sexta-feira, 31 de maio de 2013

Falta de Segurança em São Paulo


Cada vez que leio alguma notícia sobre a  minha amada São Paulo os meus cabelos ficam em pé. Desta vez foi uma reportagem da Veja sobre um arrastão dentro de um restaurante super renomado que tem seguranças na porta e tudo. Estes assaltantes estão cada vez mais atrevidos! Ou melhor dizer, estão cada vez mais profissionais. 
Eu que estou habituada a voltar para casa do trabalho as 2 da manhã , de bicicleta, não consigo mais me imaginar vivendo em meio a insegurança da cidade de São Paulo. O pior é que o povo se acostuma com esta insegurança e não fazem absolutamente nada para exigir dos governantes um minimo de segurança pública e se trancam em suas casas, protegidos por altos muros, cercas elétricas e tudo mais que vier a imaginação. 
Greve para exigir melhores salários o povo sabe fazer, organizar passeatas gays também , comemorar   uma vitória do timão e lotar a Avenida Paulista também. E a segurança pública, onde fica?
Claro que para quem lê um noticiário desses estando distante a impressão é de caos total na segurança pública de São Paulo, mas quando eu estive em São Paulo, pelo menos não fui assaltada nem uma única vez. Coisa que era muito frequente hà alguns anos atrás. A impressão que eu tive foi de crime organizado, nenhum bandido age sozinho como o faziam os trombadinhas. Agora eles se organizam e agem em conjunto. A união faz a força!
Pena que somente eles perceberam!

Spa em casa


Meu momento "relax" em casa. Banho de ofurô com sais de banho de Lavanda. Uso aromatizadores de ambiente na casa toda com perfumes florais , mais frequentemente a Lavanda que é ótima para acalmar os nervos. O ideal seriam aromatizadores  e sais de banhos à base de óleos essenciais, mas quem não tem cão , caça com o gato. 
Uma taça de vinho Pinot Grigio , uma candela perfumada e meia hora de imersão em uma banheira cheia com um suave aroma de Lavanda. E o que mais quero neste momento? Paz e nada mais!

Ele está sempre comigo



Já escrevi em outros posts sobre as minhas orações bem direcionadas e a resposta quase que imediata de Deus, mas decidi escrever de novo e registrar o meu agradecimento. Afinal, para quem inventa de se aventurar em terras estranhas ( já não tão estranhas) sozinho , com a cara e a coragem , sem lenço e sem documento, só Deus para nos proteger. 
Durante várias semanas passei ansiosa e com receio de ter problemas na imigração em função da nova lei japonesa de imigração que entrou em vigor desde 9/07/2012. Quando eu cheguei no aeroporto de Osaka não me avisaram de tal mudança e nem tão pouco na prefeitura onde fui me registrar. Me mudei da cidade logo após e não havia feito a alteração de endereço que é obrigatória e com prazo determinado e risco de pagar multas . Protelei ao máximo com medo de ter que despender mais dinheiro por culpa da minha ignorância. Protelei tanto que se passaram mais de 8 meses e eu não sabia como resolver isso. Graças as minhas orações e um jeitinho brasileiro, tudo correu perfeitamente bem e já fiz a baixa na cidade anterior e o registro na nova cidade sem nenhum ônus. Afff! Rezei tanto que Ele, o todo poderoso já deve estar cansado  de ouvir os meus chamados. 
Todas as vezes que estou em alguma enrascada ( e são tantas), eu peço proteção e sabedoria para que tudo se resolva para o bem. Para o meu bem , de preferência. E não é que Ele responde prontamente?
Desde que me aventurei a viver sozinha peço sempre a Deus que esteja sempre comigo. Não me sinto nunca sozinha, mas o mais incrível é como Ele atende aos meus pedidos, justo naqueles momentos mais delicados. 
Obrigada Senhor por toda a proteção que tenho recebido. Muito obrigada Senhor, por mais um dia com a graça de Vossa proteção. Amém!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Quando a névoa passa


No meu conceito de existência, aquilo que sentimos ou pressentimos  sempre foi mais importante do que aquilo que vemos , ou imaginamos. Existe uma grande diferença entre pressentir e imaginar coisas. A nossa imaginação é muito fértil , para o bem ou para o mal.
Quer um exemplo? 
É como estar apaixonado por alguém e não enxergar nada mais ao redor, mas lá no fundo sabemos que as estruturas da relação são inexistentes. É como estar preso no ar e se deixar levar por este momento. Basta um sopro e a gente vai para a direita, para a esquerda, para frente , para trás , ou em diagonal. Quando os ventos param de soprar, caimos em terra e aquilo que se encaixava perfeitamente aos nossos mais íntimos desejos da alma parecem nem ter existido um dia. 
Quando os véus da imaginação caem é que nos damos conta de que tinhamos construído verdadeiros castelos de areia sem nenhuma base estrutural. Aquilo que era perfeito um dia deixa de ser perfeito e já não conseguimos mais nos "imaginar" vivendo aquela vida de antes, ou idealizando aquela pessoa de antes. A realidade vem como uma foice cortando este sublime elo entre a realidade daquilo que vivemos e a fantasia daquilo que desejamos. Tudo se torna inadequado. 
Não sou contra a ter ideais de vida, muito pelo contrário, mas para o idealista o trabalho é sempre maior. Não dá para ficar sentado esperando que as nossas expectativas se construam por sí só, ou que algum fato ou ocorrência mágica nos favoreça de alguma forma. Seria preciso estar perfeitamente em harmonia com o todo para que ocorrências deste tipo aconteçam em nossas vidas. 
As minhas fichas cairam! Demorei anos para perceber que eu estava vivendo aquilo que eu "queria" viver, ignorando todo o resto. E confesso, foi bom demaisss! Mas pequei em um pequeno detalhe: esqueçi de trazer estes momentos para a minha vida real, construindo bases firmes para que eu pudesse me expandir em alguma direção. 
As oportunidades existem em todos os campos das nossas vidas, mas é preciso prestar atenção e ouvir aquela voz que vem não se sabe de onde nos sussurrando ao ouvido: - Esculta, minha filha! Não é bem isso que você está imaginando. Abre os olhos!

terça-feira, 28 de maio de 2013

As minhas Vênus

http://www.astro.com/astrologia/in_venus3_p.htm

Sempre em busca da minha forma de compreender o amor romântico dentro da minha vida, encontrei   um texto super hiper explicativo sobre a nossa Vênus. Eu sou Vênus em Capricórnio, porém tenho aspectos de Vênus com Netuno ( idealização e engano) e Vênus em oposição à Jupiter na minha carta Natal . Um verdadeiro retrato da minha forma de ver e sentir o amor romântico, aquele entre um homem e uma mulher.
Lendo o texto me identifiquei com todas as Vênus descritas no texto. Não que eu seja assim camaleônica no amor, mas posso dizer que vivi várias experiências Venusianas na minha vida e cada uma delas me deixou uma marca. Posso afirmar que de todas as experiências que vivi a pior foi a de Vênus em oposição a Plutão.  Os sentimentos são incontroláveis e profundos , e as rupturas extremamente dolorosas para ambas as partes. Após uma vivência de Vênus em aspecto com Plutão,  morremos para depois renascer, de alguma forma mais fortalecidos, porém com marcas profundas na alma. 
Outro aspecto que me persegue sempre é a minha Vênus Natal em aspecto desarmônico com Netuno. Exagerada idealização no amor com tendências a ilusões e enganos. Quando os véus de Netuno caem , a decepção pode ser grande e irreversível. Porém, este aspecto pode representar também um companheiro com tendências netunianas, um artista por exemplo. 
E a minha Vênus em aspecto desarmônico com Jupiter? Eu sempre encarei este aspecto como um certo azar na vida e no amor. Claro que outros aspectos do mapa Natal também devem ser analisados, mas as tendências não negam, apenas confirmam as minhas vivências. Foram vários relacionamentos onde  existia sempre uma terceira pessoa atrapalhando o desenrolar do romance, nem que fosse apenas em pensamento. 
Apesar dos meus aspectos natais serem desfavoráveis no amor, nunca devemos perder uma "coisinha" preciosa que se chama "esperança" . Ela é sempre a última que morre para aqueles que tem fé na sua busca , mesmo que esta busca seja cheia de pedras pelo caminho e com os véus netunianos nos cegando. 


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Críticas



Hoje estava assisitindo a um video-blog , ou vlog , aqui do Japão de uma garota muito extrovertida e inteligente . Ela tem a capacidade de observar os vários ângulos da vida dos brasileiros aqui no Japão. Portanto, no meu conceito ela é muito inteligente. 
O detalhe que observei nos comentários dos videos da garota é que o povo não poupa críticas pelo modo dela ser. Extrovertida, fala palavrão, não é linda de morrer e fala um português cheio de gírias e errado pra dedéu. 
Tem muita gente escrevendo blogs ( eu sou uma) e postando videos na net que começaram por hobby, pra passar o tempo, pra não perder o contato com a familia e amigos, pra desestressar ( meu caso) , ou simplesmente por ter uma necessidade grande de se expressar de alguma forma, que seja escrevendo poemas, textos aleatórios ou simplesmente expressando um momento emocional  . Tem aqueles que escrevem blogs porque são jornalistas, escritores, críticos de cinema, de moda , profissionais de alguma área e etc. Precisamos saber diferenciar estas pessoas quando lemos um blog ou assistimos a um video aleatoriamente.
Tem muita gente inteligente na net sim, mas uma grande parte destas pessoas  escreve sobre assuntos pessoais, viagens, ou coisas que interessam somente à elas. Não são personagens públicas, apesar da abertura que a internet nos permite ter. 
Fiquei passada com a quantidade de gente escrevendo críticas com relação ao visual da garota e do seu português errado. Minha gente! Pelo Amor de Deus! 
A garota não é uma vlogueira profissional, nem tão pouco tem formação Universitária ou vivência. Ela mesma se desculpa em vários vídeos pelo seu português errado. A garota além de inteligênte por natureza, apesar de escrever e falar erradamente em português é muito humilde ao assumir que não sabe falar um português correto. Mas o povo detona! 
O mais impressionante é a atitude de alguns de criticarem o seu físico. A garota tem dois braços, duas pernas, um tronco e uma cabeça ( pensante) . Em momento algum ela quis se promover em seus videos pela sua beleza. É uma garota normal como a tantas outras, mas o povo detona!
A internet é muito democrática em vários sentidos, nela podemos expressar aquilo que pensamos à nossa maneira e quem não quiser ler ou ver tem a opção de simplesmente sair da pàgina e ignorar. Não é como os programas de tv que você é obrigado a assisitir porque existe uma programação local, ou como nos jornais impressos que você paga para ler aquilo que muitas vezes não queria nem saber. 
Nestes casos também é simples, eu desligo a tv quando uma  programação não me interessa ou mudo de canal. Quanto aos jornais impressos, basta não comprar. 
As pessoas deveriam fazer o mesmo com relação aos blogs, vlogs e noticiários amadores que chovem na net. Deleta! Simples não? Pra quê  detonar com críticas ofensivas de ordem pessoal?
 Ninguém pensa igual a ninguém. Graças a Deus existe esta diversidade de opiniões. Não fosse assim o mundo seria muito sem graça. 
Não confundam personagens públicas , blogueiros e vlogueiros profissionais com gente comum que pensa, escreve e se expressa de maneira informal . 
Vou fazer minhas as palavras da garota vlogueira com português errado e tudo: - Me desculpem, pode parecer meio grosso da minha parte, mas quem não estiver contente não me assista!

domingo, 26 de maio de 2013

Poupando vidas



Mariposa oriental, a que eu poupei a vida era mais bonitinha. 

Mandem me internar!Hoje poupei a vida de uma mariposa!
Hoje pela manhã quando fui ao banheiro, tinha uma mariposa pousada bem na parede . Desci o chinelo nela, de leve pra não sujar a minha parede. Ela caiu e lá a deixei , imóvel. Quando voltei para casa lá estava ela de novo. Desta vez andando pela sala, com certeza com o safanão que eu dei nela pela manhã ela não conseguia mais voar. 
La fui eu pegar o chinelo de novo pra dar outro safanão nela, mas não é que a bichinha começou a correr desesperadamente mesmo ferida?
Nãooooo! Eu não posso dar fim a vida desta pequena mariposa oriental! Ela lutou o dia inteiro pra tentar chegar do banheiro até a minha janela. Ainda por cima é inteligente! Isso me comoveu!
Peguei um pente velho e fiz ela subir pra poder deixa-la do lado de fora. Se ela sobreviverá ainda , não sei dizer...
As mariposas vivem apenas alguns dias, creio que 15 dias quando fêmea, bem menos que as borboletas que vivem cerca de 3 meses. Após esta constatação ( no google) , eu me senti menos assassina por ter poupado a vida da mariposa. E nós que vivemos cerca de 80 anos ou até mais, dependendo do nosso carma, não damos um mínimo de valor por acreditarmos que amanhã ainda teremos tempo para fazer aquilo que não fizemos nem ontem e nem hoje. 
Santa Mariposa!


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Primavera e novos ânimos


É bem verdade que o clima mexe com o meu humor. Aqui é Primavera. Abro a janela e a visão que tenho do pequeno jardim atrás do meu prédio é de flores que anunciam as etapas da estação. As flores já estão caindo.
O dia está ameno e ensolarado, então eu decidi cozinhar de novo. Coisa que eu não faço normalmente.

O prato do dia hoje é Posta de Peixe com Pimentão Vermelho.
Muito fácil e rápido.

Ingredientes:

1 posta grande de peixe ( para uma pessoa)
1 pimentão vermelho
1 cebola
1 dente de alho
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
sal, pimenta e mix de temperos italianos ( orégano, basílico, salsinha)

Modo de preparo:
Leve ao fogo medio uma posta de peixe com o azeite de oliva, a cebola e um dente de alho amassado. Salpique um pouco de sal á gosto. Se o peixe não estiver congelado é questão de alguns minutos para estar pronto ( 3 a 5 minutos) , um minuto a ,dois antes, aumente o fogo para dourar. Acrescente os pimentões vermelhos cortados em tiras e o mix de temperos. Não cozinhe demais o pimentão, o ponto dele é quase cru.
Sirva a posta de peixe em um prato quente e cubra com um pouco de azeite de oliva.


Poltrona versátil


No começo resisti muito a esta tendência japonesa de usar poltronas sem pés. Achava incômodo porque os pés devem ficar rentes ao chão. Além do mais, nós fomos criados em ambientes aonde cadeira sem pés eram consideradas cadeiras quebradas.
Aqui no Japão, algumas residências mais antigas ainda usam aquela mesinha de pernas curtas , tipo uma mesa de centro com um aparelho aquecedor pregado na parte de baixo. Não são todas as casas japonesas porque muitas casas já estão mais ocidentalizadas e nem tatame não usam mais. Mas a poltroninha sem pés tem em todo lugar e a venda em todos os supermercados e lojas de móveis.
Como o problema aqui no Japão é espaço eu acabei comprando a tal poltroninha. E não é que ela é bem prática?
Quando quero assistir tv , eu a coloco no chão ( no tapete), quando recebo visitas, a coloco na escadinha da minha cama que fica em cima de um armário embutido de 1 metro ( a cama é alta) , e quando quero ler e usar a net deitada, uso a poltroninha em cima da minha cama. Ela é dobrável e pode ser usada como poltrona ou travesseiro também. Perfeito encosto para repousar a cabeça enquanto leio.
Agora que já aderi a tendência, vou procurar um "puf" . Tudo sem pés!

Dia de folga



Mais um abençoado dia de folga ( só um dia), e eu aproveitei para pagar as contas, ir ao mercado, comprar presentes pra criançada e cozinhar. Eh! eu só cozinho no meu dia de folga , nos outros dias eu passo comendo obentôs ( comida pronta japonesa) . A minha cozinha é muito pequena e nem dá pra ficar inventando muitos pratos variados, então o jeito é fazer um prato simples, econômico ( economizar é a palavra do momento) , rápido e saboroso. Claro que tem que ser pastaaaaaaaaa italiana!
Hoje o prato do dia é tallarine com shiitake ao alho e óleo.
Aqui vai a receita muito prática para duas pessoas:

Ingredientes:

300 gramas de tallarine
1 dente de alho amassado
2 colheres de sopa cheias de azeite de oliva extra virgem
2 shiitakes graúdos frescos
2 colheres de sopa cheia de vinho branco seco ou semi-seco.
6 mini tomates frescos
1 colher de sopa rasa de manteiga ou margarina
sal e pimenta à gosto, basílico seco ( manjericão) e queijo ralado parmesão

Modo de preparo:

Ferva uma panela com àgua e coloque o tallarine. Acrecente duas pitadas de sal e a margarina. Mexa para que o tallarine nào grude por cerca de 9 minutos. Nunca deixe cozinhar demais, o ideal de uma pasta é sempre al dente.
Enquanto a pasta cozinha, acrescente o azeite de oliva em uma frigideira e em seguida o shiitake cortado em tiras finas. Deixe dourar por 3 minutos em fogo médio, em seguida acrescente o vinho para flambar. Cuidado ao flambar o shiitake, a frigideira deve estar bem quente para levantar fervura no momento que se despeja o vinho. Em seguida acrescente , uma pitada de sal, pimenta do reino e o basílico. Se os ingredientes estiverem muito secos, acrescente azeite de oliva a gosto e mexa . Escoe o tallarine e junte ao shiitake e os mini tomates, e mexa por 3 minutos em fogo medio . Nao deixe o mini tomate cozinhar demais, o ponto é quase cru.
Voila! Pronto e saboroso! Sirva com queijo ralado parmesão!
Uma dica: Tente preparar tudo ao mesmo tempo para que a pasta de tallarine esteja ainda quente ao ser acrescentado aos outtros ingredientes. Se possivel, esquente os pratos no microondas antes de colocar o tallerine.
Dica do vinho: Pinot Grigio Delle Venezie IGT 2011.




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Individualidade



Destino: Individualidade. Este foi o resultado do meu mapa numerológico que fiz estes dias só por curiosidade. É incrível como descobrimos muito de nós mesmos através destas ferramentas "misticas". Já uso a astrologia hà mais de 3 ou 4 anos para o meu autoconhecimento.

Eu sempre me considerei uma pessoa " egoísta", por sempre pensar primeiro em mim e depois nos outros. As reações das pessoas a minha volta também comprovavam isto, mas nunca , jamais , ninguém me chamou declaradamente de egoísta. Apenas percebia que o meu modo de ser incomodava algumas pessoas.

Aos poucos fui descobrindo a diferença entre ser " egoísta" e egocêntrico. Hoje não me julgo mais uma pessoa egoísta, mas sim, egocêntrica. O egoísta não é capaz de compartilhar absolutamente nada , nem emoções e nem coisas materiais. Bem, eu se estou feliz quero compartilhar, e se alguem que eu aprecie se sente feliz também quero compartilhar desta sensação. Coisas materiais? Se eu posso eu compartilho, mas já vou avisando que eu não sou generosa. Não sou capaz de doar algo que me fará falta.

No texto de Flavio Bastos, um site que encontrei na net, ele define perfeitamente oque é a individualidade. Vou postar o link neste post. Vale a pena ler.

O meu processo de individualização começou hà uns 8 anos atrás, quando provei o sabor de morar sozinha, pela primeira vez na vida, bem longe de casa. Mais precisamente no Japão.
Como na época eu ainda não era um ser "individual" , sofri um pouco para me adaptar a esta nova vida e mais tarde a esta nova consciência de mim mesma. Sofri, senti solidão, pirei e quase caí em depressão. Fases que temos que passar no processo. Não tem como pular esta etapa.
Com o tempo e a convivência comigo mesma, acabei descobrindo uma outra pessoa dentro de mim mesma que estava adormecida, ou oprimida pelas cobranças sociais.

O "ter" era um dilema que eu não conseguia engolir. Você tem que "ter" algo para ser alguém. Ter uma profissão, ter um carro, ter uma casa, ter um marido ( de preferencia rico e bonito), ter filhos, ter dinheiro, ter postura social, ter boa educação, ter personalidade, ter argumentos, ter um hobby, ter metas claras e definidas na vida, ter um belo corpo, ter boas relações familiares, ter muitos amigos, ter sorte ( ninguém gosta de um azarado) , ter, ter e ter. Não que eu não aprecie os prazeres da vida mundana e seus prazeres materiais. Mas quem ainda não descobriu o seu verdadeiro "ser" não poderá jamais viver uma vida plena e desfrutar do "ter". Daí se explica a quantidade de pessoas que tem tudo para ser realizado e feliz e não consegue nunca. Ele tem tudo, mas para ter tudo abdicou do seu "ser". Quem encontrou este equilibrio entre o "ter" e o " ser" , com certeza é uma pessoa plena e feliz. Sorte dela.

Toda pessoa, sempre que possível, deveria passar por este processo de autoconhecimeto e buscar estar consigo mesmo . Descobrimos coisas de nós mesmos que antes era praticamente impossível pelas cobranças e exigências do mundo. Filhos querem que você tenha uma postura tradicional , amorosa e altruísta, maridos (esposas) querem que você seja sempre fiél, leal, companheira (o) e dedicada (o) à relação, nossos pais querem que sejamos exemplos para a sociedade, querem sentir orgulho de nós, pobres mortais. Expectativa, esta é a tal palavrinha que consegue detonar o nosso verdadeiro "ser".

Quando conseguimos "ser" aquilo que realmente somos, despidos de cobranças e expectativas sociais começamos a nos aceitar assim como somos e a opinião alheia ou a imagem que os outros constroem de nós , através de expectativas falsas já não fazem nem cócegas.
Um ser individual não é basicamente um egoísta solitário. É alguém que descobriu que para ser feliz não é preciso agradar à maioria e se anular como pessoa. É alguém que descobriu que não pode curar os males alheios e nem se penitenciar por não ter suprido as exigências e expectativas dos outros. É alguém que descobriu que aquela sensação de derrota e frustração tinha muito a ver com aquilo que os outros esperavam de nós , mas que no fundo não era oque desejávamos.

Todo ser humano é um indivíduo , no mais claro termo da palavra . Ninguém pode ser feliz por você!http://www.flaviobastos.com/Individualidade.htm

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A vida como ela é


Ontem conversava com uma amiga japonesa que trabalha comigo como controller hà mais ou menos 4 anos ininterruptos , e somente agora está começando a sentir os efeitos maléficos que provocam os trabalhos com repetição continua de movimentos. O pior é que no caso dos empregados de empreiteiras japonesas, que trabalham por contrato , não existe nenhum tipo de benefício do tipo licenča médica que seja "usável" para que o empregado possa repousar em casa recebendo normalmente o seu salário. Na verdade existe o seguro contra acidente de trabalho , mas quase nenhum japonês usa esta opčão se não for realmente necessário. Eles temem discriminačão no trabalho quando do retorno. A lei existe, mas ninguém tem coragem de usar.
E como é que a japonesada se vira em situações como estas? Não se vira. Continua trabalhando.
A minha amiga japonesa é divorciada e vive sozinha, portanto,o chefe da família é ela mesma e se ela não trabalhar , ninguém irá pagar as suas contas. Para piorar a situação dos empregados temporàrios que não são "shains" (funcionários com emprego vitalício) , e trabalham com contratos renováveis à cada um mes, ou três meses , como o fazem muitas empreiteiras aqui no Japão, o trabalho é remunerado por horas de trabalho. Se houver um feriado nacional muito longo, como é frequente aqui no Japão, o empregado temporário não recebe remuneração alguma, reduzindo tremendamente o seu ganho mensal. E como a japonesada se vira nestas situações? Pede dinheiro emprestado para os pais , aposta no pachinko ( casas de jogos) , ou simplesmente deixa de pagar as contas.
Durante o mês passado o salário de algumas colegas de trabalho foi reduzido à metade, em função do feriado prolongado de Maio ( golden week) , cerca de 9 dias no total , oque equivale a mais ou menos 90.000¥ ( 900 dolares em media) . Graças a Deus , eu não estava inclusa neste grupo porque trabalho como controller de pečas diferenciadas que exigem maior precisão e a produção seguiu sem interrupções no feriado.
A minha colega japonesa que está com dores no braço (tendinite), estava neste grupo de pessoas que folgaram 9 dias sem direito a remuneração. Seu salário mensal que deve girar em torno de 250.000¥ bruto ( cerca de 2.500 dolares) foi reduzido a míseros 78.000¥. ( cerca de 780 dolares) . Somente o aluguel da minha colega é de 68.000¥ ( cerca 680 dolares) . Sobra quanto??? Exatos 10.000¥ para passar o mes todo.
Oque penso ser tremendamente injusto no Japão, além de outras cositas, é o fato dos impostos para a Previdencia Social não serem proporcionais ao salário mensal, ou seja, ganhando mais ou ganhando menos, o imposto é fixo. Dependendo dos dias trabalhados é bem provável que um trabalhador fique até devendo para a Previdência.
Em outras èpocas, quando a economia japonesa fluia normalmente, esta disparidade não se percebia, e a dependência do trabalhador japones com as suas horas extras estavam sempre camufladas por pesadas horas de trabalho que não eram tão mau remuneradas como são hoje.
Aqui no Japão existem muitas pessoas que vivem precariamente, em apartamentos antigos e sujos, sem contar os homeles existentes no Japão que pernoitam em ciber cafés. Cada um tem uma história diferente. Alguns optaram por esta vida por livre e espontânea vontade, outros correm atrás de seus sonhos artísticos em Tokio, outros simplesmente não conseguem emprego por não terem residência fixa e nem amigos para contar .
Esta é a realidade de muitos japoneses no atual país do Sol nascente. E nós brasileiros? Quem não tem um mínimo economizado poderá passar por situações idênticas ou até piores.
Além de escravizarem a sua pròpria gente, o japonês é ainda um povo muito cheio de preconceitos e patriotismo . Claro que se formos comparar o povo japones com outros povos asiáticos, a exemplo a Coréia do Norte, eles são bem mais "cool".
Hoje acordei com sons de jatos sobrevoando a cidade. Pensei que era a terceira guerra mundial.
Coisas do Japão!

domingo, 19 de maio de 2013

O melhor lugar


Todas as vezes que eu posto no meu facebook algo sobre terremotos no Japão, ou um possivel ataque de mísseis norte coreanos, o povo no Brasil fica horrorizado. Tem gente que me manda voltar correndo, como se fosse a coisa mais fácil. Vai e vem , como se eu fosse sócia de alguma companhia aérea.
Pra dizer a verdade, esta frequência de terremotos neste país tira a tranquilidade de qualquer um, mas ao mesmo tempo é uma realidade japonesa. A coisa mais normal é ter trocentos pequenos tremores de terra por dia. Quanto aos mísseis norte coreanos, isto já virou piada por aqui. Aquele Ping Pong ,lider norte coreano já virou piada no mundo todo e aqui não é diferente. Faz anos que ele ameaça, ameaça e não faz nada. Quem quer faz, não fica anunciando! Que ridículo!
Resumindo: Quem está na chuva é pra se molhar!
Ao mesmo tempo, quando eu ouço ou vejo alguma notícia sobre a minha linda ,maravilhosa , engarrafada e poluida São Paulo, eu dou graças a Deus por estar aqui, do outro lado do mundo.
A coisa que eu mais odeio no Brasil, mais especificamente na minha cidade, é a poluição, a gente mal educada , o trânsito de louco e a violência.
Hoje estava lendo uma matéria sobre a Virada Cultural Paulista. Tiroteio, esfaqueamentos, assaltos , arrastões e muita confusão no primeiro dia. Gente! E isso é cultural?
Alias, eu nunca achei que esta Virada cultural fosse algo cultural. Cultural pra mim é visitar museus, assistir a peças de teatro, participar de grupos de leitura , é assistir apresentações artísticas que tenham a ver com as raízes da cultura brasileira.
Mas quem disse que o povo está querendo saber sobre a cultura brasileira e suas diversidades? As pessoas vão lá pra fazer bagunça, e já começam fazendo bagunça no metrô. Eu estava em São Paulo quando ocorreu a ultima Virada Cultural e quase morri de susto ao ver tanta gente andando em bandos , gritando e fazendo muito barulho no metrô. Falta de respeito total com os outros usuários do metrô que estavam apenas tentando voltar pra casa depois de um dia duro de trabalho em pleno sabado. Tipo eu!
Nestas horas eu morro de vergonha de ser brasileira. Juro! E pra piorar aqui no Japão um bando de brasileiros (seis descendentes de japoneses) foram presos por porte de drogas e assalto a residências. Nenhuma outra raça aqui no Japão arruma tanta confusão quanto os brasileiros. Nem os chineses que parecem ser maioria e odeiam os japoneses, nem os filipinos que nota-se e diga-se de passagem são pessoas de um nivel financeiro baixissimo que vem tentar a vida aqui no Japão. E porque é que os brasileiros tem que arrumar tanta confusão por onde passam?
Sinceramente, é nestas horas que eu me preocupo pela segurança da minha filha que vive em São Paulo, (porque quer) e dou graças a Deus por estar em terras nipônicas com todos os terremotos que eu tenha direito. Pelo menos, se algo acontecer comigo em terras nipônicas ( Deus me livre) , será causada por questões políticas ou pela fùria da natureza, e nunca será por um tiro perdido que ninguém sabe de onde veio.
Triste realidade brasileira. Sinceramente , tem horas que eu não sei oque é pior!

Almas Gêmeas



Quando falamos em alma gêmeas, já imaginamos aquela pessoa ma-ra-vi-lho-sa que se encaixa como uma luva , aquela pessoa que pensa igual e que sente as emoções da mesma forma que nós mesmo, não é? Pois, se é alma gêmea tem que ser igual a nós !
Partindo desta primícia. Então, eu não quero nunca encontrar a minha alma gêmea!
Sou capricorniana, com a lua em Escorpião, Vênus em Capricornio e Mercurio em Capricornio. Ja sacou ne? Não sou nada fácil! Então, imagina se eu encontro alguém igualzinho a mim? É explosão na certa.
Em contra-partida, se eu cruzo com alguém que é bem diferente de mim, que é amoroso, emotivo, sentimental e muito bonzinho, eu detono com a pessoa. Também não é legal, porque não gosto de pessoas infelizes ao meu lado.
Oque fazer então? Sinceramente, não sei!
Hoje, me deu uma luz! Não sei de onde me veio a idéia de que eu preciso equilibrar o meu chakra do coração, ou seja, o quarto chakra. Pode parecer idiotice para quem não tem consciência da necessidade que todos nós temos de equilíbrio interior.
Tem gente que vive assim mesmo, sem nenhum equilibrio interior, vive estressado, em busca de conquistas materiais , criando enfermidades de ordem psicossomáticas que em alguns casos até se transformam em doenças muito mais graves do que uma simples gripe .
Graças a Deus eu tenho esta consciência e busco sempre equilibrar as minhas energias emocionais de alguma forma. Não importa se é lendo os salmos da bíblia, cantando um mantra, ou fazendo terapia alternativa, tipo aromaterapia. Tudo é válido para buscar o nosso equilibrio interior.
Bom, eu ainda estou tentando. Quem sabe um dia, quando eu estiver realmente equilibrada emocionalmente eu encontrarei a minha verdadeira alma gêmea?
E quando isto acontecer, com certeza não será um encontro mágico, mas sim, um encontro entre duas pessoas que se completam de alguma forma. Mesmo sendo almas gêmeas idênticas com todos os defeitos ao quadrado.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bateu uma nostalgia


As vezes eu me esqueço um pouco do Brasil. Hoje por acaso assistia a um video no youtube que me levou a outro, e depois outro até que cheguei ao video de Elis Regina e Adoniran Barbosa cantando Tiro ao Alvaro. Bateu uma nostalgia tremenda.
Nem me lembro mais quantos anos eu tinha , mas eu cresci ouvindo Elis Regina nos programas da TV brasileira. Ate lembro que chorei quando anunciaram a sua morte. Sei lá quantos anos eu tinha, 8 ou 10 anos. Não lembro mesmo.
Mas eu não sei dizer porque cargas d'agua eu era tão fãn da Elis e me lembro de praticamente todas as as musicas cantadas por ela se a gente nem tinha uma "radiola" em casa?
Ouvir a sua voz muitos anos depois e naquele sambinha maneiro que não sei se é o samba canção, me tocou lá no fundo do baù da minha alma.
Simplesmente nostalgia.

Vida social na terrinha do miojo




Vida social! Tá aí uma coisa que eu não sei mais oque é! Na verdade, eu como boa Capricorniana com o meu temido Sol na casa 8 sempre fui um pouco avessa à vida social. Tendência fortissima na minha vida interior. E o pior é que nada mais parece importar tanto quanto a minha vida interior.
Desde que vim morar em terras nipônicas e tive a oportunidade ( por primeira vez na vida) de morar sozinha, eu ando com alguns hábitos antissociais.
É bem verdade que aqui no Japão existem muitas pessoas que preferem viver assim. Aquilo que os japoneses chamam de " hitori kurashi" (viver sozinho). Tem gente aqui que nem tem amigos e vive sozinho mesmo, longe da familia trabalhando em cidades distantes. Normalmente os japoneses costumam voltar para suas casas (familia) nos finais de semana e nos grandes feriados. E nós brasileiros que vivemos aqui sozinhos? Voltar para aonde?
E as amizades? Normalmente são as mesmas pessoas que trabalham conosco, seja japonês ou estrangeiro. Não temos muita opção por aqui. A vida se faz extremamente limitada.
Para mim a salvação a estagnação social tem sido a internet. Procuro trocar mensagens, idéias e informações com pessoas do mundo todo.
Ainda estou protelando quanto a iniciar os meus estudos de inglês e a aulas de astrologia. Claro que tudo será também on-line. Não que eu queira fazer tais cursos sozinha, mas em vista da minha atual condição financeira é oque tenho no momento. Seria maravilhoso se eu pudesse fazer aquele curso de 3 meses na Italia de Sommellier, ou 8 meses de curso de astrologia em Madri, ou 6 meses de inglēs na Austrália. Seria, é uma condicinal, portanto, vamos sonhando...por enquanto.
Apesar dos pesares, aqui no  Japão, mesmo com toda esta crise econômica, se uma pessoa pretende economizar para realizar pequenos sonhos e pequenas metas na vida , ainda é possível. Eu digo pequenos sonhos porque nos ultimos anos a situação economica japonesa não tem ajudado muito a realizar "grandes" sonhos. É preciso estar consciente da atual situação economica do país e traçar metas mais humildes para o nosso futuro em terras nipônicas.
Bom, até aí, tudo bem! Mas voltando a vida social . Como fazer para não virar um ermitão comedor de miojo lamén em terras nipônicas. Em primeiro lugar é preciso sair do casco , mas para aonde ir quando estamos sozinhos?
Eu adoro ir ao shopping e dar aquela paradinha em um café restaurante . De preferência sozinha. É isso mesmo, sozinha! Será que eu já me tornei uma ermitã antissocial comedora de miojo lamem?
Com tantas idas e vindas e bruscas alterações na minha vida no percurso destes ultimos anos, eu me tornei um pouco, digamos, chatinha! Não sei mais se estou no lugar certo, ou se estou fazendo oque é melhor para mim. Enfim, Netuno na casa 10, me turvando a visão. Quanto as companhias e vida social aqui em terras nipônicas, eu até gostaria de ter mais "vida social" por aqui, mas ao mesmo tempo, as pessoas que tenho encontrado pelo meu caminho não me prendem em nada. Muito pelo contrário, às vezes quero até fugir de algumas companhias. Sabe aquelas conversas normais, de vidas "normais", rotina , obrigações familiares, crises conjugais, e etc? Pois e! eu não tenho saco! Nem estando aqui em terras nipônicas e nem em outras terras.
Com estas minhas idas e vindas e perda total das minhas raízes( pensei que fosse encontra-las aqui) , eu chego a conclusão de que eu não estou nunca no lugar errado, e que esta sensação de peixinho fora d'agua é muito mais pelo fato de ter nascido em uma época errada. Apesar do meu Sol Capricorniano exigir que eu esteja com os pés bem clavados em terra firme (coisa impossível aqui em função dos terremotos) , eu ainda gosto de fantasiar e colorir a minha persepção de vida que jamais se limitará (apesar das aparências) a uma vida " normal", dentro de padrões que a sociedade dita como normal. Vida social é necessária , mas eu dispenso aquela vidinha social condicionada a padrões e dentro de caixinhas convencionais  que a sociedade criou. E quem quiser que me siga assim, ou se cale para sempre!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Amor estrangeiro



Quem já se relacionou afetivamente com pessoas de outras culturas sabe o quanto é difícil expressar aquilo que se pensa em palavras. A língua é diferente, tem sempre uma conotação diversa da nossa língua, por mais que sejamos fluentes em outra língua , é preciso compreender que a expressão das palavras nem sempre tem o mesmo sentido. É como o senso de humor brasileiro que é muito diferente do senso de humor de países asiáticos ou até mesmo de alguns países europeus.
Ainda por cima, dizem que quando nos expressamos em outra lingua criamos uma outra personalidade. Assim fica difícil conhecer profundamente o outro.
Com tantas dificuldades de compreensão criadas já à partir da lingua e da cultura , haja relacionamento que perdure sem ter lá os seus altos e baixos na comunicação.
Quem pensa em viver este tipo de relacionamento tem que ter em mente que a comunicação não deve nunca ser apenas em uma língua, ou seja, existe a necessidade do outro aprender a língua do seu parceiro, os costumes e a cultura. Se de início não existir esta consciência dificilmente o relacionamento terá vida longa e não passará de uma aventura insólita .
Ainda estou inscrita em um site de relacionamentos português hà anos. Deixei meu perfil là por pura preguiça de cancelar o perfil. De vez em quando dou uma olhadinha e ultimamente tenho recebido muitas visitas e mensagens de um povo que nem sei como são, os turcos. Alguns insistem em trocar mensagens em inglês usando o tradutor do google. Eu não domino o inglês e portanto nem respondo. Se alguém se interessar por aprender o português quem sabe eu responda. Estou sendo muito inflexível? Não creio! Jà vivi mil mal- entendidos e confusões por não dominar o italiano e não conseguir me expressar corretamente.
Vai uma dica para quem pretende conhecer alguém de outra cultura muito diferente: conheça ao menos a língua do seu pretendente e aos poucos a cultura. Não atropele jamais as etapas. Pode virar uma confusão generalizada que no início pode até ser divertido mas com o passar do tempo dá no saco!
*Acabei de postar este texto a algumas horas, afirmando que eu não responderia pra ninguém se não sentisse o interesse da outra parte em aprender a minha língua madre. E não é que me escreveram em português??? Claro que eu respondi :-)))

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A vida é dura




Confesso que como boa Capricorniana, regida pelo meu Senhor do Tempo Saturno, a vida não tem sido nada fácil. Aliás, não é nada fácil ser Capricorniana. Na outra encarnação eu quero nascer qualquer coisa , menos Capricorniana. OH! Signo pesado sô!
Tudo oque conquistei e não conquistei também, é mérito meu. Nada me caiu dos céus. Sempre tive que me virar ao avesso para me resolver. Nunca recebi ajuda, nem apoio moral, nem nada de significativo que tivesse impulsionado a minha vida para algo menos difícil. Tudo era difícil, e continua sendo. Tá certo, eu reclamo demais e exagero ás vezes, mas a verdade tem que ser dita. Eu nunca recebi nada de graça nesta vida. Vida dura esta a minha, tudo tem um preço. Pelo menos para mim tem sido assim desde que me conheço por "gente".
Sabendo desta minha tendência a viver fases difíceis e da minha tendência ao mau humor, começei a apreciar as pequenas coisas que o "azar" pode nos proporcionar.
Longe de casa, sozinha, sem saber direito por onde recomeçar, mas sempre com a certeza de que os dias difíceis passarão...e que outros mais difíceis virão (fatalismo capricorniano) , procuro sempre transformar o meu azar em "momentos" agradáveis. Pequenos momentos de prazer.
Não escolhi voltar ao Japão, foi realmente uma necessidade , e por falta de escolha e obra do destino cá estou eu aqui novamente vivendo aquela rotina japonesa que chega a asfixiar. Trabalho, casa, casa trabalho, e poucos, mas pouquissimos amigos e vida social praticamente zero. Dá pra pirar qualquer um não é mesmos? Pois e! por esta e outras coisitas eu não queria voltar nunca mais. Nem vou comentar aqui o risco de haver um grande terremoto. Fica nas mãos de Deus. Eu confio nele e oque Ele reservar para mim, assim será. Apesar de toda a dureza da vida, da rotina desgraçadamente asfixiante e da solidão que nos faz grande companhia aqui na terra dos miojo lamen, eu ainda agradeço a Deus por poder ter momentos de tanta paz e tranquilidade no meu lar doce lar.
Hoje fiz uma verdadeira faxina na casa, está limpíssima e com cheiro de limpeza. Nada como estar em casa com tudo limpo, o chão brilhando e um leve perfume no ar de lavanda e rosas. Para fechar a noite e encerrar o meu único dia de folga ( só tenho um dia), enchi a minha banheira, liguei o exaustor, coloquei na água sais de banho de rosas, enchi uma taça de vinho e mergulhei na paz daquele momento.
Não queria estar aqui, mas se eu não estivesse, como poderia voltar a tomar meus banhos de rosas e alfazemas no meu ofurô (banheira japonesa), com aquela taçinha de vinho bourdeaux?
Nestas horas de paz e tranqüilidade eu quero mais é que o mundo se exploda!!!
Ha males que vem para o bem! Esta é a máxima do dia! Obrigada meus Deus por estes momentos difíceis!

Coisas fofas

Como a minha vida é muito louca e nunca tenho um paradeiro certo, decidi que não vou gastar mais nenhum centavo com decoração e utensílios para casa. Até hoje, mesmo após quase 9 meses de recém chegada a terra dos comedores de miojo lamen ( outra vez) , eu já me mudei de cidade e para não ter que ficar carregando muita mudança eu ainda estou com apenas um prato, um garfo, uma colher, uma panela e duas xicaras que eu ganhei. Também não vamos exagerar né! E quando vem visitas em casa e eu nunca tenho nem copos e nem talheres?
A minha salvação tem sido as lojas de 100¥, uma espécie de 1,99 japonês que tem de tudo e com artigos de uma variedade e qualidade melhores do que as que eu vi em São Paulo, apesar de serem quase tudo de origem chinesa.
Hoje decidi colorir um pouco o meu canto. Comprei utensilios domesticos , tapetes e papel de parede para a cozinha. Tudo muito colorido. No proximo mês vou procurar uma cortina mais alegre e uma poltroninha para os meus momentos de leitura. Meu apartamento está mais parecendo uma casinha de boneca.
A foto abaixo é de um joguinho de xícaras colorido , e o objeto estranho no meio é um saleiro muito simpático que dá para por sal e pimenta separados. Achei muito fofo!

Meu trono



Se existe um momento que é só nosso e que nunca compartilharemos com ninguém, este é o momento que vamos ao banheiro. Momento único, singular, desprendidos do mundo , de tudo e de todos. E se este momento é tão especial, o trono deve ser também!
Ainda não está do jeito que eu quero, aqui o espaço é pouco, mas é bem a minha cara. Meu trono!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O belo e a felicidade



Se tem uma coisa que me faz muito bem é ver coisas bonitas. Que seja uma paisagem de montanhas, uma casa bem decorada, um jardim florido, uma rua limpissima, um quadro no estilo acadêmico, gente bonita , flores e mais flores no jardim. Eu simplesmente adoro jardins!
Ultimamente estou sentindo muita falta de ver o belo, ou seja, estar mais proxima da natureza. As vezes fico pensando, como é que nos conformamos em viver um dia após ao outro sem estas coisas simples?
Acordar pela manhã, abrir a janela e poder deslumbrar uma paisagem natural de árvores, montanhas, flores e mais flores no jardim, ou o mar azul que se confunde com o céu.
É incrível como este tipo de vida é para poucos. Coisas tão simples que fazem a nossa vida mais bela e que deveria estar ao alcance de qualquer pessoa. Afinal, admirar a natureza e os seus encantos é grátis, ou era, mas a vida moderna e as nossas obrigações cotidianas não nos permitem ter acesso a estas belezas. O mundo se tornou feio, muito concreto e pouca natureza. Nos habituamos a nos privar das coisas simples que nos trazem bem estar. Que triste realidade!
Hoje em dia, ate mesmo para ter um pouco de natureza em casa , que em outras épocas era grátis, temos que pagar para ter ! Absurdos da vida moderna.



terça-feira, 7 de maio de 2013

As caixinhas da sociedade



Hoje eu estava assisitindo a um programa da Tv Rede, e o assunto era a vida de alguns transsexuais. Vida dura! Não sei afirmar se isto é uma escolha , uma opção de vida ou se tais pessoas realmente nascem assim, em corpos errados. Eu tive vários amigos homossexuais enquanto trabalhei em shoppings de São Paulo e tive o meu Salão de cabeleireiros. Posso afirmar que eles, os gays são os melhores amigos que uma mulher pode ter. Sem dúvida alguma!
Apesar do grande número de homossexuais no Brasil, principalmente em São Paulo. A avenida Paulista aos domingos fica repleta de casais homossexuais por todos os lados, uma gente muito alegre e muito bonita por sinal, ainda existe um grande preconceito com relação à tal opção sexual. E aí é que entra o termo "caixinhas da sociedade". Nascemos e crescemos dentro de "caixinhas " que a sociedade inventa, aquilo que é normal, aceitável e dentro da cultura de tais sociedades. Somos condicionados a crescer com uma única condição sexual, apesar da pluraridade sexual inerente no ser humano. Mas quem entende ou está preocupado com pluraridades sexuais se a nossa sociedade nos condiciona a ser homens ou mulheres e ponto final?
Não estou aqui defendendo os homossexuais, apenas creio que devemos parar de ser hipócritas e aceitar de vez que as diferenças existem, assim como a cor da pele, a opção religiosa, o time de futebol, a condição civil, a cultura de cada país e até mesmo o grau de inteligência de cada indivíduo que nos capacita a entender ou não tais diferenças.
Se você faz parte destas "caixinhas" que a sociedade cria e se sente feliz, ótimo ! Mas não queira colocar o mundo dentro de sua estreita "caixinha" de verdades . Uma coisa é não aceitar e respeitar, outra bem diferente é tomar posturas discriminatórias por pura ignorância e desrespeito com um outro "ser humano" somente porque dentro da sua "caixinha" de coisas consideradas normais não existe a remota possibilidade de existir uma terceira opção ,ou melhor dizer, condição sexual.
No caso do Brasil e da mentalidade brasileira, seria muito mais fácil viver em sociedade, obviamente dentro de "caixinhas", se a cultura brasileira fosse mais definida, que seja por questões religiosas ou culturais. Ao contrário de muitos países com cultura estreita e comportamento social muito bem definido por questões socio-culturais, o Brasil é um país livre e sem uma cultura social definida e aquilo que reina quase sempre é a ignorância e a hipocrisia social que muitos nem sabem dizer de onde herdaram. Já que somos um país livre, está mais do que na hora de aceitar as diferenças e deixar de lado tanta hipocrisia. Acorda Brasil!