A crise de 2009 mudou muito a rotina dos japoneses e agora eles podem se dar ao luxo de dedicar mais tempo as suas famílias e ao lazer, porém, com a diminuição das horas extras de trabalho, que na minha opinião constituía uma grande parte do salário médio japonês , apesar do tempo livre o povo não tem como pagar por tais momentos de lazer em família.
Apesar da crise econômica e do avanço gradativo da economia japonesa, o ritmo de vida japonês é muito mais rápido se comparado ao ritmo de vida brasileiro, devagar quase parando na curva do rio.
Outro dia um colega de trabalho japonês comentava comigo que o Brasil estava muito bem em relação a muitos países e que agora não existe mais desemprego no Brasil e blá, blá, blá.
Não há como fazer comparações de uma economia com a outra. O Japão apesar de ter perdido o seu posto de segunda potência na economia mundial para a China, é ainda um país super hiper industrializado e quase toda economia do país gira em torno das suas grandes indústrias.
Difícil é explicar para esse povo que vê o Brasil como uma grande e futura potência , que o Brasil ainda está muito longe de ter a qualidade de vida e o ritmo de vida acelerado de alguns países de primeiro mundo.
Quando o nosso interesse maior é a qualidade de vida , fazer comparações entre uma economia e a outra é algo absurdo. O Japão é um país com uma cultura e mentalidade local muito bem definidas e claras. Nem sempre justas , porém muito bem traçadas.
Poderia comparar a mentalidade japonesa como a um pai severo e rigoroso ( Saturno) que doutrina a seus filhos , e o Brasil como uma maē amorosa ( Câncer) porém negligente com o futuro de seus filhos. Ê isso aí!
Pena que ainda não consigo me expressar bem em japonês. Queria ter feito o meu colega japonês compreender melhor tais mudanças na economia brasileira à partir do meu ponto de vista.
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