Na semana passada comentava com uma amiga sobre a morte, ou melhor, fiz uma piadinha sarcástica (tipico de Capricornianos) sobre o nosso único real e verdadeiro destino, o encontro com a mais temida fase de novas vidas : a morte.
Obviamente que a minha amiga, assim como a 99,9% das pessoas que eu conheço refutam a morte como algo terrível, inconcebível , e muitos até a ignoram como se ela não fizesse parte de nossas vidas terrenas. Afinal , ninguém é eterno, não do lado de cá, e ter a consciência de que um dia ela chegará para todos seria a forma mais acertada e sábia de viver a vida .
Assim , como na letra de uma das inteligentissimas canções de Renato Russo, onde ele diz que é preciso amar as pessoas como se não houvesse um amanhã. Simples assim, a vida e a morte se complementam, são ciclos completos que se fecham, e sabe-se lá quando este ciclo se encerrará, mas que ela se encerrará um dia ( pelo menos do lado de cá) , não há dùvidas. Diria até que esta é a ùnica certeza que devemos ter em vida.
Mas porquê estou escrevendo sobre este assunto tão fúnebre a esta altura da vida? Nem estou doente, a minha saúde vai a mil , apenas um pouco gripada e um ano mais velha .
Um ano mais velha, deve ser isto. A cada aniversário sinto como se eu tivesse um ano a menos para viver. Coisa mais chata , ser Capricorniana do segundo decanato. Começo um novo ano sempre mais velha , e esta dicotomia de viver o novo mais velha me faz refletir com certa constância sobre a minha existência terrestre.
Influencias de Plutão na minha casa 8 , com certeza. Quando este aspecto começou a se manifestar em minha vida , perdi a um familiar proximo, no caso o meu pai, acometido por um cancêr de colon , seguido por um fatal cancêr de pulmão. Seus ultimos dias não foram de tranquilidade , talvez ele nunca a tenha tido . Se foi desta vida esbravejando-se e debatendo-se em uma cama de hospital.
Sim, a Dona Morte não é bela, é como se fosse o nosso nascimento ao inverso, onde um cordão umbilical invisível que nos liga a vida, é cortado bruscamente e nos joga em um mundo onde não existem certezas, o tal do além.
Pode parecer um clichê macabro este meu momento de reflexão sobre a vida e a morte, mas seria muito mais fácil viver (do lado de cá) se tivessemos todos a consciência de que o amanhã pode não vir a existir.
Dedico esta reflexão ao grande David Bowie , Capricorniano do segundo decanato que soube fechar o seu ciclo de vida e morte ( do lado de cá) com grande sabedoria e maestria. Todas as vezes que um ídolo da minha adolescência se vai, leva consigo um pedaço de mim, da minha história. Morri um pouco outra vez.
2 comentários:
Boa tarde!
Desculpe enviar a mensagem por comentário, não encontrei nenhuma forma de contato pelo blog.
Sou repórter da Revista Alternativa no Japão, vi um texto que você escreveu sobre dívidas e gostaria de fazer uma entrevista com você para uma reportagem.
Por favor, me adicione no Facebook (Ana Paula Bretschneider) ou me envie uma mensagem por e-mail, anapaula@alternativa.co.jp para conversarmos melhor.
Obrigada pela atenção!
Att.
Olá Ana Paula,
Te enviei um convite pelo facebook.:-)
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