sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Arrogância ou falta de paciência?


Sei que às vezes posso parecer arrogante com algumas amigas , tanto japonesas , quanto peruanas, filipinas , brasileiras , ou seja lá de que raça for, mas tem dias que não suporto certas conversinhas. É gastar saliva e tempo à tôa. Por isso, procuro estar em casa nos meus dias de folga fazendo aquilo que mais gosto: Escrevendo, lendo e estudando alguma coisa, que seja a Astrologia ou uma nova língua. 

Tá sem assunto? Vai assistir televisão, vai lavar a louça que ficou na pia desde a hora do almoço e não  me faça perguntinhas ou comentários repetitivos . 

Os japoneses na sua grande maioria tem o hábito de fazer comentários com relação ao tempo, do tipo : - Hoje parece que vai chover. Por pura falta de assunto, ou uma forma ,na cultura deles , de iniciar alguma conversação , que por muitas vezes nem tem prosseguimento porque a falta de intimidade não os permite seguir em frente. Tem dias que esta mania de japonês enche o saco!

Mais espontaneidade e menos convenções, por favor!

Claro que não são todos, não gosto de estar generalizando, mas uma boa parte das minhas amigas japonesas só me perguntam do tempo e do trabalho. Como se o meu estado de espírito ou os meus interesses pessoais não importassem. Isso me irrita!

Nunca pensei que fosse encontrar tantas barreiras na comunicação e tantas diferenças culturais pelo fato de eu ser filha de japonês, mas pelo jeito , até o meu pai deveria estar de saco cheio dessas "coisinhas" de japonês. Jà que ele mesmo preferiu viver e morrer no Brasil do que voltar a viver na sua  terra Natal. 

Agora, cabe a mim o meu " karma" familiar...

Calma, muita calma nesta hora. É apenas uma indisposição cultural. 




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Memória musical


Ontem começei a fuçar na net algumas músicas antigas que não me saem da cabeça. Vira e mexe, lá estou eu cantando algums refrões enquanto trabalho. A japonesada nem liga mais para estas minhas " estranhisses" de cantar e assoviar . Aliás, na cultura popular japonesa não é de bom agouro assoviar   à noite. Eu  não consigo  ficar de boca fechada o dia inteiro, silenciosamente como o fazem os japas , então eu canto sozinha. 

Encontrei videos no youtube das músicas que eu costumo cantar sempre . Não que eu goste destas músicas mas em algum momento da minha adolescência elas devem ter me marcado de alguma forma por que elas simplesmente emergem do nada e com muita frequência somente quando eu estou caladinha trabalhando na minha mesa . 

Fuça daqui, fuça dalí . Encontrei verdadeiras pérolas da minha fase de adolescência em São Paulo. O mais estranho foi constatar que eu conhecia um verdadeiro repertório de músicas populares regionais que me remetem à minha infância e adolescência. Mas eu sou filha de japonês legítimo! Fico me perguntando onde é que eu andava e com quem eu andava naquela época para ter tantas memórias musicais regionais, sendo que meus pais não nos permitiam nem mesmo falar em português dentro de casa?

Obviamente que tenho algumas lembranças de ouvir meu pai cantando em japonês e tocando alguns clássicos da musica japonesa na sua gaita. Eram canções muito melancólicas que falavam da saudade de sua terra natal. Uma que meu pai sonava sempre na sua gaita era " Furusato" , que em japonês significa  casa , mas aquela casa que se refere a cidade natal. 

Entre as minhas memórias da infância e adolescência estão também um mundo de canções italianas e personagens famosos do cinema italiano. 

Afinal, onde é que eu vivia inserida para ter tanta memória musical que nem fazia parte da educaçao rígida  e preconceituosa que recebi de meus pais? 

A resposta está na televisão. Eu me lembro que vivia absolutamente vidrada em todos os programas da sessão da tarde e vivia um mundo à parte da minha realidade . Aquela vida comum , rigida e cheia de convenções não me pertencia e o meu refúgio era a ilusão de viver em um outro mundo à parte. O mundo ilusório da televisão. 

Portanto, chego a conclusão de que eu devo a minha orientação cultural e musical ao "Almoço com as Estrelas" , de Airton e Lolita Rodriguez , e ao Raul Gil. 

" O Raul perguntou, você não acertou ?
Pegue o seu banquinho e saia de mansinho..."

domingo, 22 de setembro de 2013

Falar palavrão desestressa




Vivendo literalmente em meio a japoneses, ultimamente não tenho tido mais a oportunidade de usar aquela famosa força de expressão nas palavras.

 Sabe aquelas horas quando involuntariamente você deixa cair café em cima do relatório mensal que estava prontinho para ser entregue ao seu chefe ? 

Qual a palavrinha que vem automaticamente a sua boca sem nem pestanejar? 

- Taqueopariuuuuuuuuuu!!!

Aqui no Japão não existem muitas expressões assim , pelo menos eu nuca ouvi nenhum colega japonês se esbravejando sozinho como nós brasileiros o fazemos em tais situações. Mulher então, nem pensar! Todas são muito delicadinhas ao falar e quase sempre levam a mão à boca quando vão rir . Não sei por quê?

Com todo este comedimento japonês, fica difícil não acumular stress por absolutamente nada. Eu que sou habituada a esbravejar a minha ira com um palavrãozinho inocênte de vez em quando, estou tendo que acumular o meu stress diário por trás de um sorrisinho amarelo. Como o fazem os japoneses.

 Não sei como eles aguentam não pronunciar um palavrãozinho se quer durante dias, meses, anos, séculos. 

Soltar um palavrãozinho de vez em quando é pura terapia contra o stress diário. Não que eu tivesse o hábito de sair xingando todo mundo na rua, mas dá para ficar calado quando alguém , por  exemplo, bate na traseira do seu carro? Não dá ne! 

Ou pior ainda, quando o timão perde pro São Paulo? Não dá!

Existem expressões que foram feitas para tais momentos e sem elas não tem outra forma  de verbalizar aquilo que estamos sentindo. Como é que a japonesada aguenta eu não sei. Só sei que eu preciso desta válvula de escape e como não dá para ser feliz aqui em terras nipônicas eu decidi escrever uma coletânea de palavrões . Tudo em italiano. Estes  são feras no quesito "força  de expressão". 

Começarei com o meu palavrão preferido:

Ma vaffanculo!!
Porco Dio!
Porca Madonna!
Stronzo!
Figlio di puttana!
Bastardo!
Troia!
Zoccola!
Me ne frega un cazzo!
Ma sei un culo rotto!
faccia di culo!
Faccia di cazzo!
Ma che puttaniere
Ma va fare una sega!
M a vai cagare!
Lecca culo!

Aliviei só um pouquinho!




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dai-me paciência , o retorno de Jedai


                  - Ahhh, bocê  é porutoguesa do Burajiru?


Conviver com pessoas de uma cultura totalmente diferente á nossa não é nada fácil. Todo o santo dia tem alguma coisa que nos faz lembrar que não pertencemos a tal cultura ou país. 

Na realidade eu nem sei mais a que cultura ou a que país eu pertenço. Eu acho que não sou mais de lugar nenhum, ou aquilo que chamam de cidadão do mundo, vulgo cigano. 

Eu confesso que tenho o pavil curto e tem certas coisas que me recuso a ouvir por que nem é questão cultural , é pura ignorância. 

Tenho uma amiga japonesa que é muito gentil comigo, me ajuda muito e parece que apesar das nossas diferenças culturais e na forma de agir e pensar , ela adora a minha companhia. Tanto é verdade que ela mais se parece com uma irmã mais velha que cuida da irmã menor. No caso, eu. 

Sou muito grata por poder ter relacionamentos assim mesmo estando do outro lado do mundo e interagindo com pessoas de uma cultura e mentalidade extremamente estreita como o são os japoneses nativos, mas ao mesmo tempo ás vezes me falta paciência . Ultimamente não tenho mais conseguido disfarçar o olhar de indignação quando ouço algum absurdo. 

Estavamos assisitindo a um programa da tv japonesa , eu e a minha amiga japa. Uma reportagem sobre uma maē servia que aprisionava os seus filhos em casa. E eu comentei com a minha amiga: - Como será que são os sérvios , não?

- Devem ser como os brasileiros. A Sérvia não fica perto do Brasil? Indagou a minha amiga japa. 

Minha reação foi imediata. O sangue ferveu! 

Não consegui disfarçar a minha cara de indignação. Tá certo que eu também não sabia a localização exata da Sérvia ,  não sou nenhum mapa geográfico ambulante ,  mas quem não sabe que a Sérvia fica  no Continente Europeu? Quem????.

Como a minha amiga é muito boa para com a minha pessoa, eu decidi  ignorar o ocorrido e fazer de conta de que eu não ouvi isso da boca dela. Afinal de contas , ela é apenas uma senhora japonesa que vive no interior do Japão, casada , que leva uma vidinha simples e nunca saiu do Japão. 

Imperdoável mesmo foi o que eu ouvi  de um outro colega japones que é formado , jovem e viajado, (só na Ásia) portanto, espera-se que ele entenda um pouco de geografia. 

- A sua língua madre é o português ou o espanhol? 
- Português. Respondi. 
- Então você nasceu em Portugal?
- ...




quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Missão


Como sempre , nas minhas horas vagas e não vagas também , estou sempre fuçando na net algo de interessante. Que sejam pessoas, idéias, ponto de vista, religião, filosofia, ou qualquer coisa que me toque a alma. Encontrei um video de numerologia tântrica que descreve perfeitamente o perfil de uma pessoa nascida sob o número 11 , o número dos grandes mestres. 

Pessoas que nascem sob a influência do 11 são dotadas de um poder intuitivo maior do que a maioria  das pessoas, uma visão global sobre o mundo e o Universo. O mundo de tais pessoas não se resume apenas ao seu cotidiano mundano, a esfera é bem maior. 

Já perceberam como uma grande parte da humanidade enxerga apenas o seu próprio umbigo? São aquelas pessoas que se atem apenas a aquilo que enxergam por que não possuem a capacidade natural de perceber o mundo como uma grande roda viva, onde tudo, absolutamente tudo tem ligação com o nosso ser. Por vezes em total sintonia, por vezes não. O número 11 é o inverso de tais pessoas. 


Assim como na Astrologia, a numerologia nos ensina que , não basta ter tais atributos natais para vivencia-lo com plenitude. Tudo na vida tem o seu lado positivo e negativo . Vibrar sob as forças do número 11 sem ter a consciência de seu real papel nesta vida pode causar efeitos negativos, ou no mínimo trazer muita confusão à vida de quem vibra com uma energia oposta a aquilo que se espera de um 11.

O número 11 é um espiritualista, o grande pacificador que veio ao mundo com a missão de ensinar e liderar grandes massas com suas idéias inovadoras , visionárias ,filosóficas e espiritualistas. Tais qualidades jamais  deveriam ser  utilizadas  apenas para proveito próprio. É neste ponto que muitas pessoas vibram na direção contrária, trazendo muitos questionamentos , inseguranças e um vazio inexplicável à própria alma. 

Na vida prática eu descreveria o numero 11 como aquele ser que caminha por uma via paralela a da grande maioria e nem sempre é compreendido por que nem ele mesmo se compreende. Até  o momento que aceita ser "diferente" e direciona a sua vida para tal missão. Deixando  os rótulos, a mesmice dos padrões ditados pela sociedade em que vive e decide seguir aquilo que a sua alma pede. 

Frequentemente podemos notar muitas pessoas 11 , vibrando como um 2. Geralmente são pessoas muito diplomáticas porém com uma grande insegurança interna que é causada pela falta de compreensão e utilizačão correta de seus poderes emanados pelo numero 11. 

Difícil missão de um número 11, não? 

"Dizem que sou louco por pensar assim

Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu"


Link para o video de Numerologia tântrica , a musica de fundo do video é muito relaxante, vale a pena ouvi-la . 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Mera questão cultural! Dai-me paciência!


                             Um Ninja estrangeiro jamais será como um Ninja japonês


Não sei se são os meus aspectos em Marte, mas ultimamente ando sem muita paciência para compreender questões relacionadas a diferenças culturais. 

Por mais que eu me esforçe aqui na terrinha dos comedores de miojo lamen, tem horas que as diferenças são tantas que chega a irritar. 

Ontem, tentei explicar para duas amigas japas o que é a Astrologia , um assunto que me interessa muito e que adoro estudar. Tenho planos futuros de fazer um curso on-line ou estudar em São Paulo, portanto, é um assunto que para mim é sério e faz parte da minha realidade. 

Agora, vai explicar para um japonês provinciano o que é a Astrologia. Pior do que não concordar com um certo assunto é ter total desconhecimento do assunto e ainda ironizar como se fosse uma "coisa" absurda. Ahhh, aí não tem jeito, o sangue ferve!

No mesmo momento, uma outra amiga japa me pergunta sobre um post no facebook de Adão e Eva, que ironizava o Brasil como o Paraíso na terra. Meu Deus! como è que eu vou explicar para esse povo quem são Adão e Eva e o sentido irônico do post em poucas palavras?

Na realidade o que me causa mais irritação creio que não seja tanto a ignorância de alguns japoneses com relação a cultura de outros países, mas a minha real dificuldade de me expressar bem em japonês e a falta total de interesse dos japoneses de pesquisar sobre o assunto no Google, por exemplo. 

Como eu posto sempre no facebook alguns dizeres em português, outros em espanhol e outros em italiano, fica dificil para eles, os japoneses, conseguirem identificar a lingua que estou escrevendo. Já que para eles tudo se parece muito com o inglês. 

Bem, nem todos os japoneses são tapados assim, aqueles de Toquio são mais antenados em função até do grande numero de negócios e transações econômicas que giram  na capital japonesa, mas no geral o povo provinciano japonês é assim mesmo. 

Nestas horas que estou sem muita paciência de explicar, explicar , explicar e perceber que não estão entendendo nada eu mudo de assunto e me retiro de cena . Me irrita profundamente. Deve ser a minha Lua Escorpiana em conjunção com algum planeta nervoso, tipo Marte.

Graças a Deus eu ainda tenho alguns amigos aqui que compreendem a minha falta de paciência com certas mentalidades locais . Hoje, eu e um amigo italiano que vive aqui começamos a desafogar a nossa falta de paciência com a mentalidade japonesa , tudo em italiano. E olha  que o meu italiano não é lá essas coisas, mas nada como falar com alguém que nos compreende além dos limites de uma lingua estrangeira. 

É nestas horas que eu compreendo que nenhuma lingua estrangeira é uma barreira, contanto que ,a mentalidade seja no mínimo parecida. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Reaccíon

                                              Expressão física de : Sei lá!

Aqui na terrinha dos samurais, a coisa mais difícil é ver alguém se expressar de forma espontânea , mesmo estando entre amigos íntimos. Eu penso que japonês só é ele mesmo quando está bebado. E como são desagradáveis quando estão "emborrachados". Pelo amor de Deus!

Nestes dias fiquei sabendo que um colega de trabalho japa me imitava . Fiquei curiosa para saber qual era a imagem que eu transmitia para os japoneses e pedi para que ele me imitasse. Aqui no Japão os japoneses se divertem muito fazendo imitações ,  e qualquer palavrinha ou gesto já é motivo para aplausos. Mesmo que a pessoa não tenha tanto talento para tal. 

Quando o meu colega me imitou , eu não sabia se eu deveria rir ou continuar a conversa normalmente, mas não consegui disfarçar a minha expressão facial de : - Mas era só isso?

Sabe aquela expressão corporal que fazemos quando não sabemos de alguma coisa e encolhemos os ombros e erguemos os braços com a palma das mãos virada para cima?

Costumo fazer isso automaticamente quando não sei do que se trata o assunto, ou quando o assunto não me interessa. Mas não consideraria isso uma reação engraçada. Pois e! o meu colega japa se racha de rir a cada vez que eu faço este gesto. 

O senso de humor japonês é bem diferente do senso de humor brasileiro, sem dùvida alguma. Outra coisa que fazem os japas morrerem de rir é tropeçar em algo ou bater a testa contra a porta de vidro sem querer. Coisa estranha! Eles morrerm de rir!

Talvez este senso de humor japonês esteja ligada a pura falta de expressão física dos japoneses que não reacionam a absolutamente nada de forma exagerada. Tudo é muito contido, e por isso mesmo quando alguèm se expressa demais fisicamente ou reaciona de forma exagerada eles acham divertido por que foi um ato espontâneo. 

Apesar dos japas verem graça nas reações espontâneas  e exageradas das pessoas , uma mulher que  tem reações espontâneas demais è considerada uma obassan ( tia ) ou velha . Eh! aqui no Japão uma mulher deve ser uma lady e só as velhinhas tem o direito de serem espontâneas, mas ninguém quer ser igual a elas. 

Então , eu estou ferrada nesta terra de samurais! 

Eu espirro alto ( nunca ouvi uma japa espirrar) , eu bocejo alto ( nunca ouvi nenhuma japa bocejar), eu canto e assovio enquanto trabalho ( impossivel ver uma japa fazer isso) , eu abraço as minhas colegas de trabalho ( ta aí outra coisa impossivel) , eu falo alto e gesticulo ( isso é feio em qualquer lugar) , eu uso óculos de sol quando ando de bicicleta ( as japas usam viseiras) . 

Será que a imagem que eu passo para os japas é de uma "obassan"? ou pior ainda, de "ossan" , que é um termo usado para quem não tem muitos modos ?

Apesar de tantas diferenças no humor e no comportamento, eu percebo que os japas me aceitam assim como eu sou pelo simples fato  de eu ser estrangeira. É como se eles fossem complacentes comigo apesar dos meus modos não serem adequados à cultura local. 

E viva o senso de humor japonês!




domingo, 8 de setembro de 2013

A minha paixão adormecida - Itália



Quem me conhece sabe que a minha única paixão na vida é a Itália. Todo mundo é apaixonado por alguma coisa. Um hobby, um cão, uma pessoa, uma profissão , ou qualquer outra coisa que lhes cause encantamento. No meu caso é a Itália. A sua lingua, a sua cultura, a sua natureza , a sua história e principalmente a arquitetura de algumas vilas italianas. Eu fico completamente fascinada em terras italianas. A sensação é de um profundo enamoramento, não tem outra forma de descrever . 

O ambiente em sí , em algumas regiões italianas é tão romantizado que acabamos por nos deixar envolver por esta magia. Não tem como escapar de tamanha sedução. 

Agora eu entendo bem por que o povo italiano é tão romântico, o próprio ambiente em que se vive os leva a tal estado de espírito. E hoje também posso entender  qual era a minha verdadeira paixão. Não eram os italianos que eu conheci. Era a Itália , mas tudo veio junto no pacote. 

Ha poucas semanas eu entrei em uma comunidade do facebook chamada " I love Italy" , e todos os dias recebo um verdadeiro bombardeio de fotos das regiões mais belas da Itália. Não deu em outra! Despertou em mim a minha paixão adormecida por esta terra e suas paisagens fantásticas. 

Contemplo cada foto como se eu estivesse lá, dentro daquela foto, dentro daquela atmosfera romântica que eu bem conheço e sou tomada por vários sintomas da " paixão" . Encantamento, nostalgia, frenesi . Tudo isso mesclado a uma certa angústia de não possuir o objeto de tamanha paixão. 

Em Nápoles dizem : Vedi a Napoli e puoi muori - Veja a Nápoles e depois morra. Eu acredito que esta frase poderia muito bem abranger toda a Italia. 

" Conosci a Italia e puoi muori "

Nunca vá a Itália querendo visitar apenas os pontos mais conhecidos, como o Coliseu de Roma, a Fontana de Trevi, o Vaticano, a Torre de Pisa ou Veneza. Não dê uma de turista japones visitando apenas os pontos mais históricos e turísticamente conhecidos. A Itália não é um país que se conhece em 5 dias de pacote turístico. Perde- se  toda a magia e encantamento escondida em vilas e ilhas espalhadas por toda a Itália. 

E aqui vão apenas algumas imagens da comunidade " I love Italy" do facebook. Babem nas imagens!


     Portofino - Gênova 


Lago di Garda - o maior lago da Itália, situado ao norte . Este eu conheci. 


Cordilheira dos Dolomitas - Patrimonio da Unesco. Fica bem ao norte da Italia a Belluno. 

Castelmezzano , na província de Potenza- Basilicata. 


Belluno - Veneto 

Varenna - Lago di Como , na região da Lombardia , é o terceiro maior lago da Itália. Este também conheci. 

sábado, 7 de setembro de 2013

Quiron trigono a Lua

                           
                                           Quirón o curador ferido 



Eu costumo registrar no meu Blog todas as sensaçōes que tenho através da astrologia , e ultimamente tenho percebido em mim uma  força interior que me ajuda a superar todos os meus medos. Seriam as experiências que vivi nos últimos anos? Pode ser...

É como a sensação de bater o carro ou sofrer algum acidente e sobreviver ileso , e ao invés de gerar o medo de viver novamente tal situação acontece o inverso. Nos tornamos mais confiantes de que nada , absolutamente nada pode nos atingir. 

Não, eu não estou me sentindo a mulher- maravilha que se defende com a sua pulseira de aço blindado, é muito mais humano. A sensação tem mais a ver com uma força interna e uma certeza de que todos os periodos ruins devem também ser vividos na sua totalidade para depois serem superados. Esta aí , a palavra correta: superação. 

Quirón trigono a Lua é o aspecto que me rege de 2012 à 2015, e explica esta minha sensação de fortaleza interna apesar dos últimos acontecimentos. Quirón é o curador e em trigono com a minha Lua Escorpiana tem realizado em mim grandes cirurgias internas. Isto não quer dizer que me tornei impermeável, a qualquer emoção alheia , ou às minhas próprias emoções , mas aquilo que era " pequeno" demais, continua "pequeno". 

Este é um trecho do aspecto que me rege no período. Tudo a ver com o meu "momento" atual. 

O tranqüilo prazer da auto-suficiência

Quíron trígono Lua: Final de maio 2012 até meados de janeiro 2015

Embora não esteja muito disposta a brincadeiras nem frivolidades neste momento, você está vivendo importantes mudanças emocionais que provavelmente a tornarão mais forte, auto-suficiente e compreensiva diante de suas necessidades e limitações. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

As máscaras da vida


                                               Máscaras  Venezianas 

Quando nos concentramos em nossas buscas internas , e começamos a nos conectar com o outro lado do nosso ser, aquele que só você conhece  e que na maioria das vezes é invisível aos olhos dos outros , o mundo toma uma outra forma, uma outra dimensão . 

Máscaras caem e aquilo que observamos é  uma multidão de pessoas nuas , sem os seus vestidos da moda, sem seus carrões , sem seus penteados estilizados , sem seus títulos  , e sem suas expressões teatrais. 

Neste processo , entramos em contato com a " clarividência" , que é o simples poder de enxergar as coisas como elas são. Não digo em respeito a clarividência sob uma visão espírita, mas aquela clarividência onde você se coloca neutro, a dois passos atrás de alguma pessoa , objeto , ou situação e simplesmente a observa com certa imparcialidade. É incrível como podemos desnudar pessoas e situações e enxergar claramente aquilo que se apresenta  sem nenhum  adereço. 
 
É claro que para chegar a tal nível de clarividência é preciso estar com a mente vazia e com muito tempo livre . Não dá para enxergar fatos reais quando estamos tomados por pensamentos ilusórios, ansiedade, ou preocupações com as contas para pagar, a escola das crianças, ou o jardim do vizinho. É preciso estar livre de pensamentos que turvam a nossa visão do real. 

Ao mesmo tempo, tal capacidade de enxergar as coisas, pessoas e situações como elas realmente são cria um certo paradoxo entre a vida que se apresenta mascarada  e aquela que enxergamos nua e clara . Fica difícil ter que atuar no palco da vida sendo apenas um espectador. 

Nesta vida, tudo é questão de equilíbrio. Por vezes enxergar além do necessário causam dificuldades nos relacionamentos . Nunca sabemos até onde devemos atuar ( em conjunto) e quando devemos jogar as máscaras ao chão. 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sob os aspectos de Saturno



Eu sou do tipo de pessoa que não gosta de " encher linguiça", e ter vários contatos , amigos e conhecidos que nem representam absolutamente nada na minha vida prática. 

Sou Capricorniana da gema , regida pelo grande mestre e Senhor do Tempo Saturno, portanto, um pouco anti- social. Se eu tenho interesses comerciais eu procuro correr atrás de pessoas que me interessam , senão, nem me preocupo em ter um vasto círculo de amizades. Obviamente que este padrão segue igual na minha vida mais intima. 

 Não tem a mesma linha de pensamento, nem interesses e afinidades? Então, muito obrigada! Vai " encher linguiça" em outro lugar. 

Sou a típica " chata" Capricorniana que não tem paciência em ter que ser gentil o tempo todo , apenas quando me convèm , ou quando as gentilezas  fluem naturalmente. 

Ultimamente tenho usado a astrologia para me orientar nos meus relacionamentos atuais e nos futuros tambèm. Não gosto de perder o meu precioso tempo e a minha tranquilidade com pessoas e situações que seriam no mínimo desnecessárias. Parece arrogância ne! Mas não e! 

A menos que tal pessoa , ou pessoas , tenham algo a nos acrescentar , não vejo o por  quê de perder o meu precioso tempo e o tempo delas tambèm. Isto  è sociabilizar? Então, muito obrigada, eu posso sobreviver sem isto. 

Com o passar dos anos e a minha busca pelo meu autoconhecimento , percebi que aquilo que me fazia mal (internamente) era a necessidade de estar sempre tendo que "agradar" ou ser aprovada por alguèm. Parei de me sentir vítima das pessoas e das circunstâncias no momento que decidi " separar" o trigo do joio em todos os aspectos da minha vida. Naturalmente vamos nos tornando muito mais seletivos e com esta seletividade de contatos vem junto uma certa tranquilidade que às vezes beira ate a uma preguiça social. 

Preguiça de falar com quem já sabemos que não aprecia os mesmos gostos e nem compartilha os nossos sonhos mais caros. Claro que sempre tem aquelas pessoas que são extremamente diferentes de nós , mas que por uma razão qualquer apreciamos a sua presença e as queremos bem. São poucas, mas existem. 

Quando paramos para refletir e analisar todos os relacionamento que temos na vida poderemos atè nos surpreender com a quantidade de pessoas que não tem absolutamente nenhum significado ou serventia , nem na vida prática e nem na nossa  vida em um plano mais espiritual. 

 É como aquela sua vizinha fofoqueira que você insiste em parar para conversar por pura política de boa vizinhança e no dia seguinte lá està ela tecendo mil conclusões quase alucinadas sobre a sua pessoa e espalhando pela vizinhança. Não é melhor só cumprimentar educadamente e sair de fininho?

 Mesmo assim, pode ter certeza de que a sua vizinha fofoqueira ainda vai se achar no direito de comentar pela vizinhança que você é antipática. 

Relacionamentos deste nivel podem e devem ser evitados , se a sua necessidade é ter paz nos relacionamentos. Claro que tem gente que não vive sem um " flash" e precisam ser vistos, ser comentados , estar em evidência, e até a vizinha fofoqueira faz parte destes " flashes" . Não tem mal nenhum nisto, desde o momento que isto seja uma necessidade real de cada um. 

Eu, como boa Capricorniana, tenho aprendido a selecionar ao extremo os meus relacionamentos. Não sinto a necessidade de enfeitar tanto a minha àrvore de Natal , para mim bastariam dois ou tres  diamantes na ponta da árvore e um ùnico colar de pèrolas circundando toda a árvore. 

Fase literalmente Capricorniana , separando o trigo do joio. Uma característica pra lá de Saturniana , Uiiii! 

Canções italianas


Algumas canções italianas tem a capacidade de me envolver em grandes  viagens mentais, através da força emocional contida na sua melodia e letra. Caruso é uma das minhas preferidas. Todas as vezes que eu a ouço me desligo deste mundo e viajo mentalmente para terras longinguas , mais precisamente a Sorrento, observando o mar e o tramonto , ou seja, o por do sol. 
A emoção que provo é tanta, que se um dia eu estiver de corpo fisico em alguma terrazza de Sorrento  olhando o mar e ouvindo esta canção de fundo, eu poderia morrer neste exato momento  que eu não me importaria ...



terça-feira, 3 de setembro de 2013

A fonte da juventude


Sabe o que é você chegar aos " enta" , cada ano mais proximo do meio século, olhar para o espelho logo pela manhã, de cara lavada e gostar daquilo que vê? 

Pois é! Eu acreditava   ser praticamente impossível obter resultados tão rápidos e tão visíveis nesta fase da vida sem nos submeter a uma incisão cirúrgica ou aplicação de preenchimentos faciais , tipo botox, restylane ou metacril. Nunca acreditei muito na eficácia de alguns cremes cosméticos anti- age que só melhoram superficialmente a hidratação da pele. Você usa hoje e amanhã já amanhece com a cara toda amassada. Propaganda enganosa. 

Como todos devem saber, as mulheres japonesas tem um verdadeiro " horror" as manchas senis  e ao envelhecimento da pele. Elas se protegem do sol com chapèus, filtros solares, e até mesmo sombrinhas. 

Sabendo desta preocupação quase neurótica que algumas mulheres japonesas tem com o envelhecimento precoce, algumas empresas japonesas apostam fundo neste mercado , e para a nossa alegria , o mercado japones é um  dos mais ricos em produtos de alta qualidade para a saúde da pele  da mulher madura. 

Já utilizei vários produtos aqui no Japão desde Q10, cápsulas de colágeno, placenta , óleo de oliva , e uma invariável quantidade de máscara para hidratačão e rejuvenescimento  da pele sem obter grandes resultados. 

A verdadeira prova da eficácia  de tais produtos está na aplicação noturna, quando a pele trabalha mais vigorosamente , e os resultados podem ser notados logo pela manhã. 

Desta vez, decidi acreditar na Fuji Films do Japão, aquela dos filmes de asa 100. Mas o que tem a ver uma indústria que produz filmes com o mercado cosmetológico? Tudo! absolutamente tudo!

A Fuji Films do Japão para sair da crise e escapar  de uma eminente  falência apostou fundo neste mercado, dando uma guinada de 360 graus . Coisa rara! Japoneses não gostam de mudar absolutamente nada de forma tão ousada e radical. 

Vamos ao produto!

Eu comecei a usar este produto ha mais ou menos  um mês , um mini kit completo, com tônico, serum, creme hidtratante e o gel , que custa mais ou menos 39 reais, só para experimentar por que os produtos desta ,linha são caríssimos , em torno de 100 reais ou mais , cada mini potinho ou bisnaga . No dia seguinte jà senti uma diferença no viso do rosto. A impressão que tive è de ter menos marcas de expressão e aquelas ruguinhas minúsculas no canto dos olhos e na testa pareciam suavizadas. Pele mais descansada , nada demais. 

Só fui me dar conta da diferença quando fui ao meu cabeleireiro. Não o via hà uns 3 anos ou mais . Quando me sentei na cadeira   ele começou a me observar e soltou aquela perguntinha indiscreta:  - Você fez alguma coisa no rosto?Parece mais esticada ?

Mais esticada?Após mais de 3 anos eu estaria com a pele esticada? Que absurdo! Pensei com os meus botões. Mas não è que ele tinha razão? 

Comecei a me observar no espelho do salão. A minha pele parecia bem mais esticada e sem marcas de expressão, ou suavizada. E eu nem tinha dormido bem na noite anterior. 

Então qual seria a razão para a tal pele "esticada? 

Eu rendo créditos  ao gel e ao serum da Astalift da Fuji Films . 

O gel ( jelly Aquarysta) contem  ceramidas micronizadas que penetram eficientemente na pele para restaurar a sua função, revitalizazando a luminosidade original da pele. Como dizem em alguns videos explicativos do produto, a pele simplesmente come o gel , fazendo com que o gel penetre mais eficazmente e profundamente. 

Ecolla ! o produto ! Este funciona de verdade. E Viva a tecnologia avançada japonesa!


domingo, 1 de setembro de 2013

Você fala sozinho?


Desde pequena eu tenho o hábito de falar sozinha. Confesso que isso me preocupava bastante, mas um dia uma professora do meu tempo de ensino fundamental comentou em sala de aula que falar sozinho era a coisa mais normal do mundo. Ela ainda acrescentou que uma criança que fala sozinha poderia até melhorar a dicção se começasse a falar sozinha se olhando no espelho. 

Ahhhh, me animei! Comecei então a tagarelar na frente do espelho e desde então, não parei mais. 

Hoje, já em uma idade "madura" ainda tenho este hábito e não sei dizer se o fato de morar sozinha piorou este quadro que era até então a coisa mais normal na minha tenra infância . Ultimamente , não só falo sozinha como tenho altos diálogos comigo mesma e ainda rio de mim mesma. 

Isto me fez lembrar de um certo senhor feudal que se referia a ele mesmo como se fossem três pessoas distintas e ainda brigava , às vezes com um,  às vezes com outro. Mas será que ele era mesmo meio "doido" ? Alguns de seus amigos mais íntimos se referiam a ele como um tipo hiper-ativo , e um pouco raro. Será que ele era mesmo doido e eu não percebi?

Mas afinal, qual é o limite da loucura em pessoas normais? 

Fiquei tão intrigada que fui pesquisar sobre " falar sozinho" na internet e encontrei várias explicaçoēs sobre este tipo de comportamento ou mania considerado normal em crianças que falam com amiguinhos imaginários ou adultos que costumam verbalizar algo que estão pensando em voz alta , mas não encontrei nada que explicasse ou classificasse como " normal" , um adulto que discute consigo mesmo com uma certa frequência. Será normal? Fiquei preocupada. 

Para dizer a verdade, independente do que alguns psicólogos entendam por normalidade ou o que a grande maioria das pessoas " normais" pensam, eu creio que não ter um comportamento ou linha de pensamento convencional, não faz de ninguém um louco que precise de tratamento . 

Para mim, pessoas que falam sozinhas são pessoas extremamente ativas mentalmente e de certa forma ansiosas. Caberia aqui um certo cuidado em controlar a ansiedade e nada mais. 

Loucura para mim, é viver uma vida inteira se escondendo de si mesmo!