sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

tornata...part II


Não tem coisa mais idiota do que viajar(de volta) na vespera do ano novo.Hoje acordei cedissimo pra comprar alguma coisa, afinal, um mês fora de casa e a geladeira vazia da silva. Terminada a primeira faxina do ano(dizem que traz sorte) lá fui eu ao supermercado...caminhando.
Bem que achei estranho, as ruas estavam desertas .Hoje é 1 de janeiro, primeiro dia de mais um novo ano que começa, ou de mais um ano que prossegue...e a tonta aqui ainda no efeito jet-lag de 8 horas de fuso vai ao mercado achando que o supermercado estava aberto.Tudo fechado.
Belo começo de ano novo, vou comer velas perfumadas e muito miojo.

De volta...

O velho e bom Monte Fuji
Chegando em Tokyo pela Alitalia

"Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade..."

Como na canção de Dominguinhos, estou de volta pro meu aconchego. Após 2 horas de carro da Suiça-italiana até Milao e mais 12 horas de vôo direto Milão-Tokyo com mais umas 5 horas de trem entre Tokyo e Shizuoka(uma hora em pé) , acabei de voltar de mais uma viagem. Pelo visto vou passar a virada do ano dormindo...destruida.
Essas minhas idas e vindas...é sempre bom retornar, mas para mim é sempre muito mais prazeroso partir.Voltar cansa.
Todas as vezes que eu retorno ao Japão tenho aquela mesma sensação estranha que nao sei explicar muito bem. É muito esquisito ver só japones pra tudo que é lado. Claro que é uma situação óbvia, afinal aqui é o Japão,mas sei lá...coisa esquisita.Ainda não me acostumei apesar dos anos que se passaram e das minhas idas e vindas.
Falando em idas e vindas, acho que eu sou a única pessoa que adora viajar com a Alitalia, que para alguns europeus é uma das piores companhias aéreas,mas cá entre nós, eu nunca vi tanto comissario de bordo homem em uma unica aeronave e sempre tem um bellissimo na tripulação.Eita raça pra ter homem bonito e cheiroso sô!Eu adoro a Alitalia, é um colírio para os meus olhos cansados de ver japoneses.
Bom, agora vou organizar a casa, pagar as contas , e curtir a saudade que já está chegando aos poucos do povo que ficou do lado de lá na terra do queijo suiço.
Bom Ano Novo para todos!!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Um fragmento pensante...


" Fragmento: parte de um todo; bocado separado de uma peça; pedaço; fração de algo que se dividiu ou partiu."
Eh meio assim que eu me sinto quando comeco a pensar com os meus botoes...a fragmentar os pensamentos. As acoes ja nao acompanham mais os pensamentos e por consequencia os sentimentos ficam bloqueados em algum lugar dentro de mim.Muito bem protegidos.
As vezes tenho a impressao de que sou uma espectadora da minha propria vida. Silenciosa espectadora que tudo ve, tudo sente, respira, absorve, conclui e nada diz. Complicado fazer-se compreender quando somos assim, mas lah no fundo penso que todo ser humano eh assim...completamente fragmentado, ninguem eh 100% inteiro. Me atrevo a dizer que ninguem eh 100% verdadeiro. Nem eu mesma, com as minhas boas acoes e atitudes, mas aquilo que conta mesmo eh aquele pedaco, aquela fracao de nos mesmos que geralmente nao compartilhamos com ninguem.
Sorte daqueles que sao capazes de enxergar alem das impressoes meramente visuais.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Coisa de europeu


Primeiro dia a Schuruns na Austria , em um pequeno vilarejo muito simpatico onde os turistas podem praticar esqui , apreciar a beleza da paisagem invernal e usufruir dos varios servicos que os Hoteis oferecem nesta epoca do ano.
Eu estava ansiosa por utilizar a piscina e a sauna...eu disse: Estava.
Sei la se eu sou muito careta, timida ou coisa do tipo mas eu nao consigo entrar pelada em uma sauna com um monte de gente que eu nao conheco, alias, nem se fossem conhecidos. Acho estranho descer de elevator vestindo somente um roupao e cruzar com um estranho qualquer tambem de roupao (peladao por baixo) pra usar a sauna. Mais estranho ainda é entrar na sauna e ver aquele monte de gente pelada e fazer de conta que nao viu nada.
Nao consegui ficar la dentro por mais de 5 minutos e nao tirei o roupao por nada. Enquanto eu olhava tudo estupefata (um pouco de exagero) , me deparei com uma buzanfa branca (com certeza era uma alema), que fazia a ducha tranquilamente antes de entrar na sauna. Tentei desviar o olhar ,olhar para o lado ,e me deparei com um pisello alemao, ou austriaco, ou suico...sei la...nao consegui identificar.O jeito era olhar para o alto...
Fiquei horrorizada com a naturalidade com que homens e mulheres transitavam nus de um lado ao outro.Eh...acho que sou meio careta pra essas coisas.
Hoje fui comprar um biquini pra entrar na piscina que fica ao lado da sauna.Espero nao ver nenhum pisello europeu transitando por la...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Arriva il Natale


Para nos que nascemos e crescermos dentro de uma cultura ocidental catolica, eh complicado viver este periodo de festas natalinas em um pais onde o Natal nao representa absolutamente nada,ou melhor dizer, uma data meramente comercial .Nos brasileiros somos obrigados a esquecer um pouco quem somos em terras japonesas.
Depois de mais de 7 anos sem Natal, acho que estou resgatando um pouco de mim neste periodo nataliano em terras suicas. Ontem fomos a um cocktail natalino em um restaurante suico aqui da redondeza. Mais do que estar entre gente diferente de raca ,lingua e cultura diferenciada, o espirito de natal era aquilo que nos reunia dentro daquele restaurante.
A quanto tempo eu ja nao oferecia mais um panetone de presente e nem menos recebia de presente.Ontem recebemos de presente 2 panetones. Um ja o comemos.E viva o Natal Cristao.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Silencio matinal


Sei la...acho que me habituei a essa vida de nao ouvir a voz de ninguem logo cedo, soh a voz da minha propria consciencia me bastava. Hoje,depois de uma semana acordando na companhia de vozes alheias as da minha consciencia sinto falta do silencio matinal.
La fora neva...2,7 graus , a cidade esta linda,toda branquinha.Tomei o meu cafe da manha sozinha, silenciosamente, apreciando apenas a beleza invernal atraves da janela.
O silencio tranquiliza...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

andando al supermercato svizzero




Se todo caminho até ao supermercado fosse assim, eu iria todos os dias,mesmo com um friozinho de 2 graus. Pleno inverno aqui em Ascona, a Suica italiana, um frio de cortar que enruga a pele, mas se é pra apreciar esta paisagem. Vale a pena ir ao supermercado todos os dias a pé.
Imagens da minha ida ao supermercado Manor hoje de manha.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

L`inverno Svizzero


Acho que foi no ano passado que escrevi um post sobre o verao na Suica e fiz essa mesma foto, na versao verao com tempestade e chuvas esparsas. Hoje a foto è a mesma, ou seja, o local è o mesmo porém a paisagem é bem outra...totalmente invernal.
Hoje, terca-feira, praticamente recém chegada em Ascona. Dentro de casa 20 graus, fora deve estar girando em torno de 3 graus. Pequeno detalhe, jà està nevando...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O poder da oração

Já havia me esquecido o quanto as orações dirigidas ao Altissimo são poderosas.Todos os dias antes de sair para trabalhar eu faço uma oração pedindo ao universo muita harmonia no meu ambiente de trabalho , paz e harmonia entre as raças. Pois é, eu trabalho com pessoas de 3 raças diferentes no mesmo setor. Coincidência , poder divino, forças ocultas, positivismo, indução ou seja lá o que for, as orações tem me ajudado sempre a manter um clima de harmonia no trabalho.
Hoje precisei ir de emergência a um dentista , pois viajo na segunda .Toda vez que tenho que solicitar os serviços de um profissional da área odontológica aqui na terra dos samurais eu fico super hiper frustrada com o serviço e algumas vezes os dentistas japoneses não gostam que o cliente diga o que ele deve fazer. Mas pôxa, eu estou pagando e a boca é minha.Certo?
Um dia antes da minha consulta uma amiga minha me havia contado que seu irmão foi muito mal atendido nesta mesma clinica e que o dentista era péssimo. Além de ter sido atendido com uma hora de atraso. Jesuisssss,pensei!
Orei antes de ir a minha consulta e não é que funcionou?. Não que eu tivesse pedido em oração que ele fosse um excelente profissional, mas eu direcionei as minhas orações para que nós pudessemos ter um primeiro contato harmonioso e que ele respeitasse e entendesse o que eu queria .Afinal, nao teria mais tempo.
As orações tem poder, o japa dentista é um implantologista e eu nem sabia disso.Conversa vem ,conversa vai , e ele deu aquele famoso jeitinho brasileiro no meu dente até que eu retorne de viagem e faça uma nova consulta mais detalhada. Gostei de ver que ele é detalhista e se preocupou até com a altura dos meus dentes.Pintou empatia. E nem fui atendida com atraso, aliás, fui eu que me atrasei e tive que marcar um outro horário , mas correu tudo bem. Fui atendida sem atraso e sai satisfeita do consultorio.
Devo confessar que às vezes sou critica demais com os dentistas japoneses, devemos respeitar os métodos diferenciados de cada país, mas para mim médico e dentista tem que ser de total confiança.
Resumindo, a oração tem poder, sempre e quando é bem direcionada.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Paz


Me enganei quando pensei que eu tivesse atingido finalmente a minha tão sonhada paz de espirito. Cheguei a crer que a maturidade nos dá isso como um presente em reconhecimento aos anos passados e as experiências vividas. Tive também a doce ilusão de que a paz poderia ser alcançada através de exercícios do tipo meditação, contrôle da mente e etc. Infelizmente, a paz meditava não dura pra sempre. É preciso ter tempo, dedicação e disciplina. Optei então pelo metodo monge budista, me isolando das neuras , paranóias e depressões em que o mundo vive. Até funciona bem, mas só enquanto estivermos isolados do mundo.
Estou sendo forçada a crer que a verdadeira "paz" divina não poderá nunca ser vivida neste mundo...pelo menos não por muito tempo...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Amizade

Estive pensando cá com os meus botões nas amizades que fiz por aqui desde quando caí de paraquedas na terra dos samurais. Passaram tantas pessoas pela minha vida , e no balanço final a grande maioria entrou na minha vida pra me ajudar de alguma forma. Estranhamente essas pessoas que um dia me ajudaram já não fazem mais parte da minha vida, parece que entraram na minha vida só pra me ajudar ,cumprir uma missão ou coisa do gênero.
Às vezes eu me sinto mal com isso porque na prática eu nunca fui útil pra nenhum amigo meu em questões práticas, muito pelo contrário, sempre recebi ajuda de alguém e nunca ajudei a ninguém. Não que eu não quizesse, mas ninguém me pedia mesmo.
Hoje fiquei comovida com a minha colega de trabalho japonesa, pra dizer a verdade, a minha melhor amiga japonesa que sempre me quebrou altos galhos no trabalho .Eu a esculacho sempre porque ela é muito chata. Mas não é que a japa gosta tanto,mas tanto de mim que está até pensando em se demitir do trabalho só porque eu vou tirar um mês de férias e ela não quer ficar sozinha?
É curioso como eu preencho a sua vida sem nem perceber ,apenas com a minha presença. A impressão que eu tenho é que ela se sente segura sabendo que eu estou por perto. E eu, toda capricorniana, insensível nunca tinha percebido a tamanha dependência emocional que ela acabou criando entre nós no trabalho. Ando preocupada com ela...que coisa estranha vindo da minha parte.
Ela é mais uma amiga que como a tantos me ajudou e ainda me ajuda muito com as questões práticas do dia-a-dia.Nesta vida algumas pessoas passam por nossas vidas para nos ajudar, outras para serem ajudadas. Neste caso em questão penso que a recíproca é verdadeira.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cada país com o seu governo

Não entendo nada de economia e nem tenho a pretensão de um dia ser expert no assunto,mas cá entre nós, esse governo japonês pirou depois da crise. O pouco que consigo obter de informações concretas sobre a atual situação economica do país dos samurais é a de que o periodo é de deflação.
Mas minha gente, se o país enfrenta um periodo de deflação é porque o povo não está gastando com nada certo? E se o povo não está gastando como antes e a economia está retraida ,então o negócio é incentivar o consumo. Penso eu...
Estranhamente aquilo que nós sentimos na pele por aqui é exatamente o contrário.Menos horas de trabalho ,portanto, menos dinheiro na praça. O povo japonês que vive do seu salário mensal dependia e muito das horas extras e das gratificações salariais que foram praticamente cortadas do orçamento mensal após a crise ,porém os impostos continuam subindo.
Este mês fiquei pasma ao saber que à partir de setembro/2010, deveremos contribuir com mais um tipo de desconto para a previdência social,ou seja, os quarentões e quarentonas que se segurem no orçamento porque a previdência social vai engolir mais um pouco do salário mensal daqueles que tem entre 40 e 65 anos.
Mas vem cá, então o governo japonês acha mesmo que o povo que tem lá mais de 40 anos está mesmo em condições de estar contribuindo com mais um desconto no seu minguado salário pra suprir o rombo da robalheira que houve na previdência social hà uns 2 anos atrás?
Além desse absurdo de aumentar mais descontos no salário do trabalhador japonês e estrangeiro pra contribuir com a previdencia social japonesa tem o absurdo do desconto em conta (particular) de impostos residenciais. Eh!...dependendo da provincia japonesa eles tem o direito de meter a mão no seu salário através da sua conta corrente.Pode um absurdo desse?
Isso me faz lembrar o plano Collor em 15/03/1990...ditadura pura em nome de uma pseudo democracia pra salvar a economia brasileira seguida de robalheiras que só "FU" o trabalhador brasileiro...
Quanto a política economica japonesa...sei lá...a impressão que tenho é de que o governo japonês está atirando pra tudo que é lado sem mirar o alvo...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Reality show

Queria saber quem foi que inventou essa categoria de programas que faz tanto sucesso e dá tanto IBOPE no mundo inteiro. Eu, particularmente , pra dizer a verdade, acho que é tudo armação e todos os participantes fazem "tipo", pra vender a própria imagem. Mas pensando bem, na vida real não é muito diferente. Já que a vida é um grande palco. A única diferença é que não estamos tão expostos e nem estamos concorrendo a nenhum prêmio.
Tá certo, minha gente, eu ando muito povão ultimamente, assistindo apenas novelas e reality shows.Confesso. Mas tem vezes que eu preciso descansar a mente. Ver e ouvir banalidades de vez em quando faz bem e relaxa.
Começei a assistir "A Fazenda 3", meio que por acaso, em uma dessas madrugadas que não consigo dormir de jeito nenhum ,mesmo quando estou muito cansada .E não é que uma figurinha que surgiu na mídia do acaso me surpreendeu?Estou falando da Geisy Arruda, aquela garota que foi expulsa da UNIBAN e até hoje não entendi o que realmente aconteceu com ela . Independente dos motivos que levaram os seus colegas de faculdade a hostilizarem tanto essa garota , ela tem me surpreendido. Então lá fui eu dar uma olhadinha no mapa astral dela, e não é que ela tem um aspecto de "celebridade" no mapa dela?
Depois quando eu digo que o nosso destino já estava escrito quando nós nem sonhavamos em nascer ninguém acredita. Existem certos aspectos na nossa carta natal que é realmente difícil evitar e nem mesmo o nosso livre arbítrio poderia nos tirar desse caminho. O livre arbítrio seria mais um instrumento amenizador de certas circunstâncias que devemos viver, mesmo contra a nossa vontade.
Mas, voltando a garota da UNIBAN, apesar dela dividir opiniões e não ser lá muito simpática, a garota tem caráter e isso é uma coisa que eu admiro muito nas pessoas. Ela está sofrendo ainda muita rejeição do público mas a garota é corajosa . Não devemos esquecer que ela é ainda uma menina e tem muito a aprender . Eu quando tinha lá meus 20 anos já pensava que era gente grande , sem ter a minima consciência de que atingir a maioridade não é sinal de maturidade. Quem bate de frente com uma garota como ela e se incomoda com o jeito de ser, falar (fala errado pra caramba) e se expor da ex-aluna da UNIBAN , é no mínimo mais imaturo do que ela. E por que não dizer invejoso?
Vamos admitir minha gente, a garota tem personalidade e sabe o que quer. Isso incomoda muita gente. E até agora não consigo entender o por que de tanta rejeição do público, se ela não é nada mais do que uma garota simples, de origem humilde como a tantas garotas da idade dela que soube aproveitar um momento muito difícil em sua propria vida. Afinal, ser vitima de bullying não é bem uma sorte, mas ela soube transformar essa situação a seu próprio favor e isso é digno de aplausos.
Espero apenas que a mídia e o glamour do momento não transformem essa garota em mais uma vítima da fama e do sucesso "Miojo", ou seja, instantâneo.

privacy

Aprendi com o tempo que tem certas coisas que devemos omitir em relação a nossa vida privada pra não provocar inveja, curiosidade , críticas, opiniões infundadas e outras cositas más...
Se tem uma coisa que o povo inveja é a felicidade alheia, às vezes nem é por mal, mas as pessoas invejam até mesmo de forma inconsciente.Chato isso,mas é a mais pura verdade.
Venho percebendo uma reação estranha nas pessoas quando falo de mim. Na verdade eu evito falar, e quando eu falo sempre é com a maior naturalidade, afinal de contas é aquilo que estou vivendo. È a minha vida, a minha realidade. Sinto muito se as pessoas (aquelas que reacionam estranhamente) vivem uma realidade que não as fazem felizes, ou se pensam que estou contando alguma vantagem.Muito pelo contrário, eu nem abro a minha boca pra falar nada de bom e nem de ruim que acontece na minha vida. E se estou vivendo um momento feliz, podem ter a certeza de que não caiu do céu.
Tudo nessa vida tem um preço, até mesmo os poucos momentos de felicidade plena que conseguimos conquistar. Elas não caem dos céus.
Aprendi a me calar e a ser discreta. Acho que acabei virando uma verdadeira" come quieto". Melhor assim.

sábado, 6 de novembro de 2010

xixi alla japonesa



Nunca na vida pensei que um dia me sentiria tão incomodada com o som do meu próprio xixi. Pois é, ultimamente peguei a mania da japonesada. O que a convivência não faz com a gente?
As japonesas tem o hábito de puxar a descarga na hora de fazer "xixi" porque elas tem vergonha do som que faz quando o "xixi" bate no fundo do vaso sanitário.E quando outra coisa bate no fundo, será que elas tem vergonha também?Cada coisa!
Eu nunca liguei muito pra essas coisas, esses sons, mas de tanto ir ao toilet com as japas e perceber que todas sem exceção puxam a descarga antes e depois, começei a ficar meio sem graça. Vai saber se elas além de terem vergonha do proprio som que fazem podem ter vergonha de ouvir o som allheio né?Então agora estou procurando fazer um xixi silencioso, pra não incomodar.
Vamos respeitar...é cultural.

muito trabalho

Sei lá, ultimamente ando tão cheia de trabalho que nem consigo viver direito. Isso é péssimo, ando vegetando. Nem é tanto a quantidade de trabalho mas muito mais a responsabilidade de não frustrar as espectativas alheias. Elogios e uma certa notoriedade no trabalho faz bem ao nosso ego, mas ao mesmo tempo eu não ando com muita vontade de ser notada.Prefiro estar incógnita,por trás das câmeras. Mesmo porque se tal notoriedade não aumenta a minha conta bancária nem vejo sentido em estar tão imersa no trabalho.
Aliás, trabalho é uma palavra que já nasceu comigo, talvez seja o meu planeta regente Saturno que não me deixa em paz .O mais engraçado é que ter muito trabalho nem sempre é sinal de riqueza material.Nunca fiquei rica trabalhando. Já fiz a loucura de trabalhar em três lugares ao mesmo tempo e até hoje só ganhei experiência, dinheiro que é bom nada.
Eu sempre digo que quem trabalha demais não tem tempo pra ficar rico, e se por acaso,ou por competência administrativa das próprias finanças a pessoa ficar rica , nunca terá tempo pra desfrutar o que a vida tem de melhor a nos oferecer.
Equilíbrio é a palavra chave pra se viver bem.

Noveleira


Eu ando muito noveleira sim, confesso. Novela vicia, ainda mais a novela das 8: 00 pm da globo que nunca foi das 8:00 pm e sim das 9:00 pm. Na verdade eu nunca entendi porque todo mundo dizia que a novela das 9:00 pm era das 8:00 pm. Horários nobres globais à parte, eu viciei na novela Passione. Hoje o capitulo do encontro entre Gerson e a filha que ele não conhecia foi pra lá de emocionante.Chorei até...
Tá certo que é coisa de dona de casa, de velha, e por alguns é até considerado um hábito popular demais e de pouco conteúdo cultural.Mas se as novelas retratam o dia-a-dia brasileiro, por que não podem ser vistas como cultura?
Independente do conteúdo cultural das tramas globais o que eu queria mesmo entender é por que algumas pessoas se comovem tanto assistindo a algumas cenas mais emocionantes , se o mesmo não ocorre na vida diária. Quer dizer, eu não choro à tôa de jeito nenhum e nem me emociono com a novela da vida real, mas quando eu sento na frente da tv pra assistir novela parece que eu me transformo.Tem alguma explicação pra isso?
Já estava prontinha pra ir trabalhar, agora eu borrei toda a maquiagem e estou com os olhos inchados de tanto chorar.Pode,uma coisa dessas?
No fundo, penso que na novela da vida real nós nunca nos permitimos ser tão frágeis e vulneráveis. Sentar na frente da tv e se deixar emocionar por mais um capítulo de uma novela ,seja ela global ou não , é apenas mais uma forma de liberar aquelas emoções, aquelas fragilidades que só nos permitimos sentir quando a novela da vida não é justamente a nossa...aquela real.

sábado, 30 de outubro de 2010

toilet japonês


Antes de vir ao Japão já tinha ouvido falar dos toilets "toto", aqueles vasos sanitários típicos japoneses onde você tem que ficar literalmente de cócoras, mas nunca pensei que até nos dias de hoje eu encontraria tantos "totos" por toda a parte. Confesso que até hoje não aprendi a acertar a pontaria...de cócoras. Sei lá, acho que eu agacho pouco, ou agacho mais de um lado do que do outro,ou mais no canto do que no centro. Fala a verdade! Quando a gente está apertado pra ir no banheiro ninguém tá preocupado em acertar a pontaria...
O pior é que não bastasse o fato de termos que nos habituar a uma nova posição(cócoras) ,ainda tem alguns toilets do tipo "toto" que ficam em cima de um degrau. Você teria que subir no degrau, de costas pra porta , se equilibrar pra não cair lá de cima.Ah!Me poupe! Eu quero é paz nesses momentos de meditação.
E os toilets dos trens? Não sei se são todos assim, mas alguns tem esse mesmo tipo de vaso "toto" em cima de um degrau...e detalhe...uma janelinha na porta. Só não sei se a gente deve se posicionar de costas ou de frente pra janelinha que dá no corredor.Me poupe!

sábado, 23 de outubro de 2010

Sem muita paciência

Ultimamente eu ando sem muita paciência. Que novidade né! Eu vivo na beira do limite entre a tolerância e a grosseria. Se eu consigo me controlar sou muito gentil e educada, se eu não consigo chego a ser muito grossa . Então , pra evitar problemas e ressentimentos com as minhas queridissimas amigas eu ando fugindo de contatos muito próximos com a mulherada. Aliás, eu acho que já escrevi aqui em algum post que eu não suporto certas frescuras típicas da mulherada e que um homem que consegue suportar uma mulher em plena crise de TPM deveria receber um prêmio. Será por isso que o mundo está virando gay?
Pois , se nem eu que sou mulher ando suportando certas características típicas femininas, imagina os macho-chos?
Outro dia comentei com uma amiga que eu andava de saco cheio de certas frescuras e conversinhas sem pé nem cabeça das minhas amigas brasileiras e ela disse: - Nossa! Parece homem!
Já cheguei a pensar que eu tinha uma tendência meio sapatônica quando criança porque eu preferia sempre estar entre os meninos do que com as meninas . Não que eu gostasse de jogar futebol, bolinha de gude e subir em árvore, mas a companhia masculina era menos insuportável. Nunca briguei com um menino porque ele queria se apoderar das minhas bonecas ,ou porque ele queria ser sempre o centro das atenções.
É bem verdade que o meu carater capricorniano é meio macho-cho. Mas alguém nessa vida já viu alguma capricorniana ser dócil ,frágil e meiga? Eu nunca vi.
Parei de tentar ser dócil no contato com as pessoas, parei de me violentar. E sabe que eu me sinto bem melhor assim?
Ame-me ou odeie-me.E basta!
No final, aquelas pessoas que importam de verdade acabam sempre me amando assim como sou...intolerante ,porém sempre justa.
Como dizia um amigo meu: - Você é legal, mas pisa pra caramba!...:-)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

scommetto che smetto

Traduzindo em português seria: Aposto que desisto. É mais um desafio criado pelo programa Piatti Chiari da tv suiça-italiana que estou acompanhando através da internet pra tentar smettere da fumare.
Eu pensava que não era assim tão dependente do fumo por fumar em media 15 cigarros por dia, mas segundo o programa ,acima de 15 cigarros o nível de dependência já é considerado alto.
Já fiz um grande progresso ao diminuir a quantidade de nicotina de 8mg para 6mg e agora cheguei a 4 mg. Mas ainda a quantidade de cigarros por dia não mudou em nada.
É dificil deixar de fumar em um país como o Japão, onde as pessoas fumam excessivamente dentro de seus carros . Todos os restaurantes ainda tem área para fumantes , em frente as lojas de departamentos, de conveniência , escritórios , e tantos outros lugares tem sempre um cinzeiro público te convidando a fumar. Sem falar nas maquininhas de cigarro espalhadas por todos os cantos.
O mês de outubro começou com um aumento nos preços dos cigarros, uma alta de 40%. Já que a força de vontade não funciona pensando nos malefícios a saúde que o tabagismo provoca, então vamos começar a calcular os malefícios que o tabagismo provoca no bolso.
Scometto che smetto...piano...piano...
Link do programa:

http://www3.rsi.ch/pattichiari/node/1947

Deu um tiuti na tecla SAP


Ontem não sei o que acontceu comigo, não conseguia expressar uma frase inteira em japonês sem cometer erros de concordância. Acho que deu pane no meu computador cerebral.
Pra dizer a verdade eu ando de saco cheio de ter que me expressar em tantas linguas ao mesmo tempo.Não é sempre que eu entendo tudo e muitas vezes não consigo me expressar claramente em todas as linguas. Isso me dá um nervoso!
Pior ainda quando as pessoas insistem em falar comigo como se eu dominasse 100% da língua. Isso acontece frequentemente com o japonês e o italiano. Mas será que as pessoas não sabem que existem níveis de aprendizado da lingua estrangeira e que dificilmente uma pessoa dominará 100% de uma lingua que não seja a sua lingua mae apenas de forma autodidática?
Eu tenho percebido que as minhas colegas de trabalho(japas) ficam impressionadas ao saber que eu não consigo ler o Kanji, aquela escrita japonesa cheia de pauzinhos, e que preciso da ajuda delas. Mas se eu não sou japonesa e nem estudei no Japão, como é que eu vou saber ler o Kanji minha gente? Agora, eu sou um gênio?Isso me irrita!
O meu nível de conversação deve estar lá pelos 60 ou 70% ,mas a escrita morreu nos 30% , e nem tenho a intenção de melhora-la.
Como se não me bastassem os meus colegas japas e a língua japonesa ainda tem "aqueles" que falam a lingua italiana sem nem serem italianos. Eh! pra quem não sabe ,existe um pedaçinho na europa que apesar de não fazer parte da comunidade européia também fala italiano. Lá nesse pedaçinho de terra também sofro o mesmo problema.
Mas será que as pessoas nunca ouviram falar que o conhecimento de outras linguas se dividem em níveis e que atingir um grau elevado requer muita pratica e estudo?
Tem gente ainda que comete o absurdo de contar piadas pra mim em japonês ou fare una battuta em italiano achando que eu vou entender e morrer de rir. Isso me cansa!
Eu nunca contaria uma piada brasileira pra um japonês porque sei que eles não entenderiam o sentido, até o senso de humor é diferente. Então, me poupem de tantas exigências linguisticas!

Inveja alla italiana

Tem certas características típicas nas raças que eu ainda não compreendo. Por exemplo a inveja alla italiana. A impressão que dá é de que eles (os macarronis) estão sempre invejando o jardim do outro, ou seja, o carro do vizinho, a casa do amigo, a mulher do vizinho, e assim vai...
Será a mania deles de viver de aparências?
E as conquistas? Para eles o doce "sabor" da conquista tem um certo toque anti-ético que os estimulam a dedicarem-se de corpo e alma a conquistarem qualquer coisa que seja melhor do que aquilo que se possui. Ou seja, a mulher do outro é sempre melhor do que aquela que está em casa. Já ouvi algumas histórias sobre traições alla italiana que no mínimo mereceriam fazer parte da obra literária de Nelson Rodrigues.
Nunca diga a um amigo ou pretendente italiano(quello vero) que você está interessada por alguém, pior ainda se você estiver apaixonada por alguém que não seja ele. Isso causará uma súbita inveja macarrônica que o levará a conquista-la a qualquer preço. E sabe por que? Só pra poder sentir o sabor doce da conquista. Passado alguns meses após a conquista esse efeito macarrônico obsessivo passa como em um passe de mágica. E você fica a ver navios...
Bem...eu como já conheço muito bem a raça (do norte ao sul) , já estou vacinada e nem me impressiono mais com a quantidade de e-mails (poéticos) e algumas chamadas telefônicas que ando recebendo da macarrônia.Nem tô,pra eles!
A inveja é um sentimento que eu abomino!

Ser ou não ser, eis a questão

Pra variar as minhas relações profissionais andam muitissimo bem obrigada. Parece que os astros estão mesmo contribuindo para que eu mantenha uma certa harmonia no meu ambiente de trabalho. Para muita gente pode até ser pouco e não representar absolutamente nada, mas para mim é uma grande vitoria poder vencer e ser respeitada no trabalho ,mesmo sendo uma estrangeira em terras nipônicas.
A vida inteira cresci com o meu pai (japonês da gema) criticando o meu jeito de ser e de pensar .Nunca fui uma típica filha de japoneses ,submissa, cordial, obediente e atada as tradições .Muito pelo contrário, eu era a ovelha negra da família e sempre me recusei a aprender e a viver as tradições dos meus pais. Eu, particularmente penso que se uma pessoa deseja manter as tradições familiares não deve nunca sair de seu país de origem e imigrar para terras longinguas com tantas diferenças culturais. Ou você se adapta, ou volta para o seu país e pronto.Tem até uma outra opção: vai viver nos Estados Unidos, onde as pessoas vivem em grandes comunidades separadas naturalmente pelas suas origens culturais.
Desde que cheguei no Japão sempre me senti muito brasileira e com um orgulho de se-lo, que nunca tive enquanto vivia no Brasil, só fui me sentir orgulhosa do meu país quando eu o deixei.Afirmo e reafirmo que sou brasileira com muito orgulho, apesar das minhas origens 100% nipônicas.
Ultimamente, os meus colegas de trabalho (japoneses) insistem em dizer que eu não sou brasileira e sim japonesa. Será que eu fui finalmente aceita por eles?
O japonês é uma raça declaradamente preconceituosa que não gosta muito de se misturar com outras raças, a não ser que seja americano ou europeu. Eles destestam os latinos (peruanos, bolivianos, paraguaios, uruguaios e etc) porém percebo que existe um certo respeito com relação a nação brasileira.
No proximo mês a japonesada está programando um pequeno jantar entre os colegas de trabalho (só japoneses) e euzinha sou a única estrangeira na lista dos vips. Eles, os japas, não querem de forma alguma que estejam presentes os nikkeis brasileiros ou peruanos. É preconceito declarado ou não?
Por um lado fico muito feliz por ter sido finalmente aceita entre eles, mas ao mesmo tempo me sinto ofendida. Não fui aceita entre eles por ser brasileira, muito pelo contrário, fui aceita por eles por ser filha de japonês legítimo.
Neste momento estou vestindo a camisa...ops...o kimono de gueisha, amanhã sabe se lá...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

mulher só pensa em dinheiro?

Dizem que homem só pensa em sexo e mulher só pensa em dinheiro.Será?
Se reduzirmos o ser humano aos seus instintos mais primitivos pode ser que sim.
Toda vez que o assunto é homem, tem sempre uma que abre a boca pra falar alguma asneira do tipo:" -Se ele fosse rico seria melhor."
No meu conceito, relacionar-se com um homem só porque ele é rico tem lá as suas vantagens ,mas também não é de graça,ou seja, tudo na vida tem um preço. Claro que se o cara fosse um gentlegan ,mão aberta , daqueles que adora encher de presentes a amada seria um sonho, mas nem sempre as coisas funcionam assim. Ninguém é tão trouxa ao ponto de ficar enchendo alguém de presentes sem ter nenhum interesse por detrás. E se o cara é rico , no mínimo é inteligente o suficiente pra saber muito bem o que pode esperar das suas pretendentes a "dondoca" materialista.
Já tive discussões oméricas com amigas que me julgavam por não ter aceitado algumas propostas loucas de homens riquissimos que sempre vem com o pacote completo : pretensão e machismo.Não quero generalizar, mas normalmente "os velhos ricos" que as minhas amigas se referem sempre vem com esse pacote.Será que elas tem consciência disso?
Talvez esse conceito de se dar bem na vida amarrando um velho rico seja um conceito muito antigo do tempo das nossas avós, onde as mulheres eram obrigadas a se casar e depender completamente dos maridos.Nesse caso, realmente era melhor optar por um homem de posses. Obrigação por obrigação, melhor um rico que um pobre. Porém os tempos mudaram e a mulher atual tem uma profissão, o seu proprio dinheiro e uma independência que era impossível de alcançar no tempo das nossas avós.
Nesta semana comentando com uma amiga sobre a situação econômica da Suiça, o conhecidissimo paraiso fiscal, onde os políticos (inclusive os nossos) e milionários escondem o seu tesouro, comentei com ela sobre a riqueza dessa raça que se nota apenas andando nas ruas. Porshes e Ferraris pra tudo que é lado, coisa que eu nunca vi no Brasil nem nos bairros mais ricos de São Paulo. Eu fazia um comentário sobre as diferenças socio-econômicas dos dois países e ela (a minha amiga) soltou essa:" - Quem sabe se você conseguir ficar por lá, você não arruma um outro mais rico?Afinal você merece ser feliz."
Naquele instante o sangue me subiu a cabeça . Primeiro porque eu não falava sobre "homens", e segundo porque riqueza material não é sinônimo de felicidade , e terceiro porque se eu já arrumei um "velhinho" não tão rico e estou feliz assim, no mínimo ela deveria desejar que eu fosse feliz com ele e não reduzir a minha atual escolha afetiva a uma conta bancária suiça. A riqueza material é sempre bem vinda, mas a afinidade pra mim é muito mais importante pra poder administrar uma relação duradoura. Tarefa complicada, pelo menos pra mim, com riquezas materiais ou não.
Às vezes fico pensando cá com os meus botões. Será que sou eu que inspiro um certo materialismo?Mas se nem carro eu nunca tive, imagine uma ferrari? Nem saberia o que fazer com uma. O meu materialismo ( no meu conceito) tem limites. Não sou medíocre, mas nem tão pouco materialista ao ponto de me sacrificar por tais conquistas.
Aliás, se eu fosse materialista eu não andava de bicicleta...emprestada. Eu sou é pão- dura e parece que ninguém percebeu ainda essa sutil diferença entre o materialismo e o pão-durismo...

sábado, 16 de outubro de 2010

Vênus na 6

Como sempre observo os aspectos planetários que influenciam a minha vida, e muitas vezes eu duvido deles porque por muitas vezes alguns aspectos mais rápidos são anulados por outros mais longos dificultando a percepção de qualquer influência concreta na vida diária.
Hà meses um aspecto me intrigava, a minha Vênus na casa 6 que é particularmente relacionada ao setor profissional. A grosso modo eu interpretaria a Vênus na casa 6 como um periodo de harmonia ou enamoramento no local de trabalho. A harmonia realmente se faz presente neste periodo, mas será que se estenderia a um enamoramento?
Curiosamente o clima no meu trabalho tem sido de um certo enamoramento sim e só eu não tinha percebido, talvez porque atualmente os meus interesses estejam voltados a outros setores.
Esta semana me contaram que o "japinha" da engenharia anda interessado por mim. Na realidade eu já tinha percebido que ele simpatizava muito comigo, mas nunca passou pela minha cabeça que ele poderia ter algum interesse por mim fora da esfera profissional.
Muito bem, o "japinha" é poderoso e influênte no trabalho ,então o negócio é ir levando ele com aquele famoso jeitinho brasileiro e não perder a oportunidade de tê-lo como um aliado neste periodo instável da economia japonesa.
Eu como boa capricorniana, que não dá pontos sem nó , vou me aproveitar desta influência astral pra garantir os meus contatos de" enamoramento trabalhistico"...:-)
O segredo de se beneficiar com a astrologia está na capacidade de perceber as influências astrais e usa-las a nosso favor. Afinal de contas, nada dura pra sempre...

os dentes dos japas part II

Não tem jeito, eu tenho que falar. Ainda fico muito impressionada com a situação dos dentes dos japoneses. Mas que coisa marrom meio esverdeada é aquilo nos dentes deles,minha gente?
Claro que no Brasil já vi gente sem dentes, com dentes tortos ,cariados e o caramba ,mas nunca tinha visto tudo isso numa boca só e ainda por cima meio esverdeado. Não quero estar aqui afirmando que todo o japonês tem os dentes assim,mas digamos que...90% da japonesada que eu conheci tem os dentes assim. Talvez seja a classe mais pobre que tenha os dentes detonados, mas até a classe mais rica tem os dentes ao menos tortos ou amarelados. São pouquissimos os japas que eu conheci que tinham um belo sorriso branco de dentes certinhos. Acho que uns dois.
Talvez por isso dizem (os proprios japas) por aqui que o Japão não é um país que curte muito beijar. Dessa vez devo concordar com eles. Nem morta eu beijava numa boca nessas condições.
Observando os apartamentos e as casas antigas do Japão dá pra perceber o quanto eles eram preocupados em escovar os dentes. Nas casas mais antigas não existia um lugar próprio pra este hábito diário. Graças a Deus os apartamentos mais novos são diferentes.
O engraçado é que nos supermercados tem sempre uma vasta prateleira com tantos produtos pra higiene bucal, desde fio dental, pastas variadas ,escovinha interdental ,escova de dentes que funciona a bateria e tudo mais que se possa imaginar. Então, quem é que compra esses produtos?
Os meus colegas de trabalho japas é que não são...
Bom, dentes tortos já sabemos que é da raça, mas e a cor marrom esveardo?
Será que a minha hipótese é justa? Excesso de fungos adquirirdos pelo hábito de comer peixe cru e algas do mar?
Talvez a culpa seja da pratica odontológica. Aqui no Japão um dentista atende vários pacientes ao mesmo tempo. Éh! Parece um abatedouro e os pacientes ficam todos enfileirados em cadeiras individuais esperando o atendimento enquanto o dentista se reveza entre uns 3 ou 4 pacientes ao mesmo tempo. Inacreditável não?
Coisas do primeiro mundo...fazer o que?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E assim a vida passa...


Todos os dias chego no trabalho e impreterívelmente devo cumprimentar algumas amigas que trabalham comigo, então eu faço aquela via sacra internacional, vou passando e cumprimentando em espanhol, japonês e português. Vou girando o setor todo e o chefe só de olho em mim. Imagina perder 20 minutos todos os dias pra ficar de fofoquinha.
Sou muito observadora e assim vou passando pela seção e sentindo os ânimos de todas as minhas amigas. Hoje uma amiga minha começou a se lamentar (de novo e sempre) comigo com aquele olhar meio cabisbaixo, sobrancelhas caídas e aquela famosa expressão de cachorro sem dono. Ela é uma filipina, descendente de japonêses, espanhóis e chineses, (a mistura não foi muito boa), que veio de uma vida pobre e difícil nas Filipinas pra tentar a vida na terrinha dos samurais. A pobre é casada com um homem doente quase impossibilitado de trabalhar e ainda por cima tem um filho pequeno pra cuidar .Que karma!
Como sempre ela começou a se lamentar do excesso de trabalho, das preocupações e dos problemas de saúde (não só dela como do marido) que o estress está provocando nela. Agora ,além de outros problemas de saúde ela está começando a sentir falta de ar. Deus do céu! O que eu poderia fazer por ela?
Não conseguiria me imaginar vivendo a vida que ela leva com tanta má sorte e ainda por cima ter que trabalhar todos os anos sem nem menos poder tirar umas férias. Desde que a conheci eu já viajei 3 vezes à passeio, e ela só uma vez pra levar o marido em estado gravissimo pra ser operado no seu país.
Gostaria de poder ajuda-la (dinheiro não,por favor) de alguma forma. Mas como?
Queria poder ajuda-la a encarar a vida com mais otimismo e perseverança, mas na situação dela a palavra otimisto não cabe, talvez esperança fosse mais compatível com a situação, e perseverar é o que ela mais tem feito trabalhando anos à fio sem faltar nunca.
Percebi na minha amiga que o stress dela tem tirado até mesmo as poucas horas de sono que ela tem pra repousar e repor as energias. Ninguém consegue dormir tranquilo e profundamente com um milhão de coisas na cabeça. Gostaria de poder ajuda-la a entender que preocupações não pagam contas e apenas contribuem para tirar o nosso sono. Mas como dizer isso a uma pessoa que já está viciada a pensar em problemas e que vem de uma outra cultura?
O não pensar é uma arte que se aprende com muita disciplina mental e que a longo prazo nos traz tantos benefícios à saúde. Afinal de contas, todas (fora as hereditárias e as contagiosas) as enfermidades que criamos no nosso corpo são geradas dentro da nossa mente. Aquela mesma mente louca que não para um segundo de pensar.
Mas nesse mundo imediatista , quem teria a paciência de se dedicar a essa prática meditava? Além do mais, as pessoas tendem sempre a confundir meditação com reflexão, uma coisa não tem nada a ver com a outra. E quem sou eu pra ficar aqui explicando como funcionam esses processos mentais?Ninguém.
E assim a vida passa...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Apaixonei!


Fazia tempo que eu não via na tv uma figura tão carismática como o Doctor Rey, aquele cirurgião plástico famosissimo de Bervely Hills que nasceu pobre , vivia na Lapa(de baixo) assaltando lojas e teve a sua vida completamente mudada quando foi levado para os Estados Unidos por alguns missionários mórmons. Nem preciso ficar aqui contando a história do Doctor Rey porque ele mesmo faz questão de contar em todas as entrevistas.
A princípo ele me pareceu meu "afetado", meio boiola, mas na realidade ele é um metrosexual pra lá de vaidoso. Mas o que mais me surpreende nele é a sua espontaniedade ao falar,mesmo errando pra caramba no português e com um sotaque carregadissimo, ele impressiona pela simplicidade no jeito de se expressar. Talvez ele ainda seja um garotão de 49 anos, mas com a cabeça muito à frente do seu tempo. O Doctor Rey é sábio, além de inteligente e bonito.
Eu pra tirar as minhas dúvidas com relação ao caráter dessa figurinha, fui consultar o mapa natal dele. Realmente, ele não faz tipo não. Ele é assim mesmo como se apresenta na tv, e nem adianta a oposição começar a meter o pau nele dizendo que ele faz o tipo "doutorzinho rico altruista" pra vender a imagem , porque ele é uma pessoa altruista que se preocupa de verdade com as crianças carentes. Está escrito no mapa natal dele.
O que eu acho mais engraçado nele é a forma como ele lida com a sua fama e o seu dinheiro. Não parece em nenhum momento estar afetado com a fama e o dinheiro, muito pelo contrário , parece que para ele isso é apenas uma consequência óbvia da sua dedicação ao trabalho.
Em uma entrevista na Radio Jovem Pan , o Doctor Rey quando questionado se a sua mulher gastava muito dinheiro , ele respondeu: " - A minha mulher gasta muiiiiito.Ela me fez comprar uma cozinha de 1 milhão de dolares e ela nem sabe cozinhar."Ainda por cima o cara é bem humorado. Apaixonei!!!

sábado, 9 de outubro de 2010

Aquilo que atraímos


Ontem estava assistindo a um resumo daquele reality show da record. Parece que hoje em dia tudo é reality show. Em um dos episódios a Monique Evans, falava sobre os seus relacionamentos e a propensão que ela mesma tem de atrair apenas pessoas mais jovens do que ela.
Bom minha gente, nem precisa ser psicólogo pra sacar logo de cara que ela atrai só "meninos" mais jovens porque ela ainda não cresceu né?
Mas será possível uma mulher aos 54 anos de idade ainda não ter amadurecido?
É tão possível que Monique Evans ainda é uma "menina"que não conseguiu acompanhar o avanço do relógio cronológico.Mas, cá entre nós, menina aos 54 anos?
O vazio que paira na sua vida seria o reflexo das suas próprias atitudes infantis que não condizem com a sua idade. Imagina uma mulher chegar aos 54 anos ,quase beirando os 60 e ainda atrair garotinhos?Se fosse eu acho que pirava. Não que eu tenha algum preconceito contra relacionamentos com uma grande diferença de idade, mas normalmente essas mulheres que se relacionam com homens muito mais jovens fazem o papel de mae, tia ou irmã mais velhas para os "garotinhos" em fase de crescimento,ou seja, ela tem que ser mais madura emocionalmente para que o relacionamento funcione.Coisa que não ocorre com ela e o resultado de tamanha discrepância(faz tempo que nao uso essa palavra) emocional nos leva apenas a um fim: o vazio.
Isso me fez refletir sobre aquilo que eu ando atraindo pra minha vida, a nível de relacionamentos. Não estou atraindo garotinhos, mas tá meio esquisita a coisa...:-)
Ultimamente tenho atraido só gente complicada , de caráter forte e de origem estrangeira. Vai saber o que está ocorrendo comigo nesta fase da minha vida emocional...
Será que não dava pra eu começar a atrair "dindim", enquanto eu me defino emocionalemente? Acho que não né! Eu não penso muito em coisas materiais e pra começar a atrair "dindim" teria que exalar materialismo ...naturalmente...


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Violência em São Paulo

Quando vivemos em um outro país, distante das mazelas de uma grande metrópole como São Paulo, até acabamos por esquecer o quanto é difícil conviver com tanta violência nas ruas.Eu moro em uma cidadezinha pacata no interior da cidade de Shizuoka hà 7 anos, onde nem estação de trem existe. Violência? O que é isso?
Posso andar sozinha a noite sem me preocupar com nada, apenas os "chikans" , que já escrevi em outro post, posso deixar a minha sacola de compras do lado de fora do mercado que ninguém mete a mão. Só a bicicleta que é bom não bobear...:-)
Hoje abri o meu yahoo e vi uma notícia que me fez recordar o tempo que eu enfrentava imensos engarrafamentos na Raposo Tavares por causa de perseguições da polícia a bandidos com direito a tiroteio e tudo. O mais incrível é que essas coisas eram tão frequentes e normais que eu nem me preocupava e continuava dormindo dentro do ônibus, como se nada estivesse acontecendo do lado de fora. E os assaltos a mão armada dentro dos ônibus?E os trombadinhas assaltando os carros em plena hora do almoço na Avenida Paulista?
Tudo isso era tão normal e corriqueiro pra mim que eu nem me importava. Hoje, depois de anos vivendo aqui no Japão que de violento mesmo só tem os terremotos ,fico pensando se eu serei capaz de sobreviver em São Paulo novamente, ignorando toda essa violência como eu o fazia no passado. Penso que não.
Agora, uma coisa é certa. O trânsito de São Paulo e os transportes coletivos melhoraram significativamente , mas tentar uma fuga de carro nas ruas de São Paulo é coisa de retardado né!

http://br.noticias.yahoo.com/s/08102010/48/manchetes-perseguicao-tiros-levam-panico-sao.html

Relações diplomáticas


Agora que sou uma mulher de relações internacionais, uma verdadeira porta-voz da ONU, procuro sempre ter mais cuidado ao julgar o comportamento e o caráter das pessoas quando me relaciono mais estreitamente. Se é que me entendem...
Costumamos julgar as pessoas á partir daquilo que vivemos, aprendemos e herdamos com os nossos pais , a nossa cultura e etc. À partir do momento que abrimos as portas para o desconhecido, julgar o caráter de alguém se torna uma tarefa pra lá de diplomática. Tendemos sempre a fazer comparações e julgamentos comportamentais das pessoas sem nem lembrar que o "tal" é de outra raça, outra cultura ,até mesmo de outro clima. Pequeno detalhe logístico e climático que influencia muito o humor de cada povo.
Confesso que eu tendo sempre a fazer comparações do tipo: - Os italianos são mais afetuosos, os suiços muito frios , os japonêses muito mecânicos , os latinos (bolivianos,peruanos,colombianos etc.) muito briguentos etc. Fico sempre comparando todas essas raças entre elas e acabo sempre crendo que a melhor raça é a minha: A PAULISTANA...:-)
Ultimamente estou tendo que usar luvinhas de pelíca pra me relacionar com as pessoas e procurar "pensar" primeiro , antes de julgar qualquer atitude ou comportamento que seja estranho, "culturalmente falando". Difícil não?
Como é difícil aceitar uma outra cultura!!!Mamma mia!
Antes de me relacionar com tantas culturas diversas, a questão dos relacionamentos era apenas um detalhe a ser melhorado com o aprendizado da língua estrangeira e a boa comunicação.Me enganei...
Talvez a melhor forma de se relacionar com as pessoas ,"internacionalmente falando", é fazer o tipo diplomata e nem querer aprofundar muito as relações exteriores porque inevitavelmente entraremos em choque(cultural) em algum momento. Ou você aceita e respeita a cultura e o caráter dessas pessoas e as diferenças culturais como um detalhe que acrescenta algo de positivo ,ou travam- se infinitas batalhas culturais que na prática só servem pra dificultar o nosso dia à dia ...e... teóricamente falando, de "verdades absolutas"(dependendo do ponto de vista) não possuem nada.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

i miei legami

Não tem jeito, parece que essa raça dos macarronis veio mesmo pra ficar na minha vida. Eu creio que tudo na vida tem uma razão de ser, e nada , mas absolutamente nada daquilo que vivemos é por acaso.
Os italianos podem ter mil defeitos (e como eles tem) , mas eles tem uma capacidade intuitiva que nenhuma outra raça tem. Talvez seja isso que me prende tanto a essa raça, essa empatia instintiva que "purtroppo" não encontrei em nenhuma outra raça que eu tenha conhecido. E olha que eu já conheci várias.
Hoje falando com um amigo italiano ao telefone, depois de mêses sem nem ter notícias do dito cujo, ele foi capaz de perceber no tom da minha voz que algo não andava bem. Incrívelmente sensitivo o macarroni bolognese.
Mesmo estando tão distante do mundo e isolada em um arquipélago penso que continuarei sempre parlando l'italiano... de um jeito ou de outro...
Ahhh! i miei legami italiani! Não tem jeito!

sábado, 2 de outubro de 2010

Aprendendo a cuidar da vida


Nas minhas andanças em busca de sabedoria (budismo) ,f omos questionados se realmente sabiamos cuidar da nossa essência . Eu trabalhava, pagava as minhas contas, estudava (quando a grana permitia), namorava, saia com amigos, tinha planos e objetivos materiais bem concretos e ainda por cima eu era pai e mae ao mesmo tempo. Eu pensava que sabia cuidar muito bem da minha vida e que em via das circustâncias até que eu me virava muito bem. Ledo engano...
Em uma das reuniões de palestra fomos desafiados a cuidar de uma planta, que representaria simbolicamente a nossa essência . Coisa mais ridícula não?
Cuidar de uma planta é a coisa mais fácil do mundo.Basta colocar água.Pensei.
Então, comprei uma planta dessas que sobrevivem dentro de casa à sombra. Não é que depois de algumas semanas a plantinha que estava verdinha amarelou e morreu seca?
Eu me esquecia frequentemente de regar a plantinha e quando me lembrava colocava tanta água na coitada que até hoje não sei dizer se a planta morreu seca ou afogada. Talvez as duas coisas.
Fiquei com tanta vergonha de admitir que eu não sabia cuidar de uma simples plantinha e nem menos da minha essência que não contei o resultado do teste à ninguém da comunidade. Depois dessa experiência traumática nunca mais comprei plantas.
Um dia uma amiga (mexicana) que passou um tempo hospedada no meu apartamento me aparece em casa com uma plantinha (uma muda) em um vaso. Quando ela se foi esqueceu de levar os temperos apimentados , a tequila mexicana e a plantinha...
Já se passaram 4 mêses e aquela mesma mudinha de planta cresceu tanto que parece mais uma samambaia cheia de caules. Será que finalmente eu aprendi a cuidar da minha essência?Parece que sim.
O único detalhe que me atormenta é que além dessa mudinha , a minha amiga mexicana me deixou também um tipo de cactus que ela colheu na rua. Segundo ela o tal cactus sobreviveria mesmo sem água. O cactus morreu...

domingo, 26 de setembro de 2010

Meu Curriculum

Criei vergonha na cara e acabei de compor agorinha o meu "curriculum vitae'. Vida de viajante ex-patriado não é fácil não. Tive que usar a memória e relembrar todas as datas desde 2000, os cursos, a cronologia das ultimas atividades no Brasil e aqui no Japão.
Pior que tem algumas lacunas no meu curriculum que nem sei dizer por onde eu andava.Talvez eu estivesse em alguma fase de readaptação ao meu país ,ou de malas prontas pra me mudar.Sei lá.Enfim...
Foi um sufoco compôr o meu curriculum vitae sem os meus documentos aqui. Nem a carteira profissional eu trouxe comigo. Não teria serventia aqui na terra do sol nascente. Estrangeiro é analfabeto e pronto!
Bom, agora falta eu corrigir alguns erros ,melhorar a estética , direcionar o objetivo da minha busca, incrementar com alguns outros itens et voalà. Será que eu devo colocar no meu curriculum que eu tenho um Blog? Acho que sim, afinal de contas é um hobby, assim como ler, e não deixa de ser uma atividade construtiva ...:-)
O Proximo passo é imprimir e mandar para alguns contatos no Brasil, traduzir em italiano e mandar pra alguns contatos na Itália e Suiça.
O meu intuito é o de sentir a resposta do mercado brasileiro e o europeu pra pessoas sem qualificação...que falam mais de 3 idiomas e estão atualmente sem pátria...:-)
Xiii! Só esqueci de um pequeno detalhe: eu nao tenho o visto europeu, então pra que mandar curriculum vitae pras zoropas?
Bom...nao importa, por ora , vou mandando pra São Paulo.Será que vira?Nao custa tentar.
Nunca devemos nos impôr limites .Certo? Vai que algum fazendeiro rico está precisando nesse exato momento de um braço direito pra administrar as terras dele?Ou uma dondoca dona de grife flu-flu em Sao Paulo está no desespero atrás de uma pessoa madura e responsável porque acabou de tomar uma rasteira da ultima gerente?
Não que eu pense que procurar emprego é apenas uma questao de sorte, é preciso qualificação , mas no meu caso ,Graças a Deus, a sorte sempre esteve ao meu lado e emprego nunca faltou. Estranhamente ...nunca fiquei rica. Será que faltou qualificação? É, eu falo de qualificação e não de um diploma de qualificação porque nem isso é garantia de riqueza...

sábado, 25 de setembro de 2010

rompendo barreiras

Já pararam para perceber o quanto a internet invadiu as nossas vidas? É um tal de ex-namorado ,ex-colega de classe, ex- parente(...ops...parente é pra sempre, doa a quem doer), aparecer do nada e te encontrar em algum site do tipo orkut, facebook ,twitter e tantos outros que ficou meio que impossível se esconder do mundo.
Eu tenho um perfil (quase falecido) no Orkut e outro completamente paradão no facebook onde fico mais postando fotos e alguns textos do meu blog, super discreto. Mas não é que me acharam mesmo com um perfil falso?
A internet facilitou e muito os contatos mesmo que longinguos e para quem "ainda" (acorda gente) não crê em relacionamentos iniciados através da net ,euzinha tenho um largo histórico de amizades, intercâmbio e romances que iniciaram através da internet.Aliás, nos últimos anos tudo o que rolou de bom na minha vida veio através dessa caixinha conectada ao mundo.
A internet vicia sim e no começo eu não fazia outra coisa senão estar sentada na frente do PC teclando com alguém no messenger.Deixava até de comer pra poder ficar teclando, era divertido demais poder teclar com pessoas do mundo todo e quando eu começei a teclar só teclava com americanos...imaginem...com o meu inglês do tipo: The book is on the table. Logo depois descobri os italianos e era um tal de "Ciao Bella" a toda hora. Sem falar nos espanhois e portugueses que andei teclando também.Era uma loucura teclar em tantas línguas ao mesmo tempo, mas isso me divertia tanto que acabei aprendendo o italiano.
Essa brincadeira que começou em um chat acabou me contagiando tanto que eu fui parar até em Firenze na Itália para poder aprender melhor a língua.Virou paixão.
Uma coisa sempre leva a outra e dessa paixão pela língua vieram outras paixões também que me impulsionaram a viver uma grande descoberta : o prazer de viajar.
Bem...este ano anda meio embassado pra viagens, a grana anda encurtando e tirar férias ultimamente é só pros ricaços e pros loucos. Como eu ainda não sou rica me resta a segunda opção...
Os convites para viajar não param de sair de dentro dessa" caixinha mágica"e hospedagem por esse mundão à fora é o que não falta. Ainda sonho em conhecer o sul da Itália...quem sabe...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Se fosse amor...


Não cabem dúvidas e nem decisões impensadas quando o assunto é o amor.
Tudo caminha na mais perfeita harmonia e até mesmo um grande sacrifício se torna assim, tão pequeno.
Sincronia do querer que transforma e nos faz tão corajosos mesmo quando desarmados.
O amor , quando puro, não exige e nem impõe condições . Se dôa sem nenhum pingo de vergonha.
Um jantar a luz de velas e tantas noites em espera. Belos ambientes se criam.Iludem. E a espera é puro comodismo dos que ainda não são seguros. Não era amor.
Se fosse amor, não caberiam tantos discursos e diálogos reticentes no intuito de encobrir aquilo que não pode ser compartilhado.
Não nos cabe julgar àquele que não soube nos amar como queriamos. Nem tão pouco enganar a sí mesmo. Não era amor aquilo que se criou.
Se fosse amor, uma nuvem de compreensão nos tomaria de golpe e uma certeza desconcertante nos impulsionaria a seguir a diante...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Don Quixote, o fidalgo idealista


Don Quixote de la Mancha, considerada uma das grandes obras literárias európeias do século XVII , escrita por Miguel de Cervantes, retratava com uma bela dose de bom humor o idealismo excessivo de um certo fidalgo apaixonado por literatura. Imerso no seu mundo literário, Don Quixote teria "pirado" de vez , por influência dos livros de romances de cavalaria.
Poderiamos considera-lo como um grande idealista e sonhador. Provavelmente do signo de peixes.
Nos seus sonhos idealistas, Don Quixote criou monstros (moinhos de ventos), que combateu heroicamente. Se apaixonou por uma "baranga" que ele julgava ser a sua doce e formosa Dulcinéia.Enfim, o cara era excessivamente idealista e vivia a sua realidade como tal.
Fico pensando cá com os meus botões, o quanto nós mesmos temos um pouco de "Don Quixote". Já criei monstros aonde não existiam, claro que não lutei contra moinhos , mas já lutei contra os monstros da sobrevivência que eu mesma criei na minha mente. Já inventei vários Dulcinéios romantizados e perfeitos. Já vivi apenas no meu mundo idealista ignorando o mundo lá fora que é quase sempre tão cru e pouco romântico.
Se eu pudesse, pintava a vida de cor de rosa, mas tem sempre um "Sancho Pança" que estraga o colorido idealista que imaginamos e coloca um ponto negro na paisagem...
E Viva o idealismo! Sem miopia...se é que dá pra ser assim.

domingo, 12 de setembro de 2010

Geração Capricho

Toda adolescênte já leu pelo menos uma revista Capricho na vida, eu particularmente , gastava toda a minha mesada comprando as tais. Adorava o encarte de fotonovelas e as matérias que falavam sobre assuntos que toda garota quer saber mas não tem coragem de perguntar para a mae. Aliás, a minha mae deveria agradecer a revista Capricho por ter me ensinado sobre menstruação, mudanças no corpo , sexo , gravidez e tudo mais. Estes são assuntos que interessam muitissimo as garotas , não só por curiosidade, mas por uma simples necessidade de entender as mudanças que ocorrem no nosso corpo nesta fase, que são tantas.
Os tempos mudaram e a revista Capricho agora tem Blog, Tv, Site, além de tantos produtos voltados ao público teenager . Para quem folheia (adulto) uma revista Capricho, ou assiste aos programas de Tv , parece mera babaquice de gente que (ainda) nao tem o que fazer. Mas nao podemos esquecer que um dia também fomos adolescêntes em busca da nossa propria identidade.
E como era gostoso ser adolescênte. Se eu pudesse voltar no tempo e me tornar uma teenager novamente, acho que eu seria fanzoca dos irmãos Surita. Assisti todos os videos da série : Vida de Garoto...:-)
Isso sim é não ter o que fazer. Mas os garotos são lindinhos. E quanta inocência...






domingo, 5 de setembro de 2010

Ciência e a espiritualidade

Somos tão céticos , incrédulos ou ignorantes demais para perceber que o universo não se resume apenas naquilo que vemos.
Hoje, assistindo a um video do professor Laércio B. Fonseca, um físico paulista formado pela Unicamp com especialização em astrofisica e cosmologia , tentei compreender qual a relação entre a física quântica e a espiritualidade. Essa tal física quântica que tantos místicos relacionam a espiritualidade , no esforço de fazer os mais céticos acreditarem que a consciência independe da matéria.
Bem, pra começar meu forte nunca foi a física( nem a educação física), e fiz um esforço tremendo para entender as explicações sobre os elétrons e a sua dualidade. O video do professor Laércio é muito longo e um pouco confuso para os leigos que não entendem de fisica quântica, mas com certeza deve ser mais louco ainda para os físicos que não entendem de espiritualidade...:-)
São dois assuntos que parecem não ter absolutamente nenhuma correlação, mas assim como diziam que Einstein era maluco, e que o planeta Terra era plano e não redondo, somente o futuro poderá confirmar .
Todo aquele que está a frente da sua época, os chamados visionários, são considerados malucos. Eu, particularmente acredito que um dia a ciência se renderá aos fenômenos espirituais considerados "ainda" como inexplicáveis e pouco palpáveis.

sábado, 4 de setembro de 2010

reflexão

Vale a pena assistir a este video e refletir sobre a fé, religião, crenças e aquilo que realmente somos quando conseguimos nos desnudar dos condicionamentos culturais e sociais que nos foram impostos ao longo de nossas vidas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Choque cultural: Incas x Shogun

Incas Peruanos
Samurais Shogun


Hoje pra variar aconteceu mais um ti-ti-ti por causa de diferanças culturais , ou Bunka , como se diz em japonês.Eu pra variar fico sempre encima do muro tentando botar panos quentes na desarmonia que se criou outra vez no ambiente de trabalho.
Aqui na terra dos samurais harakiris existem certas regras (e são tantas) no trabalho que devem ser respeitadas. A japonesada respeita e muito a hierarquia no trabalho, ou seja, se você é mais novo (idade) ,ou novato no trabalho deve sempre obedecer os mais velhos ou os mais antigos de casa, mesmo que eles não sejam seus chefes os tais Sempais (veteranos) tem todo o direito de mandar e desmandar em você . Mas, cá entre nós, sem pai em português é filho bastardo...
Pra complicar a situação para nós pobres terraqueos nas terras do Shogun , a maioria desses veteranos além de serem autoritários são fofoqueiros, dedo-duros e puxa-sacos dos chefões. È quase que uma figura obrigatória em qualquer ambiente de trabalho e muito bem quistos pelos seus superiores.
E adianta ficar brigando com um Sempai na terra dele mesmo que ele tenha sido desonesto e injusto?Dedurar um colega de trabalho para o chefe não é mau visto por aqui. É por sinal uma atitude nobre e de devoção aos patrões. Não que não existam puxa-sacos e dedo-duros no Brasil, mas é diferente. Aqui é via de regra ter um olheiro e puxa-saco infiltrado em qualquer departamento. E nem é vergonhoso ser chamado de puxa-saco e dedo- duro.
Para um país aonde o trabalho vem em primeiro lugar, em segundo o chefe , em terceiro os interesses pessoais, e lá no finalzinho da fila a família, nem é de se admirar o por quê da existencia de tantos dedo-duros e puxa- sacos oficiais no ambiente de trabalho.
O difícil é explicar isso aos estrangeiros que não estão habituados a conviver com tamanha puxação de saco e devoção dos japoneses aos seus superiores.
Hoje , tentei explicar esta questão a uma colega de trabalho peruana, que se indispôs com uma dedo-dura japonesa. Mas foi uma missão quase impossível...
Choques culturais no ambiente de trabalho só se resolvem de um jeito: -Bota esse povo ignorante pra ler um pouco sobre cultura estrangeira antes de contratar estrangeiros , e vice - versa. E adianta tentar amenizar choques culturais em um país aonde os seus ancestrais se vestiam com endumentárias de guerra inspiradas em besouros ?Aliás, o povo japonês tem uma verdadeira adoração por esses bichinhos.
Hoje, conseguiram cansar a minha beleza e a única atitude que me restou foi...me calar.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Hoje acordei com saudades...

Não sou e nunca serei uma pessoa estável, daquelas que tem uma meta na cabeça e não mudam o curso por nada, ou daquelas que estão sempre alegres, falantes .Também não vivo 24 horas mau-humorada. Às vezes tenho vontade de estar sozinha a casa desenhando, às vezes tenho vontade de sair pra dançar e estar entre tanta gente, às vezes necessito estar só em meditação. Enfim, eu mudo sempre.
Hoje, sem nenhuma intenção, assim meio que por acaso, acordei com saudades. Seria normal sentir saudades da minha terrinha (São Paulo), dos amigos , da família, mas não é bem essa falta que me tocou hoje.
Hoje, senti falta de um certo sentimento, uma certa sensação que já não sinto mais hà tanto tempo: afetividade e calor.
Sou filha de japonês legítimo e assim como a tantos nipo-brasileiros que conheci(incluindo meus irmãos), a maior falta que eles sentiram em familia foi essa tal afetividade. Mas como sentir falta de algo que nunca se provou?Pois é! Nunca havia provado esta sensação enquanto ainda era uma menina, mas já sabia reconhecer o vazio que nos provoca a alma a falta da mesma.
Dizem que o amor está em nós (dentro) e não fora, mas muitas vezes acontece o inverso e ele vem de fora para dentro , em forma de exemplos, de olhares e sensações novas.
Provei dessa tal afetividade algumas vezes ha alguns anos atrás, cerca de 2 a 4 anos e agora parece que me tornei mais complicada e exigente nos meus relacionamentos afetivos. Se não existir cumplicidade e um toque de afetuosidade a coisa não anda. Com toda a minha instabilidade, nesse sentido, eu sei muito bem o que espero e quero dos meus relacionamentos pessoais. E isto inclui a minha familia...
Non ho bisogno da dire dove ho trovato tanta affetuosità. Vero?

sábado, 28 de agosto de 2010

Os ciclos de Saturno

Já reparou que existem certas fases da vida em que tudo começa a dar errado e por mais que lutemos para manter o "status quo" as forças do universo nos empurram para uma única direção?
São os ciclos de 7 anos de Saturno (chronos, o senhor do tempo) que nos obrigam a rever condutas, a encarar e viver a vida de uma forma jamais pensada...inesperadamente. Os trânsitos de Saturno são lentos e chacoalham as nossas vidas de tal forma que nos obrigam a ter acima de tudo muita perseverança ,buscar saídas e sermos criativos. O mais dificil (ao menos pra mim) é justamente essa virada quando um ciclo vai se fechando aos poucos até não nos oferecer mais absolutamente nada, nos obrigando a buscar saídas criativas e muita...mas muita coragem para pular de um ciclo (que se fecha) a outro , que exigirá muita dedicação. É o fim dando passagem ao começo...
Ha 7 anos atrás vivi tal situação, e naquele tempo eu nem consultava as estrelas .Era o fim de um ciclo pedindo passagem para o novo de forma drástica. Este mesmo ciclo está se fechando agora, e com certeza assim como precisei de forças e acima de tudo atitude para encarar esse ciclo, precisarei da mesma dose de atitude para enfrentar o fim de uma longa fase e os novos começos, que por sinal sempre assustam.
Mas se não estamos dispostos a enfrentar os ciclos da vida, ela mesma se estagna. Não é isso que eu quero né?
Então, mãos a obra e que venha Saturno com todas as suas conjunções ,quadraturas e o caramba!!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Coisas do primeiro mundo


Aliás, já nem tão primeiro mundo porque o Japão perdeu o seu lugar no pódium de segunda maior economia do mundo pra China.
Como se já não me bastassem os "chikans"(maníacos) que me perseguem de bicicleta aqui na terrinha dos samurais, neste final de semana roubaram a minha bicicleta bem aqui no meu prédio. Tá certo que eu deveria ter colocado um cadeado nela, foi descuido da minha parte. Mas nós não estamos no Japão????
Se fosse no Brasil nem cadeado adiantaria porque eles levam até o poste junto, mas aqui no Japão o povo costuma deixar mercadoria exposta na rua e ninguém mexe.
Infelizmente com bicicleta é diferente. Segundo os japoneses pegar emprestado não é roubar, então eles pegam a sua bicicleta emprestada pra dar umas bandas e logo logo já largam ela por ai. Mas peraí minha gente! Se pegou emprestado tem que devolver!Isso é roubo.Coisas do primeiro mundo...
Agora , provisóriamente estou com a bicicleta de um amigo que se foi pro Brasil , o duro (e bota duro nisso) é que a bicleta é daquelas montaun bike, apesar dela ser bem mais leve e veloz, o banco dela é duuuuurooo e estreito. Nem preciso dizer que ando preocupada com as minhas queridas hemorróidas né. Será que existe capa amortecedora de impacto pra banco de bicicleta?Eu já ví algumas bicicletas com um furo no banco, bem no meio. Mamma mia!


sábado, 21 de agosto de 2010

Casar faz bem


Esta é a matéria de capa da revista Veja, que por sinal , ainda não pude ler. Fiquei curiosa e como sempre fuçei na net alguns trechos da matéria sobre este assunto tão fora de moda e ainda tão temido pelos solteirões de carteirinha. Assim como eu...
Claro que tudo na vida tem lá os seus prós e seus contras, assim é também na questão do casamento. Tem pessoas que já nascem com essa predisposição casamenteira e outras não. Eu infelizmente não nasci com essa predisposição natural de querer constituir família, mas a vida por si só se encarrega de nos perpetuar de alguma forma.
Hoje, mais madura e mais consciente das minhas proprias necessidades e de meus próprios limites , estou conseguindo encarar a questão do casamento como algo que realmente pode nos fazer bem. Claro que o casamento convencional , aquele que vem com sogra, sogro, cunhadas , sobrinhos pentelhos e um saco de responsabilidades e convenções não é bem a minha praia. Mas quem foi que disse que existem modelos predeterminados que devem ser seguidos à risca?
Bom...pra dizer a verdade, o casamento para mim não é uma meta e sim consequência de uma relação que vem funcionando satisfatoriamente.

Link de uma matéria que encontrei na net que fala sobre casamento e saúde.
http://www.asmaismais.com.br/index.php/saude/casamento-faz-bem-a-saude/

Cassia Eller ressuscitou?

Foi essa a impressão que eu tive ao ouvi-la pela primeira vez hoje . Nem nunca tinha ouvido falar nessa cantora. Também, tantos anos longe do Brasil e o único programa brasileiro que costumo assistir é a minha novela italo-brasiliana e o Pânico na TV. Eh! Já sei . Nada cultural, mas é só pra relaxar e lembrar que sou ainda brasileira.
Essa voz dôce e melodica (ligeiramente rouca) que faz recordar a saudosa Cassia Eller , e esse estilo brasileirissimo de cantar era o que estava faltando no cenário brasileiro : Maria Gadú.
Acho que eu poderia ouvi-la cantar por horas. Saudades desta brasilidade que só conseguimos perceber ao ouvir canções como esta.

Altar Particular


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Quem vê cara, às vezes vê o coração

Dunga, não aquele da Branca de Neve, o outro.
O Papa Bento XVI. A expressão da Santidade...?
Benito Mussolini, ex-facista italiano. Ex , porque é morto.



Como dizem:" Os olhos são as janelas da alma", mas também dizem:"Quem vê cara não vê coração".
Já percebeu como tem gente que não expressa nenhum tipo de emoção nos olhos?Ou seja, não dá nunca pra perceber se ela (ele) está de bom humor, preocupado, magoado, triste ou feliz. Eu penso que o "normal" é ter um certo olhar que nos caracterize, tipo, um olhar circunspecto, um olhar dôce, um olhar seco, e assim vai. Mas quando estamos com os ânimos alterados (para o bem,ou para o mal), normalmente a nossa expressão facial muda.
Eu sou uma que não consigo esconder o meu caráter (está escrito nos meus olhos), e quando estou cansada não só a expressão do meu rosto como toda a minha expressão física se altera...até os cabelos ficam ressecados e sem vida. Em compensação quando estou de bem com a vida, ou melhor ainda, apaixonada, os meus olhos brilham, a pele reluz , e o meu olhar se docifica. Muito bem, isso quer dizer que eu sou uma pessoa extremamente transparente e movida pelas minhas emoções. Acho isso ma-ra-vi-lho-so em mim mesma. E nem que eu queira conseguiria fingir algo que eu não sinto. Os meus olhos entregam o momento e só não os le quem não quer, ou, é ainda um analfabeto na arte de ler os olhos e ouvir com o coração.
O que eu acho incrível (ando percebendo) é a capacidade que algumas pessoas tem de não demonstrar absolutamente nada através das suas janelas (os olhos). Sempre inalterados ,como se fossem constantes o tempo todo.
Do meu ponto de vista (que nem sempre è certo), acho que pessoas que não demonstram alterações emocionais no rosto , na verdade escondem um certo desequilibrio emocional e a incapacidade de lidar com as proprias emoções. Então, elas se escondem, por detrás de suas expressões faciais congeladas.
E tem graça gente assim?Deus me Livre!