Hoje estava lendo um texto na net que falava sobre a diferença entre a solidão e o " estar só" . Quem sente solidão pode senti-la até mesmo vivendo sobre o mesmo teto de uma numerosa família, ou sentir solidão mesmo vivendo um matrimônio de longos anos. Nesta condição a solidão nos causa uma sensação de frustração.
Para quem decidiu " estar só" por livre e espontânea escolha , a solidão tem um outro sabor. Os momentos de solitude servem para silenciar a alma, meditar, refletir, ler, criar, e se desenvolver emocionalmente sem nenhuma influência externa. Nestes momentos, acabamos por nos conhecer melhor ( autoconhecimento) e a descobrir facetas da nossa personalidade que até então estavam esquecidas em algum lugar, em segundo plano, sufocadas pelas exigências externas.
Tem gente que quando decide dar o primeiro passo de " estar só" descobre em sì , mil habilidades ocultas e pela primeira vez na vida consegue se olhar no espelho e se reconhecer. Alguns provam de tamanha liberdade que já não querem mais deixar de " estar sós".
Poder " estar só" é questão de coragem, de enfrentar todos os dias a sí mesmo e adorar isso. É luxo para poucos , ter o seu " canto" privativo e poder pagar por ele.
No texto que li , falava sobre o luxo de poder estar só. Devo admitir que este é realmente um luxo para poucos. Nem dividir o apartamento com outra pessoa para diminuir as despesas eu quero. É algo impensável. Adoro os meus momentos em silêncio na minha casa.
Quando quero " não estar só" eu vou para a rua, ligo para os amigos. Sempre tem alguém disposto a fazer alguma coisa à dois, mas quando torno para casa eu quero mesmo é " estar só" .
Quando eu começar a me incomodar de " estar só" , é porque a a solidão estará começando a invadir a minha alma. Por enquanto, eu me sinto muito bem assim, e o vazio que me rodeia é questão de espaço sem decoração e nada mais.
O homem não nasceu para viver só. Mas bem que é delicioso ter o seu próprio espaço e dividi-lo apenas com quem foi convidado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário