terça-feira, 30 de outubro de 2018
Vontade de não fazer nada
Existe uma grande diferença entre viver no estrangeiro , digo: Estados Unidos e Europa, e viver em terras asiáticas. Não é só a lingua que representa uma grande barreira na nossa interação social, os costumes locais e a forma como a sociedade funciona representam na maioria das vezes o nosso maior desafio.
Quase todos os brasileiros que vivem aqui em terras niponicas tem uma vida social bem limitada. Os amigos são frequentemente aquelas pessoas que vivem nas mesmas condições , ou seja, colegas de trabalho . Mesmo que frequentemos uma escola de linguas , um curso de maquiagem ou até mesmo uma universidade japonesa, as amizades e os contatos serão sempre limitados.
Sair para beber com os colegas de trabalho tem uma sistemática que nos priva de viver novas experiencias e conhecer outras pessoas ao acaso. Você literalmente deve seguir uma linha de comportamento durante o seu happy hour japonês. Sair para beber ou apenas jantar fora com amigos (as) latinos também não oferece muita diversão e estimulo porque os assuntos que rolam são sempre os mesmos. Dificilmente encontraremos pessoas que nos estimulem a inovar em alguma direção.
Com este panorama da minha rotina aqui em terras niponicas , eu simplesmente nem quero sociabilizar com ninguém. Estou com preguiça de gente . Serà a idade? Eh, tem este agravante também , só para piorar a monotonia de uma vida social cheia de limitačões.
No proximo mes passarei uma semana na Tailandia para sair um pouco desta rotina de vida que o nosso belissimo país do Sol Nascente nos oferece. Ver caras diferentes , andar por ruas barulhentas e zuadas, usar bikini e andar de shorts pelas ruas e estabelicimentos sem medo de ser "turista". Sim, turista pode tudo. É esta liberdade de ser turista que quero viver ,ao menos por uma semana.
Talvez nós nem nos apercebemos do quanto a sociedade e a cultura japonesa nos condiciona e nos reprimi . É tanta uniformização no comportamento, no modo de se vestir e de viver em termos gerais que acabamos perdendo a espontaneidade. Dizem que em Toquio é diferente, talvez seja. Mas o resto do Japão é igualzinho, por onde quer que se vá . Isto cansa!
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