quarta-feira, 6 de julho de 2016

Mulher de fases


            Lilith a antecessora de Eva que não se submeteu a Adão.



Continuo pesquisando todos os aspectos de minha carta natal pra poder me compreender melhor. E olha só o que eu descobri!
A minha Lilith que eu ignorava no meu mapa natal está posicionada em Áries na casa 11 e explica muito sobre o meu comportamento errático. 

Ainda não compreendo muito bem qual o papel da Lilith no mapa natal, mas dizem os astrólogos que ela é a nossa Lua negra, ou seja, o lado oculto da nossa Lua real. Como eu tenho a minha Lua em Escorpião , não sei dizer qual delas é a pior. 

Em parte, se não me equivoco, compreendi que a Lilith representa as nossas frustrações mais intimas, ou dificuldades ocultas . Aquelas coisas que a gente não fala pra ninguém, e muitas vezes nem tem conhecimento , mas que percebe ser um bloqueio ou dificuldade em certas áreas da vida . 

Talvez a minha Lilith explique a razão pela qual eu nunca consegui me identificar em nenhum tipo de grupo social. 

Todos nós temos um papel na sociedade  e viver  em grupos requer um minimo de empatia com o meio circundante. Eu nunca me encaixei em grupo nenhum. 

A primeira vez que eu percebi esta minha "dificuldade" foi em um dos eventos do meu grupo de budismo . Em um dado final de semana fomos passar um dia no campo e ouvir uma palestra sobre a filosofia de Nitiren Daishonin. Neste dia , os organizadores nos dividiram em grupos: grupo dos jovens solteiros e das senhoras  casadas . Eu não era nem tão jovem , nem tão solteira e nem tão bem casada. Fiquei sem saber se eu deveria entrar no grupo de jovens solteiros (maioria adolescente) , ou das senhoras casadas?

Se eu entrasse no grupo de jovens seria meio estranho porque a maioria era feita de adolescentes, mas se eu entrasse no grupo de senhoras casadas também me sentiria um peixe fora d'agua porque aquelas senhoras casadas eram bem "senhoras" mesmo. Na duvida, decidi não participar de nenhuma atividade em grupo e criei um novo grupo pra mim mesma: a de visitante sem nenhum rotulo social. 

Algumas situações semelhantes se passam até hoje na minha vida quando o assunto é se unir em grupos sociais. 

Se eu fosse rica poderia ser chamada de excêntrica, mas como sou pobre, o meu comportamento errático   sempre me rendeu alguns adjetivos que até então eu desconhecia: doida e irresponsável. 

Tenho regras bem definidas na  minha postura em relação a vida ,  e o meu caráter Capricorniano nem poderia ser subjulgado como irresponsável. Não faz parte de mim. Porém  , o meu jeito anti-convencional de viver e enxergar a vida faz de mim alvo de criticas convencionais. 

Outro exemplo é quando começei a usar a internet para aprender linguas estrangeiras , e por consequência conheci muitos estrangeiros e muitas novas culturas. Este meu comportamento na época ( hà 10 anos atrás) me renderam muitas críticas e piadas, do tipo: - Ela está enlouquecendo com a internet. 

A pior critica que eu recebi foi de um amigo muito intimo ( porém de mentalidade ultrapassada) , que me dizia sempre que a internet é coisa de gente desocupada. Desocupada ou não, graças a internet hoje falo uma lingua à mais (italiano) e conheci três países europeus através desta minha "desocupação virtual". 

Esta claro com estes exemplos que a minha maior dificuldade é me identificar em grupos convencionais demais. Com a descoberta das influências que a minha Lilith em àries na casa 11 provoca  em meus relacionamentos grupais , cabe a mim agora amenizar esta tendência , ou simplesmente aceita-la como um karma e seguir vivendo as minhas proprias regras sociais. 

Por um lado geram-se muitos  atritos sociais ao  tomarmos uma  postura pouco convencional, por outro lado, sermos nós mesmos , sem rótulos ,  é  algo totalmente libertador. 


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