos através do facebook para aprender o alemão , e como o meu inglês é ainda básico, estou me utilizamdo do italiano para me comunicar com os suiços . Esta é uma raça interessantissima . Eles falam no mínimo 2 linguas , ou 3 , ou 4 , ou mais. 

A língua predominante na Suiça interna é o alemão, mas eles utilizam mais um dialeto alemão que ninguém entende. Na Suiça francesa , obviamente é o frances, na parte italiana, o italiano , e nos Alpes , ou Grisões o tal do romanche. Com tanta diversidade linguistica , alguns suiços ainda aprendem o inglês que é para ter um meio termo entre tantas línguas. É ou não é , um povo interessante?

Além de serem um povo praticamente poliglota , é um povo muito educado que beira a frieza se comparada a algumas outras raças que eu conheço. Porém com uma vantagem, são muito mais sérios e confiáveis sob vários aspectos. 

Bom, vejamos se eu terei progressos no alemão assim como tive no italiano, me utilizando de redes sociais para aprender línguas estrangeiras. É incrível como o aprendizado de uma nova língua nos abrem novos horizontes . Parece que uma coisa vai levando a outra e isso não tem fim. 

Alias, aonde será que eu vou parar se eu aprender a me comunicar em alemão, heimmmmm????

Bis später!!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Jovens idealistas

o

    Malala Yousafzai - adolescente paquistanesa indicada para o Prêmio Nobel da Paz 2013


Outro dia eu estava lendo uma matéria sobre aquela garota paquistanesa que foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz de 2013. Chorei!

 Malala Yousafzai , foi baleada na cabeça , enquanto defendia os direitos dos jovens e das mulheres a  terem  acesso aos estudos. Um grupo de fanáticos  do talibã  assumiu  a tentaviva de calar brutalmente a garota. Uma  organização fundamentalista islâmica formada por "loucos fanáticos" . 

No meu conceito, quem se utiliza da violência para pregar e defender ideais religiosos só pode ser louco. 

Quando eu começei a ler a notícia sobre a garota paquistanesa , me emocionei tanto que quase chorei. Eu sei que parece meio idiota eu estar me comovendo e chorando ao ler alguma notícia que nem tem nenhuma ligação direta com a minha vida e nem tão pouco com o país onde nascí , mas a atitude dessa garota me comoveu profundamente. 

As garotas de 15 , 16 anos que eu conheço são na maioria meninas que estão preocupadas apenas com os seus estudos, os paquerinhas , as baladas e sexo casual. Aquela famosa ficada que às vezes dura apenas uma noite de muitos amassos e sexo fácil. 

Tem também aquela ala das garotas cibernéticas que estão 24 horas plugadas na net , publicando em seus blogs e vlogs , todo tipo de assunto nerd. Estas em particular são muito inteligentes e criativas . 

Ultimamente tenho percebido tambèm muitas garotas religiosas, na maioria evangélicas que na minha opinião são jovens em busca de parâmetros para viver, não  é tanto a busca por um bem estar espiritual que eu percebo nessas garotas.  São as famosas neo-evangélicas. Será que existe esta palavra? Acabei de inventar. 

Fiquei pensando aqui com os meus botões , qual seria a diferenča entre a garota paquistanesa e o resto do mundo?

O que levaria uma garota de 16 anos a se engajar com tamanha coragem em defesa dos seus direitos 
e de outras crianças ?

Claro que eu não poderia estar comparando a vida no Paquistão, à vida no Brasil. Viver no Brasil, apesar dos pesares ainda é o Paraíso . Não existe povo mais livre no Planeta do que o povo brasileiro.
 
No Brasil, as pessoas são livres para eleger os seus governantes , depois se arrependerem , e ainda manisfestar em praça pública o seu descontento. Expressar  de forma explícita o que pensam  em redes virtuais sem serem perseguidos por grupos extremistas. Defender suas opções sexuais sem serem banidos da sociedade , ou até mesmo levados ao cárcere. Mulheres podem estudar, trabalhar e competir com igualdade no mercado de trabalho. 

Isto é o Paraíso da liberdade  de expressão e do direito de ir e vir! 

Mas será que para termos uma juventude mais consciente do seu papel no futuro de sua pópria nação é preciso viver experiências no Inferno? 

Talvez , seja um mal necessário...

Parabéns a jovem Malala que veio a este mundo com uma missão  cármica de profundo valor ao seu povo e não à passeio . 







quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Eu era feliz! E eu sabia!


                                     Hotel em Gstaad - Berna - Na Suíça alemã 


Dizem que devemos perder algo para dar valor. Não creio!

Já perdí muitas coisas na vida que eu adorava e valorizava, antes mesmo de perde-las.  Aos poucos fui aprendendo a arte do desapego para não sofrer com tais perdas. 

Nas minhas incursões pela Europa, eu descobri que apreciar " o belo" é fundamental para o meu bem estar emocional. Mais precisamente a natureza. Uma praia deserta em um dia ensolarado, um bosque, jardins, montanhas , lagos,  flores e mais flores. 

A arquitetura local também é outra coisa que me fascina. Nada de prédios modernos , apenas o toque romântico das casas  , das ruas arborizadas e seus jardins coloridos , já tinham o poder de mudar meus ânimos. 

E pensar que eu vivi toda a minha vida enfurnada dentro de ônibus, metrôs , prédios, elevadores e asfalto  por todo o lado. São Paulo é a típica cidade grande, caótica em todos os sentidos. Era praticamente impossível perceber a chegada da Primavera em São Paulo.

 Não é que não existam áreas arborizadas em São Paulo, mas era a coisa mais difícil encontrar uma área verde com flores . Seria falta de imaginação dos paisagistas paulistanos? 

Não, com certeza o povo roubaria as flores e a manutenção seria um gasto inútil. Imagina! Natureza pra quê?

Para mim, a vida se resumia a isso. Prédios, carros, trânsito caótico, assaltos e shopping centers. Decididamente, eu não era feliz em São Paulo. Me sentia sufocada. 

Na Suiça conhecí  o outro lado da vida. A da Natureza em harmonia com o concreto. Paisagens e mais paisagens naturais que contrastavam com as casas de forma harmoniosa. Um chalé suiço por mais rústico que seja, tem sempre uma sacada na janela com flores na Primavera. 

E o céu? O céu que eu conhecia de São Paulo era cinzento, quase sem estrelas. Há anos que eu já havia perdido o costume de olhar para o céu. Não se via nada!

Na Suiça conhecí a verdadeira cor do céu . Um azul celestial que se confundia com a cor dos lagos . Parecia uma coisa só. Era lindo demais para ser verdade. 

Até mesmo o inverno rigoroso tinha lá a sua beleza. Desta vez a cena principal era das montanhas com seus picos brancos de pura neve. 

Mais uma vez a astrologia vem se confirmar na minha visão de mundo. A minha Vênus na casa 9 , não deixa dúvidas de que o meu amor se expressa nas coisas belas e na mentalidade local. 

Eu era feliz, e eu sabia...



terça-feira, 8 de outubro de 2013

O retorno de Saturno


Saturno, o regente do signo de Capricórnio, ou Cronos o deus grego que comia seus filhos . 

 
Para um bom observador, da sua própria vida, é exatamente aos 29 anos de idade que percebemos uma grande mudança interior que muitos a chamam de a "crise dos trinta". Porém, 29 ainda não é 30. 

É justamente aos 29 anos de idade que ocorre o retorno de Saturno , e junto com ele vem aqueles questionamentos . O que fiz até hoje? Quando vou me casar? E os filhos? E a vida profissional?

É aos 29 anos de idade que começamos um novo ciclo, a chamada maturidade. Eu , até completar 29 anos de idade não me julgava uma mulher. Era sempre muito difícil me descrever ou me aceitar como uma mulher. Me sentia ainda uma garota que dependia da aprovação dos meus pais para tudo.

 De repente, sem nem me dar conta, as coisas foram mudando radicalmente e fui obrigada a assumir os meus 29 anos com mais responsabilidade e independência do que ha um ano antes do retorno de Saturno. 

Não são apenas as cobranças externas que nos levam a um estado de maior responsabilidade com a própria vida, são as pressões internas que nos fazem mais conscientes da nossa individualidade em relação à família , ou a qualquer outro símbolo que represente a autoridade sobre nós. 

Apesar do ciclo ser assustador para muitas pessoas , Saturno ( O Senhor do Tempo) nos dá em troca uma maior liberdade de sermos finalmente nós mesmos, as custas de muitas escolhas ( certas ou não) , que dependem tão e somente de nós mesmos. 

Dá medo deixar o lar, a segurança do nosso porto seguro. Ao mesmo tempo, tais desafios são ciclicamente necessários para a nossa evolução . 

Saturno , o pai severo , nos ensina a trilhar nossos próprios rumos e por vezes, de forma radical ( para não dizer cruel) , nos corta o cordão umbilical , nos jogando para a vida. 

Você não cresceu ainda apesar dos seus vinte e tantos anos? Então, espere e verá o "retorno de Saturno" te dando uma " mãozinha" . 

domingo, 6 de outubro de 2013

Coisas do Japão - Religiosidade

         
                Torii. O grande santuário xintoísta de Hiroshima- Patrimonio Mundial- Unesco 


Dizem que não existe um meio termo para gostar do Japão. Ou você ama, ou você odeia. 
Tem gente que ama e aos poucos vai se decepcionando, tem gente que odeia e aos poucos vai se identificando e compreendendo melhor a cultura japonesa. 

Para compreender esta raça , teriamos que ir bem longe, na era Meiji , e saber quais eram os princípios filosóficos desta gente Samurai. 

Eu fui até a Segunda Guerra Mundial e parei por alí. É muito complicado entender a filosofia Samurai. Pior do que compreende-la é aceita-la. Não existe um Deus benevolente em nenhuma citação, e para mim que creio em um " poder" que está acima de tudo e de todos , é complicado entender por exemplo, o xintoísmo que coloca o homem , as forças da natureza e os espíritos no mesmo patamar. 

Tanto o xintoísmo , como o budismo japonês, em algum ponto se assemelham.  Porèm ,  o ponto que diferencia esta  crença  japonesa em relação ao cristianismo é que em momento algum se fala em compaixão.

 Enfim, nenhuma destas filosofias orientais me toca a alma , e para mim, uma religião  por mais sabedoria que pregue   e  não possua  a capacidade de elevar o seu crente a um estado "divino" de benevolência e compaixão, não é religião. É apenas filosofia. 

Talvez o grande nùmero de suicídios no Japão tenha a ver com esta cultura dos espíritos ( ante passados) e do pouco valor que dão a vida , visto que, no Japão o aborto é legalizado. 

Bom, nem vou comentar mais detalhes por que  eu sou leiga no assunto religiosidade japonesa. E para dizer a verdade, nem me interessa saber . Qualquer religião que pregue a morte e a vida como a uma coisa una e não respeite a vida como a  uma dádiva divina , não serve para mim. 

O melhor presente que um ser humano pode receber em vida, é a própria vida. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O melhor lugar no mundo para desaprender o inglês


Todo mundo sabe que o Japão ainda está em plena fase de superação da crise desencadeada em 2009. A passos de cagado, mas está se recuperando. 

Apesar dos esforços, o país perdeu muito mercado para os países vizinhos. No caso a China e a Coréia do Sul. Enquanto os outros tigres asiáticos estão enriquecendo o povo japonês anda passando por grandes apertos. 

Eu sou de opinião de que o grande problema do Japão é a sua mania nacionalista de achar sempre que são os melhores em tudo,  e dentro desta economia globalizada este tipo de postura não serve para absolutamente nada. 

Imagina um povo que não faz questão de aprender uma outra língua ?

Aos poucos os japoneses estão acordando , e tenho  visto muito incentivo da mídia para que os japoneses aprendam pelo menos o inglês.  Eu acho que é um pouco tarde , mas os jovens japoneses de hoje tem uma mentalidade um mais aberta. Um pouco perdidos, mas a mentalidade está mudando aos poucos. 

Aqui onde eu trabalho, a grande maioria dos japoneses com cargos altos não falam muito bem o inglês e todas as vezes que eles vão transferidos á trabalho para a Tailândia, é um tal de usarem a comunicaçao hurt to hurt, ou um intérprete. Japonês gosta de comodidade.

Todos eles dizem que não há a necessidade de saber falar o inglês porque na filial da Tailândia tem sempre um tradutor. Ahhh, me poupe! 

Essa mania de japonês fazer turismo por tudo que é canto do mundo em ônibus fretado com guia turístico já deu o que tinha que dar. 

Não foram poucas às vezes que eu cruzei com grupos de turistas japoneses em aeroportos da Europa. Todos com guia turístico. Se eles se perdem do grupo não são ao menos capazes de pedir nenhum tipo de  informação no balcão de embarque .  Coisa mais arcaica!

Mesmo que eles saibam o bàsico do inglês a pronúncia dos japoneses é algo incompreensível. E ainda tem japonês que teima comigo que a pronúncia deles está correta. 

A exemplo de algumas redes americanas aqui no Japão como o Mc Donalds que eles teimam em chamar de Maku Donardo, ou o Seven Eleven que é mais conhecido como Sebún Erebún. Eu sofri muito para aprender a pronunciar o meu lanche preferido do Mc Donalds aqui no Japão, o Fuiré o fixaaaa, com o "a" arrastado, ou seja, Filet-o-fish

E aquela palavrinha básica que todo mundo conhece, o stop

A primeira vez que eu ouvi uma japonesa pronunciar esta palavra em inglês eu fiquei sem saber se ela falava em japonês ou em algum dialeto local. E ainda levei uma bronca: - Você não sabe inglês , não?

Mas como é que eu vou adivinhar que "sutopu "quer dizer "stop "em inglês japonês?

Eu  sofria  muito para fazer feed-back ( fuido baaku, em inglês japonês) para o setor de produção de lentes da fábrica onde eu trabalho. A cada lote analisado os inspetores devem fazer feed-back por telefone . E quem diz que eles compreendem a minha pronúncia do alfabeto em inglês?

Outra coisa que por vezes me irrita, são alguns japoneses que reclamam sobre aquilo que eu posto no facebook. Mas minha gente! eu sou brasileira, é normal que eu poste em português sobre assuntos que interessem apenas a mim. Meu facebook não é feito para um público específico. Aliás, nem é público. No meu facebook tem espanhois, peruanos, turcos, filipinos ,japoneses, brasileiros e muitos italianos. 

O mínimo que posso fazer é postar alguma coisa em inglês . Assim todo mundo entende, ou será que não??

Não tà entendendo nada? Coloca no google

Abaixo, algumas palavras em inglês muito utilizadas no Japão que para mim é mais parecido com algum dialeto estranho. 

Inglês               inglês japonês

Brother             burazaa
grand mother    guran mazaa
grand father      guran fadaa
boyfriend          boyfurendo
skirt.                 sukaato
shirt.                 shiyatsu
pants                pántsu
orange juice      orendí djuisu
bra                    burá ou buradjyaa
belt.                   beruto
iPad.                  aipaato

Link para o video de Shimura Ken ( comediante japonês) ensinando inglês para estrangeiros http://youtu.be/FFZ21et-vhY

terça-feira, 1 de outubro de 2013

As senhoras risadinha


Não dá para descrever o Japão como a um país alegre e de gente otimista, muito pelo contrário , os índices de suicídios no país dos comedores de miojo lamen são alarmantes. 

Um entre cada 10 japoneses tem pelo menos um conhecido , ou familiar que cometeu suicídio por inúmeras razões.Desde adolescentes que sofrem bulling nas escolas , personalidades da mídia , empresários falidos e idosos. 

Se eu for pesquisar a árvore genealógica dos meus antepassados com certeza irei encontrar alguém que cometeu tal ato. 

Apesar desta " cultura" japonesa de se suicidar por " honra" , ou seja, a honra perdida em alguma esfera da vida, existe uma porção de japoneses , muito mais frequente nas senhoras japonesas , uma característica no mínimo curiosa : elas riem de tudo. Às vezes eu fico meio sem ação nestas horas porque a impressão que tenho é totalmente inversa. E pior, elas continuam rindo mesmo que você esteja falando sério e a conversa não tem um prosseguimento normal. Fica só na risadinha. 

Dà vontade de perguntar: - Tá rindo do que?

Talvez seja uma forma , na cultura local, de demonstrar interesse mesmo sem estar interessado. Para mim que vivi muito mais a cultura brasileira do que a japonesa, e agora  estou fazendo o caminho inverso, por vezes tenho a impressão de que japonês é uma raça falsa. Riem o tempo todo para você, mas pelas costas estão sempre fazendo algum comentário crítico, ou planejando um suicídio. 

A questão deste comportamento japonês está no conceito japonês de que nunca devemos demonstrar nossas emoções em público. A partir do ponto de vista ocidental, uma pessoa não pode ser tão dissimulada assim sem ser desmascarada no decorrer de algum relacionamento, porém, aqui no Japão é muito difícil desvendar a verdadeira personalidade de um japonês. Só convivendo entre quatro paredes. 

Existe um " exagero", no comportamento japonês de ser sempre cordial, principalmente com estranhos , ou colegas de trabalho. Bom, nem todos são assim, não dá para generalizar, mas a cultura existe, e para nós que tivemos uma orientação ou vivência mais ocidentalizada fica dificil saber quem é amigo de verdade e quem está apenas sendo cordial. 

Até hoje não sei dizer se as minhas amigas japonesas me aceitam somente pelo fato de eu ser filha de um japonês legítimo, ou se elas me aceitam assim como sou, uma estrangeira. Creio que vou morrer com esta dúvida. 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Arrogância ou falta de paciência?


Sei que às vezes posso parecer arrogante com algumas amigas , tanto japonesas , quanto peruanas, filipinas , brasileiras , ou seja lá de que raça for, mas tem dias que não suporto certas conversinhas. É gastar saliva e tempo à tôa. Por isso, procuro estar em casa nos meus dias de folga fazendo aquilo que mais gosto: Escrevendo, lendo e estudando alguma coisa, que seja a Astrologia ou uma nova língua. 

Tá sem assunto? Vai assistir televisão, vai lavar a louça que ficou na pia desde a hora do almoço e não  me faça perguntinhas ou comentários repetitivos . 

Os japoneses na sua grande maioria tem o hábito de fazer comentários com relação ao tempo, do tipo : - Hoje parece que vai chover. Por pura falta de assunto, ou uma forma ,na cultura deles , de iniciar alguma conversação , que por muitas vezes nem tem prosseguimento porque a falta de intimidade não os permite seguir em frente. Tem dias que esta mania de japonês enche o saco!

Mais espontaneidade e menos convenções, por favor!

Claro que não são todos, não gosto de estar generalizando, mas uma boa parte das minhas amigas japonesas só me perguntam do tempo e do trabalho. Como se o meu estado de espírito ou os meus interesses pessoais não importassem. Isso me irrita!

Nunca pensei que fosse encontrar tantas barreiras na comunicação e tantas diferenças culturais pelo fato de eu ser filha de japonês, mas pelo jeito , até o meu pai deveria estar de saco cheio dessas "coisinhas" de japonês. Jà que ele mesmo preferiu viver e morrer no Brasil do que voltar a viver na sua  terra Natal. 

Agora, cabe a mim o meu " karma" familiar...

Calma, muita calma nesta hora. É apenas uma indisposição cultural. 




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Memória musical


Ontem começei a fuçar na net algumas músicas antigas que não me saem da cabeça. Vira e mexe, lá estou eu cantando algums refrões enquanto trabalho. A japonesada nem liga mais para estas minhas " estranhisses" de cantar e assoviar . Aliás, na cultura popular japonesa não é de bom agouro assoviar   à noite. Eu  não consigo  ficar de boca fechada o dia inteiro, silenciosamente como o fazem os japas , então eu canto sozinha. 

Encontrei videos no youtube das músicas que eu costumo cantar sempre . Não que eu goste destas músicas mas em algum momento da minha adolescência elas devem ter me marcado de alguma forma por que elas simplesmente emergem do nada e com muita frequência somente quando eu estou caladinha trabalhando na minha mesa . 

Fuça daqui, fuça dalí . Encontrei verdadeiras pérolas da minha fase de adolescência em São Paulo. O mais estranho foi constatar que eu conhecia um verdadeiro repertório de músicas populares regionais que me remetem à minha infância e adolescência. Mas eu sou filha de japonês legítimo! Fico me perguntando onde é que eu andava e com quem eu andava naquela época para ter tantas memórias musicais regionais, sendo que meus pais não nos permitiam nem mesmo falar em português dentro de casa?

Obviamente que tenho algumas lembranças de ouvir meu pai cantando em japonês e tocando alguns clássicos da musica japonesa na sua gaita. Eram canções muito melancólicas que falavam da saudade de sua terra natal. Uma que meu pai sonava sempre na sua gaita era " Furusato" , que em japonês significa  casa , mas aquela casa que se refere a cidade natal. 

Entre as minhas memórias da infância e adolescência estão também um mundo de canções italianas e personagens famosos do cinema italiano. 

Afinal, onde é que eu vivia inserida para ter tanta memória musical que nem fazia parte da educaçao rígida  e preconceituosa que recebi de meus pais? 

A resposta está na televisão. Eu me lembro que vivia absolutamente vidrada em todos os programas da sessão da tarde e vivia um mundo à parte da minha realidade . Aquela vida comum , rigida e cheia de convenções não me pertencia e o meu refúgio era a ilusão de viver em um outro mundo à parte. O mundo ilusório da televisão. 

Portanto, chego a conclusão de que eu devo a minha orientação cultural e musical ao "Almoço com as Estrelas" , de Airton e Lolita Rodriguez , e ao Raul Gil. 

" O Raul perguntou, você não acertou ?
Pegue o seu banquinho e saia de mansinho..."