domingo, 26 de junho de 2016

Destino, caráter e hereditariedade


Samurai fazendo seppuku com um galho de Sakura, a flor que representa a efemeridade da vida de um Samurai. 


Através da astrologia estou conseguindo compreender melhor a minha relação com o mundo externo, ou seja, as minhas próprias falhas nos relacionamentos em geral. 

Quando estamos em um profundo processo de autoconhecimento, as arestas  e as falhas no nosso caráter começam finalmente a serem identificadas . Neste processo , não cabe mais a ninguém identificar, compreender, aceitar e a curar tais falhas . O processo é muito intimo , e o curador ( Quiron) deste processo somos nós mesmos. 

O ser humano é muito complexo em seus estados e experiências emocionais. Cada qual reage a sua maneira. Cada qual interpreta o mundo através de suas experiências emocionais. 

Falando em experiências emocionais, aquilo que recebemos como orientação, influência do meio ambiente e até herança hereditária no nosso primeiro convivio social (a família) pode defragar processos subconscientes por toda a nossa vida. Basta recordar como eram as relações familiares na infância . Todo este processo de emoções experimentadas na infância pintam o quadro de nossas relações presentes e futuras. 

A cada novo relacionamento, seja ele familiar, profissional ou sentimental , terá sempre uma marca de nossos processos mentais e emotivos do passado. É como se subconscientemente reagissemos ao meio ambiente ( mundo social) , como se estivessemos ainda no nosso primeiro convivio social : a nossa familia. 

É fato , a familia é o nosso primeiro contato com o mundo . Portanto, muito importante no processo de formação dos nossos valores quando crianças, mas existe tambèm o fator DNA , e este nem todo pai ou maē deveriam ser responsabilizados pela educação e caráter de seus filhos. 

Lembra daquele tio que tinha uma certa semelhança fisica conosco e até mesmo um caràter parecido? Ou alguns processos emocionais e comportamentos sociais dos nossos avós ( quando mais jovens) que se assemelham espantosamente aos nossos? Não é pura coincidência, é genética. 

Nossas heranças emocionais estão codificadas em nosso DNA. Pulsando nas veias à cada emoção experiementada  na vida. 

Seria de muita ajuda em um processo de autoconhecimento , buscar as nossas origens. Somos filhos de quem? Somos netos de quem?

A pouco tempo descobri que tive uma tia japonesa (irmã de meu pai) que veio a falecer quando ainda era um bebê. Faleceu de inanição nos braços do meu pai , em meio a fome e as dificuldades vividas pela minha familia paterna na segunda guerra mundial. Meu avô paterno faleceu misteriosamente dentro de um ofurô ( banheira japonesa) . Ninguém da familia ousa comentar se foi um acidente ou suicidio. Ele também tinha um caráter muito dificil. Rigoroso , autoritário e quase nazista , empregava métodos pouco convencionais na educação de seus filhos. Como por exemplo, castigos com velas acessas. Nem me perguntem como era, só posso crer que meu avô paterno era meio sádico. 

Quanto ao lado materno da minha hereditariedade. A carga genética é mais suave. Quando estive no Brasil , no ano passado, fui visitar o tumulo de minha avó (materna) e ao lado dela havia um epitáfio de uma desconhecida.  Para mim era uma desconhecida , mas ela era nada menos do que a minha bisavó materna ( maē de meu avô materno) , que veio ao Brasil à procura de seu marido que se perdeu nas Américas. Dizem que ele , o meu bisavô desembarcou em terras peruanas, pensando estar no Brasil. Ninguèm mais soube dele. Supostamente, deve haver constituido  uma familia em terras incas. Imagino o sofrimento de minha bisavó sem saber que fim levou o seu marido.

Todas as histörias ligadas a minha familia remetem a primeira e segunda guerra mundial. Até onde pude saber , todos imigraram para as Amèricas após a segunda guerra. Mas e aqueles que viveram todas as guerras sem sair de seu país?

Tenho tios e tias ainda vivos no Japão ( ascendencia paterna) que nunca tive a curiosidade de conhecer pessoalmente. Nestes ultimos meses tenho pensado  muito na possibilidade de visita-los pela primeira vez. Com certeza , seria um marco importante no meu processo de autoconhecimento. Conhecer as origens de minha hereditariedade e finalmente poder compreender alguns estados emocionais que só teriam explicação em vidas passadas ou pura e simplesmente em herança genética. 

Teria eu herdado o DNA de algum Samurai? 
Fantasias à parte, para mim , todo japonês é emocionalmente um Samurai. Os japoneses , aqueles mais velhos, tem uma conduta moral muito semelhante ao dos guerreiros da era Meiji. 

Obviamente que a resposta para todas as minhas indagações não está no meu passado , nem nos Samurais existentes ou não na minha àrvore genealógicq , mas conhece-lo faz parte de todo o processo. 

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