O pouco que entendi das explicações dos noticiários japoneses é de que o nível de sieverts nos arredores de uma das usinas nucleares de Fukushima é de 400 milisieverts e de que 100 milisiverts já é prejudicial à saúde. A Tokio hoje foi detectado cesio no ar mas em um nivel muito baixo, isso pela manha, as notícias mudam velozmente como os ventos , que felizmente sopram para o mar. Quanto a distância segura, eu não encontrei nenhuma informação quanto à distância em km, mas quem não se lembra de Chernobyl na Ucrânia? As pessoas mais contaminadas foram as dos países vizinhos. Portanto, acho que depende da quantidade de pó radioativo emitido no ar ,dos ventos e das nuvens.
Para aqueles que estão proximos das areas de maior exposição (Fukushima) as autoridades locais aconselham a não sair de casa, não usar o ar condicionado , não abrir janelas , usar máscaras, e se desfazer imediatamente das vestimentas quando chegar em casa (colocar dentro de um saco plastico) e tomar banho.
Abaixo, uma parte da materia que encontrei no site da EXAME que explica de forma simples e clara o que pode ocorrer com a contaminação radioativa.
No Japão, nuvens invisíveis carregadas de elementos radioativos (iodo, césio) são expelidas pela usina nuclear danificada de Fukushima e se deslocam em função da meteorologia e do vento.
Para a população, exposta a uma contaminação por tais dejetos radioativos, o principal perigo é o de desenvolver câncer (leucemia, pulmonar, cólon...) com "um risco proporcional à dose recebida", destacou Patrick Gourmelon, diretor da radioproteção do homem no Instituto francês de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN).
As distribuições de pastilhas de iodo têm como objetivo combater o câncer de tireoide, principalmente entre a população jovem (bebês, crianças, adolescentes, mulheres grávidas e assim por diante...). A finalidade é saturar a tireoide para evitar que o iodo radioativo se fixe na glândula.
Quanto ao césio 137 inalado, o organismo leva cerca de dois anos para o eliminar, mas ele persiste por décadas no meio ambiente, segundo Gourmelon.
"Atualmente, não há uma medida particular a ser tomada pelos habitantes de Tóquio", informou nesta terça-feira a professora Agnès Buzyn, hematologista do IRSN, desaconselhando o uso prematuro de pastilhas de iodo.
"Há um impacto ambiental e possivelmente na saúde das pessoas que habitam as redondezas da central", estimou a especialista, ainda que, por ora, a zona de evacuação de 20/30 km lhe pareça "suficiente".
"As pessoas que receberam doses fracas correm o risco de desenvolver cânceres (leucemia, pulmonar, cólon, esôfago, mama...), como foi em Hiroshima", notou Gourmelon.
"Estamos falando de doses fracas, abaixo dos 100 milisieverts (mSv)", acrescentou.
As doses de risco são calculadas e expressas em sievert (Sv) para câncer. A exposição máxima à radioativdade artificial admitida para o grande público é de um milisievert (mSv) por ano.
Além dos 100 mSv, o risco de câncer aumenta em 5,5% por sievert adicional, de acordo com a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (CIPR), informou o professor Yves-Sébastien Cordoliani, especialista em radioproteção da companhia francesa de radiologia. No entanto, as "taxas" e o caráter homogêneo ou não da irradiação intervêm na avaliação do risco acidental.
"60 anos após as explosões das bombas atômicas no Japão, ainda há um leve excesso de câncer entre a população contaminada", revelou o professor Cordoliani. O pico de casos de leucemia foi registrado sete anos após Hiroshima, informou.
Em caso de um acidente, a irradiação pode atingir vários sieverts em pessoas próximas ao reator.
Quando há uma grande exposição a irradiação, as células da medula óssea, que fabricam os glóbulos vermelhos e brancos e as plaquetas sanguíneas, podem ser destruídas e a pessoa morre. As células do tubo digestivo são também muito sensíveis à radiação, segundo especialistas. Sem tratamento, um nível de 6 Sv de exposição é letal.
As consequências das doses baixas são pouco conhecidas. Elas podem influenciar no desenvolvimento de cataratas, um risco monitorado por profissionais de saúde expostos a radiologia (como cardiologistas, por exemplo).
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