segunda-feira, 28 de abril de 2014

Procurar um novo amor dá trabalho


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Não sei se é mais dificil procurar um emprego em tempos de crise ou procurar um novo relacionamento afetivo. 

Como eu vivo no Japao e a raça japonesa não é muito atrativa para mim, eu caço com as armas que tenho : a Internet. 

Vou buscar lá do outro lado mundo e depois mando importar ou eu mesma me exporto . 

O problema maior é encontrar a pessoa certa que esteja disposta a pelo menos viajar para se conhecer. Nem todos querem ou podem. Bom, se não podem por questóes financeiras é melhor nem perder tempo. Relacionamentos interculturais costumam dar muitas despesas com viagens de encontro. 

Muito bem, os sites que eu frequento não estão rendendo nada , jà me inscrevi em um outro site de gente mais madura, acima dos 40 anos. Nestes sites as conversas sao sempre mais respeitosas e sérias com fins de matrimônio. O problema é a idade dos pretendentes , tudo filhote de Matusalén querendo uma nova chance de viver o amor. 

Atè aí , se o cara tem uma vida financeira estável ,não perdeu todos os cabelos da testa e ainda consegue enxergar o bingulin sem ter que desviar da pança, ainda daria para encarar. 

O problema é a mentalidade dessa gente que já passou dos " enta". Pelo menos a maioria dos europeus que buscam parceiras na net são cidadões de cidades pequenas ou vilarejos. Imagina a mentalidade desse povo? 

No momento, estou podendo escolher. Acabei de entrar no site e pelo que eu vi , tem muita gente seria sim. Vamos ver no que vai dar isso. 

Sinceramente , acho mais facil procurar emprego no Alaska. Mas , desistir jamais!

 Vai que eu me apaixono por um portugueissss bigodudo e vou plantar azeitonas lá em Trás dos Montessss? 

Nas questões do coração o que vale não é tanto a sua aparência fisica e nem o seu curriculum vitae, aquilo que vale mesmo é a emoção que se sente com o encontro. 

Ultimamente os meus " encontros" não passam de entrevistas profissionais.  Ninguém me interessa e ninguém me emociona, oque è pior. Fico sò analisando a aparência, os dentes , as unhas e a quantidade de cartões de crédito. 

Nada de romance no ar. Ninguém consegue me seduzir apenas com o olhar e me convencer de que ele é a pessoa certa para mim, mesmo sem balbucear uma única palavra. 

No momento, ando apenas distribuindo e recebendo curriculuns...

homens turcos


Esteriótipos à parte,  todo turco que se preze tem um belo bigodão , e muito, muito pelo no corpo todo.


Como eu havia comentado no meu último post tem uma verdadeira chuva de turcos nos sites de relacionamentos. Sinceramente não sei dizer de onde aparecem tantos turcos . Deve ter sido alguma abertura à internet , ou coisa do gênero. Existem países que proibem ou controlam o acesso livre as redes sociais, a Turquia pode ter sido um destes países que foram liberados das restrições. Vai saber?

Andei pesquisando sobre esta raça asiática, seus costumes, religião e tudo mais, mas aquilo que li em alguns blogs sobre os turcos é pura ilusão. Meu Deus, será influência da novela das 8 da Globo?

Muita historinha de romances virtuais com parceiros românticos , atenciosos e cumpridores das leis do Alcorão. Nem todos são assim tão certinhos . 

Como eu nunca lí o Alcorão não posso estar criticando os turquinhos virtuais, mas cá entre nós, e que ninguem nos ouça. Ohhh, turcaiada safada!

Pelo menos os turcos que vivem aqui no Japão são bem safadinhos. A maioria deles são casados com japonesas , por amor , por solidão ou conveniência para obtenção de visto permanente. 

Ouvi dizer que eles usavam brasileiras residentes aqui no Japão para entrar e sair do Japão porque eles não tem os mesmos direitos de utilização do reentry como nòs brasileiros. Saiu uma vez do país, tem que renovar o visto de ingresso. 

Conheci um turco que vive aqui no Japão, através do Badoo.com , segundo ele, é solteiro e sem filhos com 45 anos. Homem solteiro e sem filhos com esta idade? Muito estranho.

Pesquisa daqui, xereta dalí, encontrei uma foto " atual" do turco no facebook , na pagina de alguns amigos dele, o cara deve ter lá uns 60 anos. Os amigos dele no facebook estão invisíveis para mim, mas como eu sou macaca velha, fui fuçando a pagina dos comentàrios . 

Bom, descobri que o cara era no minimo uns 10 anos mais velho do que ele havia me falado, mas o mais estranho é ele querer meu telefone, sair comigo para jantar e não querer mostrar a cara no Skype. No mínimo é casado. Ahhhhhh, turco veio safado!

E eu là sou louca de sair com alguém que conheci na net sem nem saber onde ele mora, o que faz da vida, quanto ganha e outros lá, lá, lás?

O pior é que um amigo dele ( do facebook) que vive aqui no Japão, casado com uma japonesa , andou fuçando o meu perfil no mesmo site onde conheci este turco safado que tem problemas de memória. Se ele não se lembra nem da idade dele, deve ser um caso de Alzheimer, no mínimo. 

O tal amigo dele não se identifica como homem casado, mas na pagina de apresentação ele diz querer conhecer garotas com mais de 20 anos. Será que Allah perdoa?Ahhhh, turcaiada safada!

Está muito em moda conhecer pessoas pela internet e daí começar uma relação de amizade ou até mesmo relacionamentos sérios para um compromisso futuro, tudo dependerá das intenções de cada um . E como saber se a pessoa do outro lado da Web cam está falando a verdade? 

Não existem garantias, assim mesmo quando conhecemos alguém em uma balada, um bar, ou na rua. Não sabemos nada sobre a pessoa. 

No caso de contatos via sites de relacionamentos virtuais, é preciso ter muito mais feeling para identificar o cara sério do safado, ou daqueles que adoram ficar te alugando na web mas não passam de grandes sonhadores e contadores de estórias( conto de fadas) . Perda de tempo total. 

Mesmo assim eu ainda gosto de teclar com alguns contadores de estórias italianos porque assim eu pratico o meu italiano e faço um favor para eles também. Mas cá entre nós, os italianos são lindossss e não são muçulmanos. 

Uma boa dica para quem está ainda influenciada pela novela das 8 da Globo e insiste em viver uma relação com fins de compromisso com este povo asiático, o melhor mesmo é procurar selecionar com quem fala. Quando não existe nenhum tipo de informação sobre a pessoa na net, fica muito dificil saber se a pessoa está falando a verdade ou não.

Dados como a empresa onde trabalha ( o telefone e endereço) , a faculdade onde se formou e os contatos da sua pagina do facebook jà são uma boa fonte de informações. 

Outro detalhe importantíssimo quando se trata de " sonhar" um compromisso com alguém culturalmente e religiosamente diferente ao nosso é estudar sobre o assunto. Não queira sonhar com o impossível para depois ver-se dentro de um pesadelo. 

Outra coisa que não gosto dos turcos é a mania de postar fotos de armas e fotos escabrosas de crianças assassinadas pelos xiitas ( muçulmanos radicais) , em páginas do facebook. Não penso que seja de bom tom. 

Cada país com a sua cultura, mas misturar demais pode dar uma grande indigestão. 








domingo, 27 de abril de 2014

Complexo de " buzanfa"


Todo mundo já deve saber que o Japão é o país dos complexados, se não são os " zoinhos" rasgados  é o tamanho do rosto ( mandibula grande) , a falta de peito , de buzanfa e por aí vai. 

A maioria das japonesas sonham ser como as européias , louras, altas e de olhos azuis . Mas porque será que esta raça não se aceita? 

Aqui no Japão é dificil encontrar alguma garota com cabelos negros e lisos, apenas as colegiais porque a escola não permite. A maioria pinta os cabelos de louro, ou um tom meio louro cenoura. Horrível. 

Outra questão que chama muito a atenção é a falta de roupas decotadas. Nenhum decote V mais profundo. Todos os botões das camisas japonesas vão até o pescoço e a maioria das jovens ( mesmo no verão) usam uma blusa em cima da outra , ou cobrindo a buzanfa. 

Ahhhh, a buzanfa! Paixão dos brasileiros . Mulher sem bunda no Brasil não tem vez!

Em compensação, aqui do outro lado do planeta as japonesas não tem nem bunda e nem quadril. São aquilo que chamariamos de nadadoras no Brasil. E quando as nadadoras japonesas engordam? Parecem mais um colchão amarrado porque elas engordam por igual...reto. 

Eu andei engordando demais nos últimos tempos , e apesar da minha ascendência japonesa, não sei explicar o que acontece com a minha "buzanfa" que aumentou demais. Não que eu seja uma " mulher melancia" ( exageros à parte) , mas aqui no Japão, a buzanfa das japas e a coxa é tudo uma coisa só. 

Se fosse no Brasil seria a Glória, mas como estamos no Japão, eu fico meio complexada de andar pelas ruas com uma legging. A minha buzanfa está acima do " normal " para os padrões japoneses. Chamaria muito a atenção e logo perceberiam que eu não sou japonesa. 

E como andar pelas ruas do Japão sem ser denunciada pela "buzanfa"?

Decidi fazer como as japonesas e vestir uma blusa em cima da outra ( uma mais longa) para esconder a " buzanfa". 

Isto é Japão!



Os aspectos de Marte



Ahh, essa minha vida de astróloga fajuta!

Sempre acompanhando os aspectos que me regem em cada momento da minha vida , porém, sem saber ainda como administra-los da melhor forma. Mas será que dá mesmo para tirar proveito de aspectos críticos sem se deixar levar ?

Até dá, mas é um " lavoro" muito muito complicado. 

As estrelas apenas nos dizem aquilo que está ocorrendo e não o " fato" real. Vou tentar ser mais clara.  As estrelas traduzem aquilo que estamos sentindo e não necessariamente aquilo que deveria ocorrer. Deu pra sacar aonde é que entra o nosso livre- arbítrio?

Quando temos consciência daquilo que ocorre no Universo é mais facil administrar as nossas emoçōes e mudar os efeitos de tais aspectos. Pelo menos deveria ser assim, na prática.

Nem sempre funciona ter conhecimento real do que nos ocorre. 

Estou com vários aspectos em Marte, o planeta da ação , da coragem, e dos acidentes imprevistos também. Normalmente , estes aspectos não me causam acidentes , mas muita irritabilidade. Cada um reage aos aspectos conforme o seu caráter . Devo sempre recordar que a minha Lua ( minhas emoções) é escorpiana. O que me causa muita impaciência e atitudes passionais.

Ultimamente tenho sentido coçeiras no pescoço. Seria alguma alergia?

Lavei todas as fronhas e lençois, afinal, este país é cheio dessas coisas no ar . Dizem as más linguas japonesas de que todos os virus e bacterias vem pelo ar , lá da China. 

Cheguei a conclusão de que não é uma alergia. Afinal, acordar pela manhã com coceiras no pescoço é sinal de que algo foi liberado durante o sono. No meu entender, o meu subconsciente se manifestou no meu pescoço. 

Seria Marte com seus aspectos retrógrados mexendo com o meu emocional?

Acredito que sim, falta de paciência com a rotina e sem saco para conviver com os " colegas " japoneses. Ando com alergia da mentalidade local. 

Mas será um karma? 

Sim, é um karma. Tudo aquilo que devemos viver , mesmo contra a nossa  vontade, é karma. Todo karma , quando ruim é um aprendizado. Não adianta tentar fugir dele. 

Fatalista? Sim, totalmente.


Encarando a realidade


Vamos encarar a realidade. Ninguém pode ser feliz em um país com mentalidade oriental. E não me refiro apenas ao mundo que eu vivo no momento, o ocidente é mais livre em todos os termos.

Sabado fui trabalhar, como sempre , e ainda fiz 2 horas extras. Logo chega um colega japa que estava fazendo horas extras durante toda a semana em uma outra seção. Ele estava sem dormir desde sexta- feira. 
Fiquei pensando...

Mas o japa é jovem, tem 24 anos, tem profissão ( é cabeleireiro) , é simpàtico, falante e inteligente. Porque será que em pleno sàbado ele prefere ir trabalhar do que aproveitar o final de semana?

Tem um outro japa que me intriga também, ele não é contratado como todos nós, ele é funcionário vitalício , e se não me engano , ele é formado em engenharia na Universidade de Hiroshima. Também é um tipo simpàtico , bonito ( coisa rara), jovem ( 31 anos)  e inteligente, mas ele prefere ficar enfiado no trabalho do que aproveitar a vida. Não são raras as vezes que ele fica telefonando de casa as 2 da manhã para o trabalho . Mas dorme pensando no trabalho?

Bom, pelo menos nos feriados prolongados ( existe isso aqui) , ele vai para a sua cidade na casa dos pais, o que é bem comum por aqui. Nos finais de semana os apartamentos ficam vazios. Todos retornam para aquilo que eles chamam de ( dikka) , ou a casa de origem familiar. 

Enfim, o que eu quero dizer é que todo mundo faz as mesmas coisas, pelo menos nas regioēs distantes das grandes metrópoles como Toquio. Aqueles que sabem e podem aproveitar melhor a vida viajam para países estrangeiros com seus guias turísticos para fazer compras e ver momumentos histõricos. Nenhum japonês se aventura a sair de mochila por este mundo à fora sozinho. Dizem que é em função da língua, mas eu particularmente penso que eles são " cagões" mesmo. 

E para nós estrangeiros que vivemos neste país?
Pelo menos na minha opinião, a rotina é algo maçante, e por mais que você queira viver de outro modo não hà como escapar deste clima que fica no ar. 

O trabalho ainda é prioridade em terras nipônicas e o sistema funciona assim. Não há como fugir de tal mentalidade mesmo em época de crise quando até sobra tempo para o lazer. Parece que tudo está entrelaçado e se você não se dedica a muitas horas de trabalho não poderà desfrutar de seus poucos momentos de lazer. Claro, falta grana. 

Muitos japoneses ainda trabalham naquele sistema quase escravo que não se recebe absolutamente nada por tempo de serviço. São os funcionàrios temporários que muitas vezes trabalham toda uma vida em uma mesma empresa sem receber benefício algum do governo. 

Eu acho sacanagem, uma empresa refazer o contrato de alguém por periodos de 2 meses por seguidos anos e não indenizar um funcionário quando da sua demissão.

O sistema japonês funciona assim hà séculos , apesar de algumas mudanças na lei, na prática a mentalidade é a mesma e tudo continua igual. 

E quem é que pode ser feliz assim?

Outro detalhe que me espanta em épocas de globalização da economia , é a tendencia japonesa de não unir forças com outras nações vizinhas por questões políticas do tempo da guerra. Como pode um atraso mental destes contribuir para o avanço do país?

Está mais do que comprovado que em épocas de crise é preciso inovar e correr riscos. 

Inovar? Correr riscos? 

Japoneses odeiam estas coisas. E como é que se vive em um país sem abertura mental para o novo?

Não se vive, se vegeta. A exemplo dos meus colegas japoneses que são ainda muito jovens , mas não possuem autonomia para inovar absolutamente nada. 

E viva- se com isso. Quem mandou escolher o Japão como a segunda casa?








quinta-feira, 24 de abril de 2014

Intercâmbio Cultural



Nos meus laboratórios ( experiências) com relacionamentos interculturais aprendi muita coisa que hoje faz parte daquilo que sou. Pequenos aprendizados que hoje ,fazem toda a diferença na minha vida. 

Como dizem:  Nenhuma  pessoa , ao passar por nossas vidas vai embora sem nos deixar nada. Elas deixam rastros, vestígios, aromas, e um pedaçinho da sua alma.

Com um deles aprendí o quanto  podemos viver plenamente cada momento da vida com uma pitada de paixão e loucura.  A vida acontece mais rápido para aqueles que ousam , mesmo correndo o risco de quebrar a cara. 

Viver um dia após o outro. Esta foi a frase que ele me disse e me marcou para sempre. Nunca mais fui a mesma . Perdi o medo . 

Em uma outra experiēncia , também fantástica sob um aspecto cultural , aprendi o quanto é importante morar bem. Ter uma casa limpa, bem decorada e se possível com um belo jardim repleto de cores . Abrir a janela e poder vislumbrar a beleza da natureza logo ao despertar. 

Este me ensinou o quanto é importante para o nosso equilibrio emocional poder ver o " belo" dentro de casa ou da janela de casa. Me ensinou a apreciar a Natureza e fugir de estados melancólicos ou depressivos. 

Me ensinou também a preparar uma bela mesa de jantar. E não podiam faltar as velas aromatizadas. Todo este preparo e zelo eram a representação do respeito com quem se sentaria à mesa. No caso, nós  mesmos.

 Hoje, nunca deixo faltar uma velinha aromatizada à mesa, mesmo quando estou sozinha. Eu me respeito. 

Um outro me ensinou sobre " relacionamentos". Não cancele nunca alguém da sua vida, ou até mesmo do seu facebook só porque agora você não precisa mais dela , ou simplesmente porque ela tomou um outro rumo na vida, ou se casou. Mantenha sempre um contato respeitoso com aquele ( a) que um dia preencheu os vazios da sua alma , mesmo que por apenas um final de semana. Seja gentil. 

Não apague nunca uma bela passagem da sua vida , só porque ela foi curta , ou não te rendeu frutos . São recordações que fazem parte da sua vida. 

Aprendi tanto sobre a vida com estes " professores da vida" que nem tinham em momento algúm a pretensão de me ensinar absolutamente nada. Fui apenas absorvendo aquilo que me tocava à alma de alguma forma através da mentalidade cultural de cada um. 

Se somos realmente aquilo que vivemos, hoje eu tenho um pouco de todos em mim. 

Totalmente européia. 

Comportamento, civismo, valores de família, prazeres à mesa, respeito . Nunca em uma vida inteira de Brasil consegui absorver tanta coisa apenas observando o comportamento das pessoas à minha volta. 

Afinidade mental? Pode ser que sim, mas pode ser que onde eu vivia antes ( o meu meio) e as pessoas com quem eu  convivia , não tinham absolutamente nada a me oferecer...

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Hipocrisia



Se existe uma palavra que não me cabe é a hipocrisía. Esta palavra não existe no dicionário da minha vida e nem nunca existirá, sou franca e verdadeira demais .O que  às vezes chega a ser um grande defeito neste palco ( circo ) armado da vida.

Não aceito ser condicionada  a absolutamente nada que não me seja conveniênte. Não sei atuar, não sei fingir a minha insatisfação e dizer: -Ah, tá  tudo bem, se está bem assim pra todos, eu também concordo. Nunca vão me ouvir dizer uma frase desta se eu não estiver  de acordo com a maioria, a não ser que seja conveniente. 

Conveniência, esta é uma palavra que eu gosto. É sinônimo de cabimemto, decência, decoro, lucro, vantagem e utilidade. Tudo isso junto é bom demais. 

Adoro tudo aquilo que é conveniênte pra mim. Nada de sofrer, se sacrificar, se violentar ou coisas do gênero. Já fiz muito e por vezes ainda faço por conveniência. 

Talvez esta seja mais uma característica marcante no signo de Capricornio, mas sem ela não se vive. Não ao modo Capricorniano. 

Os  Capricornianos são muito conveniêntes , apesar da fama de materialistas, aquilo que conta muito na hora de decidir alguma coisa importante é a sua própria conveniência. Coisa de gente egocentrica e individualista , que nada tem a ver com materialismo. É pura busca de segurança. 

E não me venham com hipocrisia ! A segurança material é algo que nos tranquiliza nesta vida . Não me refiro a possuir uma mansão com vários empregados, iates, carros importados, roupas de grife e todo o luxo que uma vida financeira bem sucedida possa nos oferecer. Me refiro a não sofrer com a falta daquilo que nos dá prazer. 

Cada pessoa tem o seu grau de " prazer" na vida . Tem gente que nasceu tão humilde ( quase medíocre) que se contenta com muito pouco e não faz absolutamente nada pra mudar e se contentam com os restos dos outros. São os humildes conformistas, ou preguiçosos. 

Tem os ganânciosos que não perdem  uma chance de puxar o tapete de quem quer que seja. Estes são  os famosos fdps. 

E tem os que correm atrás daquilo que acreditam merecer por todas as vias. Não importa por onde , eles  sempre enxergam  uma possibilidade de melhorar a sua situação . São os oportunistas. 

E tem algum mal em ser oportunista? 

Não perder nenhuma oportunidade na vida é questão de inteligência, nunca foi sinônimo de falta de moral. A não ser que este oportunismo acabe desfavorecendo alguém. Aí não é mais oportunismo , é sacanagem mesmo. Percebeu a diferença ?

Dentro do meu oportunismo sano, já me aproveitei de várias situações e continuo me aproveitando. Conveniēncia e oportunismo são duas armas poderosas pra quem sabe utiliza-las de forma inteligênte. 

Unir o útil ao agradável sempre foi o meu lema e continua sendo. Não sou hipócrita. Sei muito bem onde os meus calos doem e sei também oquê me satisfaz. Dinheiro no banco. 

Pode ser fruto do meu trabalho , como pode ser fruto do trabalho de alguém. Não importa. Se è compartilhado satisfaz do mesmo jeito. A falta dele é que nos desestabiliza. 

E não me venham com idèias romanticas de um amor e uma cabana . Até mesmo a cabana tem o seu preço e alguém deve pagar por ela. 

Não é uma roupa de grife , um carro importado ou uma viagem todos os anos para a Europa que faz alguém feliz. Aquilo que nos sacia a alma é saber que não temos tudo isso porque simplesmente não nos faz falta, mas podemos ter no momento que quisermos da forma que quisermos. 

Conta bancária gorda, estilo Tio Patinhas. Esta é a  verdadeira tranquilidade  ( zen) Capricorniana. 

Vida louca

                        Tim , tim . Vida louca japonesa! 


Estando no Brasil viver uma " vida louca" é sinônimo de festas, baladas e muitos  imprevistos festivos sem data nem hora certa pra acontecer. Agora, imagina a vida louca aqui na terrinha fos comedores de carne de baleia?

Aqui " vida louca" é ir trabalhar das 8:00 da noite   até as 8:00 da manhã e ainda voltar no mesmo  dia as 3 da tarde pra fazer outro turno . Coisa tão normal!

Outro dia eu estava comentando com uma amiga japa sobre esta " vida louca" dos japoneses que priorizam sempre o trabalho. Não importa se você está fingindo trabalhar , mas é muito nobre estar no  trabalho enquanto outros estão em casa. É a mentalidade local, não tem jeito. 

Por mais que você queira sair desta tendência japonesa, até mesmo em época de crise , nós acabamos tomados por esta cultura local e qualquer " hora extra" no trabalho acaba sendo sempre prioridade. 

Difícil para nós estrangeiros que estamos habituados a ter finais de semana remunerados pra sair e encher a cara com os amigos, dançar, ficar, paquerar , ir ao cinema. Enfim, coisas normais e necessárias para uma vida saudável. Aqui no Japão tempo é dinheiro.  

Eu estou tentando me encontrar com um amigo italiano hà meses. Ele é o único que me entende e talvez eu seja a única alma humana que entenda  as suas aflições também.

Quando nos encontramos é um tal de se lamentar da vida. Italianos gostam de reclamar da vida. Mas nestas condições, encontrar alguém que nos entenda e seja neutro ( não japonês) e nos entenda e nos ouça , é realmente uma terapia. 

O nosso maior problema é a falta de tempo. Ele trabalha direto , sei lá quantas horas em um restaurante italiano e folga no meio da semana. Eu folgo de domingo e segunda. Difícil nos encontrarmos. A última vez que nos encontramos eu creio que foi no ano passado , nem me lembro mais. 

Pra mim ele é o meu " fratellino del cuore" ( irmãozinho do coração) , ele é mais novo que o meu irmão , que no passado era o meu protegido.  Gosto de ter a sensação de ter amigos que são del cuore. Bom, pelo menos pra mim é assim que eu o vejo, posso estar enganada. Espero que não, seria uma desilusão romanesca muito grande. 

Quando eu o conhecí ele era cheio de sonhos. Queria viver no Japão o seu sonho adolescente. Ele se casou com uma japonesa aqui de Shizuoka neste meio tempo e já tem  até uma bella bambina. Mesmo com uma vida que deveria ser " normal" aqui em terras nipônicas, afinal ele concretizou o seu sonho, ele ainda se lamenta da falta que lhe faz a sua bella Italia . 

Eu o entendo muito bem. Não que me faça falta o meu Brasil, acho que perdi o " tesão" pelo Brasil desde a última vez que retornei ao meu país, mas entendo muito bem a " falta" que ele sente da Itália, um país que simplesmente nos apaixona . É diferente de estar habituado com o nosso país de origem( no meu caso o Brasil), a Itália é um país que nos inspira tantas coisas, tantas emoções. 

Existe vida e emoção em cada esquina, em cada parede pintada ( afrescos) , em cada ponte, em cada monumento histórico, em cada estátua esculpida por mãos geniosas. 

Existe paixão. 

Tá aí uma coisa que  me faz muita falta na terrinha dos comedores de miojo lamen com carne fresca de baleia... a paixão...

Voltando do trabalho às 4 da manhã , coisa normal por aqui, o que me resta é encher uma taça de vinho tinto e levantar  um brinde a esta " vida louca" japonesa. 

Salute!! tim tim ! 




domingo, 20 de abril de 2014

Ignorando datas



Viver em um país culturalmente diferente  ao de nossa origem não significa apenas aprender a respeitar a cultura local. Significa  esqueçer um pouco de quem somos. 

Como todos sabem, o Japão é um país de cultura milenar, e grande parte de sua população é xintoísta ou budista. Aqui , ninguém sabe o significado de datas cristãs, mas mesmo assim eles comemoram o Natal , como uma data comercial , e alguns casamentos são celebrados em igrejas de mentirinha, apenas para ter aquele momento hollywoodiano de desfilar com trajes ocidentais , como nos filmes americanos. 

A Páscoa então, é inexistente por aqui, mas alguns japoneses ainda conseguem encontrar ovos de Páscoa americanizados por aqui com um grande " Happy Easter" inscrito na embalagem. 

Não sou católica praticante , portanto, é muito fácil acabar esqueçendo de tais datas, ou melhor dizer, ignorar tais datas, porque esqueçer é difícil. Quando " algo" ou " alguém" não faz parte de nossa vida cotidiana acabamos deixando de lado, tentando admitir  para nós mesmos que,  " não tem importāncia".

No fundo, sempre tem importāncia sim, mas é uma parte de nós que preferimos esquecer quando estamos longe. Todas as comemorações cristãs levam a união com o todo, através  da família. Podem imaginar o quanto é triste não fazer mais parte desta tal união familiar por seguidos anos?

E , como se fosse possível esqueçer desta parte de nós, tentamos ignorar tais datas e buscar razão na cultura local. Evitando sofrer  com a lembrança de quem èramos. 

Nestas datas fica sempre plantado dentro de mim um sentimento de " ninguém me entende". 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Os aspectos de Netuno

  

 Netuno na mitologia grega é o deus  dos mares e dos oceanos. Uma viagem ao nosso subconsciente. 



Nenhum aspecto astrológico é capaz de definir o nosso destino, as tendências existem, mas tudo dependerá muito mais da nossa compreensão de viver tal aspecto e a capacidade de transforma-lo. 

Apesar desta consciência sobre os aspectos que nos regem a vida, o mais complicado é saber reagir de forma eficaz para evitar aspectos de ordem negativa. Seria necessário ter consciēncia do que realmente está ocorrendo em dado momento. 

Quem dirá para um menino de apenas 11 anos?

Quem não se escandalizou  com a triste historia do menino de 11 anos que foi cruelmente assassinado pelo pai e pela madrasta  em uma cidade do Rio Grande do Sul?

Eu fiquei tão horrorizada com a tamanha crueldade que o ser humano é capaz de cometer que até fiz uma oração para ele. Que ele esteja em paz ao lado de sua querida maē. 

Analisando os aspectos vigentes em seu Mapa Astrológico , pude perceber uma imensidão de aspectos de Netuno em oposição, e um dos aspectos que me impressionou pela sua eficácia em descrever o que estava ocorrendo com o garoto em 4/4/2014 , data de seu falecimento, é um aspecto desarmônico que Netuno fazia com Marte. 

"Trata-se de um longo período onde podem ocorrer diversos acontecimentos negativos. Podem aparecer inimigos secretos e causar situações surpreendentes. Podem ocorrer problemas com a polícia."

A interpretaçào acima é apenas uma de tantas que pesquisei na net, mas não é preciso pesquisar tanto para compreender que Netuno estava desenhando ocorrências perigosas naquele periodo em que se posicionava em oposição a Marte. 

Outros aspectos negativos de Netuno denunciavam vivências com drogas. Uma  das hipóteses da polícia é a de que o garoto teria sido dopado pela madrastra antes de ser cruelmente assassinado com uma injeção letal. Coincidência?

Dor pânico e sofrimento é o que marcava os céus daquele inocênte  garoto de 11 anos. Fatalidade.

A pesquisa que fiz não é 100% ( nada nesta vida é) porque não tive acesso ao horário de seu nascimento. Como sempre, afirmo que não sou astróloga, apenas uma pessoa curiosa por saber os porquês  da vida . 

A cada dia que descubro mais, mais me pergunto. Porquê?



domingo, 13 de abril de 2014

Gente educada ou mentirosa?


A educação tem um pézinho na mentira , não acham?

Existem pessoas que estão sempre sorrindo, sempre nas melhores baladas, sempre super sociáveis e educadissimas, mas....

Eu, desde pequena sei intuir se uma pessoa está sendo verdadeira ou se está apenas fingindo, forçando a barra para ser gentil e educado, quando na verdade a vontade dela é de furar os seus olhos. Isto se chama vibração, tem gente que percebe , tem gente que passa por cima. 

É fácil perceber a falsidade de uma pessoa quando ela vibra meio nervosa, narinas dilatadas, olhos arregalados, suor nas mãos , etc. Mas e aquelas que fingem o tempo todo sorrindo?

Você fica sempre com uma ligeira impressão, mas não tem lá muita certeza dos reais sentimentos e pensamentos da pessoa. Complicado heim.

Nestes casos, o jeito é relaxar e fazer de conta que ela nem existe. Éh, porque se você nunca sabe se a pessoa é sincera , nada melhor do que se afastar destas dúvidas , não?

Ou, faça como eu. Analise o Mapa Natal dela, faça um mapa de comparação ( afinidades) , e depois fique ligada no comportamento dela. Ligue os fatos e você terá a resposta. 

Nem sei dizer se é legal saber demais. Depois que eu virei meio bruxa e fico analisando o mapa de alguns amigos, eu tenho chegado sempre a conclusões muito acertadas. Me sinto poderosa nestas horas, mas ao mesmo tempo um pouco frustrada. 

Eu sou um livro aberto e gostaria que as pessoas que se relacionam comigo também fossem assim. Não precisa contar assuntos intimos, mas seja verdadeiro. 

Se a vida está uma merda, não é vergonha nenhuma assumir e dizer: -" Olha, eu tô rindo sempre, mas a minha vida tá uma merda" . Simples não?

Ninguém é feliz todo o tempo, e ninguém é tão vazio o quanto aparenta ser. Claro, não vá despejando isso sem ser perguntado, e nem fique postando na sua pagina do facebook, jogando palavras ao vento. Privacidade é tudo, mas fingir também é desnecessário. 

Conheço algumas pessoas ( pouquissimas) que sempre estão rindo, sempre felizes e vivendo a vida intensamente, mas no fundo, pelo seu histórico de vivências, nem daria para ela " estar" feliz. 

Esta pessoa com certeza é infeliz e não se abre nem que a vaca tussa. Esse papo de dar a volta por cima depois de alguma ocorrência infeliz , não é de graça. Ninguém é capaz de se esqueçer de algo que a feriu profundamente em pouco tempo.

 Existe um tempo que se chama depuração. Algumas pessoas levam mais tempo, outras menos, e esta depuração irá depender muito dos próximos atos e ocorrências na vida desta pessoa. Se ela se der mal o tempo todo, é obvio que ela deve estar na pior, sob um aspecto psicológico e espiritual. 

E para quê fingir o tempo todo? Todos temos o nosso tempo para nos recuperarmos de algo, e por vezes não nos recuperamos nunca mais, mas a vida segue igual. Fingir que está tudo bem e superado é uma atitude que no mínimo não traz benefícios para a pessoa e ainda por cima passa por falsa ou vazia. 

Imaginem, uma pessoa que sofreu uma traição do marido. Você acredita que esta pessoa não está nem aí porque agora ela sai ( faz favores) com a torcida do Corinthians? 

Ela ri, ela compra roupas novas, ela está sempre bronzeada, e todos os homens estão aos seus pés. Quem não está bem consigo mesmo precisa urgentemente estar bem com os outros, e isto inclui a torcida do Corinthians. Quanto mais gente para ocupar o seu tempo e a sua mente melhor. 

Tenho algumas amigas assim. Não sei, eu não gosto não. Fico sempre com a impressão de que estou  perdendo o meu tempo em querer ser sua amiga. 

Pessoas  assim, nunca se permitirão estar tristes e dificilmente serão " verdadeiras" com os outros. 


E como ser verdadeiro se a sua vida é uma mentira?


Chuva de turcos na net



Quem me conhece sabe , o quanto eu adooooro conhecer novas culturas. Acho que sou uma aventureira, no bom sentido .

Adoro qualquer assunto relacionado a países diversos e a sua mentalidade local, mas isto não quer dizer que eu me adapte ou aceite a mentalidade de cada cultura. Penso que seja mais curiosidade e amor à culturas variadas sob um aspecto muito mais sociológico ou histórico. 

Tenho dois perfis , já bem antigos em sites de relacionamentos. Lá conheci virtualmente e pessoalmente algumas pessoas muito interessantes. 

Os mais frequentes eram os italianos. Estes sempre estão on- line. Normalmente são italianos de cidades pequenas. Com certeza não deve ter nada de muito interessante para se fazer à noite, e eles ficam direto na net. 

Ouvi dizer que é já um costume dos portugueses buscar relacionamentos afetivos pela net. No Brasil acho meio perigoso e desnecessário usar este tipo de ferramenta para conhecer pessoas. Afinal, só não sai de casa nos finais de semana quem não quer. Existem mil opções noturnas e as pessoas são muito mais abertas para se conhecerem em um bar, em uma disco, na rua ou em qualquer outro lugar. 

Pois é, mas quem não tem esta facilidade acaba optando pela net. Que é o meu caso. 

Em terras nipônicas dificilmente se conhece alguém diferente apenas andando nas ruas. Até acontece, mas é muito raro. Já fui paquerada na entrada de um super mercado aqui no Japão, mas o japa estava muito mal intencionado . Ele sabia que eu não era japonesa e de cara me convidou para dar um giro na praia com ele. Eu heim! Tô fora!

Voltando aos sites de relacionamentos, ultimamente eu nem entro mais porque está acontecendo um fenomeno muito estranho: a turconização. 

Não tenho recebido visitas no meu perfil de uma outra raça que não seja a turca. Bem, eu não tive uma experiência muito feliz no Brasil ao trabalhar para um turco. O cara era muito safado com questão a dinheiro. Devia para Deus e o Mundo e ainda não me pagou meu último salário. Além de tudo era pão- duro. 

Na hora do sufoco financeiro ( dele) quem aparecia sempre ( do nada) era a maē dele. Uma senhora muito elegante, mas super antipática. Por aquilo que eu percebi, se Alá ( Deus em muçulmano) não ajudava, quem tomava as rédeas da situação era a mamaē turca. 

Não vamos generalizar. Nem todo turco é filhinho da mamaē, e pão-duro. Porém, quase 100% dos turcos são muçulmanos, isto é fato concreto. 

Bom, cada país com a sua cultura , não é mesmo?

O que me espanta mesmo é saber que tem muitas brasileiras se relacionando com turcos pela net, e algumas até se aventuram a casar com eles e irem viver na Turquia, sem conhecer absolutamente nada sobre a cultura local. 

Gente! é diferente demais! Não estamos falando da Europa, estamos falando da Eurásia. E não me venham dizer que Stanbul é diferente porque não é. Pode ser mais ocidentalizada do que o resto da Turquia, mas para nós brasileiras é ainda tradicional demais. 

Minha gente, não confundam a Eurásia com a Europa. Eu prefiro me aventurar em terras alemãs com aquela gente friiiia e aquela língua do outro mundo, do que me aventurar na Eurásia. 

Eu havia comentado em um outro post que um turco que vive aqui no Japão me chamou para conversar e ir conhece-lo. Muito bem, sou aberta a conhecer pessoas de qualquer país, contanto que, a língua não seja um impecilho e nem tão pouco as diferenças culturais ou religiosas não sejam tão distantes. Tem que existir alguma afinidade , senão, com o tempo o relacionamento desanda. 

Minha amiga japa vive insistindo para eu marcar um encontro com o tal turco. Ela parece mais curiosa e animada do que eu. Até se ofereceu para ir junto no primeiro encontro. Com certeza ela está querendo dar muitas risadas ao ver dois estrangeiros se comunicando em japonês. Realmente, é uma coisa muito estranha e quase hilária. 

Às vezes o preconceito nos paralisa. Como o turco já me confessou que é muçulmano, apesar de viver entre a Turquia e o Japão hà mais de 27 anos, eu logo montei um perfil do tipo com idéias preconceituosas. 

Quando se vive muito tempo em um outro país, inseridos na cultura local , é normal que nos tornemos  um pouco parecidos com os nativos. Eu mesma hoje sou mais japonesa do que brasileira, porém, a minha fé em Deus ( aquele católico) continua intacta. Rezo todos os dias antes de sair para o trabalho e de vez em quando ainda leio a Bíblia. 

O mesmo deve ocorrer com o tal turco. Deve " estar" mais japonês do que turco  ( o que não acrescenta nada de especial) no seu comportamento, porém , com a alma intacta muçulmana. 

Sei lá! Deixa rolar! Eu não vou mover uma palha para saber...





sexta-feira, 11 de abril de 2014

Esconde esconde alla japonesa



Aqui na terrinha do Miojo Lamén, o povo tem a mania de esconder os verdadeiros sentimentos( eu herdei um pouco disso) . Um japonês nunca vai te falar na cara aquilo que ele está sentindo ou pensando. Dizem que é inconveniente, falta de educação...sei lá!

Normalmente te tratam com muita educação ou certa distância. Principalmente quando se trata de estrangeiros. Não penso que seja preconceito, é medo mesmo. 

Hoje vivi uma situação muito " esquisita" para o meu gosto. 

Ultimamente eu ando muito atarefada no trabalho e fazendo mil coisas ao mesmo tempo. É normal que eu cometa algum erro ou me esqueça de algum detalhe. Meu trabalho é muito cheio de detalhes.

Em casos assim, quando cometemos algum erro eu penso ser normal que a pessoa que encontrou algum erro nosso venha nos comunicar . Pois é, nem sempre é esta a reação de alguns japoneses. 

Percebí uma movimentação atrás de mim, um tal de olhar o relatório dez vezes, depois ir conferir no computador, um passa , passa , por cerca de meia hora. Obviamente que eu imaginei que fosse alguma coisa que eu fiz errado, ou que o japa não estava entendendo. 

Esperei ele vir falar comigo, como não veio, eu continuei meu trabalho e nem liguei. No final do dia quando fui conferir os meus relatorios tinha um X bem grandão em cima do meu relatório do dia anterior. Eu havia escrevido na folha errada e o japa estava que nem louco procurando o outro relatório, que não existia . Obviamente, se eu escrevi na folha errada, nem São Longuinho iria ajudar a encontrar. 

Pois, se o japa percebeu  que havia algo errado, não seria mais simples me perguntar? 

Assim eu mesma poderia ir verificar o meu erro e tomar mais cuidado. 

Não, esta não é a reação normal de alguns japoneses. Claro que isto difere de região para região, tem japoneses mais ao Sul que são bem diretos e quase estúpidos. Nem querem saber se foi você. É o que ele pensa e pronto! 

E ai de você se for responder no mesmo tom. 

O grande problema de trabalhar com japoneses é a tal da hierarquia e a timidez. Você nunca pode responder para o seu chefe ou algum veterano no mesmo tom. A timidez é outra coisa que atrapalha muito a comunicação entre departamentos. Os japoneses não são capazes de ir direto na fonte e pedir satisfação, eles rodeiam, rodeiam, e vão reclamar com o chefe. Em contra-partida, o chefe para não criar mais " encrenca" , muitas vezes nem chama as duas partes e poē panos quentes, que com o tempo começa a ferver. 

Gente! Assim não dá!

Não é por nada não, o meu pai era japonês legítimo. Portanto, eu conheço bem a raça. Esse negócio de não falar o que está acontecendo, pensando ou sentindo é coisa de robôs e marionetes. Não é questão de educação. 

Se é karma eu não sei, mas tem certas coisas que eu simplesmente não suporto na mentalidade japonesa , e posso viver anos aqui, morrer aqui, e nunca vou aceitar como normal, porque não é normal. 

A falta de habilidade para a comunicação, até mesmo entre eles , é uma deficiencia local e não cultura local. Pronto! Falei! 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Chat cultural



Quando estou em casa de folga e acordo de madrugada , a primeira coisa que eu faço é pegar meu ipad e fuçar na net. 

Neste final de semana decidi entrar em um site de relacionamentos que me inscrevi ha uns 2 anos atrás e nunca entrei. Deixei abandonado porque no site pedem o endereço e o cep , e eu tive que colocar o cep aqui Japão. O site conecta automaticamente com o Cep da regiao onde moramos e se limita a apenas aquele país, ou seja , o Japão.

O que que eu vou fazer com tanto japonês? Já me bastam os meus colegas de trabalho e o resto do Japão todo. Pelo Amorrrr!

Para a minha surpresa ao abrir a caixa postal haviam  várias mensagens , a maioria de japoneses, outros de brasileiros e peruanos que vivem por aqui. Dei uma rapida olhada e já predendia desconectar quando um italiano me chamou no chat. Conversamos um pouco e já estava desconectando quando uma chuva de turcos entrou no meu perfil. 

O que acontece ultimamente que os sites de relacionamentos andam lotados de turcos??

Me lembro que no Orkut chovia indianos, agora os turcos. Mas será por causa das novelas da Globo?

O mais interessante é que eram turcos que vivem aqui no Japão hà anos. Nem são mais turcos, são meio japoneses. Eh, todos me escreviam em japonês. È mole? Coisa mais esquisita, sô!

Eu fico imaginando , se eu estivesse no Brasil estas coisas não aconteceriam. Imagina um turco virar pra você e começar a conversar em japonês? 

Estas coisas estranhas só acontecem comigo aqui no Japão. 

Conversa vai, conversa vem. O japonês do turco era muito precário e eu tive que adivinhar quase a metade da conversação e adicionar algumas palavras em inglês . Olha eu arrepiando no meu inglês básico. 

Lá pela metade da conversa, que estava muito engraçada , não tanto pelo conteúdo, mas pela situação. Perguntei a ele se ele era muçulmano. Obviamente que ele era. Que meeeeeda!!!!

A gente ouve tanta coisa ruim dos fanáticos do Islã que acabamos generalizando e misturando todas as raças numa panela só e associando a imagem dos muçulmanos aos terroristas. Mas, mesmo que os turcos não sejam como os paquistanêses , iraquianos e afegãos ( sei lá se esse povo todo è muçulmano) , na crença Islã a mulher é tratada  de uma forma extremamente machista. 

Ele tentou me explicar que existem diferenças entre os turcos e mais uma raça que vive por aquelas bandas, mas eu não entendi. Nem dava, com aquele japonês meia boca do turco, mas isto atiçou a minha curiosidade. Lá fui eu fuçar na net sobre o Islã, a Turquia, e sua historia. 

Precisei abrir o google maps para entender qual era a localização exata de Stanbul e a influência que os turcos recebiam de outros países que fazem fronteira com a Turquia. 

Madonna Mia!! A Turquia faz fronteira com a Bulgária de um lado e com a Armênia e a Georgia do outro lado. Santo Deus! eu nunca ouvi falar nada destes países. 

Fuça daqui, fuça dali, encontrei uma região muito particular chamada Sart, e uma outra chamada Èfesos com suas colinas e as ruínas do templo de Artemis . E eu que jurava que o templo de Artemis ficava na Grécia. 

A minha curiosidade se transformou  em empolgação e decidi assistir varios videos desta região, que aliás tem passagens bíblicas em um reino que leva o meu nome. 

É história demais para se fuçar em apenas um dia e compreender tudo. Desde o Islã ao templo de Artemis. 

Mas olha só, o que um simples bate- papo em um chat pode desencadear quando o seu interlocutor é de uma cultura totalmente diferente. É pura cultura, na prática!

E agora vamos desvendar a Eurásia.. .que já me passou até o número do celular....


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Escrever = Terapia




" Transferir para o papel as experiências boas e ruins de cada dia ajuda a baixar a ansiedade, serve como desabafo e ainda estimula o desenvolvimento da escrita e a organização dos pensamentos" 


Confusão de pensamentos, ansiedade , irritabilidade , tristeza, euforia, inspiração. Tudo isso colocado em uma folha de papel pode ser uma grande terapia. E para aqueles que tem um talento nato, pode ser até aproveitado para criar estórias de ficção super criativas. 

Antes de começar a escrever ( desabafar) em um blog a minha mente era muito, muito confusa e desordenada. Ainda é, mas melhorou bastante à partir do momento que começei a escrever aquilo que estava sentindo. 

O ideal nem é um Blog, o ideal seria escrever um diário pessoal. Assim pelo menos a sua vida pessoal não ficaria tão exposta e sujeita a crįticas de pessoas que você nem sabe de onde vieram. Ao mesmo tempo , aprendemos a filtrar aquilo que pode ser escrito em um Blog Público e aquilo que não deve jamais ser exposto em um Blog de forma escancarada. 

Eu pelo menos aprendi a filtrar  aquilo que estou sentindo ou pensando no exato momento em que estou escrevendo. Isto ajuda a expressar o que sentimos de forma mais ordenada e reflexiva. Ajuda a cultivar o bom senso. 

A ansiedade é outra coisa que diminui muito quando começamos a expressar os nossos anseios de forma ordenada em uma folha de papel, ou Blog. Aquela necessidade de ser " ouvido" por alguém é paulatinamente reduzida e aprendemos a nos calar quando necessário.

 Coisa impossível quando não damos total vasão a nossa ansiedade através de alguma prática. A tendência é sempre desafogar ( tagarelar) em quem está por perto, não importa quem. Coisa mais chata não?

Escrever em um blog não deixa de ser um grande monólogo terapeutico e democrático. . 

domingo, 6 de abril de 2014

Autoconhecimento


      
                                                    Conheçe-te a ti mesmo. 



Já desde pequenos recebemos de nossos pais algumas heranças: religião , cultura, princípios e costumes . Por vezes,  nem isso recebemos. 

Eu acredito que a base familiar seja fundamental  para a formação de uma criança. O amor em família. 

Sem dúvida alguma aquilo que nos preenche a alma à partir da infância até a idade madura é o amor que recebemos de nossos pais ainda na infância. 

Quando existe esta " falta" do amor paterno ou materno, levamos este vazio na alma por muitos e muitos anos. 

Tudo aquilo que vivênciamos na infância fica gravado na nossa memória. Dificilmente uma pessoa esquecerá de certas sensações da infância , e acabará por leva-las por anos e anos a fio até a sua idade adulta. Cada pessoa reagirà de uma forma diferente, dependendo de seu caràter. 

Assim surgem os medos. Medo de quê? 

Medo de sentir as mesmas sensações do passado. Sensações são coisas que não se apagam , apesar de ser um sentimento que por vezes é momentâneo, as sensações da infância não se apagam jamais. 

Quantas e quantas pessoas chegam a sua idade madura, se casam, tem filhos, uma vida profissional bem sucedida e ainda assim se sentem vazios? 

Aí você vai dizer: Mas como? 

Com tantas pessoas a volta, com tantas conquistas e tantas referências de sí mesmo : pai, marido, filho , profissional bem sucedido. Ainda consegue se sentir vazio? 

Este vazio pode estar relacionado a experiências da infância . Em outros casos até mesmo experiências de vidas passadas. Seria preciso fazer uma regressão espiritual para saber a verdadeira razão. 

Muito mais do que buscar conforto através de alguma religião, as pessoas deveriam primeiro de tudo buscar o seu autoconhecimento. Conhecer a sí mesmo pode ser o antìdoto para os grandes males da     atualidade que sempre se apresentam em forma de depressões e auto-estima baixa. 

E como conhecer a sí mesmo, qual instrumento me ajudará a percorrer por estes caminhos até então desconhecidos? Como se faz isso?

Uma maneira rápida é buscar orientação através de algum profissional na área e começar alguma terapia. Rápida no sentido de encontrar orientação, não soluções. A solução está sempre dentro de nós  mesmos e um profissional irá apenas nos orientar. 

Não quer gastar tempo e dinheiro ? 

Uma grande ferramenta para o autoconhecimento é a Astrologia. 

Mas aí você vai dizer: - Ah, eu não acredito nessas coisas de horóscopo! 

Ninguém está afirmando que um horóscopo irá ajudar no seu autoconhecimento. A astrologia , nos ajuda a montar o nosso quebra- cabeça, através do nosso Mapa Natal. 

Se um Mapa Natal é feito e interpretado por um profissional competente e sério , posso garantir que as surpresas serão tantas, ao descobrir que aquelas " sensações" que trouxemos da infância tem explicação no nosso próprio  Mapa Natal. Acabamos até a descobrir outros tantos " porquês " da vida  que até então nem a religião e nem a mais sábia filosofia soube explicar. 

Para um bom aproveitamento de um Mapa Natal e a sua total compreensão é preciso estudar o próprio  mapa tantas vezes seja possível. Se você aos 40, ou 50 anos de idade ainda não se conhece, não será em uma simples e unica leitura que se conhecerá. Não existem mágicas , nem mesmo quando se trata de Astrologia de autoconhecimento. 

O nosso Mapa Natal é o retrato do que somos ( ego) e daquilo que mostramos aos outros ( imagem pessoal) . Quando descobrimos a diferença entre o nosso ego ( Sol) e a forma como nos mostramos ou somos vistos externamente  ( Ascendente) , começamos então, a nossa longa caminhada de autoconhecimento.

 Muitas fichas  cairão neste processo, e caberá apenas a você o conhecimento de sì mesmo e a iniciativa de promover mudanças no próprio caráter e no meio em que se vive. 




Anos 80



Por tudo que eu ja vivi , posso afirmar com toda a convicção de que não existiu época mais marcante e mais musical do que os anos 80. Parecia que o mundo havia tomado uma consciência musical coletiva. Tudo era música. 

Foi a época de verdadeira ascensão  da MPB , onde grandes talentos surgiram nos palcos , a exemplo de Guilherme Arantes e tantos outros grandes talentos. Eu era fan dos programas de MPB da Globo. A qualidade criativa era bem outra na época . 

A discoteca e seus ritmos dancings também estavam em alta . Eu adorava o estilo new romantic de tantas bandas inglesas. Vivia enfiada em matinés do Sandalha  de Prata, uma discoteca na Rua Pinheiros , em São Paulo. 

Foi a época de grandes  produções musicais que marcaram época, como o caso de Grease ( Nos tempos da brilhantina) e Flash Dance. 

Eu queria ser como Olivia Newton John e ter um namorado como John Travolta. Sabia de cor todas as canções do filme. Todas, absolutamente todas. 

Também na mesma época participei do fan club do Queen e fui assistir a um Show ao Vivo no estádio do Morumbi. Nem preciso  dizer que sabia cantar todas as musicas, ne! 

A nossa diversão na època , era procurar bailinhos pelo bairro. Quase todo final de semana alguém organizava uma mini discoteca na sala de alguma casa de família. 

Época dançante! E como eu dançei! 

Creio que dançei dos anos 80 aos 90 , sem parar. Fui apenas mudando de estilo com a chegada de outros ritmos e diminuindo a assiduidade nas discotecas  em função de obrigações e deveres  que foram chegando com a maioridade. 

Lembrar desta época , a minha adolescência, me faz suspirar. Só existe uma ùnica palavra para expressar aquilo que restou em mim daquela época: Saudade! Muita Saudade! 

Link youtube - Olivia Newton John e John Travolta 

integração em terras estrangeiras



É interessante como as pessoas de toda a parte do mundo se dispoēm a fazer videos e postar no youtube com tamanha facilidade. Eu já pensei em fazer um video falando sobre algum aspecto curioso aqui do Japão, mas eu creio que eu me perderia no meio do video. 

Encontrei um video muito legal de uma brasileira que vive na Suiça. Ela é casada com um suiço-alemão e nos seus videos ela comenta sobre todo o seu percurso atè chegar a se casar com um suiço e ir viver na Suiça. 

O mais interessente nos videos desta brasileira é que ela consegue transmitir muito bem o que é viver e se integrar na cultura local, sem ficar fazendo comparações com os costumes brasileiros.

 Ela parece ter entendido muito bem como são os suiços e a sua mentalidade. Coisas que eu percebi  também, mas não tinha certeza se era cultural, sazonal ou proposital. 

Muitas vezes quando conhecemos e nos relacionamos com alguém de outra cultura , vamos logo procurando as semelhanças e acabamos por ignorar completamente as diferenças , que geralmente causam grandes confusões desnecessárias e desconforto. 

Em um dos videos ela comenta sobre a naturalidade com que os suiços se despem na frente dos outros, que seja na praia, no lago, ou numa sauna. Ela por ser brasileira claro que ficou horrorizada , mas entendeu que a nossa mentalidade " brasileira" é que sensualiza tudo de forma exagerada . 

No video ela relata uma ocasião de quando ela esteve em um Hotel na Austria, talvez o mesmo que eu estive. Lá os suiços e os alemães ja pegavam o elevador só de roupão para ir a sauna e chegando na entrada da sauna já se despiam do roupão e andavam peladões de um lado ao outro. 

Não deu em outra! Assim como eu , ela se retirou por não se sentir confortável em ver tanta gente pelada. Para ela foi até pior porque ela foi a sauna com a familia do marido, e ver a sogra, a cunhada e o cunhado pelados não foi uma experiência muito " natural" . 

Nestas situações, quem se sente ridículo é quem está vestido e com a mente podre. 

São pequenos detalhes comportamentais que até ignoramos ou fazemos de conta que é normal para nós, mas que faz parte de uma mentalidade completamente diferente. Um dia , esta tal mentalidade vai fazer toda a diferença na convivência. 

Seria talvez como ir ao dentista aqui no Japão. Não é normal para mim, entrar no consultório e encontrar mais 4 cadeiras ocupadas e o dentista se dividindo entre mim e mais 4 pacientes sem nem trocar a luva. Não dá!!!

Os médicos japoneses e os dentistas tem o hábito de deixar uma ficha para ser preenchida ( annaminese) . Você preenche a ficha e relata superficialmente o que está ocorrendo para uma assisitente , o médico ou dentista vem, nem te pergunta nada e já começa a fazer o seu trabalho. 

Muito impessoal para o meu gosto, e além do mais, pode dar margem para vários diagnosticos  errados. Não dá!

É nestas horas que percebemos o quanto a mentalidade local é diferente. Ou você se adapta a ela ou será sempre um pontinho verde no alto de um prédio. Ou seja, uma azeitona tentando suicídio. 

Enquanto não tivermos total consciência de tais diferenças, por vezes, sutis demais, ou pouco frequêntes , a nossa integração com a cultura local será um grande e eterno desafio. 

Dois anos, é o periodo minimo para a integração de uma pessoa em terras estrangeiras. Dois anos também é o período de reintegração para quem volta para sua terra Natal. 

No total , fazendo um cálculo simples, seriam 4 anos entre integração, transição  e reintegração . 

Tempo demais não é mesmo? 

O perigo está em se perder na fase de transição, entre uma cultura e a outra. 

Chega a um ponto que já não sabemos mais a oquê estamos tentando nos integrar e acabamos mergulhando em uma transição que não tem mais fim. 




sábado, 5 de abril de 2014

A recompensa



A minha vida aqui no Japão não é lá essas maravilhas, aqui para ganhar dinheiro se trabalha muito. Existe uma categoria de trabalhadores que são contratados por empresas de terceirização e trabalham feito escravos. Só recebem pelos dias que trabalham. O meu caso. 

Enquanto os funcionários vitalícios descansam aos finais de semana e são remunerados, os escravos terceirizados  são obrigados a trabalhar até de final de semana para compor o salário mensal. 

Vida dura! 

Apesar dos pesares, da crise, dos terremotos, da falta de grana, das dificuldades de ser estrangeira ( em qualquer parte do mundo) e da vida que por vezes se resume a apenas trabalho, pouquissimo lazer e vida social quase inativa, eu ainda não troco os " momentos de relax " que este país ( o Japão) tem me regalado por nada neste mundo. 

Hoje é sabado, a escrava aqui foi trabalhar sozinha, na maior solidão. É chato, mas é tranquilo demais. Fiz o meu trabalho tranquila, a seção todinha só pra mim, usei três mesas pra trabalhar e fiz aquilo que eu mais gosto de fazer no trabalho, escorregar sentada na cadeira ( com rodas) por toda a seção sem levantar o culo. Só me levantei da cadeira para ir comer.

Me diz aonde é que a gente tem esta liberdade pra trabalhar em terras nipônicas? 

Voltando pra casa é claro que eu não poderia deixar de tomar aquele meu banho quase sagrado de banheira com uma taça de vinho. Já viciei, banheira e vinho. 

Esta é sem dúvida a minha recompesa por viver longe do meu país, da família, dos amigos e de tudo que um dia foi indispensável na minha vida. Hoje eu sobrevivo ( eh! a minha vida não é normal) , e muito bem obrigada, com as minhas pequenas recompensas...





quinta-feira, 3 de abril de 2014

Nenhum motivo


                                               Singing in the rain


É preciso ter algum motivo para estar feliz?


Felicidade é estado de espírito, e isto independe  de qualquer condição. Claro que a infelicidade também é um estado de espirito, mas esta é diferente. 

Para ser infeliz é preciso que algo ocorra, ou que tenha se acumulado dentro de nós, em cambio, a felicidade pode ser criada do " absolutamente nada". 

Não me refiro a aquela felicidade de ganhar na loteria, ou coisa do gênero. Me refiro as pequenas coisas que não precisam necessariamente de um acontecimento para ativa-las. Ela está dentro de nós!

Um dia de sol resplandecente, uma noite bem dormida, uma música que ouvimos ao acaso, uma recordação. Tudo isso pode ativar um imenso " momento" de felicidade. Éh, momento, porque na vida nem tudo é eterno, tudo se transforma, e nem poderia ser diferente. Este é o ciclo da vida.

Tempo...talvez seja este companheiro que me faz ter tais momentos...tempo livre. Tempo para refletir sobre a vida, a minha vida e agradecer. Sentimento de gratidão. 

Ou talvez sejam os audios de Louise Hay que  eu ando ouvindo todas as noites antes de dormir. Sei lá!

Hoje, me deu vontade de dançar na frente do espelho....:-)))