sábado, 2 de outubro de 2010

Aprendendo a cuidar da vida


Nas minhas andanças em busca de sabedoria (budismo) ,f omos questionados se realmente sabiamos cuidar da nossa essência . Eu trabalhava, pagava as minhas contas, estudava (quando a grana permitia), namorava, saia com amigos, tinha planos e objetivos materiais bem concretos e ainda por cima eu era pai e mae ao mesmo tempo. Eu pensava que sabia cuidar muito bem da minha vida e que em via das circustâncias até que eu me virava muito bem. Ledo engano...
Em uma das reuniões de palestra fomos desafiados a cuidar de uma planta, que representaria simbolicamente a nossa essência . Coisa mais ridícula não?
Cuidar de uma planta é a coisa mais fácil do mundo.Basta colocar água.Pensei.
Então, comprei uma planta dessas que sobrevivem dentro de casa à sombra. Não é que depois de algumas semanas a plantinha que estava verdinha amarelou e morreu seca?
Eu me esquecia frequentemente de regar a plantinha e quando me lembrava colocava tanta água na coitada que até hoje não sei dizer se a planta morreu seca ou afogada. Talvez as duas coisas.
Fiquei com tanta vergonha de admitir que eu não sabia cuidar de uma simples plantinha e nem menos da minha essência que não contei o resultado do teste à ninguém da comunidade. Depois dessa experiência traumática nunca mais comprei plantas.
Um dia uma amiga (mexicana) que passou um tempo hospedada no meu apartamento me aparece em casa com uma plantinha (uma muda) em um vaso. Quando ela se foi esqueceu de levar os temperos apimentados , a tequila mexicana e a plantinha...
Já se passaram 4 mêses e aquela mesma mudinha de planta cresceu tanto que parece mais uma samambaia cheia de caules. Será que finalmente eu aprendi a cuidar da minha essência?Parece que sim.
O único detalhe que me atormenta é que além dessa mudinha , a minha amiga mexicana me deixou também um tipo de cactus que ela colheu na rua. Segundo ela o tal cactus sobreviveria mesmo sem água. O cactus morreu...

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