E assim os anos se passaram. Cresci e fiz as minhas escolhas. Algumas poucas acertadas, outras uma confusão de tentativas ousadas sem bases reais.
A vida afetiva se desenvolvia da mesma forma que a profissional. Muitos foram os " empregos" que tive , muitos foram os " amores" que vivi.
A maternidade chegou assim, de repente. Me envelhecendo 10 anos. O peso da realidade de ser responsável por uma vida me tirou o doce sabor de viver a vida sem compromissos.
Trabalho- casa - trabalho - filho. Esta era a minha vida no auge dos meus vinte e poucos anos. Minha prioridade era o de vencer o desafio da maternidade. Desafio, esta é a palavra que costumo usar para descrever a minha experiência de maternidade.
Sonhos e projetos. Decidi optar pelos meus sonhos e deixar os projetos de vida para uma outra oportunidade. Queria ser livre , não ter compromissos. Queria voar por sobre as montanhas , como em meus sonhos de infância.
Hoje, passados alguns muitos anos e saindo da segunda adolescência ( aquela de quem não teve infância), sinto falta de " compromissos". A liberdade nos liberta de tantas amarras , e ao mesmo tempo nos faz tão autosuficientes que acabamos por nem perceber que já não necessitamos mais de tanta liberdade.
Os sonhos , quase todos realizados , falta apenas um ( não é ganhar na loteria) . Os projetos de vida, estes ficaram a mercé do àcaso. Não me refiro em particular ao profissional, muito mais o pessoal.
A liberdade nos dá asas para voar longe , ao mesmo tempo , nos tira o foco de onde e quando devemos pousar e construir o nosso ninho.
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