sexta-feira, 1 de junho de 2018
Fazer nada é quase tudo
Quase 13:00 hs de uma tarde de sábado e eu ainda não saí da cama. Aliás, me levantei para um café , um xixi e um pacote de biscoitos . Em seguida voltei para a minha confortável caminha. Coisas para fazer eu tenho até demais, aquela velha rotina de limpar a casa, lavar roupas e ir ao supermercado . No final da tarde ainda preciso dar um pulinho na fábrica , coisa de duas ou quatro horas de trabalho.
Tenho coisas para fazer? Sim, tenho. E a vontade de não fazer absolutamente nada? Também tenho.
Do alto do meu leito ( a minha cama é alta) , observo o piso que está pedindo uma vassoura , um aspirador de pó . Fico sonhando em ter um dia o robô que varre a casa sozinho. Meu sonho de consumo doméstico.
Ainda deitada decido escrever aquilo que me ocorre neste exato momento . E cá estou , digitando alguns parágrafos sobre este complexo sentimento de culpa e inutilidade que nos toma quando estamos sem fazer nada. Talvez se eu não tivesse coisas para fazer este sentimento de culpa seria quase que inexistente, mas ao mesmo tempo não ter nada para fazer é de uma inutilidade que causa incômodo.
Por quê será que não nos permitimos fazer o "nada" com a mesma dignidade de fazer "tudo"?
Em meio a tal dilema existencial , me levanto e começo a fazer "tudo" .
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