domingo, 21 de agosto de 2011

Memórias Póstumas


Vocês podem não acreditar, mas eu nunca tinha ido ao MASP. Passei várias vezes por lá com a promessa de um dia entrar , mas acabava sempre passando direto. Sei lá, não tem graça ir ver uma exposição de quadros sozinha, ou com gente que não curte essas coisas. Então , acabei que nunca fui. Ontem decidimos ir ver a exposição de artistas urbanos , que na realidade nem me interessava muito. Começamos pelo segundo piso ao invés de ir ver a tal exposição de artistas urbanos primeiro e fiquei "fascinada" com nada mais , nada menos do que os grandes mestres do impressionismo e expressionismo.
O gostoso de ir a uma exposição de quadros de grandes mestres da Arte Moderna é poder reconhece-los de alguma forma em cada quadro. Todos tem um estilo muito peculiar que por muitas vezes expressam aquilo que estavam "sentindo" no momento da criação. É o caso de Van Gogh, tão louco , melancólico e depressivo. A impressão que eu tenho observando as suas obras (sou leiga) é que ele sofria de muita solidão. Solidão espiritual. Ele se suicidou.
E Modigliani com aquelas figuras de pescoço comprido?O que será que ele visualizava naquelas figuras? A história de vida de Modigliani também seguiu uma sucesssão de fatalidades, da pobreza a graves enfermidades , terminando na sua propria morte e no suicídio de Jeanne a sua amada companheira. Através das telas , das cores e das formas de cada obra se esconde uma história de vida. Quase sempre com profundos traços de melancolia.
Dizem que uma alma criadora deve estar em profunda solidão para criar as suas obras, ou navegar por águas profundas, entre o racional e o incontrolável mundo das emoções humanas. Quanto mais" louco" o seu criador, mais fascinante é a sua obra. Coincidência ou não, a fama para esses dois mestres da arte moderna só veio após a morte . Está aí a prova concreta de que a arte não enriquece o homem ...em vida.





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