sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Para morrer basta estar vivo



Ontem como foi meu dia de folga e eu não consigo dormir cedo de forma alguma, fiquei assistindo alguns videos na net. Existem alguns bens curiosos, e eu com esta minha curiosidade mórbida fui assisitir a alguns videos de ataques de tubarão. Tem cada video dignos de cenas de filme de terror. Terror ao mar, tipo aqueles filmes de Steven Spielberg  dos anos 70 ou 80 . Até hoje eu me lembro daquela musiquinha de fundo nas cenas de perigo do filme Tubarão 1. 

Para mim, morrer atacado por um tubarão era coisa de filme de ficção, mas assistindo alguns videos de ataques de tubarão cheguei a um video recente, de uma garota de 18 anos que morreu após sofrer um ataque de tubarão no Recife. 

Dá para imaginar o que é você sair de férias com a família e morrer na praia? Pior, atacado por um tubarão? 

Este é o tipo de morte que eu consideraria absurda, ou improvável, mas acontece. É como morrer engasgado com um pedaço de mochi ( bolinho de arroz japonês) que é muito frequente entre os idosos aqui no Japão. 

É nestas horas que eu penso , que a única certeza que temos em vida é a morte, e o quanto a vida humana é frágil e vulnerável . 

Deixamos tantas coisas pra depois, como se ter 18 anos fosse uma garantia de vida longa e eterna. Ninguém vive com a consciência de que amanhã ao sair de casa para trabalhar em um dia chuvoso poderá ser atingido por um raio e terminar a sua história de vida em uma segunda-feira chuvosa. 
Uma chance entre mil? Ok, teria que ser um grande azarado ou abusar da própria sorte e se proteger embaixo  de uma grande árvore , como o fez a garota de 18 anos que nadava em águas perigosas. 

Nem a sorte de ter tido um socorro rápido e eficiente ela teve. Então era para ser o seu fim aos 18 anos de idade? Nenhuma doença, nenhuma bala perdida, nenhum acidente de trânsito, nenhum culpado. Morte estúpida. 

Se parássemos para pensar na fragilidade da vida humana e nos riscos mais absurdos  que corremos de perder a nossa própria vida do nada, e a vida de pessoas que nos são caras , compreenderíamos que o amanhã realmente não existe. 

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