quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Nada é por acaso

 

Quando atraímos pessoas "ao acaso" , que a principio parecem ser inadequadas para nós, frequentemente o destino nos coloca de frente com lições que devemos aprender em relação a nós mesmos. Nenhuma pessoa , por mais insignificante que nos pareça entra em nossas vidas a esmo. Todas essas pessoas tem algo a lhe ensinar , todas tem algo a aprender também. 

A minha vivencia em terras nipônicas me fez entender muito sobre a mentalidade dos meus pais, mais especificamente do meu pai que era um japonês legítimo. Meu pai destoava com a forma de ser e ver a vida em terras tupuniquins. Hoje compreendo que apesar dele ter elegido o Brasil como o seu segundo lar, ele sempre se sentiu um peixe fora d'agua. 


Coisas do destino, coincidência ou não. Cá estou eu em terras niponicas me sentindo um peixe fora d'agua, com o risco de virar um filé de sashimi. 

A realidade atual que vivemos no mundo nos tem tirado um pouco da nossa zona de conforto. O amanhã é sempre uma incógnita, e isto nos causa no minimo uma certa ansiedade e tensão. Tal experiência sendo um peixinho estrangeiro em terras nipônicas não é fácil não! O pessimismo e a falta de fé em algo maior parece ter tomado conta desse povo já tão habituado a sofrer com a fúria da natureza. 

Graças a Deus fui privilegiada por haver nascido entre duas culturas totalmente diversas. A minha fé em Deus tem me blindado durante este periodo para não me infectar com o negativismo exacerbado de algumas almas samurais que não dão valor a vida. 

É inacreditável como os japoneses (nem todos) são capazes de imaginar que a morte é a solução para os males da vida. Ninguém é capaz de ao menos imaginar que o amor e a compaixão sejam a solução de muitos problemas na vida. 

Nada na vida é por acaso. Tais pessoas e vivencias me serviram para compreender que o ser humano é imperfeito em qualquer cultura, e  que aquilo que nos tranquiliza a alma é a fé . Não importa qual seja a religião, ou se não somos adeptos de uma. 


Namastē! 

Nenhum comentário: