"Se correr o bicho pega,se ficar o bicho come.."
Um assunto que paira no ar frequentemente por aqui é a tal da crise mundial.Estranhamente as pessoas acordaram por aqui.Todo o mundo preocupado com o rumo de suas vidas,lendo jornais e procurando se informar.Alguns se desesperam,outros se conformam.Não é fácil quando somos estrangeiros em terras "lejanas" e nos vemos em meio a uma crise mundial.Fugir pra aonde?
Engavetar sonhos, mudar de planos, economizar e esperar os acontecimentos,ou voltar para casa.
Desde o anúncio oficial da crise econômica no Japão ,as consequências tem sido rápidas e indigestas para muitos.Aumento dos impostos, inflação e dimunição do poder aquisitivo do povo japonês tem sido uma das consequências,sem falar no desemprego que está começando a crescer rapidamente e de forma assustadora.As tendências deste quadro que estava sendo pintado hà anos já o sabíamos, porém era gradativo e dividido em alguns setores,hoje é geral manisfestando-se em todos os setores da economia japonesa.
O japonês,assim como o imigrante na sua maioria depende literalmente de suas horas extraordinárias de trabalho.Dizer que o nível salarial aqui está acima do resto do mundo é um grande equívoco.O poder aquisitivo do povo japonês é feito de árduas horas de trabalho à mais, e a redução da jornada de trabalho é um fato que mexe no bolso de todo mundo.
A econômia japonesa sempre esteve ligada a sua mãe,os Estados Unidos e de lá da terrinha do Tio Sam não se ouvia falar de outra coisa senão a crise e a queda gradativa ,mas fatal da economia americana.
Desde que estive na Itália em curso com gente do mundo todo,eram eles,os americanos que se preocupavam mais com o poder aquisitivo de sua moeda em terras européias,eram os mais econômicos,pão-duros pra dizer a verdade.
Hoje,a economia japonesa nos força a tomar uma posição mais definida como imigrantes :ficar e enfrentar a realidade do momento ou voltar para casa.
Um aspecto animador desta crise toda é que em momentos de crise mundial,assim como em tempos passados o efeito é sempre o mesmo.As pessoas começam a mirar para países em subdesenvolvimento ou emergentes. O Brasil sempre foi a terra que recebeu muitos fugitivos das crises mundiais e hoje é o que é.
Dizem que dentro de uma crise econômica existem sempre aqueles que crescem,aproveitando-se exatamente deste momento de fragilidade e beneficiando-se em meio a crise.Espero que este seja o destino do meu país.
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