Há alguns anos atrás , eu escrevi um post sobre " a outra metade da laranja" . Na verdade eu meio que copiei o texto de algum site e o readaptei para aquilo que eu estava querendo acreditar naquele momento.
Passados alguns anos , mais precisamente hoje, já não acredito mais naquela filosofia de internet, de sites de auto-ajuda , psicologia e outros que tais . Aquela conversa do aprender a se amar primeiro, ser completo primeiro para só assim encontrar a outra metade da laranja é um caminho muito longo e solitário. Na prática as coisas funcionam mais rápido quando temos o apoio e o amor do outro.
Imagine você tentando se animar sozinho a cursar uma faculdade mesmo sem ter condições ? Ou a mudar de cidade, de emprego ou até mesmo de país sozinho?
Até aquela dieta fica mais dificil de seguir quando não temos o apoio e a cobrança de alguém nos chamando para a disciplina .
Pareço bem contraditória às vezes. Aquilo que quero crer e aquilo que vivo não condiz com a minha vontade . Estou sempre querendo convencer a mim mesma de que aquela filosofia de internet é a mais pura sabedoria. Só que na prática a sabedoria é apenas aceitação .
A outra metade da laranja pode ser a mola propulsora que faltava em nós , mesmo ainda sendo apenas uma metade. Falta a tampa da panela, o T da extensão, o pen-drive para o armazenamento de memórias, o canudinho da caipirinha, o pires da xicara de chá.
Me conscientizei de meus planos , todos apenas na minha mente . Muitos planos que não saem do papel por não ter como executa-los sozinha. Até teria, mas no fundo não quero mais. Quero provar o sabor de ser estimulada por alguém que venha de fora , ao menos uma vez na vida.
Sou metade, sou incompleta . E neste momento não quero acreditar na minha autosuficiência , quero crer que uma metade pode ser feliz e completa na plenitude do outro.
Ou seja, eu não quero a outra metade de mim, pois sempre serei metade. Quero uma laranja inteira.
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