sábado, 15 de agosto de 2020

Há males que vem para o bem



Isolamento social, nada pra fazer e aquele medinho constante de topar com algum vírus por aí. Esta tem sido a minha realidade neste periodo. É deprimente! Mas, como tudo nesta  vida tem o seu lado positivo e negativo. Não podemos deixar de colocar na balança o lado positivo de todo este periodo. 

Com o isolamento social deixei de sair e de fazer muita coisa, inclusive o curso de inglês on line, com medo das consequências . Ainda não se sabe como a economia japonesa vai estar nesta segunda fase da Pandemia , muitas pessoas estão perdendo seus empregos e um número bem maior de pessoas se infectando em ambientes de reuniões familiares e ambientes noturnos . Dá uma neura total só de pensar na possibilidade de ser infectada ou de ocorrer alguma mudança global súbita na economia japonesa. 

O medo tem a sua utilidade nestas ocasiões , ela nos paralisa , nos faz refletir nos prós e contras de uma situação que parece ser ameaçadora . Ao mesmo tempo que ela nos paralisa não deixa de ser um gatilho de proteção , e o meio termo deste medo é a prudência. 

O lado bom desta prudência é que deixamos de fazer muitas coisas das quais eramos habituados, o que resulta em economia. Como não tenho saido não sou mais tomada pelo impulso de gastar com coisas desnecessárias para o momento atual. A minha vida social e o lazer tem ficado em segundo plano e o resultado de tal prudência tem me ajudado a economizar naturalmente sem fazer nenhum esforço. 

Este periodo tem sido para mim um tempo de interiorização para rever as minhas reais prioridades com ênfase no amanhã. Me fez enxergar os erros do passado e a não repeti-los . Aprendi a esperar.

Como tudo na vida , esta fase que estamos passando vai passar. Talvez leve mais um ano, assim como foi no passado com o surgimento da gripe espanhola em 1918 que levou cerca de dois anos para ser sanada e levou consigo muitas vidas em sua segunda fase de propagação. A história se repete. 

Não sei como este periodo tem refletido nos ânimos da grande maioria , mas devo confessar que para a minha alma Capricorniana , muito mais que a falta de uma vida social intensa , aquilo que me conforta é a segurança material. Não poderia estar tranquila se eu não tivesse um fundo economizado para imprevistos. Cinquenta por cento da minha tranquilidade advem de um emprego fixo e de uma boa quantia na conta bancária. Nem o yoga e nem a fé em Deus me ajudariam a tranquilizar a minha alma se neste momento eu não estivesse preparada economicamente para qualquer evento fora de meu contrôle. Tipo Tio Patinhas mesmo!

Há males que vem para o bem. Neste periodo onde tudo parece cortar a nossa liberdade de ação , me concentro no estritamente necessário e em uma meta economica pessoal que será reservada para o tempo certo . Saber esperar é uma virtude. 




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