segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Insights da maturidade



Como viver bem sozinho ( a) na maturidade? Este foi o insigth que tive hoje ao acordar de manhã. 
Fico sempre tentando me deparar com estes insigths que na maioria das vezes são reveladores e inovadores para o meu autoconhecimento. 
Pode - se ser feliz e realizado vivendo a plena solteirisse na idade madura? Sim, é possivel. Á partir do momento em que paramos de projetar ideais que não nos satisfazem completamente e assumimos as nossas vidas tal qual ela se apresenta. Não é comodismo, não confunda. 

Há mais ou menos 10 anos que vivo "provisóriamente" , sem uma residência fixa e pior ainda , sem um país fixo. Quanto tempo perdi em pensar que tudo aquilo que eu estava vivendo era provisório. Planos e mais planos a longo prazo , ideais de vida que eram apenas ilusões de uma mente que ainda não tinha encontrado o seu verdadeiro norte. 

Percebi em meu insigth matinal que tudo aquilo que eu perseguia enquanto "provisória" na vida, não era nada daquilo que eu realmente desejava para mim. Fazia planos , os viabilizava , começava a construir uma história , mas não conseguia me visualisar como protagonista desta história . Tinha apenas um "ideal" que deveria ser alcançado custe o que custar . Poderia até dizer que esta falta de visão futura era puro medo do desconhecido . Medo de conquistar e de perder. Medo da constância , e então , justificava o meu status quo provisório projetando imagens e ideais que seriam "confortáveis"  e ideais para a grande maioria das pessoas. 

Esta aí a resposta para esta vida nômade ,provisória e solitária que não tem fim hà mais de 10 anos. Falta de visão futura . Uma coisa é fazer planos , outra bem diferente é nos visualizarmos  satisfeitos lá pra frente sem prejuizos para o hoje. Afinal, a nossa vida acontece "hoje" e não amanhã. 

Percebo muitas faltas no meu hoje, a começar pelo meu apartamento "provisório" sem um sofá , uma televisão , um bichinho de estimação e uma decoração que seja a minha cara. Coisas que sinto muitissima falta , mas que estavam engavetados nesta minha vida"provisória", junto com aquela motoneta 50 cc que facilitaria muito a minha vida . 

Quanto aos relacionamento afetivos...também me veio um insigth. Passei mais de 10 anos idealizando um "alguém" . Claro que tenho lå as minhas preferências e sou daquelas que prefere estar só do que mal acompanhada, mas o fato é que eu até encontrava estes ideais personificados na vida real, porém não  conseguia me visualizar vivendo uma relação prática ,estável e comum ao lado de absolutamente ninguém. Neste insight descobri que na realidade estava projetando ideais que nem eram a minha "vibe" , apenas aquilo que jå era conhecido e coloquial . Não tinha idēia de como viver um relacionamento que fosse a minha cara sem tender para o convencional. Fato que me desagrada tremendamente, os relacionamentos a dois convencionais. Percebo que a culpa por não viver relacionamentos satisfatórios ē a minha propria incapacidade de construir um relacionamento à minha maneira sem pender para os modelos convencionais e me deixar imfluênciar pelo outro. Daí a minha insatisfação generalizada.

Depois destes insigths reveladores da minha vida prática , do meu presente, tudo ficou muito mais claro. Compreendi a necessiade de viver o meu hoje sem dar muita ênfase para o amanhã, sem adiar aquilo que é urgente . 

A parte mais complicada depois de tais revelações , é a de encarar os nossos medos , a preguiça, e o conformismo para realizar mudanças pråticas em nossas vidas de forma ordenada sem contar com a ajuda de ninguém. Só Deus!

Seria mais fãcil se alguém me ajudasse? Sim, seria, mas o "hoje" não espera , e o amanhã pode ser tarde demais. 


Aquilo que construimos "hoje" é a nossa ponte para o amanhã. Sem o hoje , o amanhã não se realiza. Não podemos esperar sermos  felizes no " amanhã" , quando finalmente conseguirmos  comprar a casa própria, encontrar o amor da nossa vida, ou ganhar na loteria. O hoje pede pressa , o amanhã é apenas consequência.

Então, o que temos para hoje? 


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