sexta-feira, 6 de setembro de 2013

As máscaras da vida


                                               Máscaras  Venezianas 

Quando nos concentramos em nossas buscas internas , e começamos a nos conectar com o outro lado do nosso ser, aquele que só você conhece  e que na maioria das vezes é invisível aos olhos dos outros , o mundo toma uma outra forma, uma outra dimensão . 

Máscaras caem e aquilo que observamos é  uma multidão de pessoas nuas , sem os seus vestidos da moda, sem seus carrões , sem seus penteados estilizados , sem seus títulos  , e sem suas expressões teatrais. 

Neste processo , entramos em contato com a " clarividência" , que é o simples poder de enxergar as coisas como elas são. Não digo em respeito a clarividência sob uma visão espírita, mas aquela clarividência onde você se coloca neutro, a dois passos atrás de alguma pessoa , objeto , ou situação e simplesmente a observa com certa imparcialidade. É incrível como podemos desnudar pessoas e situações e enxergar claramente aquilo que se apresenta  sem nenhum  adereço. 
 
É claro que para chegar a tal nível de clarividência é preciso estar com a mente vazia e com muito tempo livre . Não dá para enxergar fatos reais quando estamos tomados por pensamentos ilusórios, ansiedade, ou preocupações com as contas para pagar, a escola das crianças, ou o jardim do vizinho. É preciso estar livre de pensamentos que turvam a nossa visão do real. 

Ao mesmo tempo, tal capacidade de enxergar as coisas, pessoas e situações como elas realmente são cria um certo paradoxo entre a vida que se apresenta mascarada  e aquela que enxergamos nua e clara . Fica difícil ter que atuar no palco da vida sendo apenas um espectador. 

Nesta vida, tudo é questão de equilíbrio. Por vezes enxergar além do necessário causam dificuldades nos relacionamentos . Nunca sabemos até onde devemos atuar ( em conjunto) e quando devemos jogar as máscaras ao chão. 

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