Me lembro da primeira vez que deixei o Brasil, ainda no check-in do aeroporto os minutos passavam velozmente e já era hora de entrar naquele corredor da morte, a imigração. Me despedi rapidamente e nem olhei para trás. Olhar para trás é fatal. No saguão de espera, alí sim, os minutos pareciam uma eternidade e eu não via a hora de embarcar para passar logo aquela agonia típica das partidas. Porém, na primeira vez a minha filha estava comigo e não foi tão difícil assim, apenas a ansiedade me corroria a alma. Na segunda vez, na terceira, na quarta , na quinta e tantas outras vezes, em tantos outros aeroportos, já começei a me acostumar com esta agonia das partidas e partir se tornou algo normal.
Desta vez parece que sinto aquela mesma agonia "não tão normal" da primeira vez. Será que eu mudei?Será que desta vez não terá volta?
Não existe partida sem chegada e o que me consola sempre nestas minhas idas e vindas é que toda chegada é um novo recomeço. Alguma coisa sempre muda, não só na paisagem, mas dentro de nós, à cada partida e chegada. Nem sempre com a volta marcada.
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