terça-feira, 13 de setembro de 2016

Sei lá , se sou feliz ou infeliz



Trabalhando duro hà mais de 7 meses em turnos alternados aqui em terras nipônicas. Há dias que nem quero fazer mais nada a não ser dormir. Apesar da rotina estafante, dos japoneses com aquele jeito de ser totalmente rudimentar, e o trabalho que dobrou sem direito a aumento de salário, ainda posso me considerar uma felizarda. De certa forma , eu sempre consigo ( por bem ou por mal) , manipular as pessoas que convivem comigo no meu trabalho. Acho que os japoneses em geral odeiam o meu jeito de ser . Meio intransigente e respondona , mas acabam me respeitando, ou me suportando. Sei lá, sempre tem um que gosta. 

Meus dias tem sidos longos durante a jornada de trabalho e as horas de ócio pouquissimas. Tenho exatamente 3 horas e meia para cozinhar, tomar banho e estudar um pouco, antes de dormir. Não tem me restado tempo para mais absolutamente nada. Nem para pensar besteiras, e isto é ótimo!

Queria ter mais qualidade de vida, sair mais, me dedicar mais aos meus hobbys e passa-tempos , mas estou sem tempo até para querer. Então, não quero e está tudo certo. 

Meus contatos virtuais (em lingua estrangeira) tem reclamado da minha ausência . Eu não tenho tido tempo nem para perceber a minha ausência. 

Enfim, está tudo ruim. A vida não deveria ser assim , tão vegetativa. Ao mesmo tempo me sinto feliz por estar sendo produtiva. Todo o meu esforço tem um objetivo e aos poucos estou conseguindo alcança-lo  com uma certa tranquilidade. 

A solidão bate a minha porta todos os dias, e tem dias que me pego falando sozinha, de certa forma me preocupa esta situação, ao mesmo tempo, dou graças a Deus por não ter a obrigação de sociabilizar com ninguém quando estou na santa paz do meu pequeno apartamento. Os amigos virtuais sao otimos nestas  horas, só falo com quem quero e quando quero. 

É apenas um periodo, eu sei. Logo vai passar, e enquanto tiver que durar este periodo , assim será. Eu decidi que seria assim. Capricorniana. 

Escolhas, e se nós escolhemos , não há do que se arrepender. 

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