Nos últimos anos , por várias ocasiões , tive que conviver com pessoas de várias culturas e em variadas situações. Relacionamentos afetivos com alguns europeus, amizades com japoneses ( nativos) , peruanos, filipinos , e ultimamente conheci uma outra raça asiática, os taiwaneses.
Em meio a tanta diversidade de raças e costumes, fica praticamente impossível agradar a gregos e troianos.
Na minha convivência com japoneses, percebi que generaliza-los é um erro. Um japonês do norte do Japão é totalmente diferente de um japonês cosmopolitano de Toquio , por exemplo. Assim como paulistanos são diferentes de nordestinos, existe uma diferença no comportamento e na forma de se expressar de cada nativo. Porém, em termos culturais ( história do país e crenças religiosas) o comportamento japonês tem uma característica marcante.
Na minha humilde opinião, a raça japonesa é uma verdadeira caixinha de surpresas. Apesar de cada qual ter uma tendência comportamental diferenciada por região, a maioria das mulheres japonesas ( em particular quando jovens) tem expressões doces e fala quase que infantilizada. Há quem se iluda ao pensar que todas as japonesas são realmente doces de caráter. É muito mais modismo e convenções do que a verdadeira expressão do ser.
Não querendo generalizar, mas generalizando, dificilmente se conquista uma verdadeira amizade apenas por empatia. No japão , alguns comportamentos são generalizados ( uniformizados). É preciso provar que é merecedor de confiança. Esta tarefa pode ser árdua e levar muitos anos de conflitos comportamentais.
Para nós que estamos acostumados a fazer amizades instantâneas, mesmo quando estamos apenas esperando o ônibus no ponto , a diferença no comportamento japonês é algo que por vezes incomoda bastante, pelo fato de serem muito mais fechados. Talvez entre eles ( japoneses nativos) nem seja tanto, mas o fator timidez unida a falta de iniciativa faz com que os relacionamentos em geral levem mais tempo para se desenvolverem de forma empática.
Eu particularmente , me esforço para fazer novas amizades com japoneses nativos, mas às vezes me desanimo . A espontaneidade não é um comportamento muito bem visto entre os japoneses , e esta mania de comportamento convencional muitas vezes me cansa a beleza. Enfim, nunca posso ser eu mesma , antes de passar pelo clivo de convenções comportamentais típicos da raça japonesa.
A impressão que fica sempre é a de que estamos fingindo o tempo todo para o bem geral, e de repente, em determinadas situações ( de estress) a japonesada mostra a sua verdadeira face. Coisa que assusta a um estrangeiro que não está acostumado com tanto teatro nos relacionamentos pessoais.
Para mim, a essência do ser humano é , ou deveria ser igual em qualquer parte do mundo. Com todas as experiências que vivi nos ùltimos anos, chego a conclusão de que a verdadeira essência do ser está esquecida em algum lugar, perdida em meio a tantos condicionamentos , crenças e comportamentos culturais.
2 comentários:
nao tenho autorizacao para escrever e nem quero que seja visto por outra pessoa, tenho lido seu blog ultimamente...nao arduamente, mas casualmente...nao tenho blog e nem muito vocabulario para conseguir fazer um...mas so sei que me identifiquei com vc...talvez sua forma de se expressar tenha me dito alguma coisa que ninguem consegue me dizer...gosto do seu jeito...nao se abale pelo mundo ser do jeito que e, pois como o mundo vc e verdadeira e somente a verdade e real.
Olá!
Obrigada!
Eu mesma normalmente escrevo aquilo que ninguém ou quase ninguém vai entender. São impressões muito pessoais. Que bom que vc gostou...:-)
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