domingo, 1 de maio de 2011

Cidadoes do mundo




Esse negocio de ficar muito tempo fora do nosso pais de origem è meio esquisito. A impressao que eu tenho è que a gente nao tem nunca uma parada certa, apesar de saber que um dia regressaremos a vontade de regressar è quase "nulla". Por que serà?
Deixamos familia, raizes, amigos .Enfim, uma historia , mas a vontade de regressar nao vem com aquela naturalidade. Serà que perdemos o senso patriotico e o amor as nossas raizes?
A esta altura da minha vida eu sinceramente nao sei responder a esta pergunta. Ha 7 anos atràs eu sofria por ter deixado o Brasil de forma abrupta, sem nem me programar. Sentia falta da minha familia (minha filha e um irmao) e dos amigos. Foram 7 anos que me separaram do Brasil, da minha historia. Durante os 7 anos que vivi no Japao (transicao), nao me sentia nunca em casa , mesmo estando na minha propria casa. Alias, jah nem sei mais o que è estar em casa, no nosso lar doce lar. Hoje eu me encontro mais perto do meu pais de origem. Logisticamente na metade do caminho, mais especificamente na Suica-italiana. Serà que eu estou (inconscientemente) fazendo o caminho de volta em pequenas doses? Vai saber.
Pelo menos essa segunda parada (antes do regresso) è mais ao meu gosto. Me sinto um pouquinho em casa , apesar de todas as adversidades que vem junto quando nos inserimos em uma outra cultura.
Hoje decidi parar de querer agradar a esses comedores de queijo suico, como se eu fosse "a estrangeira" que precisa se adaptar aos nativos. Fanculo! Eles que se adaptem a mim. Eu sou estrangeira e tenho o direito de nao saber de nada, de fazer tudo errado e de falar tudo errado. Eles è que tem a obrigacao de me entender se eu falo errado e de me ensinar (com toda a paciencia) como as coisas funcionam no pais deles. Decidi nao exigir tanto assim de mim mesma nesta minha fase de adaptacao ao humor dos comedores de queijo suico. Eles que se adaptem ao meu humor estrangeiro. Esse negocio de vestir-se de "estrangeiro" , adaptar-se e ser respeitado em qualquer pais que seja, soh funciona quando imponos a eles (nossos anfitrioes) o nosso direito de ser estrangeiro.
Eu perdi a minha patria mas nao perdi o meu carater. Entao...que me amem ou me odeiem...e VFC!

Um comentário:

Minelinha... disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, isso mesmo!!! Eu ja venho pensando assim desde a Italia. Mas, se conheço os tipos italianos, e ai for igual la, sei como è: Eles nao tem paciencia nao com estrangeiros! Ja aqui, eles sao sò paciencia! E viva a Inglaterra!!!kkkkkkkkkkkkkk, beijao pro ce!