Quando me diziam que com a idade (aquela que passa veloz) amadureceriamos e nos tornariamos sábios , eu por muitas vezes duvidava. Presenciei tantas cenas, tantas atitudes insanas e imaturas vindas de pessoas com uma certa idade que começei a achar que esse papo de maturidade era mera ficção, do tipo, todo mundo interpretando o papel de pessoas pseudo maduras que de maduras não tinham nada, apenas os cabelos brancos (quando restavam) e as rugas no rosto. Sabedoria então , passava bem longe .
Hoje , em um momento de reflexão percebí que eu estou em um estranho processo de amadurecimento quase imperceptível pela sua sutileza. Não guardo mais rancores de ninguém. Isso é muito bom. E não fiz absolutamente nada, nenhum esforço descomunal , nem rezas e nem simpatias , apenas o tempo me fez compreender que não existe lógica em odiar a alguém que um dia foi importante para mim.
Durante muitos anos da minha juventude (dos 20 aos 30 e poucos anos) nutri muito rancor e muita mágoa de pessoas muito proximas, familiares, alguns amigos, alguns desamores. Claro que algumas pessoas se tornaram insignificantes para mim com o passar do tempo e sem peso algum na minha vida atual, portanto, não há razão de traze-las ao meu presente nem em pensamento. Outras me deixaram marcas profundas , algumas boas e outras dolorosas, mas eu preferi guardar dentro de mim somente as boas lembranças.
Nada de novo está acontecendo na minha vida (exterior) , mas algo de muito sutil e transformador está ocorrendo dentro de mim. Imperceptível para quem me observa superficialmente ." O essencial é invisivel aos olhos"...
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