quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ser mae ou ser mártir

Hoje conheci a história de vida de uma outra brasileira que vive aqui hà anos. A pobre se separou, como a tantas brasileiras que vem pra cá com tantos sonhos e o primeiro pesadelo que elas tem que enfrentar é a crise no casamento e uma inevitável separação. Eu fico pasma às vezes com a capacidade de certas mulheres de serem martires do póprio destino. Além de ter perdido uns 10 kilos após a separação , ela ainda trabalha feito uma mula pra pagar os estudos dos filhos .
Eu perguntei a ela se ela não tinha internet pra poder se comunicar com a família ,os amigos no Brasil, ou até mesmo só pra acompanhar a novela das 8 da globo, e ela me disse que estava sem internet e sem computador porque o ex-marido ficou com tudo e como ela acabou de comprar um computador pro filho mais velho, ela não está podendo gastar com nada.Ah!!!Me Poupem!
No mínimo ela deve ter assumido todas as responsabilidades do ex-marido com relação aos filhos também.Infelizmente alguns brasileiros tem o mal hábito de se divorciarem não só da esposa como também dos filhos e das responsabilidades.
Não sei se eu é que sou egoísta demais (talvez sim), mas ser mae pra mim nunca foi sinônimo de resignação.Não é necessário deixar de viver a própria vida em função dos filhos.Podemos educa-los, e criá-los com dignidade dentro dos nossos limites financeiros.
Ninguém impõe aos pais (ex-maridos) a mesma carga de responsabilidades que a sociedade impõe as mães. Parece que fica todo mundo esperando isso, que a mãe se torne mártir dos próprios filhos.
É muito bonito ouvir histórias de mães dedicadas aos filhos que doaram a própria vida em função das crias, mas pra ser bem sincera, eu as admiro, mas não as invejo.
Resignação é uma palavra que não existe no meu dicionário, e pra ser mãe não é preciso vestir-se de Madre Tereza de Calcutá.

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