"Non esiste nessuno più difficile di chi sa stare solo. Ha imparato a fare la cosa che fa più paura al mondo. Quindi, non sarà mai dispostto a barattare la sua solitudine con rapporti di circostanzia, nè con persone che cercano compagnia solo perchè hanno paura del vuoto."
Vou tentar traduzir o texto acima ( meu italiano anda enferrujado) porque de imediato me identifiquei e muito com este post que li no facebook. Sim, facebook também é cultura , para aquelas pessoas que sabem compartilhar ideais e pensamentos, não apenas fotos de selfies repetitivas e narcisistas.
"Não existe ninguém mais dificil de quem sabe estar só. Aprendeu a fazer a coisa que mais dá medo ao mundo. Portanto, não será nunca disposto a baratear a sua solitudine com relacionamentos de circunstância, nem com pessoas que buscam companhia só porque tem medo do vazio. "
Quando eu estava ainda no Brasil, era eu quem procurava as pessoas para preencher um imenso vazio que eu sentia. Então, eu saia muito, dançava, bebia , beijava muuuiito nas baladas e precisava sempre estar com alguém , nem que fosse apenas um contato físico sem muito entendimento verbal ou espiritual. A regra era preencher o tempo e o vazio da alma na companhia de quem quer que fosse. Bastava me sentir alegre, dar altas gargalhadas e de alguma forma alimentar o ego, enquanto a alma , esta seguia me incomodando.
Estar com as pessoas, reunir-me todos os finais de semana com gente alto astral e usar sexualmente qualquer um que estivesse disposto a me oferecer algumas horas de deleite. Esta era a minha vida "sociável", sempre buscando mais e mais gente alegre e animada para preencher a minha vida, enquanto a alma, pobrezinha , seguia lá cada dia mais vazia.
Meus anos de solidão aqui em terras nipônicas foram muito difíceis no começo. Sofria com a falta de tudo e a distāncia. O vazio desta vez , não era somente na alma , era dentro de casa, na rua, no trabalho. Aos poucos, nem sei dizer como se procedeu esta mudança, fui começando a me habituar a estar só, e a apreciar os momentos comigo mesma. Demorou uns belos anos sim, mas hoje, posso afirmar que tudo valeu a pena. Troquei a solidão pela solitudine, ou seja, pela minha privacidade em momentos que quero estar apenas comigo mesma. Me tornei muito mais seletiva ao passo que fui me conhecendo melhor, me amando mais , e percebendo o quê as pessoas ao meu redor " queriam" de mim , ou "teriam" a me oferecer.
Muitas, muitas pessoas se aproximavam de mim com o ùnico interesse de sugar as minhas energias. Tive amigas que adoravam estar comigo para que eu as fizesse dar altas gargalhadas, mas nenhuma delas, em momento algum, foi capaz de me fazer rir nem com uma simples piada. Percebi nelas aquela sede que eu tinha hà alguns anos atràs de sugar a alegria alheia para poder me sentir bem. Eu chamo a isso de vampirismo energético. Já vampirizei muito no passado.
Hoje me sinto muitissimo bem na minha propria companhia, e estar só em casa é um verdadeiro "tesouro" . Aprendi a apreciar o silêncio, ouvir o som do vento batendo na janela, a chuva caindo, e até mesmo aquelas engasgadas da minha geladeira. Claro que silêncio total por muitas horas é perturbador, e para amenizar eu coloco sempre algum mantra, musica para meditação , musicas romanticas, mas quando estou fazendo faxina na casa eu ouço a Anitta. Enfim, tudo depende da ocasião.
Administrar a nossa propria vida e a solidão em terras estrangeiras não é coisa fácil. Levam-se anos de adaptação ao meio . Ao invés de sair feito louco as ruas buscando alguém , ou algo que o faça sentir-se melhor ( vampirizar energia alheia) , aconchegue-se , acalme-se, olhe para dentro de sí. Ficará surpreso ao encontrar tantas respostas em si mesmo . Eu garanto.
Aprecie cada momento em solitudine , e só depois de estar consigo mesmo , saia e compartilhe com os seus aquilo de melhor que há em você.
Namastê!
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