quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Chuva de merda



Eu já ouvi falar de chuva de granizo, chuva ácida, chuva de meteoros, chuva vulcânica. Mas chuva de merda?
Véspera de Natal a caminho do trabalho,havia decidido ir em bicicleta porque finalmente os ventos deram uma folguinha e pedalar um pouco não seria má idéia. Só não esperava ser surpreendida por uma chuva repentina e pra piorar daquelas bem grossas.Começei a ouvir os pingos (pesadíssimos) então acelerei as pedaladas pra não chegar encharcada ao trabalho.Olho atentamente para aquelas gotas que caiam no chão...tão pesadas...tão escuras...????
- Mas que estranho, elas não molham? Pensei com os meus botões.
Para a minha surpresa e desespero, eu estava em meio a uma chuva de merda.Quase meio quarteirão totalmente tomado por corvos que repousavam nos fios elétricos.Mas fala sério,como é que os corvos conseguem sincronizar daquele jeito a hora do bombardeio?
Resumo da ópera. Levei dois tiros de canhão nas costas. E depois pra justificar pro chefe que cheguei atrasada porque fui bombardeada por uma chuva de merda?Quem é que vai acreditar?
Este ocorrido me fez lembrar uma velha canção,cantada divinamente pela nossa Gal Costa. Com uma pequena modificação na letra...a chuva... não era de prata. Ninguém merece!





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