segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Querer nem sempre é poder , e vice-versa.



Hoje fiquei pensando naquelas coisas que tanto desejamos na vida: dinheiro, um amor para sempre, uma vida profissional e familiar plena. Bem, nem sempre as coisas funcionam como queremos , ou até podemos, mas nem sempre queremos . Vou explicar melhor.

Somos em grande parte movidos por aquilo que a sociedade nos dita, ou seja, de certa forma fomos condicionados a viver dentro de um padrão social, e quando somos um pouco diferentes deste padrão, a vida começa a nos cobrar atitudes mais coerentes com o curso " normal" da vida. 

Casar, ter filhos, construir um lar , progredir de alguma forma, seja no pessoal ou no profissional. É muito bonito ver alguém que tem o sonho de constituir familia, ou que se dedica arduamente a sua profissão. São pessoas focadas naquilo que elas querem para suas vidas. 

Mas e quando não queremos mais nada disso?

Ha momentos na vida que queremos apenas viver, sem a obrigação de chegar a algum lugar. Claro que pensar desta maneira aos 20 anos de idade seria preocupante . E quando já passamos da idade das descobertas e sabemos muito bem aquilo que não queremos?

Poder nem sempre é querer. Este é o lema que tem regido a minha vida nos últimos anos, depois que aprendi a me conhecer melhor e a me despir de condicionamentos adquiridos na infância e na adolescência. 

Posso afirmar que hoje sou verdadeiramente o que sou e não faço nenhuma questão de me esconder detras de um rótulo qualquer. 

Tive na vida inúmeras oportunidades para casar , também para realizar alguns projetos profissionais , até mesmo aqui em terras nipônicas , mas não aceitei. Eu poderia, mas no fundo eu não queria. 

Em parte foi por pura insegurança. Como abraçar com paixão e dedicação aquilo que você não quer, ou não gosta?

A questão de casamentos. Não gosto da idéia de viver uma união convencional, mesmo sendo eu uma pessoa bem tradicional em vários aspectos da vida. Sou Capricorniana . Daí a minha dificuldade em encontrar aquela pessoa certa que aceite a minha forma de pensar em relação a uniōes afetivas. 

Objetivos profissionais, não são prioridade para mim neste momento. O meu sonho de adolescência era pequeno. Queria trabalhar em um Shopping center. Realizei meu sonho quando fui convidada a gerenciar duas lojas em dois grandes Shopping centers de São Paulo. Me senti feliz e realizada, mas o sonho já passou . Foi um periodo de muita satisfação profissional. 

Hoje a minha consciencia mudou, quero apenas viver aquilo que posso , sem ter que me violentar . Soa um pouco de comodismo , eu sei. Cansei de me violentar para receber aplausos. 

Tenho sede de vida, de gente que pense igual, cada qual  com a sua historia. Gente que compreenda que nem sempre queremos aquilo que podemos. 



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