quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Gente interessante

Está aí uma coisa difícil de encontrar aqui na terrinha dos samurais: Gente interessante. Talvez eu deva reconsiderar as amizades superficiais e fúteis também. Ainda creio que as pessoas tenham algo de muito bom guardado dentro delas . Talvez eu esteja seletiva demais e exigente demais.
Não suporto mais gente reclamando da vida na minha orelha, e infelizmente as amizades vão se tornando uma coisa muito dificil de se reestabelecerem depois de uma certa idade. É a idade madura que faz isso com as pessoas?Mas não deveria ser o contrário?
Eu sempre acreditei que as experiências que vivemos na vida nos amadurecem, sejam elas boas ou más. Sempre nos acrescenta , não nos tira nada. Mas infelizmente não é oque tenho percebido entre os meus amigos da idade tenra dos "enta". Parece que todo mundo entra em crise , Pior do que entrar em crise é não se mover, não fazer nada e apenas reclamar da vida. Como dizem: Coisa de gente velha.
As pessoas vivem sedentas por coisas novas, mas a grande maioria tem medo das mudanças. Assim não dá!
E por que não ter um hobby, algum interesse em particular além da vidinha rotineira de todos os dias?
Quando eu digo que escrevo no meu blog e estudo línguas, ninguém se interessa em aproveitar para aprender alguma coisa nova também . Estou precisando de gente que me estimule.
Não é fácil conviver com gente que se limita a uma certa idade. Fica sempre a impressão de que nós os diferentes, estamos sempre na contra-mão. O jeito é aderir a tendência...por enquanto, e reclamar da vida também. Falar mal da vida dos outros, criticar aos outros sem nem olhar o próprio umbigo, reclamar de dores nas costas e nem se quer tomar uma atitude saudável de ao menos caminhar, exercitar o fisico. Tá difícil!
Eu decidi que vou correr em uma maratona aqui no Japão. A maratona vai ser televisionada e tudo mais. Achei interessante. E quem disse que as minhas amigas querem ir junto?
Ou é porque tem vergonha, ou é porque está velha, ou é porque nunca correu e nunca vai correr. Essas coisas de gente velha. Mas será que eu é que estou errada?Tá difícil!

Perdendo as raízes

Hà mais de 4 anos eu comecei a escrever este blog, com o intuito de trocar idéias sobre intercâmbio. O meu primeiro post em 2008 foi sobre a minha primeira viagem a Itália. Não foi bem um intercâmbio, na realidade fui fazer um curso rápido de língua italiana em Florença que incluia também alguns temas culturais.
A minha intenção era o de trocar idéias e dar dicas para quem pretendesse viajar sozinho pela europa, mas aos poucos o meu blog foi  se transformando no meu diário de bordo. Nem eu me lembrava mais das coisas que andei postando por aqui. Poesias, videos de canções em italiano, alguns comentários e críticas sobre a cultura japonesa, alguns detalhes sobre a minha experiência de "tentar" viver na Suiça-italiana, o meu retorno imprevisto ao Brasil entre tantas outras ocorrências imprevistas na minha  vida nestes últimos anos, e principalmente a minha transformação à cada vivência. Está tudo registrado aqui.
Lendo os meus posts mais antigos parece até que eu já estava prevendo que eu não ficaria muito tempo no Brasil desde o primeiro dia que aterrizei em terras brasileiras. Era uma sensação que me perseguia , ou uma idéia fixa . Hoje , do outro lado do mundo (outra vez) tenho a mesma sensação de que não ficarei aqui por muito tempo. A sensação é tão forte que eu nem me dei ao trabalho de decorar meu apartamento. Imagina gastar meu suado salário para refazer a minha morada e ter que me desfazer de tudo como o fiz hà 2 anos atrás. Desta vez vou ficar bem avulsa mesmo. Nada de comprar coisas que não dá para levar em viagem. No máximo mais 2 malas de viagem.
Esta sensação é típica de quem perdeu a pátria e não se encontra mais em lugar algum, ou qualquer parte do mundo é também o nosso lar.
Dizem que quem viaja está sempre buscando a sí mesmo. Viajar é sempre bom, mas eu não aconselho ninguém a passar mais de 1 ano fora do proprio país. É muito fácil perder as raízes e ficar sempre com aquela sensação de "peixe fora d'agua". Por um lado, integrado a sociedade local , trabalho, novos amigos, mas por outro lado totalmente inadaptável aos hábitos locais. Pronto! Aí está armada a confusão e a gente não sabe nunca mais para aonde voltar...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Coisas do Japão



Meu Deus! Tem cada coisa aqui neste país que não faz sentido algum. Totalmente sem nexo!
Hoje no meu horario de almoço eu assistia a um programa de tv japonês no refeitorio , junto com uma amiga japa, e o tema era : Mulheres que não conseguem casar.
Até aí normal. Hoje em dia ninguém se casa mais como antigamente e a mulherada tem se casado muito mais tarde, não só aqui no Japão como no mundo. Até aí , nada demais.
O programa fez uma pesquisa nas ruas para saber com que tipo de mulher japonesa , o homem japonês não se casaria. E tentem adivinhar qual a razão?
Em primeirissimo lugar: Mulher que tem a letra feia.
Meu Deussssss! E isto é la motivo para não se casar com uma mulher? Então eu estou ferrada porque aqui no Japão eles consideram a minha letra muito feia porque é muito redonda. Poderia ser um motivo mais plausível tipo, mulher com chulé, ou com mau hálito, mas não. Homens japoneses não se casariam jamais com uma mulher que tenha a letra feia.
O segundo lugar é a forma de se sentar. Tem que sentar retinha na beira da cadeira. Eu estou ferrada de novo, porque eu me esparramo quando eu me sento. Para ser mais verdadeira, eu me deito quando eu sento.
Eu não me lembro da lista toda , que eram 10 motivos para um homem  japonês não querer se casar com uma mulher japonesa. Me lembro somente das mais absurdas , e o sexto lugar também era absurdo. Mulheres que possuem sonhos também estariam descartadas porque colocariam em primeiro lugar os seus proprios sonhos e não o marido. Gente!! Eu estou ferrada de novo porque a minha vida é e sempre será movida pelos meus sonhos. Na minha opinião, pessoas que não nutrem os seus próprios sonhos estão literalmente mortas.
Nossa! Mas sinceramente, depois dessa é melhor ficar solteira. Ainda bem que eu nunca tive queda por japoneses e nem vou sofrer com mais esta revelação das preferências dos homens japoneses.
Mas oque será que acontece aqui na terra do treme-treme? Será que é o excesso de Miojo no cerebro da japonesada?
Por precaução vou parar de comer Miojo, Soba e outros trens. Posso ser infectada com esta mentalidade local e querer começar a estudar caligrafia japonesa.
Mesmo assim, vamos respeitar né. É uma questão cultural. Cada povo com a sua cultura.

O país da segurança

O Japão é um país que se gaba sempre por ser um país seguro, como dizem por aqui: Anzen na Kuni,traduzindo: País da Segurança. É bem verdade que aqui as pessoas podem andar tranquilas pelas ruas sem correr o risco de serem  atropeladas por um motorista imprudente, ou ser vitima de assaltos pelas ruas. É um povo bem tranquilo neste sentido, sem dúvida alguma. Eu mesma costumo sair as 2 da manhã do meu serviço e ainda passo por uma dessas lojas de conveniências que ficam abertas 24 horas. Coisa impossível no Brasil.
Hoje estava assistindo um programa de notícias do Japão no exato momento em que noticiavam o número de pessoas que se feriram ou até mesmo morreram por causa do gelo que fica sobrando no asfalto depois da neve. Que absurdo. Já pensou morrer de ocasião só porque você escorregou no asfalto e bateu a cabeça em um poste?
O índice de mortes do Japão é bem maior do que o índice de mortes do Brasil segundo um site "Cia world factbook". Não sei se são informações confiáveis, mas segundo o site o índice de mortalidade do Japão em 2011 foi de 9,15 por 1000 habitantes, contra 6,38 mortes por habitantes no Brasil.
As causas "mortis' no Brasil são bem diferentes das causas no Japão. É claro que neste índice devem estar inclusas as mortes por terremoto ocorridos em 2011. Mas não é irônico pensar que um país tão seguro como  o Japão tenha um índice de mortes maior do que a nossa violenta terrinha do samba e do futebol?
No Japão os índices de suicídio também são bem consideráveis, mas com certeza o grande número de tremores de terra devem ser os responsáveis por este alto índice japones. À parte algumas mortes absurdas do tipo morrer engasgado comendo "mochi" no ano novo , ou escorregando no asfalto de gelo .É estranho pensar que um país onde a segurança é uma das suas marcas tenha um índice assim tão alto.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Tudo igual

Ha alguns meses antes de retornar para a terrinha dos comedores de miojo lamem, um amigo meu que viveu sua juventude toda no Japão e agora vive no Brasil, me disse que aqui no Japão chega uma hora que não tem mais nada de diferente para se fazer ou para ver. É tudo igual, aonde quer que se vá. Eu particularmente já sabia disso, mas como eu ainda não conheço todo o Japão tinha aquela ilusão de que se eu me dispusesse a viver mais intensamente no país do miojo lamem  as coisas poderiam ser diferente.Que ilusão a minha. A única intensidade que se ouve falar e sentir aqui é a intensidade dos terremotos e mais nada. O japonês é realmente um povo retraido demais, cheios de filosofia que na prática não funcionam mais, e de gente que não se arrisca a nada.
Amizades, a gente até consegue fazer por aqui se falamos bem o japonês e respeitamos as regras de boa conduta deles, mas as pessoas são todas iguais, tanto na aparencia quanto no comportamento ou seja, a mentalidade japonesa é muito marcante . Tenho sempre a impressão de que eles se limitam demais, e isto é horível.
Outro dia ouvi uma japonesa dizer que já não vai mais pintar o cabelo de loiro (elas estão todas louras), porque já não tem mais idade para isso. Adivinhem a idade da velhinha? 27 anos. É mole?
Outra coisa que me incomoda muito é que eles não tem iniciativa pra nada. É só eu parar a minha bike em um lugar distante que não está demarcado que lá vem a japaiada colocar as bikes deles junto da minha. Parece que eles ficam esperando alguém tomar a primeira atitude. Um saco isso!
A mentalidade japonesa está espalhada por todos os cantos do país e ir de uma cidade a outra , do norte ao sul , não muda muito. Claro que em algumas regiões as pessoas são mais amáveis, em outras mais frias e tals. Normal em qualquer país, mas aqui o povo tem uma marca. São muito retraidos ou metodicamente exagerados na forma como conduzem a vida. Claro que existe uma certa inconformalidade entre os jovens com o Japão de hoje, mas também não muda muito porque falta atitude aos jovens japoneses de hoje.
O Japão é um país tão previsível , metódico e igual em toda a parte que até mesmo os japoneses, quando em férias preferem sair do país. Os países prediletos dos japoneses em férias, são o Hawai e a Itália.
Em fim, tudo igual...e para quem gosta de viver coisas novas, este país é um castigo.

Saudade



Hoje estava lendo alguns blogs e por acaso encontrei um blog de uma garota que foi viver na Italia. Em  um dos textos dela, entre tantos onde ela falava sobre tradições, cidades italianas e etc, eu encontrei um texto que me fez chorar. O texto nada tinha a ver com a Itália. Tinha a ver com a saudade de ter  deixado para trás aqueles que  amamos para partir rumo a um outro país.
E esta dor eu entendo muito bem porque a primeira vez que parti sozinha o meu coração ficou tão apertadinho que eu acho que caberia dentro de uma caixinha de fósforos. Mas oque mais me comoveu no texto é que ela não falava de familiares ou amigos. Ela falava da sua poodle que faleceu logo após a sua viagem. Eu comecei a chorar quando fui aos poucos me identificando com as palavras dela. O amor, a falta, a ausênsia e a dor que ela sentiu ao saber que a sua poodle tinha falecido. Me deu até um nó na garganta só de lembrar da minha poodle que morreu de velha, já com os seus 14 anos completinhos , e eu não estava lá. Que dor...
Sufoquei esta dor no peito quando eu soube que ela tinha se ido. Na verdade eu já pressentia e não queria saber. Como eu amei aquela "pessoinha". Eu sempre dizia que ela era a minha filha caçula, e que ela ainda não sabia que não era gente.Que saudades do amor incondicional que ela oferecia a todos nós da família. Ela não fazia distinção entre ninguém, gostava mesmo era de um colo,  de um cafuné , e ficar quietinha sentadinha no colo de alguém. Ela reinava na casa, amava a todos e por todos foi amada.
É estranho dizer isto, talvez só quem teve tanto amor e recebeu tanto amor dos seus caes é que podem entender, mas o amor que eles nos oferecem é algo do outro mundo. Não dá para amar um ser humano na mesma proporção porque seria inviável ser tão dependente emocionalmente  de alguém humano. Seria sufocante.
Como a obra Divina é fantástica não? Deus criou seres tão perfeitos , tão puros e tão amorosos para testar a nossa benevolencia e a  nos ensinar um pouquinho a amar como eles...incondicionalmente.
Saudades da Bizu!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Netuno está a solta

Não sei quanto durará este aspecto de Netuno na minha casa 10, mas que está fazendo efeito isso está. Ha mais ou menos 2 anos que este aspecto me persegue e me deixa completamente perdida, sem rumo.
Veja só a força de Netuno me girando pelo mundo há 2 anos. Fugi do Japão, fui pra Suiça, fugi pro Brasil e acabei voltando pro Japão, na mesma cidade, no mesmo trabalho, em um periodo de menos de 2 anos. Fala a verdade! É ou não é, a força de Netuno me jogando de um lado a outro?
Nesta vida nada acontece por acaso. Quero só ver aonde eu vou parar...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Aprendendo inglês com música

Decidi ha pouco tempo que vou começar a "falar" em inglês. Eu disse, falar , e não estudar. Tenho os meus próprios métodos para aprender línguas e até o momento funcionou. Agora, para alguém que esteja querendo aprender a falar, entender e escrever perfeitamente o inglês eu aconselho o metodo tradicional que leva muito tempo. Não é o meu caso, no momento.
Meus conceitos para aprender inglês de forma autodidáta:
- Ouvir
-Praticar
-Decorar frases inteiras
-Paixão
-Sem medo de errar
 
Com estes 5 conceitos eu aprendi a falar em japonês, espanhol e italiano. No caso do japonês eu aprendi  assistindo muita novela japonesa, ou seja, "ouvindo". Com  a ajuda de um pequeno dicionário de bolso fui traduzindo aos poucos as novas palavras e expressões locais. Escrever foi mais facil ainda, claro que não aprendi ainda o kanji, mas as outras duas escritas japonesas (hiragana/katakana) são muito fáceis de aprender porque são formadas por silabas que possuem fonemas que não são assim tão estranhos aos nossos ouvidos .
No caso do espanhol e do italiano eu aprendi "ouvindo" musica. Tenho verdadeira "paixão" por musicas em lingua espanhola e italiana. A principio apenas ouvia e aprendia a pronuncia correta, depois com a ajuda de um dicionário e muita "pratica" em conversações via chat (escrita/fala) fui "errando"  muito e aprendendo também a escrever. No caso destas duas línguas em questão , aquilo que me ajudou muito foi a "paixão" pelas duas línguas. Sem dúvida alguma a paixão nos impulsiona em tudo na vida. Ainda tenho muito a aprender em todas estas linguas, principalmente na parte gramatical, mas nem por isso deixo de me comunicar nestas linguas . Erro muito e nem estou preocupada porque não temos a obrigação de possuir a mesma fluência dos nativos em questão. Então, erre muito!
Quando eu comecei a falar em italiano eu comecei com frases prontas, ou seja, eu falava aquilo que eu ouvia nas musicas. Eu possuia um vocabulário muito romântico por influência das musicas romanticas italianas. Foi até muito engraçado no começo (em chat) , eu era romantica demais e alguns italianos se apaixonavam por mim em chat. O mesmo não ocorre em japonês porque a língua japonesa não tem nada de romantico na sua expressão verbal. O japonês (para mim) soa como o alemão, uma lingua fria.
Agora vou tentar aplicar todos estes conceitos de aprendizado autodidático no meu novo desafio: o inglês. Por enquanto vamos ouvindo muita musica.
Link parav ouvir algumas musicas em inglês com tradução. A professora da vez é Adele. Ela tem uma boa pronuncia. "Rolling in the deep", ou, Rolando para a profundeza.
 
 
 

sábado, 5 de janeiro de 2013

cool japan

Ultimamente a tv japonesa tem apresentado muitos programas de debates com convidados estrangeiros para discutir sobre o comportamento japonês , segundo o ponto de vista de cada um.
O japonês dificilmente aborda alguém estranho na rua. Tipo pegar o mesmo elevador e começar a puxar conversa, ou sentar ao seu lado no trem, no ônibus, em um café restaurante, ou em qualquer outro lugar, o japonês nunca vai tomar a atitude de puxar conversa, e mesmo que seja você a tomar a primeira atitude , normalmente o papo acaba  por aí mesmo.
Eu diria que um pouco é a timidez , mas no Japão eles tem o costume de não incomodar ninguém quando estão em um local público por uma simples questão de educação. É como usar o celular dentro de ônibus e trens que é extritamente proibido aqui no Japão. Neste quesito eu estou de acordo com os japoneses. Ninguém é obrigado a ficar ouvindo as suas conversas a alta voz dentro do trem ou do ônibus . O problema é que o japonês generaliza e acaba tendo este tipo de atitude em todos os lugares, tornando-se assim um povo que não é lá muito aberto à estranhos . Quem dirá estrangeiros?
É claro que sempre tem um ou outro que é mais "cool", graças a Deus, mas é coisa rara por aqui. O excesso de cuidado que os japoneses tem em não incomodar os outros os tornam pessoas muito inseguras no contato pessoal e normalmente eles nunca sabem que tipo de conversa puxar com alguém novo quando o encontro é casual. Ahhh, eu odeio isso nos japoneses. Mas fazer oque?
Como dizem por aqui, o Japão é um país onde se come "Soba"( macarrão japonês) chupando  e quem estiver incomodado com este costume, que não entre no restaurante. Eu particularmente acho horrível este costume de chupar o Soba ou o Lamen , mas isto é um habito entre eles para degustar melhor o sabor do caldo que acompanham estes pratos tipicos japoneses que se come com "ohashi" (pauzinhos), e não é considerado feio fazer aquele som de quem está chupando sopa com macarrão, e nem tão pouco é feio falar com a boca cheia por aqui.
No meu caso eu tenho que tomar muito cuidado porque ultimamente ando chupando o "Soba" . É mais gostoso realmente. Mas isto não pode se tornar um hábito porque se eu volto para o Brasil fazendo isto será um desatre. Falar com a boca cheia então. Nem pensar.
Aos poucos com a convivência cotidiana vamos ficando iguais, pegando os hábitos locais. Aiai, espero não ficar tão silenciosa assim...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Aprendendo linguas

Ano Novo e aquela velha necessidade de mudar a vida, ou dar um rumo mais concreto para o meu futuro.
Decidi que vou estudar inglês enquanto eu estiver aqui no Japão. São muitos dias ociosos que a gente nunca tem nada de bom para se fazer por aqui e acaba meio que se contagiando com o desânimo da japonesada. Sem amigos (todos foram embora), sozinha no mundo, o melhor mesmo é cuidar de mim mesma.
Ainda estou sem internet e sem condições de pagar um professor , mas já vou adiantando um pouco o serviço do meu futuro professor. Vou começar a estudar sozinha como eu sempre fiz. Assim eu aprendi a falar japonês, espanhol e italiano. Com o inglês não será diferente.
Desta vez não é um sonho, é uma meta que vou propor para mim mesma. Quero estar falando inglês fluêntemente até a Copa do Mundo. É pouco tempo para ter fluência na língua , mas vou tentar mesmo assim. Eu tenho os meus próprios métodos autodidáticos. Espero que funcione com o inglês também e se eu conseguir atingir um nível intermediário em um ano já será uma grande vitória.
Não me lembro quanto tempo demorei para aprender o italiano, mas me lembro que eu senti muita dificuldade nas aulas de gramática , mesmo já falando um italiano intermediário.  A questão é que eu aprendi a falar primeiro e depois a escrever. Assim como aprendemos o português, a  nossa lingua madre. A gente não aprende primeiro a falar e depois a escrever?
Por enquanto , vou aprendendo alguns vocabulários, a base da língua e quando eu estiver com a minha net ligada vou usando o tradutor do google que funciona muito bem para se ouvir a pronuncia das palavras. Pelo menos no italiano e no japonês a pronuncia do tradutor google está perfeita.
Vamos relembrar o verbo to be (ser/estar) para começar. E vamos lá!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Reforçando o ego

Hoje tomei coragem, peguei minha bike e fui a Lan house que fica á uns 25 minutos de bicicleta, em dias normais, mas como hoje não era um dia normal eu levei mais de meia hora. Muito frio e ventos fortes.
Fui atualizar o meu facebook, ler meus emails, abrir a pagina de visualização do meu Blog que eu não consigo com a minha internet meia boca , e obviamente fui dar uma olhadinha nos aspectos que me regem neste periodo. Não tinha muita coisa ruim, mas também não tinha nada assim de "MARAVILHOSO " aspectando neste mês. Aliás, é o meu mês de aniversário então todos os astros estão posicionados em aspectos iguais  aos de quando eu vim ao mundo.
Como não tinha nenhuma novidade assim tão representativa nos astros que me compelem, eu decidi reler o meu mapa natal em um site que eu acho ótimo, de uma taróloga espanhola. Ela é ótima, um dia vou consulta-la por telefone. Esta taróloga/astróloga tem a capacidade de interpretar os aspectos que nos regem com ricos detalhes sobre o nosso caráter . Coisas que às vezes nunca dissemos a ninguém. Ela é ótima.
Cada vez que eu releio o meu mapa natal, tenho uma outra persepção de mim mesma, ou seja, me compreendo melhor. Eh! às vezes eu mesma não me compreendo .
Aquilo que eu reli não era nenhuma surpresa para mim, mas eu estava precisando receber algum incentivo do além. Tá certo que eu tenho  a Deus, mas nada como um reforço moral da astrologia em certas horas.
Gostei de reler que sou uma pessoa "astuta" e "inteligente"e que tenho uma grande autoestima na medida certa. Isto reforçou o meu ego. Muito bom. Melhor do que receber um elogio . Claro que não tem só coisas boas no meu mapa, eu ainda tenho uma grande missão nesta vida que é o de aprender a "perdoar" as pessoas e a não ser tão inflexível e egoísta. Esta é a parte mais difícil, mas eu pelo menos já tomei consciência desta minha falha. Oque já  é uma grande coisa. Tem gente que vive uma vida inteira e não consegue admitir as suas proprias  falhas de caráter.
Bom, hoje acordei cedo, fiz um monte de coisas que eu não faria de forma alguma neste frio dos infernos que faz aqui no Japão e estou com o meu ego em dia. Dia frutífero. Acho que eu vou dormir cedo hoje...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Monte Fuji

                                 Monte Fuji, o vulcão adormecido - Shizuoka-ken - Japan


Hoje foi mais um dia daqueles, frio e ventos à mais de 20 km , mesmo assim eu decidi sair de bicicleta para queimar algumas calorias que adquiri nestes dias de folga e ajudar uma amiga japa com a sua mudança. Na ida foi tranquilo, o vento estava à favor, mas na volta, eu quase morri com as minhas orelhas congeladas. O pior é enfrentar este vento gelado em áreas muito abertas, o vento te empurra para todos os lados, menos para frente. Depois de ajudar a minha amiga eu ainda pretendia ir para o outro lado da cidade de bicicleta, mas achei melhor voltar para casa antes que minhas orelhas se necrosassem e eu morresse pelas orelhas.
Que pena, hoje o céu estava azul e podia-se avistar o Monte Fuji lá de cima da ponte. Fiz somente uma foto, a minha camera não é muito boa para tirar fotos de paisagens , mas dá para ver um pouco o vulcão com o cume coberto de neve. O monte Fuji é um espetáculo quando visto de perto. Dizem que o Monte Fuji pode ser avistado de qualquer lugar do Japão. A primeira vez que eu vi o Monte Fuji eu estava em uma estação de trem de Toquio hà sei lá quantos anos atrás. A primeira vez que tive o prazer de ver o Monte Fuji de perto, faz uns 6 ou 7 anos, eu estava em muito boa companhia em uma cidadezinha bem proxima ao Monte Fuji, creio que era Gotemba.
Ainda quero ir mais perto do Monte e se possível escalar o monte. Se eu tiver saúde para tal. Dizem que quanto mais avançamos em direção ao cume o ar se torna muito rarefeito e muita gente passa mal.Vou providenciando os meus batões de nord walking.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Reinventar-se

2-1-2013 – CAPRICÓRNIO
Como reinventar-se sem bagunçar toda a vida? Eis uma fórmula que se você conseguir encontrar fará de você uma pessoa famosa, já que todos os seres humanos buscam reinventar-se sem bagunçar todo o resto.


Mais uma previsão do astrólogo Quiroga que tem muita relação com o momento que estou passando. Reinventar-me, está aí o meu grande desafio para 2013, 2014,2015, 2016 e todos os outros anos seguintes.  Acho que vou mudar o nome do meu blog para "Under Construction".
Muitas mudanças  e projetos de vida sem uma base firme e sem um foco concreto, foi isto oque vivi nos últimos anos.
Meu grande desafio: Reinventar-me sem bagunçar mais ainda a minha vida.

I miei amore nascosti



Nessuno mi ha mai chiesto su di te,
Sembra che non sei mai stato in vita mia,
Ogni tanto, penso che ti ho sognato,
Tanto tempo è passato  da quando sei andato via,
Quella dolore di prima è anche  andata via,
Non ho mai detto a nessuno quanto ho sofferto,
Non ti ho mai detto che ancora ti penso,
Forsè non lo saprai mai,
Forsè quell'amore di favola che cercavi
Quando ci siamo conosciutti sono stata io,
Chissà ancora mi pensi come me?
Chissà quello vero amore che cercavo
Sei stato tu?
Chissà l'amore quando favola è così,
Da vivere soltanto nei sogni,
Io ancora ti tengo...nei miei sogni...

G.R.

Curiosidades do Japão

Em pesquisa realizada pela tv japonesa foi constatado que 50% dos jovens japoneses não fazem sexo e nem fazem questão de fazer. O motivo? Dizem que dá muito trabalho.
Hoje assistindo a um programa de tv de um apresentador super conhecido no Japão chamado Sanma-san, o mesmo comentou sobre o número crescente de jovens (maioria homens) que não fazem questão de ter uma namorada porque são "jyama", traduzindo: incomodam. Segundo ele o percentual é de 70%. Sanma-san ainda fez uma piada com a crescente tendência , dizendo que para os japoneses mais velhos isto é uma maravilha porque sobram garotas jovens para os homens mais velhos.
Mas oque será que acontece com os jovens japoneses de hoje?
A mulher japonesa se tornou desinteressante? é o efeito da crise mundial ? É o efeito tsunami?
A preferência dos homens japoneses sempre foi por garotas com rostos delicados e dôces, tipo Lolitas. Ainda é em moda e ainda existem muitas Lolitas pelo Japão todo. Cansaram do tipo Lolita?
Ao contrário da preferência dos homens , as mulheres japonesas preferem os tipos mais másculos, porém a tendência no Japão jovem é de um tipo denominado "garigari", ou seja osso puro. Músculos então, nem pensar.
Talvez os jovens tenham se cansado de sí mesmos. Ou seja realmente a falta de hormônios desta raça que anda se manisfestando nesta nova geração.
Uma amiga minha japonesa se casou a pouco tempo, uns 3 mêses e pasmem! Ela ainda não teve a tal noite de lua de mel porque o marido dela não funciona. Bem...maldades à parte, eu também se fosse ele não funcionaria, a japinha é muito feia e não tem nenhum atrativo que a denomine como  fêmea , é nadadora total, de frente e de costas, apesar de ser extremamente dôce.
O mais preocupante é que o desânimo total dos jovens japoneses não está presente somente no comportamento sexual mas em tudo na vida. Posso estar sendo leviana ao afirmar esta impressão, mas eu acho que o jovem japonês está sem perspectiva.
O Japão se tornou um país difícil de viver, fazer planos a longo prazo então, nem pensar. Talvez seja mesmo o efeito da crise mundial e do terrível tsunami que devastou todo o noroeste japonês. Todo japonês sabe que um dia vai ser engolido por um novo terremoto, que seja daqui a um mês, daqui a 3 anos, ou 30 anos.  Assim nem dá animo de constituir família, batalhar para comprar uma casa se tudo poderá ser destruido em segundos.
Será esta mentalidade que está alterado o comportamento do japonês de amanhã? Preocupante...