terça-feira, 5 de agosto de 2008

Efeito analfaglota

Quanto mais nos aprofundamos no aprendizado de uma outra língua, mais analfabetos ficamos na nossa própria língua.Ainda bem que inventaram os editores de textos pra corrigir alguns errinhos básicos.Mas e quando ele avisa que não tem nenhuma sugestão ortográfica?
Sei não! Depois de aprender espanhol e italiano eu tô começando a achar que o português é uma língua meio complicadinha e desaprender o português escrito é embaçado.
Paulistas tem a mania de comer algumas silabas e pronunciar todas as palavras que terminam em “e”,com um pronunciado “i”,ou palavras com terminação em “o” por um “u”.
Por exemplo:

- Hoji eu tô doenti e vô nu medicu.
- Qui cê vai fazê hoji a noiti?Vai saí pa dançá cus amigu?
- Tô nem aí procê.
- Tô mi lixanu cocê.
- I daí? u que qui eu tenhu cun issu?
- I qual u pobrema si eu falu erradu?Qui cu cê tem qui metê us bedelhu?
- Tá cun dor nus fiofó? Quem manda tê as buzanfa dessi tamanhu?
-

Estes foram só alguns exemplos da "começão" e da "trocação" de letras no nosso paulistanês falado.
Agora presta atenção nas gírias locais:

- Fala Zé!Belê?
- Que qui ta peganu?
- Ô meu,chega aí!
- E aí brother?Firmeza?
- Fala mano veio!
- Fica na boa mermão!
- E aí cara?Tudo encima?
- Vamu nessa galera!
- Se liga meu!
- To sacando qual’é a tua veio!
- Manda vê cara!
- Sai fora meu!Vê se mi erra!

Estas expressões são do meu tempo.Agora devem existir outras novas porque o paulistanês sempre está se renovando em algum canto da grande São Paulo.
Será que é melhor eu me atualizar ou deixar quieto?

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